Saturday, September 10, 2005

Fora dos Planos

Passeio pela Floresta Proibida – parte II

Continuamos andando... e mais adiante, encontramos um lindo potrinho dourado. Era um filhote de unicórnio. Nós três ficamos ali parados por algum tempinho, vendo aquela fascinante e linda criatura dar pulinhos no chão. Parecia estar feliz e perdido na sua pureza e inocência.
MF: Ai que coisa... vontade de apertar! Vamos até lá?
KB: Acorda garoto! Unicórnios praticamente só aceitam garotas se aproximarem e olhe lá.
JJ: Você é uma garota que nem precisa tentar né “lady”? Com essa sua frieza, não sei como o bicho está aguentando seu olhar!
Quando Jackson terminou de falar, Katrina já estava com o unicórnio no colo, fazendo carinho e brincando com ele. Eu e ele ficamos de queixo caído. Não era possível que a Katrina tinha se aproximado dele. Fomos em direção ao bichinho, na esperança de poder tocá-lo (já que a lady, que não é tão boazinha assim, tinha conseguido), mas assim que chegamos perto o bichinho levantou rápido e fugiu.
Nunca tinha escutado tanta reclamação de uma vez só. A Katrina insuportável do início da caminhada havia voltado. Ela falava alto, e estava querendo que voltássemos e procurássemos o potrinho, mas eu e Jackson continuamos andando e fingindo não prestar atenção no que ela dizia.
Nos deparamos com um enorme círculo, onde não havia árvores, deixando o céu totalmente a vista. Era uma imagem linda e dali dava para ver até o castelo (foi bom para sabermos em que direção deveríamos nos dirigir qundo decidíssemos ir embora). Resolvemos parar ali por algum tempo. Eu deitei bem no meio do chão e fiquei observando as estrelas; Jackson enconstou em uma árvore e finalmente tirou o conteudo de sua mochila, mas não consegui definir o que era (ele parecia estar se escondendo); e Katrina estava andando de um lado para o outro, pensando em alguma coisa. Uma chuva leve e fina começou a cair sobre nossas cabeças. Saio do centro e me dirigo até onde Jackson estava, que rapidamente guardou o que estava segurando na mochila. Esvutei barulho de cascos, e parecia que Jackson também tinha escutado! Ele olhava para mim com cara de não saber o que fazer.
MF: Vamos nos esconder atrás das árvores. Você viu a Katrina?
JJ: Não! Bem que reparei que isso estava quieto demais. Ela deve ter indo embora.
MF: Sou mais acreditar que ela foi explorar a floresta sozinha.
De repende chegou um centauro no centro do círculo e começou a olhar para as estrelas. Chegou mais um e depois mais um. Todos chegavam e olhavam para o céu. O círculo ficou cheio deles; devia haver uns 25 mais ou menos. Depois de algum tempo observando as constelações, o centauro, que aparentemente era o líder, encarou os demais.
Centauro: Tem humanos nessa floresta. Mais uma vez esses humanos estão querendo bisbilhotar nossas vidas. Não vamos ser tolerantes ao encontrá-los. Vamos procurá-los já.
O grupo de centauros se desfez. Cada um indo para um canto. Eu e Jackson olhamos um para a cara do outro com cara de bobo.
JJ: Vamos!! Rápido!!! Temos que voltar para o castelo urgente.
MF: Não podemos! Não podemos deixar a Katrina para trás. Ainda mais que ela não sabe do risco que está correndo.
JJ: Ai.. deixa de ser burro! Nínguem mandou ela sair de perto da gente. E nínguem garante que ela está aqui realmente.
MF: Mas não podemos... eu não gosto dela também, e te entendo. Mas nós não podemos ACHAR que ela já está fora da floresta. Vamos dar uma volta para procurá-la.
Jackson ficou contrariado com isso, mas resolveu ir também. Andamos com cautela, sempre escondidos nas encostas das árvores e no escuro (sem o Lumus, para que não fossemos pegos). Agora caia uma chuva pesada e intensa. Estávamos desistindo já quando escutamos um gritinho de Katrina vindo de dentro de uma gruta. Corremos com varinha em punho pronto para atacar o que quer que fosse.
KB: Ai.. vem cá potrinho lindo! Vamos embora vamos?
JJ: Katrina? O que você está fazendo aqui?
KB: Ah.. vocês? Se afastem... não quero perder meu bichinho de estimação novamente.
MF: Bichinho de estimação?
KB: Claro! Ele gostou de mim. Vou levá-lo para o castelo.
JJ: Aff... vamos embora Katrina... estamos correndo risco de vida!
KB: Calma aí! Vem cá meu potrinho! – dizia com o braço aberto para o filhote de unicórnio assustado num canto da gruta.
MF: Anda Katrina! É sério! Estamos em apuros.
Ela não parecia dar atenção. Eu e Jackson resolvemos tirá-la dali a força, mas acho que não foi uma boa idéia. Assim que seguramos suas pernas, ela começou a berrar. Naquela altura, todos os centauros estavam vindo em nossa direção. Chegamos na saída da gruta e ela ainda berrava insistindo para poder voltar. Mas uma flecha passou a uns cinco centímetros das nossas cabeças se chocando com a parede.
MF: Tarde demais! Como vamos fugir deles agora?
Ouvimos um pio de uma águia e pensei que seria algum animal mandado por algum professor ou algo do tipo. Mas depois percebi que era Jackson que estava ali... nas nossas cabeças voando. Katrina prontamente entendeu o que deveria ser feito e se transformou em uma pantera negra. A floresta fazia me sentir parte dela. Mais uma flecha passou zunando no meu ouvido e quando minha vida foi ameaçada, eu só senti meus musculos se retesarem, meus braços irem para o chão e meu corpo ficar mais ágil.
Um tigre branco, uma pantera negra e uma águia estavam materializados e nossos corpos tinham sumido. Começamos a correr rápidamente para a direção do castelo e os centauros começaram a nos perseguir. Flechas voavam para todos os lados. Jackson voava por cima das árvores e piava alto, a fim de nos guiar por um caminho mais curto até Hogwarts. Eu e Katrina corriamos como loucos, desviando de muitas flechas e dos troncos de árvores que estavam parecendo se mover para a nossa frente; a chuva ainda caia forte sobre nós e embaçava a visão. Finalmente a orla da floresta parecia se aproximar e o número de centaauros nos seguindo parecia ter diminuido, pois o número de flechas estava bem menor.
Chegamos na cabana do Hagrid, mas continuamos a correr sem olhar para trás. Jackson voava sobre nossas cabeças. Na porta do castelo voltamos a nossa forma normal. Estávamos encharcados de chuva e exaustos. Peguei minha mochila na folhagem e peguei uma maça para cada um. Sentamos na porta da escola e conversamos um pouco sobre tudo que tinha acontecido há pouco tempo atrás. Katrina nem reclamou tanto por termos arrancado ela de dentro da gruta. Entramos na escola, nos despedimos e cada um tomou seu rumo.
Fui direto para o banheiro dos monitores, tomei um banho demorado e quente, comi mais algumas coisas que estava na minha mochila (e que ainda dava para comer, por que a chuva tinha estragado quase tudo) e fui para o nosso mukifo e deitei na minha cama. Quis ficar acordado pensando na noite, mas o cansaço não permitiu. Dormi instantaneamente.