Monday, May 29, 2006

Rema, rema, rema remador…

Do diário de Louise Storm

Uma bolinha de papel acertou minha cabeça e joguei de volta na direção do atirador. Foi assim a viagem toda, embaixo dos assentos estava um verdadeiro mar de bolas de papel. Estávamos dentro de um ônibus trouxa amarelo indo para o acampamento de férias organizado pelo professor de EdT, era um total de três veículos para acomodar todos os alunos que se inscreveram. Eu nem fazia essa matéria, mas como qualquer um podia ir, assinei meu nome no pergaminho com o intuito de me divertir com meus amigos. Passávamos agora por uma estrada de terra esburacada e eu agradecia por não ter tomado café ou as torradas já teriam saído há tempos. Scott estava sentado do meu lado observando a paisagem do lado de fora em meio à poeira. Só tinha mato, muitas árvores e de longe podíamos ver um imenso lago.

SF: Se chover vamos afundar na lama... Não vejo asfalto já tem mais de uma hora...
LS: Para de reclamar, você se inscreveu porque quis.
SF: Não estou reclamando, só fazendo um comentário...
AM: Ai! Quem acertou a bola no meu olho??
YH: Ei, por que o ônibus parou?

Sem que esperássemos o ônibus deu uma freada brusca, lançando todos para frente e fazendo com que batêssemos as cabeças nos bancos à frente. Olhei intrigada pela janela e vi um grupo de pessoas, todas com camisas amarelas com o desenho de um pinheiro nelas passarem correndo, se espalhando em volta dos três ônibus. Se elas não estivessem rindo e parecendo inofensivas, ia começar a pensar que estávamos sendo atacados. Bem, atacados nós não fomos, mas elas não eram tão inofensivas assim... Três deles entraram no nosso ônibus, parando ao lado do motorista.

- Bom dia! Somos monitores do acampamento Phanton Lake e queremos lhes das às boas vindas! Olá Louise, bom te ver outra vez!
- Olá Matt... – respondi sem graça, já que todos me olharam.

Um murmúrio ecoou no ônibus quando alguns dos alunos responderam agradecendo, outros perguntando por que estávamos parados no meio da estrada. Uma garota de no máximo 19 anos sorriu e continuou a falar.

- Paramos aqui, pois é onde começa o acampamento de verdade! Temos algumas regras que nossos campistas costumam seguir e que ajudam a entrosar a galera. Sabemos que todos vocês estudam na mesma escola, mas ainda assim manteremos a tradição de Phanton Lake.
- Todos, por favor, saiam do ônibus e nos esperem ao lado dele, mas ninguém se afaste!

Entreolhamos-nos intrigados, mas obedecemos aos três monitores e saímos do ônibus. Os ocupantes dos outros dois também estavam descendo, todos com as mesmas caras de quem não estava entendo absolutamente nada. Começava a me perguntar se não estávamos indo para um hospício por engano quando todos os monitores se juntaram no centro de todos os alunos e minha pergunta foi respondida com uma confirmação.

- Conseguem ver aquelas canoas na beira daquele lago? Elas comportam no máximo seis pessoas...

Um dos monitores falou alto, apontando para um lago há no mínimo 1 km de distância. Olhei para Mark ao meu lado e ele parecia temer o mesmo que eu. Como seu pai era trouxa, ele também estava acostumado a freqüentar esses acampamentos e sabia que podíamos esperar de tudo...

- Muito bem, a brincadeira consiste no seguinte: Temos 10 cabanas, em cada uma há oito camas. Cinco cabanas para os meninos, que ficam ao leste e cinco para as meninas, a oeste da casa principal. No entanto, temos apenas 70 cartões escondidos por toda a extensão de Phanton Lake... Sete de cada cor, vocês ficam na cabana de acordo com a cor do seu cartão. Os 10 desafortunados que não encontrarem irão que passar a noite em sacos de dormir. Ao soar do apito, vocês precisam correr. A brincadeira termina quando todos os 70 cartões forem encontrados. Preparados?

Um outro monitor apitou e de repente todos começaram a correr desesperados para cima dos ônibus, se empurrando para pegar as malas e correndo na direção do lago. Ficamos parados no mesmo lugar ainda perdidos.

YH: Isso é sério??
LS: É! Corram, pois o chão dessas cabanas é extremamente desconfortável!!

Meus amigos saltaram assustados e nos metemos no meio da aglomeração de alunos para catarmos nossas bolsas. Nunca desejei tanto que conseguisse carregar pouca coisa! Devo ter derrubado por volta de cinco pessoas para conseguir tira-lo do bagageiro e ainda ajudar os outros. Quando já estavam todos com malas na mão, disparamos em direção às canoas. Muitos alunos já estavam a bordo delas e remavam para o acampamento. Corremos pela estrada de terra batendo as bolsas no chão sem nos preocuparmos com possíveis objetos frágeis e Mark e Scott passaram dando cotoveladas em uns garotos do 6º ano que tentavam se acomodar na canoa que pretendíamos usar. Eles caíram na água e ficaram nos xingando, enquanto a empurrávamos para longe da margem com os remos.

AM: Será que vamos conseguir achar esses malditos cartões??
SW: É bom encontrarmos! Temos que tentar conseguir cartões da mesma cor, não podem nos separar por um mês inteiro!
LS: Procurem pelos cartões amarelos, é a melhor cabana!
YH: Ei Lou, quem é aquele gatinho que te conhece??
LS: Matthew, amigo do meu primo... Sossega Yulli, você tem namorado.
YH: É, mas você não... E nada melhor para esquecer um namorado bonito do que um mais gato ainda!
SF: Será que vocês podem debater isso depois? Tem uma embarcação verde se aproximando e não estão com caras muito convidativas...
MF: Prepara o remo Scott, vamos ter que matar algumas cobras!

Virei para ver do que os meninos estavam falando e vi a canoa com os sonserinos do 5º ano se aproximando cada vez mais rápido. Bright, Stephen, Raven, Gregory, Willian e Adrian vinham rindo, metade deles remando e a outra metade mantinha os remos apontados como lanças na nossa direção ameaçadoramente. Tentamos remar mais rápido, mas eram seis garotos contra quatro meninas e dois meninos, estávamos em desvantagem. A canoa deles encostou-se à nossa e nos juntamos a Scott e Mark para rebatermos as investidas dos sonserinos, mas foi tarde demais. Nossa canoa começou a balançar violentamente e na tentativa de nos equilibrarmos, deixamos os remos caírem na água. Eles passaram às gargalhadas indo para o cais e ficamos lá, parados no meio de um lago extremamente fundo sem sabermos nadar e sem remos para nos tirar de lá. E então, fizemos à única coisa que poderíamos fazer naquele momento... Entrar em desespero!

Thursday, May 25, 2006

Previsões tardias

Do diário de Alex McGregor

-Mmmm... Logan... Eu... Preciso ir... – dizia sem fôlego entre um beijo e outro.
-Só mais um beijinho e deixo você ir. - Comecei a rir, sabendo que não funcionava assim com ele.
Logan e eu estávamos juntos desde a final do campeonato de Quadribol. Sabe quando você percebe que tem uma pessoa muito especial junto com você e não quer ficar longe dela? Parecia que só agora eu realmente o conhecia, e estava encantada. Era como se meu coração estivesse disposto a dar mais uma chance ao amor, e isto às vezes me deixava apreensiva.
Encerrei a sessão de beijos com a promessa de vê-lo mais tarde e fui para a torre de Adivinhação onde Endora me esperava. Assim que cheguei percebi que o cheiro de incensos era diferente.
AM - Hum... Aumento no pó de percepção no incenso hoje, deve ser uma ocasião especial. - comentei divertida.
EB - Alex, bem vinda. Sente-se que logo começaremos. - Perguntei sobre o examinador, pois antes do treinamento conversávamos sobre qualquer assunto. Isto já havia virado uma rotina entre nós. Endora havia ultrapassado a linha de professor e aluno e me tratava como uma amiga.
Fiz a projeção como tinha que fazer, com ênfase em esconder minha energia cósmica. Assim, eu poderia "entrar" em algum lugar sem ser notada.
Consegui me sair bem uma vez, mas estava um pouco dispersa. Olhava para o relógio por sobre a lareira, um pouco ansiosa.
EB - Ele sempre te espera não se preocupe... - disse referindo-se ao Logan.
AM - Eu sei... Mas estou um pouco ansiosa esta noite. Como se... Ah não é nada...
EB - Pelo seu jeito não vamos conseguir mais nenhum progresso. Vamos fazer assim: vou ler sua sorte hoje.
AM - Como assim? Vai me fazer uma previsão?
EB - Pelo que estou sentindo, acho que sim, então vamos ver. Você já me conhece e sabe que não vou te dar os números da loteria bruxa, então não há nada a perder não é?- e demos risada juntas, enquanto me sentava. Logo ela analisava as linhas da palma de minha mão:
EB - humm... Vejo uma carreira brilhante, de sucesso na maioria das vezes, mas alguns fracassos vão deixá-la triste. Mas receberá muita ajuda de amigos, e especialmente dos homens que vejo em seu caminho.
AM - Hum... Sei...
Ela continuou como se eu não houvesse dito nada.
EB – Os dois serão importantes na sua vida. Com um deles você viverá a descoberta de si mesma; ele será um porto seguro. Será protegida, amada e amparada, sempre.
Com, o outro você terá isso também, mas só depois que derrubar uma barreira no caminho de vocês. Haverá... muita tensão entre vocês. - e piscou travessamente, e comecei a rir entendendo o que ela queria dizer.
De repente ela disse:
EB - Um amigo seu caminhará ao lado da morte. Ele precisará dos amigos para se decidir pela vida.
AM - Quem é? O que posso fazer para evitar que ele vá por este caminho?- perguntei.
EB - Não consigo dizer quem é, apenas sei. E pelo que pude ver, ele já está neste caminho...
Ficamos conversando até mais tarde, e quando saí da torre, Logan estava me esperando sentado na escada. Levantou sorrindo quando me viu, mas parou ao ver minha expressão preocupada.
LW-O que foi?
AM - Endora disse que algum amigo meu vai sofrer alguma coisa ruim, acho que é esta noite. - olhei pela janela e vi uma enorme lua cheia no céu.
LW - Depois que foi divulgada esta história do vampiro, ninguém tem saído á noite. Estamos de olho, Dumbledore reforçou a segurança do castelo.
AM - E lá fora? – perguntei quando ouvimos um uivo conhecido.
LW - Não creio que alguém em seu juízo perfeito, vá lá pra fora com uma noite destas, sabendo dos perigos.
Ele tentava me acalmar, enquanto me levava para as escadas que levavam ao meu salão comunal, mas eu estava tensa demais.
AM - Boa noite! A gente se vê amanhã ok? - nos beijamos e ele foi embora para o salão da Corvinal.
Entrei no dormitório e vi que as meninas estavam dormindo. Deitei-me e resolvi testar uma das técnicas de Endora, sobre a projeção.
Concentrei-me em Kyle e logo meu corpo viajava rapidamente. Entrei num quarto com um forte cheiro de hospital, com algumas pessoas reunidas. Estas pessoas usavam uma asa branca nas vestes. Era o símbolo do clã Chronos, procurei Kyle e o encontrei no corredor, conversando com um homem que reconheci como sendo o pai de Alucard, ao lado de Alvo Dumbledore e Sergei.
Kyle na mesma hora arregalou os olhos para mim, e vi quando os olhos de Dumbledore brilharam por sobre os oclinhos de meia lua. Ele falou algo para o senhor Chronos, se despediram e Kyle fez um gesto com a cabeça para que eu o seguisse. Sergei ficava olhando para os lados tentando entender o que estava havendo e não conseguia.
KM/AM - O que você faz aqui? Quem está machucado? - nós perguntamos ao mesmo tempo, e nesta hora optei por deixar Sergei me ver.
SM - Alex, que legal. Está dominando bem os poderes. – disse para aliviar a tensão enquanto sorríamos um para o outro.
KM - Você devia estar na escola. - disse sério.
AM - Alvo Dumbledore também. E para vocês estarem com estas caras, algo muito grave aconteceu hoje. Poderia me contar? Não tenho muito tempo. – pedi olhando em seus olhos e ele resolveu falar.
KM - Foi o Alucard. Foi mordido pelo vampiro que estamos caçando.
AM - Não... O Lu não... Ele morreu?
SM - Não. Mas o vampiro o contaminou com a maldição. Foi uma vingança, contra a família.
KM - Agora ele vai ter um caminho difícil a percorrer, vai precisar de ajuda.
AM - Ajudaremos... - nesta hora comecei a me sentir fraca e vi quando ele estendeu a mão como se pudesse me tocar, mas eu viajava rápido de volta para a escola. Estremeci quando meu corpo astral se fundiu ao meu corpo físico.
Agora a previsão de Endora sobre meu amigo caminhar com a morte fazia sentido. Num primeiro momento pensei em Louise e o fato de Remo ser um lobisomem pudesse colocá-la em perigo. Mas agora vejo que a noite, esconde perigos ainda maiores... Por fim o cansaço da viagem me venceu e eu dormi sem sonhar.

Sunday, May 21, 2006

Maldição Parte 2

...Após alguns minutos de caminhada o morcego sumiu misteriosamente e eu fiquei parado no meio de uma clareira. Ouvia os sons de Remo lutando contra Sirius e Thiago cada vez mais próximos, mas ignorei, pois algo chamou minha atenção: um par de grandes e misteriosos olhos vermelhos no meio das árvores alguns metros a minha frente. Saquei a varinha por precaução e dei um passo para trás no mesmo momento que um homem alto emergia das sombras. Eu apenas podia ver seus olhos vermelhos brilhando, mas não via seu rosto encoberto por uma capa e um capuz. Deduzi que ele era o morcego e quem me chamara ali.
AC: Vamos me diga o que tem a me dizer! – O homem ficou calado me estudando e ouvindo os barulhos da briga. Então ele finalmente olhou de novo para mim e seus olhos pareciam me hipnotizar e penetrar, ele falou com uma voz doce e gentil, mas cheia de maldade.
HH: Você é Alucard Wingates Chronos não é? Prazer em conhecer o herdeiro de um poderoso clã
AC: Chega de falar besteira, me diga, o que você sabe da morte do meu avô!
HH: Hahahahahahaha. Alucard, eu sei muito sobre a morte, mas não sei nada sobre a morte de seu avô. – Nesse momento ele tirou o capuz e revelou um rosto pálido como a lua e seus olhos vermelhos ficaram ainda mais chamativos. Eu não conseguia me mexer e o reconheci. Os cabelos pretos e longos pendiam nas suas costas, os olhos alternavam entre o azul e o vermelho mas pararam no vermelho sangue...e os seus caninos, pontiagudos e alvos...desejavam sangue. Ele sorriu e se aproximou lentamente. Mas um uivo muito próximo me despertou e consegui me mexer, levantei a varinha, mas ele não estava mais a minha frente. Senti uma lufada de ar e senti como ele era rápido. Senti então uma mão gelada, mas forte me segurando o braço com a varinha, enquanto a outra me imobilizava. Senti o hálito de morte do vampiro e senti seus olhos vermelhos perto do meu pescoço.
HH: Vocês me caçaram...Agora...Torne-se aquilo que você caça
Ele sussurrou ao meu ouvido essa frase enquanto crava seus dentes no meu pescoço. Senti minha vida indo embora junto do meu sangue. Ele me segurava com força e impedia que eu me movesse enquanto retirava mais um pouco de sangue de minhas veias. Ele parou e então mordeu seu próprio pulso e aproximou seu sangue maldito perto da minha ferida na garganta. Deixou uma gota cair nas marcas dos dentes e depois aproximou o pulso de meus lábios empurrando o líquido asqueroso pela minha boca. Senti então que minha vida havia acabado...Ele sorriu, faltava pouco para me transformar em um dos seus eternamente, mas nesse momento um uivo alto e ensurdecedor na clareira fez ele parar e olhar ao redor. Senti a pele dele se arrepiar e eu também me arrepiei. Remo estava ali babando e com raiva, cheio de marcas de mordidas e chifradas, de pé olhando com raiva um inimigo mortal. O vampiro Hellion me largou e saltou a frente com uma agilidade impressionante. Ele mostrou os caninos para o lobisomem como se o desafiasse, Remo respondeu com um novo rugido e avançou para cima de seu inimigo, enquanto o vampiro também saltava a frente. Mas Thiago veio ao auxilio do amigo e empurrou com sua galhada o vampiro que bateu numa árvore. Sirius surgiu na clareira mantendo o lobisomem afastado de mim que emanava um forte cheiro de sangue. Thiago galopava entre o vampiro e eu e o Remo, o vampiro sorriu e se pôs de pé. Olhou para Remo, Thiago e Sirius e por ultimo me olhou sorrindo e falou
HH: Terminei o que eu queria. Vocês não me são importantes
E desapareceu numa nuvem negra enquanto eu caia desmaiado e perdia os sentidos. Só me lembro de ver Thiago empurrando o lobisomem e Pedro surgindo ao seu lado para ajudá-lo, enquanto Sirius voltava a forma humana e corria para mim com um rosto preocupado e chocado. Ele me falava palavras rápidas e de pura preocupação, mas que eu não ouvia. Já havia perdido a consciência...

Todos voltaram a sala do hospital e mantinham em seus rostos olhares de preocupação e choque.
KM: Por Merlim! Por que o Lu tem que ser tão impulsivo! – foi a única coisa que ele conseguiu falar enquanto segurava as lágrimas que molhavam seus olhos
SM: Eu devia ter ido para a Escola para ficar de guarda com os alunos! – se lamentava Sergei
AD: Não seja idiota Sr.Menken. Ninguém podia prever o que aconteceu.
MM: Alvo, isso foi de muita gravidade. Ele nunca mais vai ser o mesmo
MC: Lu...
CC: Cardizinho...
IC: Alucard...
Mirian segurava a mão esquerda, enquanto ao seu lado Celas mantinha um olhar no rosto do irmão que estava cada vez mais pálido, como se pensasse em algo. Integra, a mãe de Alucard, estava do outro lado da cama com um olhar triste e melancólico enquanto acariciava os cabelos loiros do filho, repetindo seguidas vezes “Meu bebê...Meu bebê”. James, o pai e líder do clã, olhava para o vazio sem saber o que falar ou o que fazer. Dumbledore se aproximou dele e pôs o braço em torno de seus ombros para lhe dar forças.
AD: Sr. Chronos, Sra. Chronos, Senhorita Chronos e Senhorita Capter, o Sr. Chronos não iria gostar de ver nenhum de vocês lamentando e tristes, ele ia se sentir pior, então acalmem-se! Vocês duas estão dispensadas das atividades do colégio por tempo indeterminado.
JC: Alvo, o que vamos fazer?! Você sabe que ele vai sofrer muito preconceito! Não posso deixá-lo voltar para Hogwarts, não sendo um perigo em potencial.
MM: Sr. Chronos, pare com isso! O Sr. Alucard sempre foi um ótimo aluno e ainda é bem vindo em nossa escola
AD: James, acalme-se. O Sr. Alucard tem lugar garantido em nossa escola, e nada vai mudar isso. E quanto ao “perigo”, acho que poderíamos dar um jeito. E vocês, Sr. Mcgregor e Sr. Menken não fiquem se lamentando nem se culpando, apenas ajudem a todos no que for necessário. Irei falar com o Ministro sobre isso, ele ira querer em pessoa ver tudo depois...
JC: Espere Dumbledore, vou com você. Preciso falar com ele e organizar a caçada.... Os dois saíram da sala deixando-a para os outros que continuavam a olhar o corpo desacordado de Alucard...Ele já estava desacordado há mais de 3 horas...
Alucard Wingates Chronos às 11:46 PM


Traçando seu próprio caminho...

Do diário de Scott Foutley

Meu avô sempre dizia que já nascemos com nossos destinos traçados, mas que o caminho a se percorrer até alcançá-lo dependia de cada um. Eu nunca havia entendido muito bem como uma simples escolha poderia influenciar toda nossa vida futura, mas comecei a entender naquela tarde...

Era uma sexta-feira, nossos NOMs já haviam começado há uma semana e hoje teríamos DCAT, a parte teórica pela manha e o exame prático à tarde. Não encontrei dificuldades na 1ª etapa, havia estudado feito um condenado e sabia a matéria de trás pra frente. O problema mesmo seria na hora da pratica... Nunca fui um bom aluno em DCAT. Não era ruim, claro que não! Mas estava longe de ser algo que se esperaria entrar para a academia de aurores...

Os alunos estavam todos reunidos no salão principal, esperando ansiosamente que o professor Stroke chamassem seus nomes e pudéssemos entrar na câmara. Cada aluno que passava daquela porta deixava os outros cada vez mais nervosos. Eu repassava mentalmente os feitiços que havia aprendido desde o meu 1º ano quando a cabeça do professor apareceu mais uma vez.

- Marcus Felícius, Stuart Finnegan, Megan Foutley, Scott Foutley.

Levantei e me encaminhei para a câmara como se estivesse indo para a forca. Até alisava meu pescoço vagarosamente, como se o mesmo fosse ter muito em breve uma pesada corda em volta. Entrei na câmara e ela estava diferente de como me lembrava: as bancadas haviam desaparecido, sobrando apenas 4 pequenas mesinhas espalhadas, cada uma delas com um examinador segurando um rolo de pergaminho e uma pena. O professor me indicou a bancada certa e parei diante de um bruxo velho com enormes bigodes brancos, o mesmo que havia me avaliado no 1º dia.

- Ahn Sr. Foutley, nos encontramos outra vez... Por favor, pegue sua varinha e faça o que eu mandar, certo?

Assenti com a cabeça, já nervoso. O velho leu o pergaminho, como se estivesse sorteando o que eu teria que fazer e depois ergueu a cabeça sorridente, pedindo que demonstrasse as azarações de impedimento e a estuporante. Ah, até que não me pareceu difícil... Essas eu conhecia, havia praticado diversas vezes com o Lu no dormitório, brincávamos de paralisar os ratos e sapos dos alunos quando os deixavam soltos pelo salão comunal. Fiz a demonstração sem erros e o velhinho rabiscou algo no pergaminho, voltando a me encarar.

- Muito bom, excelente! Mas agora vamos complicar um pouco as coisas...

Maravilha, tudo que eu precisava! A seqüência de azarações e contra-azarações que ele me pediu para fazer eram dificílimas! Conhecia todas elas, mas a maioria conseguia executar com precisão. Suei um bocado para conseguir passar por todas, ate que ele pediu como encerramento, que reduzisse um objeto sobre a mesa. Moleza, era só usar o reducto. Mas um pequeno detalhe tirou toda minha concentração na hora que mais precisei dela: Megan estava na bancada da ponta e parecia já ter terminado o exame, pois conversava com a examinadora, uma bruxa alta que aparentava ter no máximo 45 anos.

- Fez um excelente exame Srta. Foutley. Tenho certeza de que se sairá muito bem conosco.
- Obrigada... Espero mesmo me sair bem...
- Não é todo dia que uma aluna de 5º ano mostra interesse em entrar para a academia, normalmente as meninas tendem a optarem por isso como ultima escolha. Estaremos lhe esperando em Julho, você se tornará uma auror excepcional, não duvide disso!

Estava tão chocado com o que estava ouvindo que ao invés de acertar o objeto na mesa, reduzi a própria mesa. Por sorte o examinador pareceu satisfeito por eu ter executado o feitiço corretamente e em um objeto ainda maior e me dispensou animado. Sai depressa da câmara vendo que Megan ainda conversava com a bruxa. Ela me olhava alarmada e dava um sorriso amarelo à mulher.

Parei do lado de fora da câmara, determinado a esperar que minha irmã saísse. Não demorou muito para que Megan finalmente terminasse o papo com a bruxa e saísse, desviando ao me ver. Corri atrás dela e a puxei pelo braço.

- Me larga Scott, tenho que estudar para as ultimas provas.
- Que historia é esse de ir para a academia de aurores??
- Não interessa PAI! Você reclama, mas falou igual a ele agora!
- Desculpa... – e soltei seu braço. – Mas é que não esperava...
- Não sei por que o espanto todo... É uma profissão como outra qualquer.
- Não mesmo, você pode morrer! Quando teve essa idéia maluca?
- Desde o Halloween, quando aquele clã da família do Lu invadiu a escola atrás do grupo de comensal que atacou ele. Os vi em ação e achei fantástico! E não é uma idéia maluca.
- Papai vai pirar... Como pretende contar a ele?
- Não pretendo. Ao menos não ate entrar para a academia. Vou fazer um curso preparatório no verão, eles fazem uma seleção rigorosa para admitir novos alunos, preciso estar preparada. Uma vez que já tiver passado, penso em como comunica-lo.
- Queria saber o que fazer quando me formar, não faço idéia ainda.
- Não se preocupe você vai descobrir. Não penso em outra coisa e Flitwick prometeu me ajudar a me preparar para os NIEMs. Assim que me formar, me mudo para o alojamento da academia.
- Se é isso mesmo que quer, se você tem certeza, tem meu apoio. Mas prometa que não vai morrer em alguma missão suicida, ok?

Megan riu e me abraçou. Nunca senti tanta determinação na voz de minha irmã, sabia que ela havia tomado uma decisão e não tinha mais volta. E sabia também que ela seria uma excelente auror, tudo que ela fazia dava certo, sabia que aquele era o destino dela. Que como vovô sempre nos dizia, uma simples escolha iria definir toda nossa vida. O que Megan não sabia era que a profissão que tanto ansiava quando ainda estávamos na escola seria a mesma que lhe tiraria a vida, anos depois...

Saturday, May 20, 2006

Maldição Parte 1

Lembranças retiradas da mente desacordada de Alucard Wingates Chronos

Um grande grupo de curandeiros se amontoava ao redor da cama de Alucard Wingates Chronos. Junto do grupo de curandeiros estava a família e a namorada do paciente. Além destes também estavam presentes na sala um curandeiro especialista em retirar lembranças de pacientes desacordados para descobrir o que havia acontecido. Havia também os Professores Dumbledore e Mcgonagall, diretor e vice-diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts respectivamente. Também estavam no local dois aurores, um a serviço do clã do paciente, Kyle Mcgregor e outro a serviço do Ministério, Sergei Menken. O caso havia sido sério...O curandeiro acabou seu trabalho e se levantou completamente segurando um frasco transparente com uma substância fluída e brilhante.

Curandeiro: Pronto meus senhores, aqui estão as lembranças do que aconteceu. Ele tinha organizado tudo em forma de diário o que vai facilitar e muito saber tudo que aconteceu. Vamos deixá-los a sós. – Falou o curandeiro retirando-se junto dos outros.
JC: Deixe-nos ver logo então e vamos caçar quem fez isso – falou o líder do clã Chronos com lágrimas nos olhos que brilhavam de ódio
AD: Acalme-se James. Todos queremos saber o que houve e fazer o culpado pagar o devido julgamento
JC: Ter paciência Alvo? Meu filho foi atacado pela segunda vez! É óbvio que tem alguém querendo acabar com ele!
IC: Meu filho...Meu Alucard...O que fizeram com você!!
CC: Mãe não adianta se desesperar, vamos fazer algo, nem que tenhamos que mudar o mundo.
MC: Sra. Chronos, temos que ser fortes – A Sra. Chronos abraçou a filha e a nora e as três choravam enquanto os outros olhavam a cena de desespero que foi interrompida pela voz também assustada da Professora Mcgonagall
MM: Acho melhor vermos logo não acham senhore?
Os Chronos, Mirian, Dumbledore, Mcgonagall, Kyle e Sergei formaram uma roda em torno de uma bacia de pedra e despejaram o conteúdo fluído do frasco e todos tocaram na substância que rodopiava e foram transportados para as memórias de Alucard...

“Morrem dois trouxas por causa do ataque do vampiro Hellion”
Já fazem três semanas que as manchetes são sempre as mesmas. Esse tal vampiro Hellion tem matado muitos bruxos e trouxas e ninguém acha uma pista sequer de seu paradeiro. Papai me manda um relatório quase que diário sobre as buscas do clã, mas são sempre do mesmo modo: “Ainda não achamos nada filho. Tome cuidado”. Esses ataques estão me deixando muito preocupados mesmo, e desde que eles começaram eu tenho sentido umas sensações estranhas...O nome Hellion me traz uma preocupação ainda maior, desde que conheci a identidade do vampiro tenho me sentido estranho e me mantido calado e pensativo por horas. A Mirian, a Celas e a Alex andam preocupadas com isso. A Celas diz que nunca me viu tão calado, a Mirian diz que quase não reconhece o namorado falador e a Alex fica me perseguindo se vingando de quando eu a perseguia para procurar ajuda pros cansaços dela. Mas tirando essas sensações eu estou bem, por isso não procurei ninguém ainda. Mas se essa sensação continuar, amanhã vou procurar Madame Promfey.

Por Merlim! O que está acontecendo comigo?! Não paro de sentir arrepios e me sentir tonto do nada. Algo está realmente acontecendo mas o que será? Decidi que vou procurar hoje mesmo a Madame Promfey, agora ate eu estou preocupado. Tenho sentido calafrios...Que Merlim impeça que não, mas parece como se tivessem lançado uma maldição em mim, ou pior...parece que sinto a aproximação de morte...

Hoje está ficando cada vez pior. Agora eu estou novamente furioso e o antigo ódio que corre em minhas veias acordou de novo. Eu estava indo para a ala hospitalar sozinho (pedi para a Mirian e a Celas não me acompanharem, hoje é noite de lua cheia e brinquei que podia ter lobisomens), quando de repente um morcego entrou pela janela do corredor e ficou voando sobre minha cabeça. Ele deixou cair um pergaminho e saiu pela mesma janela desaparecendo na noite. Peguei o pergaminho e de acordo com que ia lendo, senti meu coração acelerar e o velho ódio renascer....“Quer saber o que realmente aconteceu com seu avô? Eu sei. Eu estive lá, eu vi tudo. Eu vi o que o matou, vi quem o traiu. Quer mesmo a verdade? Me encontre na floresta proibida”

Eu esqueci as sensações estranhas, que aumentavam cada vez mais, e desci correndo pelos andares da escola esbarrando em algumas pessoas que eu não reconheci, tamanha a cólera. As grandes portas de carvalho estavam fechadas, mas isso não me segurou. Me transformei em uma águia e voei por uma das janelas pousando do outro lado das portas, onde ninguém pudesse me ver. Vi o brilho intenso da lua e um calafrio subiu por todo meu corpo novamente...Comecei a dar um passo na direção da floresta proibida quando ouvi uma barulho perto de mim e fiquei preparado para qualquer surpresa. Ouvi então uma discussão entre o Sirius e o Thiago.

TP: Vcê fez o quê?
SB: Mandei o Seboso ver o que o Remo faz quando some oras....
TP: Ele vai matá-lo...
SB: Não vamos perder nada....
TP: Você não seu irresponsável, mas o Remo sim.

Nesse momento Tiago saiu andando na direção da floresta e Sirius se virou na direção do castelo rindo, mas me viu parado perto da entrada e seu sorriso se transformou rapidamente num rosto preocupado e desconfiado.

SB: Ér...Olá Lu. O que está fazendo aqui fora a essa hora?
AC: Eu ia perguntar o mesmo...e o que você mandou o Snape ver?
SB: Não é nada...Quero pregar uma peça no seboso.
AC: Eu preciso ir Sirius, depois nos falmaos
SB: Vai pra floresta?
AC: Vou.
SB: Não é seguro lá fora...- Sirius diz preocupado.
AC: Não me interessa...Eu vou...
SB: Então eu vou com você.

Nós dois saímos na direção da floresta. Sirius olhava para o castelo preocupado de alguém me ver do lado de fora tão tarde, mas eu seguia a frente determinado e com um brilho nos olhos. Sirius correu para me alcançar e falou novamente que era perigoso, mas eu o ignorei, nesse momento ouvimos um uivo algo e um grito de pavor. Corremos na direção dos sons e então eu vi...Snape perto do Salgueiro Lutador tentando se afastar de um Remo, metade humano, metade lobo, ainda se transformando. Remo deu mais um uivo alto e se transformou completamente e avançou para morder Snape que tentava escapar desesperadamente. Nesse momento ouvi um tropel de cascos e um cervo grande surgiu da floresta proibida e empurrava o lobisomem com sua galhada tentando impedi-lo de atacar o seboso. Sirius não se segurou mais e se transformou num imenso cão negro e correu para ajudar no mesmo momento que um rato cinza surgia no meio de toda a confusão. Eu então finalmente entendi o que tudo aquilo significava e apenas ignorei o perigo de um lobisomem. Olhei o lobisomem fugir para dentro da floresta sendo seguido pelo cervo, pelo cão e pelo rato, enquanto Snape choramingava e se esgueirava com pressa para o castelo. Ignorei a presença dele e me embrenhei mais na floresta seguindo meus instintos e o morcego que parecia guiar meus passos...
Alucard Wingates Chronos às 1:01 PM

Friday, May 19, 2006

Truques de Familiaridades

Do diário de Yulli Hakuna

TP: Boa sorte nos exames. – Disse me dando um beijo.
YH: Obrigada, vou realmente precisar!
TP: A gente se encontra depois, nos jardins, certo?
YH: Certo...
SB: Vamos logo Pontas, a McGonagall vai ficar furiosa se chegarmos atrasados de novo!

Tiago sorriu e saiu atrás de Sirius pela aglomeração de alunos indo para as salas de aula no final do café da manhã. Voltei para a mesa da Lufa-lufa onde meus amigos estavam terminando de comer. Puxei o livro de Poções da bolsa e abri no índice, novamente, para sortear mais uma poção para estudar. Já era a sétima ou oitava vez que folheava meu livro em busca de algum ingrediente que nem ao menos soubesse o que era, quando a professora Sprout entrou afobada no Salão Principal avisando que os examinadores dos exames de Poções haviam acabado de chegar.

PS: Desçam para as masmorras, aonde o professor Slughorn vai os conduzir adequadamente... Boa sorte a todos!

Fomos calados até as masmorras. Slughorn foi chamando dez alunos de cada vez, de acordo com a ordem alfabética. Como meu nome seria um dos últimos a serem chamados, sentei em um canto e continuei a ler meu livro, um pouco apreensiva...

Na medida em que todos iam fazendo os exames e saindo (satisfeitos, assustados ou irritados), Slughorn os mandavam para fora da masmorra, de modo que não tive qualquer outro contato com meus amigos até meu nome ser chamado.

Me levantei e joguei o livro na cadeira. Apesar de nunca ter sido má aluna em Poções, minhas mãos estavam geladas. Entrei na sala ao lado, e o examinador do fundo me chamou até lá.

GH: Bom dia senhorita Hakuna, meu nome é Gilbert Homero. A poção que vou lhe pedir é uma bem complexa, e requer muito cuidado no preparo, mas tenho certeza de que vai se sair bem... - Ele analisou um longo pergaminho, provavelmente de nomes de poções variadas, e depois, parecendo decidido, soltou um sorriso satisfeito... – Quero que me prepare a Veritasserum. Boa sorte, e não tenha pressa!

Se estivesse segurando algo nas mãos, com certeza teria desabado naquele momento. Respirei fundo, e fechei os olhos. Eu tinha lido sobre ela dois ou três dias antes do exame, mas não cogitei a idéia dela ser cobrada. Slughorn sempre com aquela cara sorridente, nos passou tanta tranqüilidade de que teríamos algo simples para preparar nos NOM’s, que mal tinha lido as que nos cobravam muita severidade no preparo. Foi a última poção que ele havia ensinado em suas aulas antes de começar as revisões para a prova, mas nenhuma informação me vinha na cabeça.

Estava gelada, nervosa, se não preparasse nada iria zerar em Poções, e adeus minha carreira no Gringotes. Olhei para os lados, buscando um apoio, e sabe um daqueles momentos que milagrosamente você vê uma luz, um micro ponto luminoso em um túnel onde tudo estava até então afogado na mais penumbrante escuridão?

Yoshi estava não muito longe, no caldeirão do lado. Ele sempre fora um ótimo aluno em Poções, certa vez tia Yhara me contou. Acho que estava fazendo uma cara bastante desesperada, porque ele logo se mexeu e pegou sua varinha, fazendo seu caldeirão, até então cheio com uma poção roxa berrante e fedida, ficar limpo.

Olhei para o fiscal, mas ele estava tão distraído lendo um livro que nem notou que não tinha nem limpado meu caldeirão ainda.

Yoshi havia virado para o meu lado, e me olhava fixamente... Eu disse em silêncio Veritasserum com expressões labiais um pouco exageradas para não restarem dúvidas, e ele logo soltou um sorriso, me confirmando que havia entendido. Apontou para o próprio caldeirão e novamente fez um sinal positivo. Dá para acreditar na minha sorte? De um dia para o outro eu ganho um “irmão/afilhado” e tão repentinamente quanto, nossas coincidências genéticas saem à tona. De um pergaminho de pelo menos 200 nomes de Poções diferentes, o fiscal dele escolheu exatamente a mesma que o meu fiscal. O truque agora era plagiar!

Yoshi foi até a mesa de ingredientes e apanhou todos de que precisava de uma vez só. Para não dar muita bandeira, apanhei os mesmos, mas em ordens aleatórias em pequenos intervalos de tempo, e quando já tinha todos à disposição, acendi o fogo e esperei.

Yoshi me lembrou um daqueles professores de culinária. Pegava cada um dos envelopes de ingredientes, levantava em uma altura adequada para eu não me enganar, e então, cuidadosamente, me mostrava o que fazer com cada um. O fiscal dele sorria debochadamente do jeito dele, como se achasse aquilo tudo um pouco patético demais, mas nem reparou que meus olhos não desgrudavam do caldeirão de lá e que eu fazia exatamente a mesma coisa que o aluno na sua frente...

Pica, corta, rala, pesa, fatia, mistura, dissolve, mistura, separa, pesa, dissolve, cheira e...

YH: Pronta! Aqui está! –

Gilbert pareceu acordar de um longo sonho, e olhou assustado, enxugando uma gota de suor da testa e recolhendo o frasco com uma alíquota da minha poção, incolor...

Ele pareceu satisfeito ao notar a tonalidade e foi até uma pequena mesa separada e com alguns movimentos de varinha dissolveu toda a poção. Voltou sorrindo muito satisfeito para mim...

GH: EXCELENTE! Posso te afirmar que nunca vi nenhum outro aluno do quinto ano preparar tão precisamente uma poção de tal nível como essa... Sabia que você daria conta! Está liberada!
YH: Obrigada! Ham, antes de ir, será que eu posso ficar com o restante da poção?
GH: Bem, não sei, não recebi nenhum tipo de instrução quanto a isso, mas acho que não há problemas... Tenho dó das confidências de quem beber isso aí.

Apanhei o resto da poção e guardei no bolso. Yoshi havia acabado de sair da sala e corri atrás dele...

YH: YOSHI!

Ele se virou assustado, e ficou ainda mais quando me pendurei no seu pescoço o abraçando agradecida.

YH: Obrigada! Se não fosse a sua ajuda, eu não saberia nem começar!!!
- Er... Não precisa agradecer... Coincidência repentina não é?
YH: Coincidência iluminada se quer a minha opinião...
- Verdade! Bom, família serve para isso!
YH: É, eu acho que sim... – disse rindo e forçando um sorriso sem graça dele... – Se precisar da minha ajuda, não nos exames mas para qualquer outra coisa, estou aqui... Madrinha é a segunda mãe! – sorri convencida e ele ficou ainda mais sem graça... – Obrigada de novo! Agora eu vou encontrar o Tiago e... Bom, tchau!
- Tchau!

Não sei por que ele não é muito do tipo de falar, nem sei por que me ajudou, só sei que eu me prometi descobrir e me aproximar mais desse novo membro da família... Anjos caem do céu, disfarçados de irmãos, afilhados, amigos, cúmplices ou todas as alternativas anteriores?


Wednesday, May 17, 2006

Alguém tem que ceder

Do diário de Louise Storm

SF: Já conseguiu encontrar as revisões da McGonagall?
YH: Claro que não, essa mesa está uma zona! Perdi minha pena, alguém viu?
SW: Acho que sentei em cima dela... Toma, usa a minha.
AM: Droga! Já gastei um tinteiro todo e ainda não entendi esses cálculos!
MF: Você ta ligando as estrelas erradas Alex, por isso os números não batem...
AC: Lou, o que foi? Que cara é essa?

Eu estava sentada ao lado do Lu e enquanto meus amigos se dividiam entre estudar para os NOMs de transfiguração e astronomia, eu me concentrava nas anotações de Aritmancia. Nunca fui má aluna na matéria, me inscrevi nela por saber que bagunçaria as aulas de adivinhação e assim teria uma noção dessa coisa de prever o futuro, mesmo que sendo através de números. O problema é que justo agora, às vésperas dos exames, eu não conseguia entende-la! Scott, que também fazia essa aula comigo, até tentou me ensinar, mas desistiu depois que eu dei um ataque no meio da biblioteca, atirando meus livros pelos ares.

Estava com muita coisa na cabeça pra fazer aqueles números todos entrarem nela com a mesma facilidade de antes. Vovó não mandava notícias há dias e nem respondia nossas corujas; Remo agora andava me tratando como amiga e isso estava me torturando; Bright andava me perturbando outra vez pelos corredores, dessa vez provocando por causa da final do quadribol; e as anotações do Sloghorn que só me deixaram ainda mais curiosa. Não cheguei nem na metade delas ainda, mas estou desesperada pra saber quem é o tal de Tom Riddle que mamãe fala tanto e o que eles conversam nessas reuniões secretas na Sonserina...

Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu


Fechei meus livros com dor de cabeça e resolvi tentar estudar na biblioteca, onde certamente estaria silencioso e não perderia a concentração com conversas. Já passava das 20hs, mas muitos alunos ainda estavam por lá quando cheguei. Procurei uma mesa mais afastada e em segundos ela já estava entulhada de livros abertos com diferentes explicações enquanto eu tentava completar a lista de exercícios que a professora Vector havia passado como base da prova. Não tinha chegado nem a 3ª questão dela e me estressei, empurrando as coisas pra longe e rasgando o pergaminho de respostas em mil pedaçinhos. Um dos meus livros caiu no chão e uma mão o apanhou. Virei para ver quem era e Remo estava em pé ao meu lado com meu ele na mão, sorrindo.

RL: Atirar os livros no chão não vai ajudar em nada.
LS: Depende. Se você estiver com raiva, ajuda a desestressar. To até mais calma...
RL: Aritmancia... Pensei que era boa aluna nessa matéria. Qual a sua dúvida?

É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais


Ele me devolveu o livro e sentou ao meu lado, puxando o que sobrou inteiro das minhas revisões e analisando. Essa fase de "amizade" nossa não era nada agradável, mas tinha certeza que a sensação de desconforto era mútua, apesar de nenhum dos dois admitir e insistir em ir além com isso. Apontei o que não estava entendendo e ele começou a me explicar pacientemente, resolvendo uma ou duas questões como exemplo. Puxei o pergaminho de volta para tentar fazer, mas não saí do lugar. Se no salão principal o que me desconcentrava eram as exclamações dos meus amigos, aqui o que me tirava a atenção era ele do meu lado, quase colado comigo!

Teu cheiro me dar prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz


LS: Não adianta, não bate! Isso não pode estar certo, pois se tiver, Dumbledore vai ser assassinado pelo sebex daqui a 20 anos!
RL: Não se estressa Louise, essa coisa de prever o futuro é muito incerta. Eu mesmo não acredito muito no que os professores dizem, ainda mais a Endora.
LS: Pois é, mas isso não é prever o futuro, é prever uma piada, né? E se na prova eu acabar prevendo a morte dos examinadores? - e me joguei no banco, deitando.
RL: Você não vai desistir agora, a prova é amanhã. Levanta, vou explicar outro exercício de um outro jeito.

Ele segurou minha mão e me puxou de volta quase pra cima dele. Ajeitei-me rápido e prestei atenção no que ele dizia. Estávamos tão próximos que eu podia contar os tons do verde dos olhos dele, então cheguei um pouco para o lado para não cair em tentação. Ele me devolveu a pena e empurrou o pergaminho para que eu pudesse tentar fazer. Dessa vez me forcei a não pensar em mais nada além do exercício e depois de riscar a questão umas 3 vezes, consegui acertar. Involuntariamente o abracei e ele também me abraçou, mas nos soltamos sem graça em seguida, evitando se encarar. Juro que não sei por que não o beijei ali mesmo, aproveitando o momento. Talvez não fosse mesmo uma boa idéia, mas confesso que estava ficando cada dia mais difícil agüentar essa coisa de ser amiga dele, nada mais.

Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer


Juntei meu material depressa agradecendo pela ajuda com a matéria e dizendo que ia terminar de estudar no dormitório, pois já era quase 21hs. Ele ainda caminhou comigo até a escadaria que dava acesso à Lufa-lufa e nos despedimos por ali mesmo, onde ele subiu rumo à torre da Grifinória.

LS: Obrigada pela paciência de novo...
RL: Não precisa agradecer, afinal, somos amigos não?
LS: É, somos... Boas férias, caso não nos encontremos mais.
RL: Boas férias pra você também, até Setembro...

Não dá pra ser feliz assim
Tem dó de mim
O que eu posso fazer


Estávamos em um verdadeiro jogo de vaidades, onde esperávamos para ver qual dos dois cederia primeiro. Não sei quanto a ele, mas eu estou prestes a chutar o balde! Respirei fundo e desci as escadas, pensando que seria até bom ficarmos 2 meses afastados, quem sabe não acabava com essa agonia toda... Esse acampamento trouxa que o professor de EdT organizou não poderia ter vindo em melhor hora! Embarcaríamos em uma semana para ele e lá vou poder me distrair com meus amigos, longe do Remo. Yulli e Mark estavam fazendo a ronda no momento exato em que me despedi dele e pela cara que eles fizeram, ia ter de tudo essa noite, menos estudos...

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N.A.: “Gostoso Demais”, Maria Bethania

Tuesday, May 16, 2006

Nom's de adivinhação: Não acredite em tudo que a bola de cristal diz...

Do diário de Alex McGregor

Depois de ler e comentar as notícias sobre o vampiro, fomos para a biblioteca.Já estávamos estudando há umas duas horas e Logan estava na mesa conosco. Volta e meia nossos olhares se encontravam, mas desviávamos porque era véspera dos NOMS e NIEMS.
Como estávamos um do lado do outro, às vezes nossas mãos se cruzavam por debaixo da mesa, e meus amigos acabavam percebendo, porque eu parava de olhar os livros e começava a trocar olhares com ele.
SF-Deste jeito não dá, parem vocês dois ou vão ser reprovados. - dizia fingindo estar bravo.
Alucard e Miriam começaram a rir porque faziam o mesmo que nós.
LW-É claro... Desculpe... Sim, vamos estudar. - soltava minha mão a contragosto e voltava a olhar para os livros com olhar sério.
De repente levantei a cabeça ele tinha os olhos presos em mim novamente. E eu comecei a olhar de volta. Sabe aquela brincadeirinha infantil de "vamos ver quem pisca primeiro"?
Pois é, acho que nem eu nem ele tínhamos brincado disso ainda. :P
Louise me deu um cutucão por debaixo da mesa para chamar minha atenção e Yulli levantou uma plaquinha: ESTANTES.
Fiz que não e olhei rápido para os lados de madame Pince, que olhava vigilante para os alunos esperando uma chance de expulsar quem ousasse atacar um de seus livros. Miriam já estava extremamente vermelha, enquanto Lu sacudia a cabeça aprovando a idéia.
Olhei novamente para Logan e ele me olhava divertido, quase me desafiando, e isto me fez decidir. Sabia que não conseguiria me concentrar novamente, então levantei discretamente e o puxei pela mão. Meus amigos começaram a dar risada, enquanto eu e ele procurávamos as estantes mais distantes. Logo encontramos uma bem isolada, e começamos a nos beijar. Só saímos de lá, quando tocou o sinal de fechamento da biblioteca. Ele me acompanhou até a Lufa-lufa e íamos conversando entre um beijo e outro.
LW - Você devia ter estudado um pouco mais...
AM - Mas, eu estava estudando... - disse cínica.
Ele riu divertido, me abraçando mais forte. Logo nos despedimos, porque o dia seguinte seria decisivo para nossas carreiras.

Horário dos exames....
Clima: tenso

- Larga esta jarra de café ou te azaro, moleque. Café é pra gente grande como nós. - dizia Louise para um primeiranista.
- Credo Louise, o café nem acabou ainda. - eu disse enquanto tomava meu suco de abóbora e ria enquanto lembrava a Louise que não éramos tão grandes assim.
YH - Ai, porque eu acho que não sei nada?? Será que eu estudei...
AM/LS - Sim, você estudou. – falamos em coro para acalmar Yulli, que achava que não havia estudado a influência das Luas de Saturno em um mapa astral.
Fomos para a torre de Adivinhação e a professora avisou que seríamos recebidos um a um. Os alunos iam entrando e como éramos proibidos de falar aos que ainda iriam fazer os exames, só podíamos especular sobre o que significavam aquelas expressões. Scott saiu satisfeito, o que era de se esperar, afinal ele era o queridinho da Endora, Louise saiu um pouco contrariada, Yulli saiu um pouco tensa, Mark saiu batendo a mão na testa, Alucard saiu contrariado e logo chegou minha vez.
Entrei na sala e o incenso estava forte. Aproximei-me da mesa e a professora Endora disse:
EB - Senhorita McGregor, sente-se naquela mesa e faça uma leitura do Orbe para o examinador, e depois pode sair. Lembre-se, não pode contar aos outros alunos da fila como o exame vai ser ok?
Assenti com a cabeça e fui para a mesa. Fiquei um pouco espantada com o bruxo que me aguardava. Era gordo, e suava em bicas, apesar da temperatura amena. Tinha um bigodão e um pote de amendoins ao lado.
- Sente-se senhorita e pode começar quando estiver pronta.- Disse e jogou um amendoim na boca.
Olhei para Endora e ela tinha um ar de desagrado no rosto para o homem.
Sentei-me e comecei a fazer tudo que a professora havia nos ensinado, comecei a olhar para o orbe e tudo o que via era o bruxo jogando os amendoins para cima e aparando com a boca.
Após alguns minutos ele disse impaciente:
- Se não estiver vendo nada, vou ter que reprová-la.
AM - Calma... As vibrações estão começando a fazer sentido... O destino é muito engenhoso. - menti.
Ouvi um barulho de riso sendo abafado, e não me atrevi a olhar para a professora, senão iria rir também.
-Vamos menina diga logo... - olhei para aquele balofo guloso e disse a primeira coisa que me veio na mente:
AM - O senhor corre um sério risco de saúde... Pode acabar morrendo...
- Hum... Sei..Todos vamos morrer, não vou ficar pra semente.É só isso...- e começou a escrever na prancheta.
AM - O senhor precisa dar uma chance às pessoas... O destino pode cobrar isto.
Ele me olhou com desdém e nesta hora jogou dois amendoins ao mesmo tempo na boca. Algum deve ter entrado pelo lado errado, porque ele começou a arquejar com falta de ar. Ele tossia tanto que começou a ficar roxo, a professora logo estava do meu lado dando tapinhas nas costas dele, mas não resolvia.
EB - Chame ajuda, rápido. - ela gritou e nesta hora um aluno abriu a porta para ver o que acontecia atraído pelo barulho.
Olhei para a cara arroxeada do homem e vi que pelo jeito não teria tempo de subir as escadas com a enfermeira, antes que ele morresse. Tomei uma decisão arriscada.
Corri por detrás dele e agarrei-o pelas costas, apertando minhas mãos em cima do estômago dele. Acho que nunca fiz tanta força na vida. Foram necessários dois apertões para que os amendoins desentalassem e ele os cuspisse fora.
O homem estava sem forças e caiu por cima de mim. Endora o levitou e viu que eu estava bem.
-Você salvou a minha vida. - ele disse sem fôlego.
Olhei meio sem graça para ele e Endora e disse meio tímida: É... Parece que sim...
EB - Sua previsão estava certa. Está aprovada, pode ir.
Olhei para a professora e comecei a sair quando o homem me chamou:
-Senhorita McGregor. Obrigado.- e sorriu.
Sorri de volta e sai da sala. Alguns alunos ficavam me olhando espantados e logo entendi o porquê. A imagem do quadro de sala de adivinhação já estava espalhando o que tinha acontecido pelo castelo, afinal nenhum segredo aqui ficava guardado por muito tempo. Encontrei meus amigos e começamos a conversar sobre o incidente, e Scott dizia:
SF - Sua sorte foi lembrar dos filmes de resgate que assistimos em casa, senão você iria ficar conhecida como "a assassina do examinador"...
YH - Sim, ia ser o perigo nos NIEMS, os mais velhos nem iriam vir com medo de pegar a aluna pé na cova.
LS - Ou mandariam aqueles que eles querem dispensar para passar pelo tratamento cinco estrelas da Alex, com garantia de passar desta para melhor.
Ríamos muito ao imaginar a cena, que até ficou mais fácil suportar os outros exames.

Sunday, May 07, 2006

Caraminholas na cabeça...

Do diário de Scott Foutley

"Ministério divulga relatório sobre vampiro". A manchete estampada em letras
garrafais na capa do Profeta Diário não deixava dúvidas de que os aurores estavam tendo dores de cabeça com esses ataques. Há quase duas semanas, notícias diárias sobre vampiros atacando pessoas em diferentes pontos alarmavam a população bruxa, que agora evitava sair de casa a noite. Eu estava sentado no salão comunal descansando do almoço e lendo meu jornal antes da aula. Tobias estava pendurado de cabeça para baixo na gaiola ao meu lado e não dormia: me olhava com cara de quem não tem nada mais útil para fazer.

SF: Você por acaso não é um vampiro disfarçado, é?

Ele se mexeu de leve na gaiola, impaciente, e fechou as asas de modo que cobrissem o rosto.

SF: Vou entender isso como um não...
QS: Falando sozinho, Scott?
SF: Ah oi Quim... Não, só estava pensando alto...
QS: Caramba... Outra notícia sobre os ataques?? Posso ver?

Entreguei-lhe o jornal e passei a ler a sessão culinária. Quim Shackbolt era aluno do 6° ano e apesar de ser da mesma turma dos marotos, não fazia parte do bando deles. Quim era um garoto negro, alto e forte, bastante reservado. Gostava dele, pois era uma das poucas pessoas na Grifinória que não implicava comigo e por várias vezes ficamos conversando até tarde no salão comunal. Sabia que ele queria ser auror, por isso estava tão interessado nessa caçada ao vampiro assassino. Ele me devolveu o jornal quando terminou de ler com uma expressão preocupada no rosto. Fomos caminhando para nossas aulas juntos e na altura em que nos separamos no corredor do 4° andar, eu também já estava com uma pulga atrás da orelha.

Era aula de DCAT com Corvinal e meus amigos já haviam se acomodado, separando meu lugar. Sentei ao lado de Sam e o professor Stroke entrou logo em seguida, pedindo que abríssemos os livros na pagina 294. Folheei o meu a procura dela e senti um frio na barriga quando encontrei.

- Vampiros! Alguém sabe me dizer quais características definem um vampiro?

Sarah logo ergueu o braço e recebeu 5 pontos pela resposta correta. Stroke então começou a andar pela sala explicando o capitulo do livro, mandando de tempo em tempo que anotássemos algo em nossos cadernos. Minha irmã estava sentada com Monn do outro lado da sala e reparei que ela tinha o caderno fechado. Ao invés de prestar atenção, lia um imenso pergaminho e anotava algo nele de vez em quando. O que será que era aquilo, que conseguia tirar a atenção de Megan?

- Alguém tem alguma duvida? Sim, Foutley! - falou ao me ver com a mão levantada.
SF: Vampiros podem entrar nos terrenos da escola?

Senti que a sala caiu em silencio diante da minha duvida.

- Claro que não, não se pode aparatar aqui, está em Hogwarts, uma história! - uma aluna no fundo da sala fez essa brilhante observação.
AC: Vampiros não precisam de aparataçao, eles podem se transfigurar em morcegos... - Lu falou impaciente, virando para mim e fazendo um L com a mão na testa, que indicava "loser". Não pude conter o riso.
SW: Mas então... Eles podem entrar aqui? - Sam já se preocupava.
- Sei que vocês estão impressionados com as constantes notas divulgadas pelo Profeta Diário, mas realmente não há motivo para pânico.
SF: Desculpe, mas... O senhor ainda não disse se eles podem ou não entrar em Hogwarts.
- Podem - e a turma se agitou - Mas, por favor, se acalmem! Não é assim que funciona. Um vampiro não invadiria uma escola sem um motivo, não é da natureza deles. E digo mais: se até aquele-que-não-deve-ser-nomeado teme Alvo Dumbledore, um simples vampiro nunca ousaria invadir o castelo. No Maximo ficaria pela floresta e jardins...

Se a intenção dele era acalmar, não surtiu muito efeito. A turma agora estava inquieta, enchendo-o com duvidas assustadas. Talvez tivesse sido melhor não ter feito a pergunta... Lu, que estava sentado na minha frente, tinha um ar preocupado, como se tentasse pensar em uma boa razão para um vampiro invadir a escola.

Visivelmente enrolado com o batalhão de perguntas, o professor se viu obrigado a dar a aula como encerrada, minutos mais cedo. Desci as escadas à caminho da aula de Feitiços ainda discutindo esse assunto com meus amigos, mas desviei minha atenção por um segundo quando vi Megan passando distraída, ainda lendo o tal pergaminho. Disse que os encontraria na sala e fui atrás dela. Sei que a curiosidade matou o gato, mas é inevitável!

SF: Megan! Espere!
MV: Ah oi maninho, o que foi? - falou enrolando depressa o pergaminho.
SF: O que você tem ai?
MV: Nada, por quê?
SF: Não minta, sei que está escondendo algo. O que é?
MV: Não seja fofoqueiro, é coisa minha.
SF: O que está aprontando agora?
MV: Nada, não enche!

Ela me empurrou e saiu decidida a não me deixar ver o conteúdo do pergaminho. Pronto, agora ela me deixou ainda mais curioso. Não costumávamos manter segredos um do outro, era uma espécie de pacto de irmãos gêmeos. Mas se Megan estava escondendo algo de mim, devia ser alguma coisa muito importante para ela e que provavelmente não agradaria a todos...


Sombras de Medo no mundo bruxo...E eu estressado!

Diário de Alucard W. Chronos

Diário, eu estou super estressado hoje! Já me envolvi numa briga feia com um aluno metido a besta da Sonserina (qual deles não é?). Ele anda me estressando e hoje não teve outro jeito, eu acabei brigando com ele...Ta bem acalme-se eu vou te contar tudo seu fofoqueiro! Ah não estão havendo caçadas do clã aqui na escola não diário, não precisa ter medo, seu medroso! Apesar que ando curioso com umas notícias estranhas que têm surgido nos jornais. Um vampiro que anda matando pessoas...Já enviei uma carta pro meu pai querendo saber sobre o que é, e estou esperando resposta...Bem deixa te contar tudo...
O jogo da Lufa-lufa contra Sonserina, foi ótimo! Foi muito bom ver os Sonserinos perderem feio para a Lufa. O estádio era praticamente todo coberto por amarelo e prata, enquanto uma minoria era verde e prata e esses sentiam a pressão de ter toda a escola torcendo contra eles. Ou seja, já havia a rivalidade básica entre a escola e aquela casa...Mas tinha uma rivalidade ainda pior entre eu e um sonserino do quinto ano metido. O nome é algo como Posoidon Vinctruos, que nome feio né? Ele, nessas semanas que tem antecipado a final, tomou um gosto em implicar comigo, eu ignorava, mas ele tocou no meu ponto fraco: a Mirian...Ele deu pra dar em cima dela descaradamente na minha frente e sempre implicar com ela, e eu junto dos Marotos, que não perdem uma oportunidade de espancar ou zoar um sonserino, demos um susto e um esporro nele e pensamos que assim ele ia parar...Mas que nada...
No dia jogo, ele estava se achando o tal. Desfilava pela escola com o brasão da casa já cantando vitória. Todas as vezes que nos esbarramos nos corredores tiveram trocas de empurrões e feitiços escondidos (todos da Grifinória e das outras casas contra ele), e ele teve que ir para a Ala Hospitalar mais de três vezes só durante a manhã. Mas mesmo assim não aprendia...Eu e a Mi fomos juntos pro estádio e ficamos na massa que torcia para a Lufa, mas mesmo assim eu consegui notar que ele não tirava os olhos de mim e principalmente da Mirian, e isso foi me irritando profundamente. Quando acabou o jogo e a Lufa ganhou, os Marotos não perderam a chance de implicar com os sonserinos e foi aquela confusão. No meio disso tudo ele veio na nossa direção e eu já me preparei pra confusão. Ele chegou perto da gente e ficou me olhando de cima a baixo, ele estava com medo, estava sozinho e era um bom palmo menor e mais fraco que eu. Depois começou a olhar pra Mirian que ficou sem graça e se aproximou de mim, eu a abracei e o encarei. Ele deu um sorrisinho maldoso e falou:
PV: Sua namorada é muito bonita, pena que está com um Grifinório
AC: Com um sonserino como você que ela não estaria
MC: Preferia a morte a estar com um sonserino...
Ele ficou quieto por um instante, mas parece que resolveu implicar mais. Chegou mais perto de mim e falou um comentário horrível e mal-educado sobre a Mirian na minha cara. Eu não me segurei e deixei toda minha raiva sair de uma vez só. Levantei o punho pro alto e desci com toda a força que eu consegui concentrar naquele milésimo de segundo e atingi em cheio o olho dele, deixando-o roxo. Antes dele poder fazer qualquer coisa eu saquei minha varinha e apontei pro rosto dele enquanto eu falava:AC: Acho que você ainda foi pouco a Ala Hospitalar. Quer ir de novo?PV: Não encha seu grifinóriozinho inferior!
Quando ele falou isso ele sacou a varinha e tentou me enfeitiçar, mas eu sou membro de um clã caçador de bruxos das trevas! Quando um imbecil como aquele ia me vencer? Mal ele ameaçou me enfeitiçar eu lancei um raio roxo na direção do rosto dele e começaram a nascer tentáculos roxos. Alguns grifinórios que haviam ouvido o insulto dele a minha casa, a mim e a Mirian tomaram parte das brigas e vários feitiços saiam na direção dele. Os mais cruéis foram com certeza o Potter e o Sirius. Eles chegaram perto do sonserino e só eles desferiram uns cinco feitiços cada um. No final nos dispersamos e o que sobrava do garoto era uma miniatura de trasgo...pele verde, tentáculos na cabeça, dentes gigantes, rabos multicoloridos, olhos inchados (acho que o Sirius bateu mais nele, porque eu não tenho tanta força) e uma infinidade de misturas de feitiços. A Mirian ainda estava meio abalada e me abraçava forte com medo de me soltar e ter outro daqueles trogloditas por ali e eu a acalmava fazendo carinhos em seu cabelo e a abraçando forte. Acho que o tal Vinctruos foi achado pelo Filch quando vasculhava o estádio fazendo a limpeza do lixo...e achou uma grande quantidade de lixo. O garoto está até agora na Ala Hospitalar...Um instante diário, a carta do papai acabou de chegar...
Ai, o caso do tal vampiro que estava matando pessoas é sério, olho a cópia do relatório que meu pai está preparando pro Ministério e a carta que ele mandou:

“Carta:
Filho,
Nós também estamos curiosos e preocupados com esses casos de ataques desse vampiro. Tanto que o Ministério nos contratou para investigar e capturar esse ser abominável. Resolvi te mandar uma cópia do relatório que vamos enviar para o Ministério e que está sendo enviado para todos os membros do clã, inclusive sua irmã e aqueles seus amigos o Kyle e o Sergei, esse último está trabalhando conosco parte de uma força tarefa especial escolhida para esse caso. Eles estão em trabalho de campo tentando localizar o vampiro, mas não tivemos sucesso. Os dois estão bem como você me pediu para te avisar. Não preciso avisar e te pedir para ter cuidado não é? Não se meta em muitas encrencas! E cuidado com esse vampiro, estamos caçando-o e tenho medo de vingança...cuide-se e cuide também da Celas e da Mirian.
Beijos e Saudades”


“Relatório:Nome: Hellion Hellhound, auto denominasse O Incógnito
Raça: Vampiro
Idade: Desconhecida.
Nacionalidade: Londrina
Pais: Desconhecidos
Moradia: Desconhecida
Características Físicas: Alto, olhos azuis quando não vermelhos por sangue, pele muito alva e cabelos pretos, lisos e longos.
Dados: Vampiro cruel e perigoso, famoso por matar cruelmente e por diversão. Também é famoso por passar a maldição dos vampiros para aqueles que sob seu julgamento merecem uma punição. Criminoso de alto perigo, já que vende seus serviços para qualquer um que possa pagar seus serviços. Ele é um matador profissional, mas também oferece o cruel “serviço” para seus contratantes de passar a maldição dos vampiros, mordendo seus alvos para transformá-los em vampiros a pedido de alguém que lhe pague. Apesar desses “serviços” oferecidos, o vampiro tem imensa sede de sangue e mata por pura diversão e crueldade”Periculosidade: Altíssima
Recomendações: Cuidados básicos com vampiros.....”


Bem após tudo isso vêm uma série de recomendações para evitar ataques de vampiros e outros dados necessários a captura do vampiro por parte do Ministério e do Clã. Mas já chega por hoje diário, eu preciso dormir e descansar. O dia foi agitado hoje. Boa noite
Alucard Wingates Chronos às 12:14 AM

Wednesday, May 03, 2006

Festa na Caverna...

Memórias vívidas de Yulli Hakuna

- Estava obcecada, o braço esticado, e só via aquela minúscula esfera dourada veloz na minha frente. Sabia que tinha alguém junto comigo, mas isso não tirava a minha concentração, estava quase, quase... Fechei a mão em semi-círculo para receber a bolinha, e senti duas asinhas batendo de leve na palma dela. Rapidamente, fechei a mão, e o mundo pareceu voltar ao meu campo de visão...
- E depois, a última coisa que me lembro, foi de estar sentada, no gramado, agarrada à minha vassoura e segurando o pomo dourado com toda a minha força, o braço esticado, uma mescla terrível de infinita alegria e emoção... Meu time descendo e me abraçando às lágrimas, e logo, uma onda amarela e preta nos amontoando...

Todos do Salão Comunal da Lufa-lufa explodiram em risos, aplausos e assovios. Estranhamente, eu estava em cima da mesa de centro, com o uniforme de quadribol, sujo e amassado, e no braço esquerdo, na mão, o pomo já cansara de se debater depois de horas, e recolhera suas asinhas estando totalmente estático. Mais da metade dos estudantes estavam ali comemorando a nossa vitória sobre a Sonserina, e até mesmo a Agatha e alguns outros verde prata foram nos prestigiar. Os professores, por forças maiores, haviam concedido o direito de uma comemoração para o time. Minha cabeça já rodava de tanto whisky de fogo, e quando os lufanos impuseram que o time desse um depoimento sobre a emoção de ter vencido o jogo, eu me empolguei e contei lance a lance a minha captura.

Sam e Scott estavam totalmente vestidos de preto e amarelo, e continuavam o coro da torcida no campo de quadribol, o lema lufano na ponta da língua. Enquanto cantavam, pulavam e faziam passos com palmas e gritos, um estilo de dança árabe ou grega...

Here's a Lufo, there's a Lufo, and another
little Lufo, fuzzy Lufo, funny Lufo, Lufo Lufo, Dumbie.

Fui puxada por Tiago da mesa, e Louise subiu para dar seu discurso. Seus olhos estavam inchados e ela estava com cara de boba. Estava totalmente tonta também, até segurava uma garrafa de whisky como prova disso.

LS: Ah, eu nem sei o que falar, muitas vezes eu pensei em desistir do distintivo e passar pra frente, mas meus amigos sempre me incentivaram, e... E... Nós arrasamos hoje, todos, sem exceção, e valeu nossos treinos pesados, e gritos, desentendimentos, raivas... Agora em cima da estante da Sprout, tem a taça... e...

Ela buscava encontrar as palavras, mas mais lágrimas caíam, quando a nossa convidada vip chegou. Professora Sprout entrou, os olhos cheios d’água, estava com o uniforme preto e amarelo, enrolada em uma bandeira gigante, uma cartola de texugo, na mão as bandeiras do time, e algumas garrafas de whisky de fogo. Foi instantâneo, ela mal entrou e uma onda lufana correu até ela e saltou em cima.

Sprout: Parabéns meninos, parabéns! -disse quando conseguiu se livrar da onda de amarelos e pretos. A Lufa jamais ganhou tamanha honra de derrotar a sonserina intacta no pódio em uma final, e o jogo, ah, foi tão lindo! Eu estou muito orgulhosa de vocês e... –caindo em prantos...
AM: Para professora, vamos dançar e beber, afinal hoje o dia é dos texugos!

Lufo Lufo, Slug Club, Lufo, Huflepuff, Flitwick, Sprout,
Lufo, Lufo, Lufo, Hagrid, Lufo, Lufo, Lufo, Dumbie.
I was once a broomstick, I lived in a cave, but I never saw the way, Snape is my slave.

A festa só acabou ao amanhecer. Alguns outros professores, como Flitwick, Madame Hooch e Andrômeda, além de Dumbledore, McGonagall e Hagrid foram nos dar parabéns e provar um pouco do whisky lufano.

Fui dormir tonta, mas completamente em foco e explodindo de felicidade, o pomo de ouro pesando no bolso do uniforme... Acho que vou negociar com Madame Hooch este pomo da vitória...

I was cheated last year, but I kicked Potter, And now listen little snakes, to the guys on
yellow. Did you ever see a Lufo, kiss a Lufo, on a Lufo, Lufo's Lufo, tastes like Lufo, Lufo Lufo, Dumbie. Half a Lufo, twice the Lufo, not a Lufo, Ruffle, Lufo, Lufo in a bar, I saw a Lufo, Lufo, Dumbie. Is that how it's play now, is it very late, it's made of fire whisky? McGonagall, Sprout, Flitwick. Now my song is running thin, And my throat is sore. Time for me to retire now and become Dumbledore...


Tuesday, May 02, 2006

Um dia de fúria!

Do diário de Alex McGregor

Mais um caso de morte por mordida de vampiro!
“Comunidade bruxa com medo e ministério comunica-se com o primeiro ministro dos trouxas para avisar sobre o perigo. Aurores estão em alerta para prenderem este criminoso.”

Li rapidamente a notícia, antes de pular para a seção de esportes e logo a esqueci distraída com minhas torradas. Estava com fome e logo iríamos para o vestiário. Hoje era o dia! Era dia da decisão do campeonato de Quadribol, e seria Lufa-Lufa contra Sonserina. Durante a semana algumas brigas ocorreram nos corredores, e torcedores de ambas as casas andaram visitando a enfermaria para remover rabos e presas, coisa bem comuns numa final.

I've paid my dues
Time after time
I've done my sentence
But committed no crime
And bad mistakes
I've made a few
I've had my share of sand
Kicked in my face
But I've come through
And we mean to go on and on and on and on


Após o café, fomos para o vestiário e Louise parecia engasgada tamanho o nervoso. Fomos para o campo e era uma coisa linda de ser ver: uma pequena parte da torcida vestia prata e verde, mas a maioria: amarelo e preto.Monn, que iria narrar a partida tinha as unhas nas cores da casa, Scott e Sam, estavam super animados comandando a torcida.

I've taken my bows
And my curtain calls
You brought me fame and fortune
And everything that goes with it
I thank you all
But it's been no bed of roses
No pleasure cruise
I consider it a challenge before
The whole human race
And I ain't gonna lose

And we mean to go on and on and on and on


A narração da Monn estava cômica quando ela falava o nome de Dashwood associando-o a porco chauvinista, canalha e outros adjetivos piores. McGonnagall ameaçava tomar o microfone e ela se recompunha, por alguns segundos e lá estavam os desaforos novamente.
Quando ele marcou ponto e passou sorridente provocando Louise, não tive dúvidas: ele merecia troco. Aproveitei o vacilo de Fulhan quando Louise mandou um balaço na sua direção, peguei a goles e fui pra cima do Bright, e acertei sua cabeça. Ele caiu da vassoura, mas foi amparado pelo Harper e Crabbe, o que foi uma pena. Hunpft.

- Srtª McGregor, será que pode explicar o que aconteceu?? - a professora McGonagall tomou o microfone da mão de Monn para berrar comigo.
- Queria passar a goles pro Joey, não tenho culpa dele ter um cabeção...
Ela me olhou feio, mas não falou mais nada. Acho que ela reconheceu que eu havia dito a verdade sobre a cabeça de melancia do Dashwood :P
Continuamos com o jogo, logo os sonserinos começaram a fazer o que sabem melhor: agredir lançando balaços, davam chutes, e respondíamos à altura. Acho que em todos os séculos de história de Hogwarts, nunca viram os texugos tão furiosos em campo.
Jogávamos há quase uma hora e todos estavam ficando cansados, quando Yulli saiu em disparada, pois tinha visto o pomo, nem deu tempo de nos movimentar para protegê-la quando Agatha lançou um balaço e a desviou por alguns segundos beneficiando Harper, Louise rapidamente lançou-lhe dois balaços de uma vez, derrubando no chão. Yulli capturou o pomo.

We are the champions - my friends
And we'll keep on fighting
Till the end
We are the champions
We are the champions
No time for losers
'Cause we are the champions of the World

Meus olhos encheram de lágrimas de tanta felicidade. Minha vontade era de rir e chorar ao mesmo tempo. Finalmente minha casa ganhava o campeonato de quadribol, descemos rápidos e nos amontoamos em cima de Yulli que chorava e ria com a mão levantada. Logo estávamos pulando num mar de torcedores recebendo abraços, apertos de mãos, quando senti alguém me segurar firme. Olhei e era Logan sorrindo, todo vestido com as cores da Lufa.
Achei a coisa mais meiga do mundo e fiz o que estava com vontade de fazer há dias: pulei no seu pescoço e o beijei. Ele me abraçou mais forte e continuamos a comemorar a vitória da Lufa em grande estilo.

We are the champions - my friends
And we'll keep on fighting
Till the end
We are the champions
We are the champions
No time for losers
'Cause we are the champions of the World

N.autora: We are de champions - Queen

Monday, May 01, 2006

Velozes e Furiosos

Do diário de Louise Storm

- Lufa-lufa, Lufa-lufa!
- Sonserina é a maior!

Os gritos vindos do campo de quadribol invadiam os vestiários e nos deixavam ainda mais tensos. Estava parada na frente do time tentando falar alguma coisa que os incentivasse antes de sairmos, mas me limitei a engolir seco e colocar a vassoura no ombro, me encaminhando para a luz do dia e sendo seguida pelos meus companheiros de time.

A escola inteira estava amontoada nas arquibancadas, 75% dela trajada de amarelo e preto e os 25% restantes formavam um lençol verde e prata que conseguia fazer mais barulho que o resto da escola. A torcida da Sonserina sabia ser intimidadora quando queria, mesmo estando em notável desvantagem... Eles carregavam faixas e bandeiras que acompanhavam canções irritantes para desconcentrar nosso time, mas Scott e Sam lideravam um animado coral de texugos que com a ajuda de alguns corvinais e girifórios era capaz de abafar o som que vinha das masmorras.

- E aí vem o time da Lufa-lufa: York, Storm, Fergunson, McGregor, Bell, McKnight e Kinoshita! Os lufanos esse ano desbancaram os corvinais no último jogo, que eram favoritos ao título! Droga, por que perdeu o pomo Batland?? - Monn não se conteve e exclamou indignada, recebendo uma chamada da professora McGonagall.
- Ok, ok, a Lufa-lufa jogou melhor... E aí vem o time da Sonserina, com minha amiga arrasando nesse modelo novo do uniforme, ta linda Agatha!! Mas sim, aí vêm eles: Lestrange, Carrara, Crabbe, Nott, Fulham, Dashwood e Harper! Dashwood, o canalha, entra no lugar de Severo Snape que está contundido... Bom, então ele está normal, não é? - e saltou pra longe do alcance da professora.

Monn gritou quando madame Hooch apitou e levantamos vôo. Alex logo veio voando pra cima de onde estávamos e partiu na frente com a goles debaixo do braço, quase furando o Lestrange no meio quando a atirou pra cima dele, marcando o 1° gol da Lufa-lufa. As arquibancadas vieram abaixo e incentivados pelos gritos, marcamos mais 3 gols seguidos. Estava 40 x 0, Liliana não deixava nada passar pelos nossos aros, quando um balaço raspou a minha orelha, chegando a entortar meus óculos.

- Olhos no jogo Storm... - Crabbe falou rindo feito um porco, girando o bastão confiante.
- Olha a cabeça, Crabbe! - e voei pra cima de um balaço que vinha na minha direção, acertando-o com força na cauda da vassoura dele.
- Louise quase derruba o gordinho da vassoura agora! Que suadeira hein balofo? - Monn falou rindo e mudou de assunto quando McGonagall a olhou séria. - Bell com a posse da goles, ele avança para a direção de Rodolfo Lestrange depressa e aaaaaah, o cretino do Dashwood toma a goles da mão dele, voando agora em direção à goleira lufana! Agarra isso menina, não deixa esse porco chauvinista marcar! Ah droga, ele marca, 40 x 10!

A torcida da Sonserina agora urrava tão alto que nem as vaias puxadas por Scott conseguiam abafar. Bright voava sorridente pelo campo, passando por mim e me olhando ameaçador. Minha vontade era de acertar ele com o bastão no meio da cabeça oca, sem balaço nem nada, mas tinha certeza que seria expulsa por isso. A Sonserina se animou e conseguiu marcar mais 3 gols, empatando o jogo e desestabilizando nosso time. Fulham voava na reta de Liliana, mas Alex cortou na frente dela e tomou a goles, no momento exato que a acertei com um balaço ligeiro.

- Alex está com a goles. Vamos lá amiga, fura o bloqueio daquele feioso! Ei, pra onde ela está indo? Os aros da Sonserina ficam do outro lado... Huuuuuuu, essa deve ter doido!

Alex não foi com a intenção de marcar um gol, mas sim acertar Bright. Ela voou na direção dele e atirou a goles com toda sua força, acertando em cheio sua cabeça. Ele, que foi pego totalmente desprevenido, caiu da vassoura. Foi amparado por Harper e Crabbe, que por sorte estavam voando perto.

- Srtª McGregor, será que pode explicar o que aconteceu?? - a professora McGonagall tomou o microfone da mão de Monn e berrou com Alex.
- Queria passar a goles pro Joey, não tenho culpa dele ter um cabeção...
- Ora querida professora, um canalha como o Dashwood merece mais que uma simples goles, ele devia estar feliz...
- Limite seus comentários apenas para o que acontece na partida Srtª Speaker, seja imparcial!

Monn puxou o microfone de volta e continuou a narrar. Voei para perto Alex e sussurrei um "obrigada" quando passei, indo me juntar ao Mark para rebater os balaços. A partida seguiu equilibrada até o final. Se marcássemos um gol, os sonserinos marcavam também. Eles começaram a jogar sujo tentando nos derrubar com os balaços e até chutes, mas respondíamos na mesma moeda. Monn a toda hora dizia que estava se assustando com a fúria dos texugos em campo. Já estava cansada, o jogo estava quase atingindo uma hora, quando vi Yulli se jogar na direção do chão, os olhos apertados focando em um ponto só.

- E parece que Yulli avistou o pomo! Ela segue disparada na direção dele, emparelhada com Harper! Vai garota, chuta ele! Ooooow cuidado Yul! Que coisa feia, Tha!!

Agatha lançou um balaço na direção da minha amiga, mas Mark alçançou-o a tempo. Yulli perdeu o rumo por alguns instantes, o que foi tempo suficiente para o Harper passar a frente dela. Tomei o bastão da mão de uma Agatha relutante e usando o meu também, lancei logo dois balaços pra cima dele. Harper desequilibrou e caiu chapado no chão, deixando o caminho livre para Yulli capturar o pomo...

- Éééééééé vitóóóóória da Lufa-luuuuufa! Os texugos desmontam a tirania masmorrense e vencem o campeonato!!

Foi a última coisa que ouvi, o tradicional jeito empolgado de Monn para anunciar a vitória do time pelo qual estava torcendo. Voamos em direção à Yulli, que estava sentada no chão chorando e rindo ao mesmo tempo, o pomo preso entre os dedos e a mão erguida para a torcida lufana nas arquibancadas, que ia ao delírio. Nos embolamos com ela no gramado e aquele mar amarelo e preto veio correndo na nossa direção, tornando impossível de se ver qualquer outra coisa além de cabeças. Só deu mesmo pra ver a Alex agarrada ao Logan, que parecia um lufano vestindo as cores da casa... Madame Hooch entregou a taça na minha mão e virei-a para meus amigos e companheiros de time, para assim a erguemos todos juntos, sob os gritos de "é campeã!"...