Thursday, April 27, 2006

Fez besteira? divã lufano é a solução

Do diário de Alex McGregor


Sabe quando você fica pensando em algo que você fez na hora da raiva e depois fica remoendo: Como vou consertar isso?
Acho que não era a única que estava com algum problema pois Louise e Yulli tinham umas feições tensas também, e aí nos refugiamos nos livros para estudar para os NOMS, tudo iria bem se eu não tivesse tido um surto de: Quero contar tudo, antes de ir para o inferno....Ok, um tanto dramático, mas eu precisava desabafar ou iria ficar sufocada.

AM -Yulli fiz uma besteira...- disse empurrando os livros.
YH - O que foi Alex? Beijou o Flitwick?- disse rindo.
AM - Beijei o Sergei. – disse baixo e nesta hora Louise soltou o livro dela.
YH - Ui, então não fez besteira não, ele é tão... Peraí??? O Sergei???
AM - É Yulli o Sergei. Beijei com gosto. Eu tava tão irritada na hora que nem pensei o que tava fazendo.
LS - Caraca... A competição pra ver quem faz mais besteiras está acirrada....- disse e olhei feio para ela que me mostrou a língua.
YH - E... e... Caramba! E como foi?
AM - Bem....Tirando o fato que o Kyle estava lá e ficou espumando feito cachorro raivoso... Foi uma delícia... Ele beija bem né?
YM - Bem... Er..Ahn...Sim... Razoável... Vou te dizer bem a verdade amiga... Ele foi o único homem até hoje que conseguiu me dobrar e me deixar com as pernas bambas e um tanto zonza depois de um beijo, acho que vocês perceberam isso!
LS - Sim, até achei que era sério.
AM - Eu sei...Mas quando vi o Kyle querendo bancar o superior, olhei pro lado e o Sergei estava ali todo cheirosinho, com cara carente porque viu você saindo com o Potter não teve jeito: beijei
YH - Ele estava me olhando carente? Ai ai... E o Potter não é nem o calo dele...
LS - Ah mas você escolheu sair com o Potter né?
YH - Sim, eu sei, mas é que... Ah, deixa pra lá, não quero falar desse tapado! O Kyle não tem o direito de ficar irritado! Vocês são irmãos não é? Ele tem que se conformar... E o Sergei é solteiro! E que solteiro!
AM - Sabe eu queria magoar o Kyle de alguma forma, e acabei não pensando no que fazia. Depois do beijo, Sergei e eu ficamos olhando um pra cara do outro constrangidos.
YH - Eu entendo... Acho que o Sergei vai ficar em maus lençóis agora não é?
AM - Eu espero que não, ele sabe se cuidar e talvez seja o único que Kyle escuta.
LS - Bem..não sou nenhum exemplo de pessoa bem resolvida no diálogo mas.. Yulli...se você sente isso pelo Sergei...Porque você não fica com ele?
YH - Porque ... Eu não sinto nada por ele, só um calor! Ah, Alex, eu acho que estou gostando do Potter... Droga, falei!
LS - Ai, isso foi um soco no estômago...
AM - O Potter? Bem... O Potter...Você sabe né? O Potter é... tão... Potter.- e não sabia o que dizer realmente.
YH - Sim, eu sei, me sinto uma idiota, e tento me socar por isso, mas ele realmente sabe como conquistar uma pessoa quando quer... Não vou assumir isso pra ele nem ameaçada, mas acho que ele conseguiu o que queria!
LS - Mas... Vocês vão namorar sério?
YH - Na verdade, eu acho que a gente está namorando, pelo menos por parte minha. E em Hogsmeade, foi tudo tão lindo.
AM - Mas ele precisa saber... A gente sabe como o Tiago pode ser bestinha com uma garota, ainda mais andando com o Sirius.
YH - É eu sei... A Abby ficou me olhando com cara feia. Não tenho culpa se o Tiago a dispensou para sair comigo. - e olhamos para Abby sentada junto de Susan estudando.
LS - Onde eu estava que não vi isto? Ah, sim, tomando café bem forte pra curar a ressaca.
AM - Olha... A culpa de tudo isto é do Logan sabia?
YH - É? Por quê? Ah, é sim... Hunf... Idiota!- com um ar sonhador.
AM - Se ele tivesse ficado aqui, vindo me pedir pra namorar com ele e não ficar nesta coisa idiota de "somos amigos" ou "nos vemos por aí", eu teria ido com ele pra Hogsmeade e não teria beijado o Sergei.
YH - É... Mas as coisas acontecem quando devem acontecer Alex! Não me olhe com esse nariz torcido, não ando tendo premonições a la Endora, mas penso que as estrelas estavam traçadas... Qualquer acaso não é mera coincidência!
LS - Aah eu acho que você tem razão, mas precisa ser tão complicado assim? Aposto que eles não têm as mínimas dúvidas que nós temos.
YH - É... Pelo jeito Alex, você é mais uma que caiu nas garras de um monitor....
Rimos e começamos a olhar para Louise e ela sabia o que queríamos saber:
LS - Não comecem vocês também. Já basta o Scott.
LS - O que ele disse?
AM - Ele tá sabendo de alguma coisa???
LS - Não está sabendo de nada, mas ficou me atormentando por causa da minha bebedeira, e disse que não vai mais dar palpite na minha vida amorosa, porque ele me avisa e eu não escuto; daí quando a poção entorna fico sofrendo pelos cantos...
AM - Nossa, o Cott devia estar estressado.
YH - Hum... Alguma coisa deve estar preocupando ele.
Ficamos por ali mais um tempo conversando sobre tudo que nos preocupava, mas logo tivemos que voltar aos livros. Os examinadores dos NOMS não iriam nos poupar ao saber da bagunça que era nossa vida amorosa, muito pelo contrário, talvez até nos reprovassem de primeira.
É... O mundo é tão injusto!

Wednesday, April 26, 2006

A lei do retorno...

Do diário de Yulli Hakuna

YH: Tira essa sua mão de mim! Vai lá, a sua amiguinha está te chamando pra ir se sentar com ela...
TP: É isso mesmo que você quer?
YH: Já vai tarde se quer saber...
TP: Ok, então eu vou mesmo!

Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender

A festa do Mark já estava na metade, quando mais uma vez discuti com o Tiago. Não sei o que anda acontecendo comigo, ando meio estranha, ou totalmente estranha! Nunca me importei com essas meninas que acenam, com sorrisinhos assanhados, e o convidam para dançar com elas em festas, mas isso agora estava passando a me incomodar muito. Quando vi uma menina da turma dele o acenando e sorrindo, nem raciocinei que ela tinha namorado, fiquei furiosa e mandei-o pra lá.

Como todos os meus amigos estavam dançando e aproveitando muito a festa, decidi por ir curtir minha fossa sozinha, e sentei em um canto afastado, naquelas horas, quase deserto... Pegava todos os copos que os elfos garçons me ofereciam e estava começando a sentir minha cabeça ficar pesada quando resolvi dançar...

Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou
Você pode até duvidar,
Acho que isso não é amor...

Mal entrei na pista de dança, e vi Louise e Mark grudados. Primeiro, jurando que era ilusão de óptica, esfreguei os olhos e olhei de novo, mas eles não se desgrudaram. Meu queixo foi ao chão... E eu que pensei que estava bêbada! Scott dançava animadamente com Alice, e a Alex estava tentando uns passos com um grifinório.

Se lembra do Jeremy? Sim, aquele corvinal monitor-chefe, que eu casualmente encontrei? Ele me tirou pra dançar! Percebi que ele também já tinha bebido um pouco, e não estava muito feliz, então conclui que seria uma boa companhia, e melhor ainda, não me perguntaria sobre o motivo do meu mal humor.

Quando estava prestes a amanhecer, McGonagall declarou o fim da festa e mandou todo mundo ir dormir. Alex e Sam foram arrastando o Mark enquanto eu e Scott lutávamos contra a Louise, que naquela hora, estava tendo alucinações...

LS: Yulli, olha lá Yulli, é o Mark! Você viu? Eu fiquei com o Mark! Viu?
YH: Vi sim Lou... Chocante!
LS: É o Mark – e ria descontroladamente.
SF: Louise está proibida de beber nas festas daqui pra frente!
YH: Apoiado...

Quando chegávamos perto da cozinha, meu estômago despencou ao ver Tiago aos beijos com a Abby (na verdade eles estavam em uma tentativa mútua de se engolirem), a nossa outra companheira de dormitório. Jeremy estava nos seguindo até a Lufa-lufa, e seguindo meu instinto vingativo, deixei Scott responsável por levar a Louise o resto do caminho sozinho, arrancando várias exclamações de desaprovação do meu amigo.

LS: Yulli, a gente tem que seguir o Mark, olha ali ele, olha...
YH: Eu vou segui-lo, ta bom? Daqui a pouco... Pode ir indo que eu alcanço vocês...
SF: Yulli, juízo!
YH: Boa noite, Scott! Já chego lá no Mark, Lou...

Será só imaginação,
Será que nada vai acontecer
Será que é tudo isso em vão
Será que vamos conseguir vencer?

Jeremy se aproximou e me deu um abraço. Quando vi Abby e Tiago chegando de mãos dadas e com caras amassadas, beijei-o tão desesperadamente, que não deu tempo nem de recusar e se afastar, apenas correspondeu aturdido. Abby e Tiago passaram por nós, e seguiram até a entrada da Lufa-lufa. Soltei Jeremy, que me olhava um tanto constrangido...

YH: Ham, boa noite!
JG: Boa noite...
YH: Desculpe, se eu fui um pouco precipitada...
JG: Não, eu... Quer ir comigo pra Hogsmead amanhã?
YH: Seria ótimo, mas eu estou pensando em ficar pra estudar... Sinto muito...
JG: Não tem problema, eu também pretendo estudar... Boa Noite então...
YH: Certo...

Fui andando até a entrada da Lufa-lufa, quando cruzei com Tiago voltando, um sorriso sarcástico no rosto. Cruzei direto, sem falar nada, mas ele segurou meu braço...

Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação?
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão
Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
Pra que esse nosso egoísmo
Não destrua nosso coração...

YH: Me solta, to cansada... A festa foi agitada demais!
TP: Agitada? Você só ficou com esse corvinal, não pode ter sido tão agitada...
YH: Me importo mais com a qualidade do que com a quantidade!
TP: Então, se eu fosse você, revia meus conceitos de qualidade...
YH: Ah, me da licença!
TP: Porque você ta nervosa comigo? Não foi você que me dispensou no começo da festa?
YH: Um hipógrifo incomoda muita gente, dois hipógrifos incomodam incomodam muito mais...
TP: Agora a culpa desse monitor ser totalmente...
YH: Lindo, educado, inteligente, compreensivo e gentil! Não, a culpa não é sua, porque não podemos nem comparar...
TP: Eu ia dizer, totalmente sem atitude... Vai me dizer, olhando nos meus olhos, que ele que te beijou, e não o contrário...
YH: Boa noite!
TP: O silêncio confirma...

Sai irritada e parei no meio do caminho. O álcool misturado com a raiva me fizeram soltar um grito ensurdecedor, antes que me contivesse.

YH: OLHA AQUI, VOCÊ NÃO É O ÚNICO QUE SABE COMO AGRADAR UMA GAROTA, VOCÊ É PATÉTICO, E SEM GRAÇA, E EU ODEIO VOCÊ! SAI DO MEU PÉ, ME ESQUECE! O JEREMY É MUITO MELHOR QUE VOCÊ, E SE QUER REALMENTE SABER, ELE SÓ É TÍMIDO, POR ISSO, EU O BEIJEI, MAS ELE CORRESPONDEU MUITO BEM, E MUITO MELHOR QUE VOCÊ PENSA! PORQUE VOCÊ NÃO VAI FICAR COM A ABBY, AQUELA TRAIDORA SEM GRAÇA? FORAM FEITOS UM PARA O OUTRO e...

TP: Te encontro amanhã no Saguão de Entrada pra gente ir pra Hogsmead juntos... – disse com um sorriso muito vitorioso no rosto.
YH: Eu não vou com você, me esquece ta? Porque não vai com a Abby, ela se parece mais com seu tipo...
TP: Eu não quero nada com ela, se não a teria convidado...
YH: O seu problema é que você nunca quer nada com ninguém, e isso me cansa!
TP: Quem sabe? Nos vemos amanhã, Saguão de Entrada, ok?

Brigar pra quê?
Se é sem querer
Quem é que vai nos proteger
Será que vamos ter que responder
Pelos erros a mais
Eu e você

Voltei irritada para o Salão Comunal da Lufa-lufa. Scott estava conversando sobre a festa com Alex e a Sam, e sem nem falar nada, subi com raiva para o dormitório. Abby estava vestindo seu pijama pra dormir, tive que me controlar pra não pular em cima dela. Louise estava dormindo. Deitei na cama e puxei as cortinas com violência. Instantaneamente, algumas lágrimas começaram a sair dos meus olhos, não sabia se eram de raiva, de tristeza, ou de ressaca. Tentava controlá-las, mas me senti tão estúpida e idiota por ter me deixado levar, por ter aceitado ir pra Hogsmead com o Tiago... Porque eu estava chorando por causa dele? Ele não vale nada, é um cachorro, um... um... Ouvi a Alex entrar chamando meu nome, disse que estava tudo bem, que depois conversávamos, limpei o rosto, e tentei dormir, só conseguindo isso quando os olhos estavam inchados demais para permanecerem abertos...

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N.A: Música - Será, Legião Urbana.


Tuesday, April 25, 2006

Acontece nas melhores famílias

Do diário de Scott Foutley

Simulados encerrados, agora era hora de reabrir os livros e decifrar as anotações nos cadernos para se preparar para a prova que realmente vale uma nota! Os meus resultados sairiam hoje à tarde, a professora McGonagall estaria os entregando depois da orientação vocacional. É, teremos uma reunião individual com o diretor de nossas casas durante essa semana toda, com a intenção de nos decidirmos sobre quais matérias optaríamos por continuar no próximo ano. Eu não fazia a menor de que profissão queria seguir. Pra falar a verdade, fazia sim... Mas infelizmente a professora McGonagall não poderia me instruir para tal coisa, só mesmo minha mãe.

Fazia um lanche antes da minha conversa com a McGonagall quando uma coruja-das-torres pousou ao meu lado, deixando cair um envelope com um emblema rosa da Essence, empresa da minha mãe. Deixei a coruja beber meu suco e ela voou embora enquanto eu rasgava o envelope.

"Olá meu filho,

Como vão as coisas por aí? Não imagina a dificuldade que é para mim me entender com esses bichos! Tem certeza que não tem um correio normal aí perto? Minha sala está cheia de penas e migalhas de biscoito... Mas enfim, não lhe escrevo para reclamar desse maldito correio-coruja... Quero saber quais os seus planos para as férias de verão. Megan já me escreveu dizendo que virá para casa, mas mencionou um acampamento do qual você estava pensando em ir com seus amigos.

Vovó Valentine estará completando 85 anos em Agosto e toda a família irá se hospedar em um resort para as comemorações. Sei que detesta esses programas familiares que você julga embaraçosos, mas dessa vez não há qualquer outra opção, a vovó quer a presença de todos os filhos e netos! Programe seu acampamento para durar apenas até 31 de julho. Seu pai está reclamando também, mas sabe que terá que ir e ser simpático, portanto poupe-me das queixas... Alias, ele está indo até Londres para uma reunião com Dumbledore, já deve está por aí...

Beijos da mamãe!"


Amassei o papel desapontado, sem qualquer ponta de esperança de escapar desse programa de índio. Com isso fora de questão, minha meta por hora era evitar os corredores que levavam à sala do diretor, para não correr o risco de cruzar com o meu velho... Levantei depressa e fui logo esperar pela professora na porta de seu escritório. Pontualmente às 15hs ela chegou e me acomodei na cadeira enquanto ela puxava os vários panfletos que já havia visto pregados no salão comunal da Grifinória, que explicavam cada uma das profissões existentes no mundo da magia.

Conversamos por quase uma hora, na qual eu expliquei o que realmente pretendia fazer quando saísse de Hogwarts e McGonagall disse que independente disso precisava escolher uma carreira para focar meus estudos finais nela. Acabei me decidindo por comercio bruxo exterior, pois poderia trabalhar com bruxos de todos os países e isso me proporcionaria muitas viagens. E o melhor: não tinham tantas matérias especificas assim, poderia desistir de Trato, Astronomia, Aritmancia e até Herbologia se quisesse, mas teria que manter Estudo dos Trouxas... Agradeci a ajuda e sai da sala, esbarrando com Louise na porta, que vinha da orientação vocacional com a professora Sprout.

LS: E ai? Como foi?
SF: Optei por comércio bruxo exterior...
LS: E porque fez isso?? Você não queria ser produtor musical?
SF: Sim, mas que matérias vou estudar se for pensar só nisso? Acho que já poderia até sair da escola... E não vai ser tão ruim, vou poder me relacionar com bruxos do mundo todo!
LS: Você vai ter é uma trabalheira danada pra aprender esse tanto de línguas... Bom, expliquei que queria ser medibruxa e Sprout disse que não poderei desistir de praticamente nada, só Advinhação, Aritmancia, Astronomia e História da Magia!
SF: Nem Trato??
LS: Não... Ela disse que vou precisar ter conhecimento de animais mágicos quando um paciente chegar no St. Mungus ferido por um... Affê posso me desesperar agora?

Ri da cara de desespero de Louise, mas sabia que não precisava ficar preocupado se ela daria conta de tudo ou não, pois era inteligente e se quer mesmo ser medibruxa, vai conseguir boas notas. Conversávamos distraídos e não percebi que estávamos no corredor do escritório de Dumbledore. Como se já previsse isso, uma sombra parou à minha frente, me encarando.

- Boa tarde filho.
SF: Ahn oi pai, boa tarde.
LS: Boa tarde Sr. Foutley - e ele sorriu pra Louise, coisa rara de se ver.
- Não estão em aula?
SF: Não, acabamos de sair da orientação vocacional, estávamos indo para o salão comunal.
- Estudar, não é? Seus NOMs estão aí! E filho, isso são trajes? Ajeitei a gravata e essas vestes!
SF: Sim senhor...

Estava com a gravata frouxa e totalmente torta e as mangas da blusa arregaçadas, pois já estava cansado de usar aquilo desde as 8hs da manhã. Mas meu pai sempre tem que caçar um defeito em mim pra reclamar... Quando não faço nada de errado, ele implica com as minhas roupas. Tenho a constante impressão que não faça mais nada na vida a não ser desapontá-lo... Me despedi dizendo que tinha dever para terminar e arrastei Louise embora, dobrando o 1° corredor que apareceu.

Queria entender porque papai pega tanto no meu pé... Eu juro que me esforço, mas parece que ele não faz a menor questão de ser agradado! Sei que ele é ocupado com o cargo de Ministro da Magia, mas o jeito com que ele trata minha irmã é completamente diferente do jeito que ele age comigo. Ta bom, eu também sei que papai sonha que eu me torne um auror ou siga seus passos como Ministro e que não lhe agrada nem um pouco saber que minha pretensão profissional é levar adiante a produtora musical da mamãe, mas ainda assim isso não é motivo.

Para não parecer que estou reclamando demais, a única vez em que me lembro de ter visto meu pai sentir orgulho por algo que fiz foi quando ele me inscreveu em um time de futebol trouxa. Eu tinha 7 anos na época e odiava ir aos treinos e participar dos jogos, mas me esforçava porque sabia que ele estava feliz de me ver fazendo parte daquilo. Papai ia aos treinos, não perdia nenhum jogo, se divertia mais do que qualquer criança que estava jogando. Nunca consegui fazer muitos gols nem nada, mas sabia que ele sentia orgulho do filho dele jogar bem e ao menos tentar... É, bons tempos... Daria tudo para as coisas voltarem a ser como eram antes...

Thursday, April 20, 2006

Acerto de contas

Anotações de Sergei Menken

Deixei Alex em Hogwarts e refiz o caminho para o vilarejo sem pressa. Tentei afastar ao máximo o momento do confronto que estava por vir. Sempre que vinha para cá, ficava hospedado na pousada e Kyle sempre fazia o mesmo. Peguei a chave e subi para o quarto, não foi surpresa encontra-lo me esperando.
Estava em frente da janela de costas para mim. Aproximei-me devagar e disse: Olá.
POWFT!
Quando ele virou recebi um soco, que pela intensidade quase me fez ir ao chão. Sacudi a cabeça para clarear as idéias e comecei a me defender, pois ele iria continuar a briga:
KM - Seu traidor... Como você pôde?
SM - Kyle... Pára com isso, vamos conversar... – dizia enquanto desviava dos socos desferidos.
Acertei-lhe um direito e ele foi para trás, voltou mais enfurecido ainda. Brigamos por algum tempo, até que a exaustão começou a tomar conta de nós, e ficamos nos encarando zangados a uma distancia segura:
KM - Você me traiu...
SM - Nunca trairia você.
KM - Desde quando você está saindo com ela? Bastou eu virar as costas, pra você mostrar como realmente é, só ficou esperando uma chance....
SM - Você não esta raciocinando direito, tá falando muita besteira.
KM - Você não podia ter feito isto comigo Sergei, não podia...
SM - O que eu não podia ter feito?
KM - Beijá-la... Ficar com ela... Ela é... - ele hesitou.
SM - Vai Kyle, diga o que ela é em alto e bom som. Não consegue? Então digo eu: ELA É SUA IRMÃ, SUA IRMÃ, TÁ ME OUVINDO? PÁRA DE AGIR COMO UMA CRIANÇA MIMADA.
O que eu gritei deve ter entrado em sua mente, e ele ficou parado com os braços caídos ao lado do corpo, e quando levantou os olhos para mim, puder ver que ele estava envergonhado.
KM - Eu sou um idiota. Se puder me perdoar algum dia...
SM – Não liga pra isso; vamos cuidar dos hematomas e conversar, temos muita coisa pra pôr em dia. Sou o seu amigo de sempre.
KM - Você gostou do beijo Sergei?
SM - Eu estaria mentindo se dissesse que não; mas ela só me beijou para se vingar das suas provocações. Assim como você, ela ainda tem sentimentos mal resolvidos.
KM - Ah nem vem, ela parecia segura demais no que fazia. Por isso me pareceu que vocês estavam juntos a tempos. E vocês dois lá sozinhos... Seria normal namorar num dia de passeio da escola.
SM - Eu vim até aqui atendendo a um pedido de Dumbledore, então pensei em ver a Alex, e..quem sabe ver a Yulli também.
KM - Aquela japonesinha mexeu mesmo com você, não é? - disse tentando rir, mas deve ter doído, pois ele disse: Que punho pesado...
Dei risada e empurrei para ele uma bolsa cheia de gelo enquanto punha outra no meu rosto respondendo: O seu também...
KM - E aí, já falou com a garota?
SM - Ela já fez a escolha dela Kyle. É o garoto do dia do baile.
KM – Ahn... Entendo... Como ela está realmente?- e eu sabia que ele se referia à Alex.
SM - Ela amadureceu neste tempo que você esteve fora. Endora é uma excelente professora, e está fazendo um bom trabalho. Alex quer ser Auror, vou fazer algumas pesquisas para ela na Academia, pois com este poder de projeção ela poderá se formar antes. E você o que vai fazer agora? Pelo que ela me falou sobre a missão que ela participou involuntariamente, você agora é um animago. Uma águia? Convencido...
Ele sorriu, sem fazer caretas desta vez, e respondeu:
KM - Ela conseguiu nos ajudar, o mestre Khan gostou dela.Volto a trabalhar no Ministério, e ainda sou membro do clã Chronos. Sempre que houver necessidade, estarei ajudando-os. Tenho uma dívida com o pai de Alucard.
SM - E a garota? Helena... Muito bonita....
-Superficial. BLERGH - dissemos os dois juntos e ele continuou depois que paramos de rir:
KM - Tem família aqui em Hogsmeade. Quer casar-se, ter filhos e eu a fiz ver que não sou o homem para isso.
SM - E desde quando você não quer ter sua própria família?
KM - Um dia, terei minha família; mas não será com alguém do tipo da Helena.
Ficamos conversando como antigamente, e senti que ele está se esforçando.
Este retiro no Tibet o deixou com o espírito mais forte, embora seu coração ainda sangre um pouco, levando-o a ter uma recaída vez ou outra como hoje. Mas como eu disse para Alex: vamos dar tempo ao tempo...

Wednesday, April 19, 2006

Luau no lago: animação, beijos e vingança...

Do diário de Alex McGregor

Os simulados acabaram... Os simulados acabaram... Os simulados acabaram...
Repetíamos isso uns pros outros como se fosse um mantra, durante o café da manhã no salão principal.
YH-Ótimo agora podemos nos dedicar a outra coisa mais urgente.
LS-Vamos continuar minhas pesquisas?
YH-Isto é urgente também, mas não é isto. – olhou para os lados da mesa da Corvinal e acompanhamos a direção de seus olhos. Logo vimos Mark sentado com algumas garotas vestindo azul e prata em um papo animado. Vi que Logan estava sentado mais à frente. Eu sabia que ele iria passar o feriado com a família.
Não... Ele não me contou, pois não estamos nos falando ainda. Sei disso, porque vi Amos fazendo a lista dos monitores que iriam ficar no castelo no feriado e ele não estava entre eles. Ficou me olhando um tempo, indeciso entre sorrir ou não. Tomei a decisão por ele, ao virar o rosto e voltar a me concentrar nos meus amigos.
YH - Temos que organizar a festa do Mark. – ela disse baixo.
Dei um tapa na testa.
AM - É mesmo, ele faz aniversário nos feriados de Páscoa.
Ficamos ali trocando idéias malucas sobre o que fazer para a festa do Mark e Yulli teve a idéia de fazermos um Luau.
AM - O que é um luau hein? Nunca fui.
LS - Ah, um lual é... Algo tipo... Tem lua, claro que tem lua... Ah... Explica o que é lual Cott.
SF - Eu? Por que eu?
LS - Porque sua mãe é produtora musical, e você já deve ter visto de tudo nesta vida.
SF- Tá... Lual é uma festa que normalmente se faz na beira da praia, mas como aqui não tem praia, faremos no lago! Todo mundo com roupas frescas e leves, podemos distribuir colares de flores e enfeitar com umas tochas! Ah sim, bastante fruta na mesa, muita bebida, uma música legal...
AM - Mas como faremos a festa no lago? Até agora nossas festas foram "secretas".
YH - Temos que pedir pra Minerva. O castelo vai ficar vazio mesmo, muita gente vai pra casa e como teremos que ficar...
Logo já tínhamos idéia do que fazer, e fizemos o nosso plano de ação. Tiramos a sorte no palitinho e Yulli e Scott ficaram encarregados de falar com Minerva.
No dia da festa, Scott organizou tudo, e Louise vigiou Mark o dia todo. A noite enquanto nos dirigíamos para a festa, Louise foi contando sobre as cobranças insanas de Dashwood e as asneiras que os marotos disseram sobre ela estar com Mark, e o que mais nos indignou: a atitude passiva de Remo frente aos amigos.Francamente.
Logo os drinks coloridos começaram a surtir efeito e eu comecei a dançar com um Grifinório do sexto ano bem bonitinho, mas não lembro o nome, e quando vi Louise e Mark se beijando achei que havia bebido demais, e estava tendo alucinações.
Olhei para onde Remo estava e ele estava tinha uma cara bem brava. Quer dizer, eu fiquei em dúvida se ele estava nervoso por Louise estar beijando o Mark ou se era por causa das investidas da lambisgóia que estava com ele. Claro que ficamos meio alertas sobre a possibilidade de sair alguma briga, afinal por mais passivo que o Remo seja, ele é um dos marotos e com eles, sempre pode haver uma surpresa.
A festa não foi até muito tarde, pois teríamos Hogsmeade no dia seguinte.


Dia seguinte....

LS - Meu reino por uma xícara de café...- dizia Louise segurando a cabeça, enquanto estávamos á sua volta. Depois que bebeu seu café, ela nos olhou com atenção e perguntou:
LS - Porque eu fui fazer aquilo????
AM - Por dois motivos: bebida e dor de cotovelo.
YH - Ah, mas nem foi tão sério assim...
SF - Para algumas pessoas não foi tão grave, mas para outras...
LS - Como vou encarar o Mark? Minha cabeça dói só de pensar. - disse enquanto íamos em direção da porta do castelo, para ir a Hogsmeade.
Tiago encontrou Yulli e eles se afastaram um pouco, então eu, Scott e Louise fomos conversando sobre a noite do luau, quando olhei para o portão do castelo e Sergei estava lá parado. Ele se aproximou e disse:
SM - Olá. Sabia que você tinha passeio a Hogsmeade hoje e queria aproveitar para falar com você e saber como vão as coisas. Se você não tiver compromisso é claro. – disse olhando para meus amigos.
Enquanto Scott ia caminhando com Louise mais à frente, fui conversando com Sergei sobre tudo que havia acontecido nos últimos tempos, e contei sobre a projeção, e sobre minha decisão de me tornar auror. Ele ouvia e ia me dando dicas sobre quais livros ler para ajudar a estudar para os NOMS. Como Scott e Louise tinha algumas coisas a fazer no vilarejo, resolvi passar o dia com ele, que era uma companhia muito agradável. Combinávamos sobre o que poderíamos fazer nas minhas férias da escola quando vimos Kyle entrar. Meu coração falhou uma batida quando vi o quanto ele estava bem arrumado. Ele olhou pelo bar e seus olhos pararam em mim por alguns segundos, até que se desviou para Sergei. Meu sorriso congelou quando vi que ele ajudou uma garota a tirar a capa, e suas mãos se demoraram no pescoço dela. Engoli seco quando ele sussurrou algo no ouvido dela, e os dois de mãos dadas caminharam em nossa direção.
SM - Kyle... Não sabia que havia voltado... Que bom te ver meu amigo.- e os dois se abraçaram em cumprimento.
Eu e a garota ficamos nos encarando e ao ver suas roupas bem cortadas, senti-me tão... Infantil. Eles se soltaram e Kyle se virou para mim.
KM - Oi Alex, tudo bem? Esta é Helena Mckay. Estes são Sergei Menken e Alex McGregor minha irmã.
(Irmã... sou irmã dele... não tenho que sentir ciúmes quando ele está com alguém...) pensava enquanto dava um sorriso para a jovem e a atitude fria continuou no sorriso que não chegava aos olhos.
Sentamo-nos para conversar e Sergei que havia notado meu desconforto, aproximou-se mais de mim e passou o braço pelo meu ombro. Falávamos sobre o cotidiano e a tal garota era do tipo que gosta de atenção. Sempre chamava a atenção de Kyle e Sergei quando eu falava alguma coisa e isto estava me irritando. Não, na verdade era a atitude idiota de Kyle que me irritava. Olhava-me como se eu fosse uma vidraça. A garota começou a dar-lhe beijinhos, e ele estava um pouco desconfortável, mas ao ver-me olhando fixo para ele, resolveu ceder aos encantos da mulher e beijou-lhe a palma da mão demoradamente de um jeito sedutor.
Olhei para Sergei e ele estava sério, deu um suave aperto em meu ombro. Talvez para me lembrar de que ele estava ao meu lado.
KM - E o seu namorado Alex? Não consigo lembrar o nome do garoto... - disse tentando me provocar. A mulher tinha um ar de deboche.
AM - Ele não é nenhum garoto... - respondi.
KM - Como não? Pelo que eu saiba seu namoradinho ainda está na escola. - aquilo foi demais. Percebi que ele queria me deixar pra baixo na frente daquela criatura e resolvi responder a altura, e na hora da vingança você quer sangue. Não importa quem vai ser sacrificado.
AM - Ele não é um garoto. É um homem crescido e me faz muito feliz. - disse e olhava para Sergei que tinha um ar curioso no rosto.
Aproximei-me e o beijei demoradamente. Quando o soltei ele ainda estava de olhos fechados, ri e beijei a ponta do seu nariz para que abrisse os olhos e reagisse. Voltei meus olhos para Kyle e ele literalmente espumava.
KM - Eu... Não... Tinha idéia...
Segurei firme a mão de Sergei e disse: Amor está na hora de voltar ao castelo, vamos?
SM - Er...Claro, até depois Kyle, Helena.
Saímos do restaurante, abraçados e algumas garotas do sexto ano me viram com ele e ficaram de cochichos... Droga vou ser assunto nos corredores do castelo, amanhã.
Caminhamos até a saída de Hogsmeade e Sergei não me soltava, deixando-me um desconfortável. Resolvi me desculpar.
AM - Desculpe, fui impulsiva...
SM - Sim, você foi... - cortou o que eu ia dizer, mas insisti.
AM - Sinto tê-lo magoado...
SM - Não magoou...
Fiquei quieta, pois vi que ele estava irritado.
SM - Alex... Você sabe que o que você fez, trará conseqüências não é?
AM - Foi só um beijo... Não achei que você fosse ficar tão zangado. - comecei a ficar chateada pela reação exagerada dele.
SM - Não estou zangado Alex, como você mesma disse foi só um beijo; estou irritado porque quero que você comece a pensar nos passos que dá quando quer se vingar de alguém. Você pode machucar pessoas que se importam com você, e que fariam tudo para vê-la feliz.
AM - Desculpa. - e meu rosto queimava de vergonha.
Olhei para ele e ele continuava sério. Seus olhos azuis pareciam duas lascas de gelo.
SM - Esquece... Não quero falar mais nisso ok?- continuamos nosso caminho ate o castelo em silêncio, e ao se despedir ele me abraçou forte dizendo:
SM - Você é mais forte do que pensa. Seja o que for que estiver te consumindo vai passar. Dê tempo ao tempo e... Controle seus impulsos, você ainda é muito menina para vinganças tão pesadas. - deu-me um beijo demorado na testa e foi embora.
Ele tem razão, às vezes a vingança não é tão boa assim.

Sunday, April 16, 2006

Constelações Marotas...

Do diário de Yulli Hakuna

YH: Sarah, qual o nome daquelas estrelas que parecem estrelas duplas reais, mas que não são?
SB: Estrelas Binárias?
YH: Isso! Obrigada!

Estávamos subindo as escadas para a torre de Astronomia, onde faríamos nossos últimos simulados. Todos desesperados com anotações nas mãos e mapas revirados...

Quando chegamos na torre, professora Andrômeda pediu que montássemos nossos telescópios um pouco mais afastados uns dos outros e que nos organizássemos para começarmos a prova. Quando todos estavam a postos e os telescópios devidamente voltados para o céu negro, uma grande folha de pergaminho em branco voou para a mesa de cada um.

AS: Quero o desenho da constelação de Gêmeos, mostrando o sistema binário Castor. E do outro lado do pergaminho, o sistema binário enfatizando as duas principais estrelas binárias espaciais... Vocês terão exatamente três horas para fazer isso, tempo de sobra! Boa prova!

Olhei chocada ao meu redor. Louise tinha as duas mãos na cabeça como se quisesse arrancar o coro cabeludo. Mark estava largado no chão com uma cara desesperada. Alex me olhava com uma interrogação no rosto, e Sarah, Sam e Scott tinham os olhos grudados nos telescópios... Eu? Eu não tinha nem noção do que era sistema binário Castor e muito menos o outro com as duas principais estrelas binárias... Aliás, só fiquei sabendo a definição das ditas cujas quando estávamos subindo!

Tentei me acalmar e olhei ao telescópio. Por sorte, nesse exato momento, uma estrela cadente passou rápida, e eu não tardei em fazer meu pedido desesperado: Abra as cortinas do céu e me mostre esses sistemas!!! É claro que estrelas cadentes não fazem nenhum tipo de milagre e resgate de alunos desesperados, mas notei que algumas outras estrelas começavam a surgir no céu... Só precisava procurar um sistema (conjunto) de estrelas duplas (taradas, aglomeradas) reais (visíveis, dãã)...

Constelação de gêmeos, constelação de gêmeos... Planeta regente? Ai, eu lembro dessa! Mercúrio! Isso! Se o planeta regente é mercúrio, a constelação fica bem perto de mercúrio... Virei o telescópio até onde sei que ficava Mercúrio, e lá estavam elas, piscando sorridentes para mim. Uma, duas, três, quatro, cinco estrelinhas em órbita e uma central! Só podiam ser do Sistema Castor!!! Puxei depressa meu pergaminho e molhei a pena no tinteiro. Louise tinha os olhos marejados de lágrimas e Mark não estava muito diferente. Alex rabiscava distraidamente algumas estrelas no pergaminho dela e Scott, Sarah e Sam tinham os olhos vidrados no esquema: telescópio-papel-telescópio!

Lá fui eu desenhar o esquema... Ta, o desenho não colabora muito, mas acho que dessa vez ele tinha ficado até bonitinho se comparado ao meu caderno de astronomia do dia-a-dia! Escrevi grande em um pedaço de pergaminho: Façam o desenho das estrelas aglomeradas perto de Mercúrio e escrevam em cima: Sistema Castor! Parem de chorar, e ajam! Alex, apaga isso! Quando Andrômeda passou por mim vendo o desenho satisfeita e deu as costas, levantei alto o pergaminho, e logo vi Louise e Mark me mandando beijos animados e agarrando os telescópios, e Alex passando a varinha em cima do desenho, limpando as estrelas intrusas... Primeiro passo, concluído!

YH: Professora, pode repetir o que é pra desenhar no verso do pergaminho, por favor?
AS: Quero o desenho do sistema binário que apresenta as duas principais estrelas binárias espaciais... Se lembrarem do que lhes disse sobre Centro de Massa, ficará muito mais fácil.

Agradeci e fiz aquela cara de “ah, agora eu entendo! como não lembrei disso antes?” mas na verdade, não tinha entendido patavinas da pergunta... Será que eu teria que ir olhando de planeta em planeta as constelações e ver com meu olho crítico qual delas apresentava as duas maiores estrelas binárias? E se a constelação não estivesse perto de um planeta? Sarah que estava pensativa por um tempo, molhou um tanto irritada sua pena no tinteiro, virou o telescópio para o outro lado do céu, e começou a desenhar revoltada o que via... O que me restava era seguir seus passos... Como se um súbito ponto de compreensão estivesse me atingido de repente, virei meu telescópio na mesma direção que o dela e olhei... Não via nada além de um céu muito preto e... duas estrelas? Duas gigantes estrelas!!! Ahá, encontrei!

Louise, Mark e Alex me olharam confusos quando viram as duas estrelas no meu pergaminho, mas desenharam sem contestar... Assinei meu nome e fui entregar para a professora Andrômeda. Ela olhou o primeiro desenho animada, mas quando virou o verso e só viu dois grandes pontos ligados em órbita soltou um sorriso irônico.

AS: Yulli, eu quero os nomes das estrelas e o centro de massa! Pedi o desenho do sistema binário completo, e não das estrelas dele... Termine isso!
YH: Nome e centro de massa? Hum, ok...

“Uma estrela incomoda muita gente, duas estrelas incomodam muito muito mais...” De volta ao ponto de interrogação. Agora não me restava outra saída a não ser pedir ajuda aos amigos... Alex, Lou e Mark me olhavam esperançosos, mas ao fazer sinal negativo com a cabeça, focamos nossos olhares em Scott, Sarah e Sam. Acho que eles sentiram a pressão de quatro cabeças os encarando e levantaram os olhos para nós. Andrômeda nos encarava desconfiada, então disfarçamos. Passado algum tempo, novamente virei a cabeça para a Sarah, mas ela estava irritada demais, em um conflito íntimo com seu desenho para notar. Sam escrevia alguma coisa, e Scott olhou rapidamente... Perguntei os nomes das estrelas, e a professora se levantou, fazendo com que voltasse minhas atenções para meu próprio mapa. Andrômeda caminhava constantemente pela turma, e no maior contato que pude ter com Scott, ele fez mímicas... Me apontou uma almofada e depois fez um movimento com as mãos que indicavam pequeno. Pequena e Almofada? Esses eram os nomes? Almofada Pequena e...? Almofadinha? Olhei desconfiada para Scott, e ele levantou um pergaminho ligeiramente dizendo: Sirius A e Sirius B.

Soltei um sorriso de deboche, mas Cott me olhava sério. A ficha tinha caído. Almofadinhas, Sirius, nomes das estrelas = Sarah irritadíssima com seu desenho. Escrevi depressa os nomes em cada estrela, e desenhei o que achava ser um centro de massa, o ponto de maior energia entre as duas estrelas. Quando notei que Louise, Alex e Mark tinham se firmado em seus desenhos, entreguei meu teste e sai... Finalmente os simulados haviam acabado, e graças ao Scott, a constelação marota não atrapalhou tudo!


Saturday, April 15, 2006

Entre umas e outras...

Do diário de Louise Storm

Do you ever feel like breaking down?
Do you ever feel out of place?
Like somehow you just don’t belong
And no one understands you

Sabem quando você acorda com aquela sensação de que teria sido melhor nem sair da cama? Pois é, hoje acordei nesses dias! Acho que só sai da cama porque era aniversário do Mark e de noite teríamos um luau nos jardins. Levantei já com dor de cabeça e acompanhei as meninas até o salão comunal. Mark já estava lá, cercado de pacotes de presentes e o abracei, entregando o meu. Ele ainda não sabia do luau, mas ninguém dessa vez fingiu esquecer o aniversário. O único problema seria mantê-lo afastado dos jardins durante o dia...

Tarefa essa, alías, que foi destinada a minha pessoa. Logo depois do café colei nele como um carrapato, o seguindo o dia todo. Pessoas vinham dar os parabéns o tempo todo, mas ninguém cometeu o deslize de mencionar a festa. Já estava sem idéias do que fazer para não deixa-lo ir para fora do castelo, então o arrastei para o campo de quadribol com a desculpa de reorganizar as estratégias finais de jogo, já que a Lufa-lufa estava praticamente com a vaga na final garantida, bastaria vencermos o próximo jogo contra a Corvinal.

Do you ever wanna run away?
Do you lock yourself in your room?
With the radio on turned up so loud
And no one hears you screaming


Estávamos sentados perto do campo cercados de pergaminhos, réguas e penas, quando um par de pés parou na nossa frente. Era o Bright, com uma cara estranha. Ele começou a reclamar que eu estava distante com ele, fugia nos corredores e mais um monte de cobrança sem noção, já que eu, até onde sei, nunca fui namorada dele. A criatura falava alto no meio do gramado, atraindo a atenção dos outros. Mark olhava já sem graça pros lados e se levantou, mandando-o sair. Pronto, o garoto achou que ele era meu namorado novo! Os dois começaram a se empurrar e eu puxava Mark pelo braço, tentando evitar uma tragédia ali. Mas já era, pois os curiosos de plantão já começavam a se amontoar em volta.

LS: Para com isso! Deixa esse doido pra lá!
MF: Mas você viu como ele falou com você?
LS: Vi, mas se você bater palma pra maluco, ele começa a dançar. Solta ele.

Mark largou a camisa do Bright com relutância e quando achei que a situação estava controlada, Sirius, Tiago, Remo e Pedro estacionaram ao nosso lado, querendo saber o que estava acontecendo. Acho que eles pensam que são aprendizes de Filch, pra andar pela escola querendo ter o controle de tudo. Eles chegaram justo na hora que estava agarrada ao braço de Mark, na tentativa de impedir que ele avançasse no outro de novo, e Remo me olhou com uma cara horrível.

No you don’t know what it’s like
When nothing feels all right
You don’t know what it’s like to be like me

SB: O que se passa aqui?
TP: Criando mais confusão, Dashwood? Já não bastou estragar o namoro do aluado?
RL: Hei! Já falei pra pararem com isso!
LS: É! Já ta ruim o bastante sem vocês dando opinião!
SB: Não se preocupe, não vamos comentar do seu outro namorado aí... - falou indicando Mark com a cabeça

Era só o que faltava... Todos eles começaram a discutir no gramado, os três idiotas me acusando de trair o amigo deles com trocentas pessoas, Remo sem dizer NADA, Bright dizendo que não cometeu nenhum crime em ficar comigo na festa e Mark tentando me defender e se defender das acusações, mas em vão. Eu estava completamente tonta, olhava de um pro outro tentando me decidir em qual batia 1°. Cansada da confusão, sentei no chão transtornada, apoiando a cabeça nos joelhos e esperando eles terminarem o bate boca. Depois de um tempo Mark percebeu meu estado e me puxou do chão, me arrastando completamente desnorteada de volta para o castelo e deixando o resto lá fora, ainda resmungando.

To be hurt
To feel lost
To be left out in the dark
To be kicked
When you’re down
To feel like you’ve been pushed around
To be on the edge of breaking down
When no one’s there to save you
No you don’t know what it’s like
Welcome to my life

Passei o resto do dia deitada no sofá do salão comunal sem esboçar qualquer tipo de reação que desse a entender que ainda estava viva. Só levantei quando Alex veio me cutucar e perguntar o que tinha acontecido, dizendo que já estava na hora de se arrumar para a festa. Depois de já estar vestida com saia, blusa bem fresca e chinelinho, descemos até o lago. Lu e Scott ficaram encarregados de levar o aniversariante até lá às 19hs em ponto. Fui contando a confusão da tarde pras meninas, que iam praguejando contra os garotos e ainda mais contra o Remo, que não abriu a boca uma única vez pra me defender! Tudo bem que não sou mais namorada dele, mas será que ele pensa o mesmo que aqueles idiotas pensam de mim, pra não ter tido coragem de peitar os amigos e os mandarem calarem a boca??

Do you wanna be somebody else?
Are you sick of being so left out?
Are you desperate to find something more
Before your life is over?


O jardim à beira do lago estava todo decorado com folhas de coqueiro, pranchas de surf, tochas acesas rodeavam o local da festa e traçavam o caminho até ela, uma enorme mesa com frutas cortadas em vários formatos e tamanhos, sucos de todas as cores que você possa imaginar e claro, coquetéis variados. Na entrada todos recebiam um colar de flores para usar das mãos de Sam e Alice. Scott havia mesmo caprichado! Não fazia idéia de onde ele tinha tirado coisas como coqueiros e pranchas trouxas, mas ele conseguiu! O jardim estava lindo... Mark chegou com ele e Lu logo depois e pela cara de espanto, a surpresa não vazou dessa vez. Ele ia cumprimentando as pessoas e agradecendo por terem ido, encantado com o visual da festa.

Are you stuck inside a world you hate?
Are you sick of everyone around?
With the big fake smiles and stupid lies
But deep inside you bleeding


Falei com ele rapidinho e sentei com as meninas em uma das esteiras espalhadas pela grama, perto da mesa de bebidas. Estava tão estressada com o que aconteceu que bebia sem perceber. A todo o momento um elfo vestido de havaiano vinha trocar minha taça por outra coloridinha diferente. Yulli logo foi dançar com Tiago e Alex com um grifinório, me deixando sozinha lá. Scott ainda passou para conversar um pouco, mas estava grudado na brasileira e não demoraram muito a se encostarem em um dos coqueiros para namorar.

No you don’t know what it’s like
When nothing feels all right
You don’t know what it’s like to be like me


Já começava a ver o dobro de pessoas dançando quando Mark se sentou ao meu lado, segurando um drink branco com um abacaxi na borda. Tinha algo errado, nunca o vi beber! No máximo uma cerveja amanteigada, mas um drink com álcool dentro é a 1ª vez... Não era preciso estar sóbrio para perceber que ele estava um pouco bêbado, pois piscava demais. Começamos a conversar sobre besteiras, mas em questão de segundos a conversa se transformou em desabafo. Ele começou a reclamar que não sabia se tinha agido certo em terminar com a Lílian e eu comecei a falar sobre minha frustração pelo Remo não ter me defendido das ofensas daquela tarde.

To be hurt
To feel lost
To be left out in the dark
To be kicked
When you’re down
To feel like you’ve been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one’s there to save you
No you don’t know what it’s like
Welcome to my life


Parecíamos dois velhos rabugentos sentados reclamando, então levantei e puxei-o pra dançar. Todos nossos amigos estavam agora dançando uma hula que o DJ encontrou perdida nos discos velhos que Scott pediu emprestado para a mãe, tornando a cena muito engraçada. Já estava sem forças de tanto que ria da coreografia improvisada pela Yulli e que estava sendo imitada por todo mundo, quando o menino colocou uma coisa mais lenta pra gente descansar um pouco.

No one ever lies straight to your face
And no one ever stabbed you in the back
You might think I’m happy
But I’m not gonna be okay


Enquanto dançava junto com ele, vi Remo sendo arrastado pra pista de dança por uma menina que reconheci vagamente como aluna do 6° ano da Corvinal. Ele dançava afastado de onde estávamos, mas a cada movimento da dança, nossos olhos se encontravam. Já estava cansada disso, o ocorrido da tarde deixou claro que ele nunca confiou em mim e que prefere se calar diante de ofensas mentirosas a contrariar os tão queridos amigos. Desviei os olhos dele, voltando à atenção ao Mark. Ele sorria animado, talvez por conta do excesso de drinks. Encarei-o rindo também e embalados pelo efeito do álcool, acabamos nos beijando, fazendo o queixo dos amigos em volta irem ao chão...

To be hurt
To feel lost
To be left out in the dark
To be kicked
When you’re down
To feel like you’ve been pushed around
To be on the edge of breaking down
When no one’s there to save you
No you don’t know what it’s like
Welcome to my life…

**********************************
N.A.: “Welcome to my life”, Simple Plan.


Simulado de EDT - Muito barulho por nada...

Do diário de Alex McGregor
Oi diário...
Vou escrever rápido porque não vou ter muito tempo de falar com você, portanto vou ser breve.
Hoje era o último dia de simulados e por toda parte via-se estudantes com suas anotações de última hora. Eu mesma havia adormecido em cima dos livros de poções, pois precisava melhorar minha nota, para os NOMS. Logan e eu fizemos um acordo não verbal de não aproximação.
Não sabe o que é isto? Sabe aquela situação em que você e o garoto que você sabe que gosta de você ficam se encarando por algum tempo, indecisos sobre o que falar? Ficamos assim no primeiro dia depois que brigamos, e como não dava para ficar atravancando a entrada do salão, acenamos com a cabeça um pro outro e cada um seguiu seu caminho. Vi que ele e Remo começaram a conversar e a olhar para Louise e também para mim, mas não podia me distrair com isso, precisava me alimentar porque não sabia o que Flitwick havia preparado e esta foi a minha sorte. Pois a corrida maluca como Scott apelidou, foi o teste mais difícil nestes anos de escola, não quero nem ver o que Slughorn preparou. Transfiguração eu fui muito bem, tive a impressão de ver um sorriso de McGonnagal quando conclui meu exercício. Ok, você acha que isto é um delírio de desespero para saber se fui bem. Mas eu FUI bem, vou me agarrar a esta idéia até o final ;P.
Fomos para a sala de EdT e o professor já estava nos esperando.
PEDT-Olá a todos, hoje nosso simulado vai constar do seguinte trabalho: uma redação sobre as invenções trouxas que vocês acham fantásticas. Vou sortear um aluno para ler.
Olhamos uns para os outros e o pensamento era unânime: beleza.
Ao final, o professor mostrou um saquinho com os nomes dos alunos e disse em alto e bom som o nome do “premiado”: Alexandra McGregor. Levantei-me e comecei a ler minha redação:
‘Os trouxas são extremamente criativos, e inventam todos os dias coisas úteis e prazerosas para que possam viver sua vida da melhor maneira possível. Inventaram meios de transporte para substituir nossas vassouras ou chaves de portal; mas há uma invenção deles que é minha favorita. Não consigo me imaginar sem aquele objeto cilíndrico, de tamanho apropriado, frio ao primeiro toque, porém ao manuseá-lo logo se aquece. Muitas desavenças, dores, sentimentos de rejeição são resolvidos ao se segurar este objeto levemente inclinado e sugar o pequeno orifício, de onde sairá um viscoso e perolizado néctar dos deuses. “Mas se exagerar acabará ficando barrigudo...”.

Ouvi um WOOOH... na sala e olhei para eles. Meus colegas estavam de boca aberta e olhos arregalados, o professor havia começado a enxugar o suor da testa e disse:
PEdT-Senhorita McGregor, a senhorita está brincando?
AM- Não professor por quê?
PEdT- Esta redação está fora de propósito...Que coisa indecente, quer ser reprovada?
AM- Não há nada indecente aqui. O senhor disse para falarmos sobre nossa invenção trouxa favorita, foi o que fiz. Muita gente aqui faz uso dela. - e meus colegas começaram a sacudir as cabeças negando horrorizados. Yulli e Scott se dividiam entre dar risada e fazer cara de séria; aí resolvi dizer de uma vez:
AM- Professor o senhor nunca comeu uma lata de leite condensado?
PEDT- Como? Leite condensado? – e olhou para a latinha fechada em cima de sua mesa.
PEDT- Sim, claro.. claro... o bom e velho leite condensado, responsável por várias das sobremesas mais gostosas que eu como.
AM- Viu? Não tem nada indecente no meu texto. - afirmei séria. - e o professor a contra gosto concordou e acabou me dando uma boa nota.
Engraçado que depois da prova vários alunos correram ao corujal, despachando mensagens urgentes. Com certeza amanhã na hora do correio, vamos ter muito barulho de latas sendo jogadas do céu rsrsrs.
Sim, diário eu também pedi a minha para vovó. Garanto que ela vai mandar uma caixa e isto é bom, posso dividir com as meninas.
Nada como um doce bem gostoso para você relaxar e esquecer a vida dura de estudante.
Até depois diário.

Wednesday, April 12, 2006

Simulado de TCM

Diário de Alucard W. Chronos

Oi diário! Não posso falar muito. Não reclama e pára de ser mentiroso! Saudades de mim que nada! Você ta é com saudades da sua "alimentação", também não escrevo aqui há tanto tempo... E é claro você ta com vontade de saber fofocas seu fofoqueiro! Bem de qualquer forma... Hoje já tivemos simulados de Defesa Contra as Artes das Trevas e Trato de Criaturas Mágicas (TCM). Acabei de sair desse último. No primeiro eu fui até bem, também pra quem quer ser auror e trabalhar no clã Chronos se não fosse bem era melhor eu desistir. Estou aproveitando que tenho tempo até de noite para estudar para Astronomia e vim te descrever como foi o simulado de TCM, que foi muito divertido por sinal.
Bem depois do almoço nos dirigimos para o salão comunal para irmos para os jardins onde pensávamos que ia ter o teste prático antes do escrito que seria em uma das salas de aula. Mas parece que teve algum problema no prático que o escrito teve que ser adiantado... Diário, foi horrível! Todos contávamos com poder estudar mais um pouco depois do prático que é mais rápido, mas não ia dar tempo! Todos corriam para pegar livros e anotações e tentar engolir as páginas (teve um aluno que tentou fazer isso literalmente... Tadinho foi levado a ala hospitalar pra tomar poções relaxantes). Bem eu não tive tempo nem de revisar nada! Fomos levados às pressas pra salas e isso só serviu para aumentar a tensão e o medo... Ao entrarmos na sala, as provas já estavam em cima de uma mesa e vimos que ela parecia pequena pelo menos. Nos espalhamos, digamos, estrategicamente pela sala e esperamos começar a prova. A McGonagall entrou na sala seguida pelo professor de TCM, o Kettleburn. Os dois pararam na frente da sala e deram aquele sermão de "Nada de cola! Estamos vigiando!". Mas como sempre não conseguem vigiar direito... Os alunos sempre são mais espertos nesse caso Rsrsrs. Eles levantaram as varinhas e fizeram uma folha voar para cada mesa, e ordenaram o silêncio enquanto andavam pela sala. Olha a cópia da prova (as minhas respostas ao lado):
1) Classifique os seguintes animais quanto a periculosidade, segundo as normas do Ministério da Magia: - Centauro: XXXX – Esse eu tinha certeza, pois os centauros são seres calmos e bondosos, mas evitam contato com humanos, e recebem essa classificação porque devem ser tratados com muito cuidado e respeito ou podem se enfurecer facilmente.
- Dragão Verde-Galês: XXXXX – Esse sem dúvida alguma! Quando um dragão vai ser inofensivo?!
- Mortalha-viva: XXXX – Bem um bicho com o nome de Mortalha não deve ser muito legal... Mas acho que até "peguei" leve com a classificação...
- Verme-cego: X – Rsrsrsrs Onde um bicho cego vai ser perigoso? Rsrsrsrsrs
- Chimaera: XXXXX – Quimeras! Seres altamente perigosos! Claro que devem ganhar o máximo de pontos!
- Gnomo: X – Eu acho essas criaturas muito inofensivas, não servem pra nada! Eu simplesmento solto a Hórus pra matar eles... Mas vi a prova da Alex e ela tinha posto uma classificação um pouco maior...
- Horklump: XXXX – Quando um bicho com esse nome vai ser inofensivo?! Não lembro dele então deve ser um bicho com mil cabeças super perigoso!
Comentários: Até fui bem em algumas, mas errei feio nos gnomos e nos horklumps...O gnomo é XX segundo o Ministério e os horklumps são simples plantas com tentáculos altamente inofensivas! Droga! :(

2) Explique o por que da classificação que você deu a um dos animais da questão anterioroR: Eu respondi logo dos centauros, porque já tinha certeza. Falei que recebiam o segundo maior nível de perigo porque devem ser tratados com muito respeito se não podem se tornar muito agressivos.
Tive ainda mais certeza quando notei que a Sam tinha respondido a mesma coisa, e ela estuda muito mais que eu... Bem, o Scott e a Yulli também se aproveitaram dos estudos da Sam Rsrsrs

3) Explique por que os dragões são alguns dos animais mágicos mais difíceis de se esconder dos trouxas. Dê pelo menos dois motivos
Putz! Essa era difícil, a única certeza que eu tinha era porque são animais muito agressivos para com qualquer outra espécie, fora isso não tinha mais certezas. Recorri a nossa estratégia. Olhei ao redor e meus olhos se encontraram com os do Mark. Ele sorriu e entendeu o que eu queria. Mas ele também estava empacado na mesma questão. Conseguiu me passar um bilhete assim: "Cara, pra mim só é porque são perigosos!". Eu fiz um sinal com a cabeça mostrando que também tinha o mesmo pensamento e olhamos ao mesmo tempo pra Lou. Bem, ela tinha decidido não colar nem dar cola, mas de modo bem secreto conseguimos mandar um bilhete pra ela comovente pedindo ajuda. Ela sorriu e não conseguiu resistir nos mandando algo que ela tinha pensado. Então minha resposta ficou assim (Obs: Nós três tomamos o cuidado de modificar as respostas Rsrs):
"Os dragões são alguns dos animais mais difíceis de se esconder porque são animais extremamente agressivos com outras espécies (inclusive os humanos) e com animais da mesma espécie que eles, o que leva a segunda característica para a dificuldade de se ocultar um dragão: o imenso território que cada animal precisa, para evitar combates e lutas entre dragões que pode atrair a atenção de trouxas."

4) Cite três exemplos de artefatos considerados Artigos Não Comercializados Nível ª
R: Esse foi até fácil era só eu lembrar de ovos de animais perigosos Rsrsrs. Citei logo: Ovo de Quimera, Ovo de Basilisco e Ovo de qualquer raça de Dragão.
Bem acho que essa eu tirei a pontuação completa

5) Por que animais como o centauro e os sereianos recusaram assumir a classificação de Ser?
R: Primeiro qual a diferença mesmo entre Ser e Animal?! Não conseguia lembrar de jeito algum...Mas lembrava que eles não aceitaram porque não queria dividir a classificação de ser com outros seres...Mas não lembrava muito bem. Ai lembrei de como a Mi tinha estudado isso e recorri a alguma ajuda pra ela. Consegui pedir ajuda a ela e ela me passou uma ajudinha. Ae a resposta ficou assim:
"Ambos não aceitaram a classificação de ser, porque não queriam compartilhar a mesma classificação que outros seres como: as megeras e os vampiros. E também são duas comunidades que vivem inteiramente independentes dos bruxos"

Ufa! Eu conseguir finalmente terminar o teste escrito, e saí logo depois dos outros. A Mi ainda estava na sala, ela gosta de ficar até o último minuto, e foi isso que ocorreu. Ela só saiu quando a McGonagall ameaçou tomar as provas. Todos discutiam as perguntas e riamos de algumas respostas. Teve um aluno da Grifinória mesmo (Por Merlim! Que vergonha!), que confundiu o Verme-cego com manticore (muito haver mesmo...) e botou classificação XXXXX!!! Que droga! Bem logo em seguida o Kettleburn saiu da sala e nos guiou para fora do castelo, para os jardins. Ele foi explicando o que tínhamos que fazer:
AK: Bem, vocês vão ter que apenas cuidar de uns animais. Se cuidarem direito ganharam os pontos totais. Vocês tiveram o teste escrito antes porque tivemos problemas com um dos animais...
A turma gelou. Que tipo de animal teríamos que cuidar?! Ainda mais que dera trabalho para eles antes do teste escrito! Então não deu outra, chegamos nervosos até demais nos jardins...Eeeee....Que decepção quando vimos! A primeira vista só tinham uns vermes feios! Não conseguimos segurar o riso e toda a turma caiu na gargalhada brincando com o KettleburnSF: Professor, como que vermes cegos deram problemas para vocês??
AC: Boa pergunta Scott! Eles só dão trabalho se forem os vermes cegos do Willier, porque os dele tinham agulhas na calda em forma de maça e mandíbulas gigantes! – Até o professor caiu na gargalhada, mas o Willier ficou muito vermelho, mas acabou rindo também.
LS: Acho que eles estavam andando devagar demais e os professores não conseguiam alcançá-los!! – Outras explosões de risos, mas Kettleburn após rir mais um pouco pediu silêncio e falou que deveríamos cuidar decentemente dos animais.
Foi o simulado mais fácil de todos! Só tínhamos que enfiar alface pela boca abaixo daqueles bichos feios e deixar eles quietos. Mas como sempre, tem sempre algum engraçadinho, ou lerdo se você preferir Diário, que pensaram que os vermes iam gostar de um alface temperado... Então botaram sal, azeite e vinagre... Bem como pode se esperar, não devemos jogar sal em um verme... principalmente se forem cegos e não verem o que estão comendo! Os bichos começaram a correr (se é que a marchar de meio centímetro por dia possa ser chamado de corrida...) em círculos desesperados! E morreram lentamente secos, pois o sal acabou por sugar toda a água dos corpos deles... Óbvio que Kettleburn ficou uma fera e tirou pontos dos engraçadinhos, que não sabiam se riam ou choravam. Ele então nos encaminhou para outra área dos jardins onde iríamos cuidar de animais um pouco mais difíceis... Mokes... Eles são lagartos difícies de se achar porque conseguem diminuir seu tamanho e se esconderem facilmente. E olha que divertido, tínhamos que achar 5 Mokes no meio de um monte de carteiras de couro de Moke!! Foi muito difícil! Eu não achava nada... Sempre que eu chegava perto do monte tudo diminuía automaticamente e todos brincavam comigo falando que eu deveria ser ladrão já que o couro estava diminuindo! Eu mereço... Até que finalmente tive uma idéia e peguei um pedaço de chocolate que eu tinha no bolso. Não deu outra os lagartos voltaram ao normal e vieram correndo na minha direção, estavam famintos! Kettleburn me deu os parabéns por pensar rápido e me liberou... Todos então copiaram minha maneira, mas coitada da Yulli, ela deu azar de ter sido a última (Ordem alfabética) e os Mokes já são comiam um único pedaço de comida, ai ela teve que achar da maneira mais difícil: pegando uma por uma as carteiras com uma lupa e ver o que se mexia rsrsrsrs.
Bem diário assim foi meu dia de hoje e os vários simulados... Eu vou descansar um pouco ainda tenho outro hoje a noite... Deseje-me sorte! Até mais Diário
Alucard Wingates Chronos às 7:24 PM

Tuesday, April 11, 2006

A arte de enrolar nas provas

Do diário de Louise Storm

Havíamos entrado na semana dos simulados dos NOMs, que estavam cada dia mais próximos. Já tinha passado por feitiços, herbologia e aritmancia e tinha certeza que havia garantido um E em todos eles, não tive problemas com as provas. Mas hoje a coisa mudava de figura, era dia do simulado de História da Magia, a minha pior matéria, perdendo somente pra Astronomia. Tinha estudado insistentemente os maçantes capítulos do livro e minhas anotações, embora essas não tenham sido muito úteis visto que dormia em quase todas as aulas e perdia boa parte das informações importantes. Mas mesmo assim virei noite estudando!

Estava determinada a não colar nesse simulado, precisava medir o quanto eu havia absorvido da matéria mesmo que isso me custasse uma nota ruim, e se colasse não iria adiantar. Pra isso, decidi adotar um novo método conhecido como “a arte de enrolar nas provas”. Sentei bem no meio da sala e esperei que o professor fantasma chegasse para distribuir os pergaminhos. Meus amigos em volta se organizavam nos famosos esquemas de cola, de modo que todos saíssem beneficiados. Mark tomou o cuidado de se sentar bem longe de Sarah para não repetir o incidente do 1° simulado e se posicionou atrás de mim dessa vez. Só espero que ele não tente usar Legilimencia comigo, pois pode se enrolar de novo...

Binns apareceu atravessando o quadro como de costume e começou a circular pela sala, deixando os rolos de pergaminho sobre nossas mesas. Eram 4 rolos enormes! As primeiras questões estavam fáceis, eram sobre as razões para a revolta dos duendes de 1874 e havia lido esse capítulo ontem. Respondi antes que as informações evaporassem da minha mente e passei para a próxima. Ela pedia minha opinião sobre os maus tratos aos elfos domésticos. Evidentemente não sabia a resposta, então me vi obrigada a recorrer para meu próprio método...

"Como já citado anteriormente, em trabalhos, pesquisas, textos, este assunto, continua sempre atual, por mais que nossa sociedade evolua, há temas que são sempre atuais, maus tratos aos elfos é um destes. Sempre haverá textos, revoluções e discussões até que a desigualdade seja resolvida. Para isto ocorrer, proponho uma mudança geral, tanto de comportamento como de pensamento, e o mais importante organização, disciplina. Essa é a minha opinião."

Sabia que o que havia dito não fazia sentido, mas o esquema é preencher o máximo de linha possível para o professor cansar de ler e considerar a nota. Mais algumas questões sobre a constituição dos duendes e umas 3 sobre as leis que classificavam os animais mágicos. A 3ª perguntava sobre os centauros e o porquê de certos bruxos ainda o classificarem como animais, alguns ainda irracionais. Não fazia a menor idéia do por que alguns bruxos ainda considerarem centauros irracionais, mas não poderia simplesmente escrever isso no pergaminho. Parei um pouco pra pensar e uma idéia me ocorreu. Molhei a pena e comecei:

"Quanto a essa questão não devemos nos ater apenas às aparências. A análise é muito mais profunda, indo da premissa histórica até os grandes momentos consagrados contemporaneamente. E como se não bastasse, o prisma da investigação é bilateralmente oposto aos pressupostos que o senso comum tem proposto nos pontos dialéticos da magia moderna. Dessa forma, podemos concluir que necessitamos de uma inovação capaz de alavancar a comodidade social nos seus aspectos mais decrépitos. Somente assim poderemos nos considerar diferentes dos animais ditos irracionais."

Nossa, me superei nessa! Não disso nada com coisa nenhuma, mas falei bonito. Outra tática boa: usar palavras difíceis! Quando o professor começa a ver palavras complicadas e se perde no raciocínio por causa delas, desiste de entender e dá pelo menos meio ponto. Consegui preencher o 3º rolo sem dificuldades, sabia por alto o que estava sendo perguntado e acho que não me atrapalhei muito. Passei pro 4° e último pergaminho e logo de cara vi que não sabia nenhuma das questões. A 1ª já falava logo sobre os bruxos filósofos do século V. E como eu vou saber sobre o que um velho barbudo que viveu no século V filosofava?? Respondi qualquer besteira e passei pra próxima, que obviamente também não sabia. Voltei para a embromação e respondi:

Questão: O que é atitude filosófica?
“Reposta: É quando um sábio ou estudioso de filosofia chega a um consenso após dialogar e revisar seus pensamentos, tendo ênfase na atitude filosófica e no senso crítico, para agir com sabedoria, de acordo com as normas filosóficas.”


OK, nessa eu iria levar zero, mas paciência... Consegui encher o resto do pergaminho e cheguei à última questão. Perguntava sobre a legislação dos duendes, tudo que pudéssemos falar sobre ela. Até aí tudo bem, lembrava de alguns pontos dela e comecei a escrever. O problema é que no meio da questão, esqueci uma bendita palavra e depois disso, não conseguia lembrar do resto... Não tinha a menor idéia de como continuar, havia perdido o fio da meada. Ainda tentei dar uma coladinha, mas me controlei e mantive a minha palavra. Como o pergaminho estava acabando, escrevi "continua no próximo pergaminho". Só que não tinha próximo pergaminho! Dobrei a pontinha dele para parecer que era pra prender os dois e entreguei assim. Esse foi meu golpe de mestre, porque Binns ia receber trocentos pergaminhos pra corrigir, ia ver meu recado, não ia encontrar meu "5° pergaminho" e provavelmente achar que tinha perdido. Agora está nas mãos dele decidir se vai me deixar responder ela de novo ou considerar como certo... Será que vou tirar ao menos um A?

Monday, April 10, 2006

A corrida maluca

Do diário de Scott Foutley

Acordei cedo no 1° dia dos simulados para os NOMs e fui tomar meu café, sem imaginar como seria a prova. E não fazia idéia mesmo, pois tomei apenas um suco de abóbora e mordi um pedaço da torrada totalmente sem fome. Se soubesse como seria, teria tomado um café da manhã reforçado...

Fui um dos primeiros a chegar à sala de aula com as meninas e sentamos nas cadeiras, guardando nosso material. Não demorou muito para o resto da turma chegar, seguida do professor, que carregava os rolos de pergaminho no braços. Quando ele terminou de organizá-los em sua mesa, subiu na sua pilha de almofadas e começou a falar com aquela voz esganiçada:

FF: Huum, bom ver que todos compareceram. Não há motivo para o pânico, vocês verão que será bem fácil. Vou explicar passo-a-passo como será nosso simulado: A primeira parte dela será uma corrida. Faremos um tour pelo castelo, onde vocês encontrarão diversos desafios a serem cumpridos, todos em ordem. A 2ª parte será um questionário que se encontra nesse pergaminho que distribui. O questionário só será aceito depois que a 1ª parte for cumprida, uma pela metade anula a outra!

A turma continuou olhando para ele sem entender nada, na dúvida entre permanecer sentada ou levantar e esperar pela tal corrida. Vendo que todos estavam confusos, o professor continuou:

FF: Vamos começar nossa corrida? A 1ª parada será nos jardins! Todos pra lá, levem somente as varinhas, deixem o restante do material aqui na sala. Passarei as instruções em cada etapa, quem estudou saberá!

Flitwick desapareceu ao tocar o chapéu e entendendo que deveríamos ir para os jardins, caminhamos depressa para encontrá-lo lá. E lá estava o pequeno professor, sentado em cima de uma pedra todo sorridente quando chegamos. Havia várias coisas estranhas em volta dele: bancos, árvores, baldes de areia, cestas de pic-nic, flores, tudo absolutamente minúsculo. Encaramos o professor outra vez e ele riu.

FF: Aumentem tudo que vocês encontrarem que não se encaixe nessa cena e depois corram para a Cozinha! Saiam apenas quando deixarem o jardim normal... Não precisam disputar o que vão aumentar, há objetos o suficiente para todos os alunos.

Ele tocou o chapéu outra vez e sumiu com uma prancheta na mão. Aumentar o que não se encaixa? Bom, ele só pode estar falando do Engorgio! Apontei a varinha para o balde de areia e disse Engorgio. Ele cresceu até ficar quase do meu tamanho e deixei-o lá, indo para a cozinha com as meninas, que também haviam terminado.

FF: Muito bem, muito bem... Há vários tipos de comidas, biscoitos, tortas, tudo, dispostos em lugares difíceis ou fáceis... Desse local - e apontou para um enorme X no chão - vocês terão que convocar no mínimo 5 comidas que estão em lugares diferentes. Quem conseguir fazer isso, venha comigo para a próxima parte da prova, a orla da floresta. Encontro vocês lá, sejam rápidos!

Flitwick novamente desapareceu nos deixando na cozinha. Puxei a varinha do bolso e lembrando apenas um único feitiço capaz de convocar objetos, berrei Accio, apontando para diferentes direções. Várias tortinhas, bolos e outros doces vieram voando para cima de mim e tive que desviar para não ser derrubado por eles. As meninas riam de mim enquanto convocavam seus próprios doces e quando acabaram saímos juntos para a orla.

Poucos alunos já estavam por lá e saiam assustados de uma tenda imensa, caminhando para a próxima etapa. Entreolhamos-nos receosos e entramos. O professor estava em pé no meio de uma arena e dragões o rodeavam. Cocei o olho para ver se estava enxergando bem, pois Flitwick não seria louco o bastante de usar dragões de verdade!

FF: Não precisam ter medo, são todos réplicas de dragões, não são reais. Porém, cospem fogo como os originais. Passem por eles para pegar as vassouras e quando acabarem de se divertir, me encontrem na Enfermaria!

Se divertir? Ele só podia estar de brincadeira... Como ia passar pelo braseiro na minha frente?? Vi gente tentando de tudo para passar, mas não teria como fazer o mesmo. Minhas amigas já estavam do outro lado quando me lembrei do Conjuctivitus. Apontei para o olho dele e disse o encantamento. O dragão ficou meio zonzo e aproveitei para passar correndo. Apanhei logo a vassoura e corremos para a enfermaria.

FF: Muito bem! Vocês estão indo muito bem mesmo! Bem, esses "pacientes" não são verdadeiros, são só modelos que eu conjurei para vocês possam treinar o feitiço Estuporante e de Revigoramento. Derrubem e reanimem os modelos e se eles ficarem bons o suficiente para ficarem de pé, sigam para a outra parte do percurso, no lago, perto da lula gigante!

Essa parte foi fácil, já que as cobaias não éramos nós mesmos e sim bonecos. Os meus demoraram um pouco para ficarem de pé sem tropeçar, mas consegui. Chegamos ao lago já cansados e algumas pedras estavam por ele. Encarei o professor revoltado, com o pensamento de afogá-lo naquela água, quando ele começou a falar.

FF: Debaixo do lago existem várias pedras que vocês têm que fazer levitar até elas subirem o suficiente para que vocês possam ir pulando de uma em uma até a margem direita do lago e seguir para o Saguão de Entrada. Espero vocês lá!

Isso só podia ser pegadinha... Que professor em sã consciência decide fazer do simulado uma corrida maluca?? Ta certo que ele quer avaliar nossa prática, afinal vamos ser testados nos NOMs, mas isso já era sacanagem. Caí umas 3 vezes no lago por pisar na ponta da pedra e depois de alguns minutos apontando para a água e dizendo "wingardium leviosa" alcancei a margem contraria.

Passamos pelo saguão de entrada onde tivemos que fazer reaparecer as ampulhetas roubadas, pelo salão principal onde com feitiços de animar alegramos duendes rabugentos e um atalho desnecessário pela biblioteca, onde tivemos que fazer uma passagem secreta ser revelada para que caíssemos no campo de quadribol, tudo isso carregando uma vassoura! Flitwick estava lá e tive vontade de acertá-lo, faze-lo sair correndo dali à vassouradas, mas me controlei por ter certeza que isso resultaria na minha expulsão de Hogwarts.

FF: Olá! Muito cansados? Está terminando, eu prometo. Peguem suas vassouras e voem ao redor do campo parando os balaços com a azaração do impedimento. Depois desçam e, já devem ter notado um armário no meio do campo de quadribol, né? Pois, é... Abram e usem o feitiço Riddikulus, para acabar com o que vai sair dele. Depois voltem para a sala de feitiços, onde vão receber seus pontos e fazer a prova escrita, que já estará em cima de suas mesas!

Ele desapareceu outra vez e fiquei me perguntando quem estava avaliando o nosso trabalho, mas aí percebi que a professora McGonagall estava sentada na arquibancada. Provavelmente havia um professor camuflado em cada etapa... Montei na vassoura e com muita dificuldade parei aquele monte de balaços. Não que eu não soubesse executar o feitiço, eu não sabia era voar direito! Louise, Mark, Alex, Yulli, Lu e Becky não tiveram a menor dificuldade, já Sam e eu, pobres mortais que não praticam quadribol...

Desci da vassoura e parei em frente ao armário, sem ter noção do que sairia dele. Qual era o meu maior medo? Será que vai sair um morcego dali? Nunca havia parado para pensar nisso. Apontei a varinha com a mão um pouco trêmula para a porta e a abri. Muita fumaça tomou conta do espaço ao meu redor e não conseguia ver nada. Tentei espalhar um pouco dela com a mão e vi uma poltrona igual a do escritório do meu pai. Caminhei devagar até ela e quando a virei, ele estava sentado de olhos fechados como se estivesse dormindo. Mas na verdade, ele estava morto e uma enorme caveira saindo de um crânio pairava sobre sua cabeça. Soltei um grito de horror e deixei a varinha cair, suando frio. Passei a mão pelo gramado a procura dela e consegui encontrar.

- Ri-rid-ridik- RIDDIKULUS! - disse com a voz fraca e a caveira no céu se transformou em um balão, esvaziando aos poucos.

Sentei no chão assustado e as meninas vieram correndo até mim, querendo saber se eu estava bem. Disse que só estava cansado por conta do esforço todo pra passar por esses testes doidos e fomos caminhando lentamente até a sala de feitiços. O que era aquela coisa pairando sobre a cabeça do meu pai? O que quer que fosse, me deu arrepios...

Sunday, April 02, 2006

Arquivo Confidencial

Do diário de Louise Storm

- Tem certeza que quer fazer isso?
- Se está com medo pode ir embora, não preciso de ajuda.

Estava nas masmorras depois de uma aula de Poções. Slughorn havia sido chamado por Dumbledore para uma reunião de emergência e me pediu que ficasse esperando por ele ali, cumpriria minha detenção quando ele voltasse. Bright estava plantado ao meu lado querendo ser útil, pois eu havia dito que iria aproveitar a ausência do professor para procurar o que queria.

Esperei até que a turma tivesse se dispersado e entrei no escritório dele. O professor Slughorn era completamente desorganizado! Sua mesa estava tomada por pergaminhos que fazíamos em aula, as estantes imundas tinham frascos contendo umas substancias suspeitas e de péssimos aspectos e os dois armários no fundo da sala estavam cobertos de poeira. Um eu reconheci como o estoque de ingredientes dele, o outro nunca havia reparado...

BD: O que você vai fazer?
LS: Vai embora Bright, já falei que não preciso da sua ajuda...
BD: Quero ter certeza de que você não vai se meter em confusão.
LS: Quer ser útil? Ótimo, fica lá fora e me avisa se o Slug estiver vindo! Mas que garoto mais chato...

Abri a porta do armário e havia inúmeras prateleiras com caixas enfileiradas, cada uma com um ano escrito. Vários pergaminhos caíram por cima de mim quando puxei uma delas e joguei-os pro lado sem paciência. Era ali que ele guardava os registros das turmas antigas, não poderia ser em outro lugar. O armário era claramente um armário aumentado com mágica por dentro para abrigar mais coisas do que o normal. A principio não localizei o ano que procurava, então comecei a puxar caixa por caixa. Bright toda hora colocava a cara dentro da sala parecendo aflito e eu o mandava me deixar em paz.

Estava começando a me cansar de tanto mover aquelas coisas pesadas quando bati o olho em uma que me chamou atenção. Ela era igual às outras, mas ao lado da anotação do ano de 1945, havia uma observação que dizia “Em análise”. Puxei a caixa depressa, pois sabia que minha mãe tinha sido da turma de 1945 e a abri. As pastas organizadas dentro dela pareciam ser as mais recheadas de todo o arquivo, pois estavam espremidas no espaço que tinha. Bright entrou desesperado dizendo que o professor já estava no saguão de entrada a caminho das masmorras e tirei todas as pastas de dentro da caixa, colocando na minha mochila. Consegui guardar o resto das coisas espalhadas de volta no armário em tempo recorde e corri pra fora do escritório segundos antes do professor aparecer na nossa frente.

HS: Espero que não tenha demorado muito, mas o diretor precisava da minha presença com urgência.
LS: Imagina professor, não demorou nada!
HS: Então vamos começar logo para que termine cedo. Sr. Dashwood, o que faz aqui? Devia estar fazendo algo útil como estudar, os NOMs estão próximos!
BD: Ah sim, claro... Estou indo! – e saiu apressado, suando de nervoso.
LS: O que terei que fazer professor?
HS: Ah não se preocupe, vou escolher algo simples. Não estaria lhe aplicando uma detenção se a professora McGonagall não tivesse me forçado. Da próxima vez pense duas vezes antes de transformar o chapéu dela nos chapéu dos mascotes da Irlanda no meio da aula...
LS: Vou tentar me controlar...
Entramos novamente na sala e ele não desconfiou que eu havia estado lá minutos antes vasculhando, pois não demonstrou ter visto nada fora do lugar. Ele sentou em sua cadeira e puxou um pergaminho da gaveta, olhando para mim em seguida.

HS: Não há muito que se fazer por aqui hoje, o ultimo aluno em detenção já organizou meus frascos e catalogou tudo. Vou pedir que você me ajude a corrigir os deveres das minhas turmas de 1º, 2º e 3º ano. Sempre foi uma boa aluna, sabe a matéria ensinada a eles perfeitamente. O que não tiver certeza me pergunte. Vou corrigir as demais turmas.

Ele me entregou uma pilha de pergaminhos, uma pena e um tinteiro e voltou à atenção a sua própria pilha. Até que não seria torturante, ia poder revisar a matéria dos 3 primeiros anos e que certamente cairiam nos NOMs. Sem contar que iria ler os absurdos que os alunos escrevem nos trabalhos pedidos... Confesso que tive que me controlar para não dar uma nota baixa para George quando corrigi o dele, mas meu irmão até que não era ruim em poções e fez um trabalho passável.

Slughorn me liberou perto das 18hs e fui direto jantar, arrastando minha mochila pesada por causa dos arquivos pelos corredores. Alex e Yulli se assustaram quando eu a bati na mesa, fazendo seus pratos pularam com o baque e expliquei o que era. Elas logo se prontificaram a ajudar a ler todos eles até encontrarmos algo que fizesse sentido e nos trancamos no dormitório da Lufa-lufa após o jantar. Os estudos poderiam esperar um pouco por essa noite, estou me dando uma noite de folga para pesquisas pessoais...