Saturday, September 30, 2006

Sweet Seventeen...

Do diário de Louise Storm

- Shiii, fala baixo, ela vai acordar!
- E não é esse o propósito?
- Cadê a Sam com a corneta?

Estava deitada na cama com a coberta cobrindo meu rosto. Podia ouvir as meninas se organizando pra me darem aquele susto logo de manha, mas elas não sabiam manter a voz baixa e logo despertei, mas me mantive imóvel. Hoje quem ia pegar elas era eu!

- Pronto, achei o batom resistente! Tem certeza que quer que pinte ela? Vai demorar a sair... – ouvi a Monn falar preocupada
- Hoje é o aniversario dela, 17 anos! Ela já é maior de idade, merece uma brincadeira a altura da idade! – a sacana da Alex falou
- Ok então, no três... – Yulli falou e senti sua mão agarrando a coberta – 1... 2 ... 3!

No momento em que ela arrancou o lençol da minha cama, bati a mão com toda a força que consegui reunir e uma onda sísmica invadiu o quarto, derrubando as sacanas das minhas amigas. Não deu nem tempo delas reagirem: Yulli se embolou no chão com a coberta, Monn caiu toda torta e riscou a porta do dormitório com aquele batom rosa berrante e Alex caiu por cima de Sam, que manteve a corneta na boca sem ter conseguido assoprar. Levantei da cama sem muita força por causa do esforço que fiz e passando mal de rir.

- Sua sem graça! – Alex falou toda descabelada no chão
- Ai Alex, sai de cima de mim! Droga, acho que a corneta cortou minha boca... – Sam resmungou, empurrando a Alex.
- Ai Merlin, a porta de vocês vai ficar riscada umas duas semanas...
- E vocês iam passar esse batom de duas semanas na minha cara?? – falei fingindo estar indignada
- Será que alguém pode me ajudar aqui?

Viramos para trás e vimos que uma pilha de lençol com a voz da Yulli se sacudia no chão. Minha amiga lutava bravamente com a minha coberta, mas estava levando uma surra dela. Caímos na gargalhada e puxamos o lençol de cima dela, que levantou ajeitando a roupa com cara de paisagem, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

- Lou sua ridícula! Feliz aniversário! – Yulli me abraçou sorrindo, chutando o lençol que ainda estava preso no pé.
- Ééé, Feliz aniversário, amiga idiota!! – as outras três berraram e pularam em cima de mim, me derrubando e descontando o susto.
- Obrigada meninas... Vamos descer já que vocês já me acordaram, ainda temos muita coisa pra fazer em Hogsmeade hoje!

Descemos para o salão comunal depois que eu consegui tomar banho e ele já estava praticamente vazio, só os alunos que não tinham autorização de ir ao povoado ainda circulavam por lá de pijamas. Fomos direto para o salão principal tomar café e Remo veio logo me agarrando, conseguindo dar o susto que as meninas tentaram mais cedo. Ele se sentou à mesa da Lufa-lufa comigo e tomamos café juntos, enquanto eu era cutucada de 10 em 10 segundos por alguém me desejando os parabéns. Por volta das 9:30 seguimos para Hogsmeade, indo direto para o Três Vassouras.

- Temos muitas coisas pra fazer por aqui hoje. Rosmeta nos liberou o sótão para que possamos organizar as coisas lá em cima e depois que ela expulsar os clientes, ás 19hs, descemos com tudo pronto. – Scott falou quando entramos no pub, indicando a escada que dava no sótão.
- Ótimo! Vamos então montar acampamento por aqui... Remo, você pode, por favor, pedir ao Ben e ao Mark que peguem os sacos de gelo no porão e tragam pra cá? – falei e Remo assentiu com a cabeça, saindo do sótão.
- E nós? O que fazemos? – Alex e Yulli falaram
- Vamos encher balões para começar! – Sam apareceu na porta com os braços cheios de sacos de balões trouxas

Cada um pegou um saco da mão dela e sentamos pelo chão, nos danando a assoprar aqueles pedaços de borracha e a rabiscar carinhas felizes com o batom resistente da Monn nelas. O sótão já estava tomado de balões coloridos e nós já com falta de ar, então começamos a testar feitiços aleatórios para criar a decoração que seria pendurada na parede. A porta abriu e ouvi as vozes dos meninos entrando com o gelo, mas não me virei para olhar.

- Onde colocamos isso? – Mark tinha a voz de quem estava carregando algo pesado
- Ah tanto faz, pode deixar ai no canto... – falei distraída, procurando o radio para botarmos uma música.
- Ok então... Ei Lou... – Ben falou com a voz suave e olhei para eles
- FELIZ ANIVERSÁRIO!

Não deu tempo de pular, pensar, me defender, correr ou qualquer outra coisa. Mark e Ben já tinham um imenso balde de gelo suspenso e o viraram na minha cabeça, às gargalhadas. Senti um arrepio percorrer o corpo todo de tão gelado que aquilo estava! Sam caiu da cadeira que estava sentada rindo e Alex, Scott e Yulli se dividam entre o choque e os risos. Eu fiquei imóvel cerca de 2 minutos, com os braços estendidos, imaginando que estava sonhando e ia acordar a qualquer instante, não estava acreditando que aqueles dois tinham acabado de assinar o atestado de óbito deles!

- BENJAMIN! MARCUS FELÍCIUS! FICARAM LOUCOS?? – gritei quando finalmente meu pulmão descongelou e recuperou o ar
- Desculpa, mas não resistimos... – Mark falou segurando a barriga de tanto rir
- Dói, não é? Meu irmão fez isso comigo uma vez... – Ben falou tentando amenizar, mas não adiantou.
- Sumam daqui! Desapareçam ou mato os dois!!
- Você não vai tomar nossos convites por causa disso, não é? – Mark falou preocupado
- Não... Mas procurem algo de útil pra fazer e nos ajudar longe de mim, antes que eu mude de idéia!!
- Você fica linda quando ta nervosa, Lou... – Ben falou debochado, mexendo no meu cabelo molhado.
- SUMAM DA MINHA FRENTE!

Eles saíram correndo e rindo escada abaixo e Scott catou uma toalha no meio das bolsas e me entregou, o rosto molhado de lagrimas que escorreram enquanto ele ria. Sentei no sofá tremendo de frio e me sequei. As meninas agora já tinham parado de rir escandalosamente, mas ainda tinham sorrisos idiotas no rosto. Mark e Ben, vocês não perdem por esperar, isso não vai ficar por isso mesmo... VAI TER TROCO!

Friday, September 29, 2006

O espelho tem duas faces

lembranças de Alex McGregor

SF - Ah, este não, ele é chato.
YH - Sei quem é. Ele depois que bebe, fica chorando.
AM - Eca, não sei o que é pior bêbado depressivo ou valente.
LS - Ah, mas tem os que gostam de dar show, animam bastante. - e começamos a rir lembrando de nossas peripécias após alguns copos de wisky de fogo.


Estávamos no salão da Lufa-Lufa fazendo a lista de convidados para a festa do aniversário da Louise no fim de semana em Hogsmeade. Mark assumiu a parte da Yulli nas rondas para ela poder ajudar na organização e Ben, estava terminando suas lições perto da lareira. Parecia que Scott havia resolvido dar uma trégua na implicância com ele, o que para nós era muito bom.
Como sempre acontece neste castelo, todos os alunos comentavam, sobre a festa VIP que seria feita no Três Vassouras no dia do passeio a Hogsmeade e havia a expectativa sobre quem estaria na lista de convidados. Como só podiam entrar nesta festa 40 pessoas, alguns lufos ficavam rondando para saber quem seria convidado, então tínhamos que parar a toda hora para botar alguém para correr. Fomos interrompidos tantas vezes, que Scott teve uma idéia.
- Venham comigo. Já sei onde não seremos interrompidos.
Saímos do salão da Lufa e fomos até uma das torres na ala oeste, onde tinha uma janela quase do tamanho de uma porta. Passamos por ela e estávamos no telhado. De lá podíamos ver quase toda a extensão do castelo, até onde a vista alcançasse. Após um tempo, começamos a sentir fome e eu e Scott fomos até a cozinha buscar comida, quando começamos a voltar para o telhado e ouvimos um miado:
- Vamos nos separar e nos vemos lá em cima ok?- cochichou Scott e foi para o lado oposto ao meu.
Comecei a andar apressada com a sacola de comida, quando ouvi o miado mais próximo, olhei desesperada para os lados para achar um local para me esconder, porém uma mão tampou minha boca e uma voz sussurrou ao meu ouvido, enquanto o ar ficava preso em minha garganta pelo susto:
- Ssshhhii. Logo o Filch vai embora.
Aos poucos fui soltando o ar e voltei a respirar normalmente quando reconheci a voz do Sirius. Ele jogou algo por cima de nossas cabeças ficamos quietos, Madame No-r-rra, se aproximou e ficou parada à nossa frente nos olhando e Sirius com a varinha na mão, já ia lançar umas faíscas nela quando ouvimos uma explosão. A gata correu para lá e logo Filch passou atrás dela xingando. Após alguns segundos, ele tirou a capa de cima de nós e pudemos falar:
AM - Obrigada.
SB - Sempre às ordens...
AM - O que você está fazendo aqui?
SB - Vim buscar comida. Nós... Quer dizer eu estava andando pelo castelo...
AM - Eu sei que vocês tinham coisas importantes para fazer hoje. O Remo avisou pra Louise. – fiz um ar de sabe-tudo para zoar.
Ele deu risada e disse:
SB - Vim buscar comida. Estávamos andando por aí e ficamos com fome, e explorar o castelo com o Pedro reclamando de fome, não dá certo. E você?
AM – Estamos fazendo a lista e a programação para a festa do aniversário da Louise. Acabamos ficando com fome também, então vim com o Scott buscar comida, nos separamos por causa da gata e o resto você já sabe.
Ele ficou me olhando por um tempo e disse:
- Você precisa voltar para lá agora? Estão com muita fome mesmo?- e olhou para minha sacola
AM - Por quê? – disse desconfiada.
SB - O Foutley já levou uma sacola bem cheia. E se eu for pra cozinha agora, posso ser pego pelo Filch... Você quer este peso na consciência? - disse fazendo bico.
AM - Huahuahua e desde quando você se importa em ser pego pelo Filch? Você precisa fazer melhor para me convencer a abrir mão destas tortinhas de amora. - provoquei.
SB - E se... Eu te mostrar um lugar interessante... Posso ficar com a sacola?
AM - Você esta querendo me enrolar... Como posso saber se você diz a verdade?
SB - Dou minha palavra, que o que vou te mostrar é bem legal. Vamos?- enquanto punha a mão direita sobre o coração.
Acabei concordando porque eu era muito curiosa, e uma sacola de comida não era um preço alto a pagar. Fomos pelas escadas até o quarto andar, e chegamos até um enorme espelho, muito bonito que havia lá.
SB - Aqui estamos...
AM - Sirius... Conheço espelhos desde que comecei a andar, sou uma garota sabe? Sabia que era enrolação. – virei para ir embora e ele segurou meu braço.
SB – Sei muito bem que você é uma garota. Não é um espelho comum, é O espelho. Deixa-me mostrar.
Ficou ao meu lado e enquanto nossa imagem era refletida ele disse:
- Revela-me seu verdadeiro segredo.
E a superfície brilhante do espelho foi ficando esfumaçada, mas não se via a fumaça, até que ficou parecendo uma porta aberta.
AM - Isso é... É... Eu não tô acreditando. – quase dei pulinhos de animação, fiquei tão contente com a descoberta que empurrei a sacola de comida na mão dele, que a colocou atrás de uma armadura que estava do outro lado do corredor e disse:
SB – Aham... Uma passagem secreta. Vou te mostrar até onde ela vai.
Como estava escuro ele entrou e murmurou: Lumus, e pegou na minha mão para descermos as escadas.
AM - Ela vai ficar aberta? O Filch pode ver...
SB - Ela só se abre para quem sabe a senha, qualquer um que passar lá agora vai ver apenas o espelho. Já testamos isso.
AM - Genial.
Começamos a andar e pude ir notando que a passagem lembrava aqueles túneis de trem antigos, feita com pedras e terra sustentadas por grossas colunas de madeira. Vez ou outra, um bicho passava correndo pela nossa aproximação. Andamos por muito tempo, fazendo curvas, até que chegamos numa outra porta que ele abriu e saímos num porão extremamente sujo, com um forte cheiro de cabras.
AM – Eca que lugar imundo... Onde estamos? – disse torcendo o nariz.
SB - É o porão do Hog’s Head conhece?
AM - Não. Só de fama e agora pelo cheiro. – rimos e estávamos bem próximos. Ele começou a se aproximar quando eu disse:
AM - É melhor voltarmos, nossos amigos podem ficar preocupados com a nossa demora. O ar está um pouco... Carregado. - e ele concordou.
Voltamos pelo mesmo caminho e íamos conversando sobre a descoberta deles desta passagem secreta; que havia outras ainda a serem descobertas, quando um barulho de coisas caindo, o fez me empurrar para a parede e colocar o corpo na minha frente para me proteger. Após alguns segundos o barulho cessou, mas ele continuou onde estava e disse:
SB - Ás vezes a terra do túnel cede um pouco e acontecem estes pequenos deslizamentos. Mas o túnel é bem seguro. Está com medo?- disse com um sorriso nos lábios e eu soube que não era ao túnel que ele se referia, e sim ao clima que estava se criando ao nosso redor.
AM - Não.
Quando ele abaixou a cabeça para me beijar, lembrei-me das advertências de Scott, do sarro que minhas amigas iriam tirar da minha cara... Da fama que o Sirius tinha...
Mas sabe quando você tem a sensação de que você está onde deveria estar?
Ambos eram livres e queriam apenas curtir o momento, sem cobranças. Afinal, não se é jovem para sempre.

Wednesday, September 27, 2006

Contadoras de história

Do diário de Louise Storm

Quarta-feira, 26 de Outubro de 1977


- E então Lou? Já decidiu o que vai fazer pro seu aniversario? – Alex perguntou enquanto íamos para a aula de Herbologia
- Não faço idéia meninas... Acho que só uma festa como qualquer outra...
- Bom dia meninas – Remo apareceu no meio do corredor e me abraçou – Já viram o calendário de visitas a Hogsmeade desse ano?
- Não, por que?
- Temos nossa primeira visita esse fim de semana, vamos passar seu aniversário fora da escola.

Yulli e Alex logo se entreolharam com sorrisos idênticos no rosto, que não eram muito diferentes do meu. Remo olhava pra gente rindo.

- Ok, já senti que vocês vão inventar alguma coisa... Tenho que ir pra aula, nos vemos mais tarde.
- Não poderíamos ter tido noticia melhor! Vamos fazer uma festa por lá! – Yulli falou quando ele saiu
- Leu meus pensamentos! Mas festa de manha? Não, tem que ser à noite! - falei
- Bom, isso a gente pode dar um jeito... – Alex falou pensativa – Vamos indo pra aula da Sprout, lá bolamos alguma coisa!

Descemos apressadas para a estufa e encontramos Scott e Sam já a nossa espera. Rapidamente contamos a eles a idéia e logo já estávamos os cinco concentrados nos planos para organizar uma festa à noite em Hogsmeade, sem prestar atenção na aula. Ficou decidido que a festa seria no Três Vassouras e que dessa vez teríamos que fazer uma lista de convidados, mas faltava o essencial: como conseguir autorização de Dumbledore, já que todos os alunos devem retornar ao castelo antes do anoitecer?

- Precisamos falar com a Sprout... É muito mais fácil convence-la de algo assim!
- Mas não é ela que decide de verdade, não é? Dumbledore dá a palavra final!
- Melhor o diretor do que a professora McGonagall, não reclamem. Se a Sprout concordar, ela mesma pode falar com o Dumbledore.
- Ah sim, por que se nós falássemos, já era festa. Não temos muito contexto com o diretor... Não depois de tantas detenções!
- A aula acabou, vamos falar com ela...
- Não, agora não! Não temos um plano, vamos acabar nos embolando nas justificativas. Deixa pro final do dia, temos antes que fechar a lista de convidados! – falei e todos concordaram.

Ora, a arte de enrolar um professor para que ele seja, involuntariamente, nosso cúmplice era complicada! Não podíamos jogar fora a única chance que temos, isso precisava ser bem arquitetado. Sprout conhecia a fama das festinhas lufanas, tendo ela mesma invadido algumas para encerrar os festejos antes do amanhecer, então precisávamos fazer ela acreditar que seria tudo na mais perfeita ordem.

A lista de convidados ia crescendo a cada aula. A todo instante nos lembrávamos de alguém que não poderia ficar de fora, já chegávamos aos 40 convidados. Realmente teríamos que fechar o Três Vassouras... Scott mandou uma coruja para Rosmeta, que era amiga da irmã dele, e no ultimo tempo de aula recebemos a resposta positiva dela de que daria um jeito de expulsar os clientes mais persistentes e deixar o pub só pros alunos de Hogwarts. A festa estava pronta, faltava a autorização...

- Vamos agora... Não da mais pra enrolar. – Alex falou catando os livros
- Ninguém pode gaguejar ou deixar transparecer empolgação demais, senão ela vai desconfiar! – Yulli falou e concordamos
- Ok, vamos lá... Professora Sprout! Será que podemos falar com a senhora? – falei alto no corredor, quando avistamos a professora
- Claro meus queridos, o que querem?
- Bom, é que sábado é o meu aniversário e a gente tava querendo dar uma festinha...
- Srtª Storm, eu sei muito bem que regularmente ocorrem festas na minha casa, mas honestamente, eu não me importo mais. Sei que vocês têm juízo, não precisam da minha autorização para tal.
- Bom a senhora mencionar a palavra ‘juízo’ professora, pois queríamos fazer a festa no Três Vassouras, lá em Hogsmeade! – Scott falou depressa
- Sim, o aniversário da Louise cai no dia de visita ao povoado e esperávamos que a senhora autorizasse a nossa pequena lista de convidados para ficar até mais tarde... – Yulli completou
- Uma festa no povoado, depois do horário de retorno à escola, já está fora do meu alcance. Vocês teriam que levar isso ao diretor.
- Mas nós também esperávamos que a senhora fizesse isso por nós. – Alex falou
- Por favor, professora Sprout! Nós somos seus alunos queridos, responsáveis, ajuizados, lhe demos o campeonato de quadribol ano passado e vamos trazer a taça esse ano outra vez, por favor, fale com Dumbledore! – falei fazendo a cara mais pidona e meus amigos me imitaram
- Não posso prometer que o diretor vá autorizar isso, mas falarei com ele. Me dêem a lista e vou ver o que posso fazer...
- PROFESSORA SPROUT, NÓS TE AMAMOS! – gritamos todos juntos e ela riu

Ela seguiu pelo corredor em direção à sala do diretor e fomos atrás, sorridentes. Não era nada certo ainda, mas se ela já havia aprovado, com certeza diria a ele que somos responsáveis, apesar das detenções, e que nada sairia do controle na festa. Montamos acampamento do lado de fora da sala, esperando ela sair e já discutindo o que iríamos precisar para arrumar as coisas, horário para começar e tudo mais. Quando a professora Sprout saiu, meia hora depois, tinha um sorriso enigmático no rosto. Levantamos depressa do chão, ansiosos.

- Dumbledore autorizou... Com uma condição: quer todos de volta à escola meia noite, nem um minuto a mais. Eu irei pessoalmente até o Três Vassouras conferir se todos voltaram como combinado!
- Tudo bem professora, não se preocupe, meia noite todos viramos abóboras e voltamos! – falei animada e indo abraça-la.
- Abraço sanduíche na professora Sprout! – Sam falou e todos espremeram a professora

Pronto, o circo estava armado. Ah, essa festa promete...

Monday, September 18, 2006

Adoro problemas

Do diário de Alex McGregor

”Querida Alex.
Espero que esta a encontre com saúde e feliz. Já deve estar sofrendo as pressões do 6° ano não? Mas tenho certeza que já devem estar fazendo as famosas festas para descontrair. Estou escrevendo para te contar uma coisa. Afinal continuamos amigos não é? Lembra que você disse que eu iria conhecer pessoas fora da escola e que seria bom não estar preso a alguém? Pois é, parecia que você estava prevendo o futuro. Eu conheci alguém, e estamos namorando. O nome dela é Phoebe. É bonita, divertida, inteligente... Estou bem feliz e te desejo o mesmo.
Logan”

Estava lendo a carta do Logan na hora do café da manhã e meus amigos logo perceberam que havia alguma coisa errada:
LS - Que foi Alex? O que o Logan conta de novo?
YH - Carta do Logan é pra ficar feliz não?
SF - Ele está namorando. – respondeu Scott depois de ler a carta rápido por cima do meu ombro, e foi sentando-se à mesa.
Ficaram me olhando por um tempo, talvez esperassem que eu caísse no choro, ou entrasse na fossa, cantando alguns sucessos do tipo: "meu mundo caiu... ninguém sabe, ninguém viu..."
AM - Ah, mas eu quero que ele seja feliz.
LS - Mas você não gosta dele?
AM - Gosto, mas de que adianta eu ficar chorando ou exigindo fidelidade se ele está a milhas de distância daqui? Da mesma forma ele não pode exigir nada de mim. Certo?- dizia enquanto íamos para aula de DCAT.
Ao chegar na sala encontramos a turma do 7° ano parada na porta.
MF - Mudaram os horários e não informaram?
LS - Ah, beleza! se não tiver esta aula vou ficar nos jardins. Posso adiantar algumas lições.
Remo vinha com Sirius em nossa direção, nos cumprimentou enquanto abraçava Louise:
RL - O professor Stroke, resolveu fazer uma aula preparatória, com as duas turmas. – e o seu amigo completou:
SB - Precisamos treinar com alguém e vocês são os mais indicados. Na certa ele pensa que vocês vão se machucar menos. - disse rindo.
AM - E quem disse que somos ruins em duelo? - ¬¬
Antes que ele respondesse de volta o professor Stroke chegou animado e nos mandou entrar na sala.
- Hoje treinaremos os feitiços para desarmar, petrificar, e o feitiço escudo. Vocês devem se perguntar por que o 6° e o 7° ano estão juntos. É simples, são os grupos que estão mais preparados para enfrentar uns aos outros, pois pelas minhas avaliações estão iguais.
Os alunos do 6° ano gritaram eufóricos e os do sétimo fiaram indignados, e o professor continuou a falar:
- Durante o ano teremos mais destas aulas conjuntas. Vai ajudá-los a se preparar melhor para o combate às forças das Trevas. No caldeirão há pedaços de papel com os nomes de vocês. Cada vai pegar um e vai saber o nome do par. Não se preocupem, foram enfeitiçados e ninguém vai pegar o próprio nome.
Retiramos nossos nomes e quando vi o meu me surpreendi:
AM - Tirei a Bellatrix e vocês? (disse e fiz o gesto de pôr o dedo na garganta como se fosse vomitar e rimos).
LS - Crabbe
YK - Goyle.
SF - Lockhart.- disse desanimado e demos risada.Todos sabiam que aquele aluno era muito afetado, e treinar com ele seria o mesmo que ficar no dormitório contando carneirinhos.
Nisso o professor pediu a palavra:
- Muito bem. Quero que desarmem o seu oponente. Isso não é um clube de duelos, não quero ninguém machucado.
Encaminhei-me ate minha oponente e começamos o nosso duelo. Ela era rápida, parecia movida por algo mais do que a rixa entre as casas, respirei fundo e olhei bem em seus olhos, e de repente parecia que eu tinha um gravador na minha cabeça:
- Vou fazer o feitiço das pernas presas com o densaugeo... O Sirius vai ver o quanto ela é idiota...
Quando ela levantou a varinha gritei: Aguamenti e um jato de água saiu dela acertando o rosto da adversária, que gritou enfurecida, pois ficou toda molhada
Nesta pausa olhei para o lado e Sirius havia vencido Mulciber e Tiago ainda enfrentava Snape. Crabbe e Goyle exibiam tentáculos no rosto e foram para a enfermaria. Remo havia vencido Wayne, e sobraram alguns poucos duelando. Petigrew havia vencido Sam, e ela mancava um pouco. Por reflexo, gritei: Escudo quando ela me lançou um Incêndio.
Sirius se aproximou dizendo:
-Gosto de duelos entre garotas. Qual será o prêmio da vencedora? Quem sabe um passeio comigo Alex, topa?
AM - E quem disse que sair com você é algum grande prêmio? – esnobei enquanto lançava um Petrificus Totallus, que ela repeliu e disse:
BB - Até parece que vou deixar esta amante de trouxas vencer. Tarantallegra. - me defendi e nesta hora ao olhar pros olhos dela e vi dentro da minha cabeça uma imagem inusitada: Bellatrix tentando beijar o Sirius e ele repelindo-a, severamente.
Sorri cínica. Sabia como iria vencer.
Haviam formado um circulo ao nosso redor e pude ouvir meus amigos gritando incentivos e outros da Sonserina apoiando a Bella, especialmente seu namorado Lestrange.
AM - Sirius você prometeu ser mais discreto sobre... Nós. - disse numa altura que somente alguns poucos iriam ouvir.
Ela me lançou um Silêncio, para que eu não dissesse mais nada e pensei nos feitiços silenciosos que minhas primas haviam me ensinado. Sabia que podia fazê-lo:
-Engorgio. - pensei e ela começou a inchar rápido feito um balão, seus dedos nem se dobravam para segurar a varinha e a deixou cair no chão. O professor veio correndo para acudi-la quando os botões de suas vestes começaram a voar para todos os lados, ricocheteando.
Apontei minha varinha para minha garganta e pensei: Quietus. E minha voz voltou ao normal.
- Parabéns para a senhorita McGregor que conseguiu usar um feitiço silencioso. Muito bem. 5 pontos para a Lufa-lufa.
Fui cumprimentada por meus amigos e Sirius se aproximou dizendo.
- Posso falar com você Alex?- meus amigos olharam para mim espantados, quando eu disse que tudo bem. Afastamo-nos um pouco e ele disse:
SB - Falei sério quando perguntei se queria sair comigo. Posso te mostrar umas passagens secretas do castelo.
AM - Sirius só disse aquilo para provocar sua prima. Sabia que você a tinha rejeitado.
SB - Como você sabia?Isto não aconteceu aqui...
AM - Não sei... Olhei para ela e vi um filme na minha cabeça. Foi estranho. E quanto ao seu convite, fico encantada, mas a resposta é não.
SB - Está com medo da Bellatrix? – provocou.
AM - Se eu tivesse medo dela, teria me rendido. Só acho que devemos deixar as coisas acontecerem naturalmente. Quem sabe um dia ok?
SB - Eu vou esperar um sinal seu, como na festa. - disse malicioso e dei-lhe um empurrão.
AM - Já vi que você vai zoar muito com aquilo né?
SB - Só quero repetir a dose, e você não pode me censurar, foi muito legal. – acabei rindo de sua cara travessa, enquanto íamos cada um para um lado, para as outras aulas do dia.
Quando me aproximei de meus amigos Scott comentou:
- Olha o que você vai fazer Alex... O Sirius é encrenca com boa parte da ala feminina do castelo.
AM - E desde quando eu corro dos problemas? Eles vêm até mim, e devo confessar meu amigo: alguns são bem bonitos.
LS - Pronto já se contaminou com a modéstia dos Marotos. - e caímos na risada.

Friday, September 15, 2006

Frente a Frente

Por Benjamin O’Shea

Só poderia existir uma palavra para descrever minha terceira semana em Hogwarts: explosiva! Era a terceira vez só naquela semana que Foutley e eu discutíamos. Ele não ia com a minha cara e deixava isso transparecer, era evidente, portanto eu passei a implicar também, como troco.
Era uma sexta-feira chuvosa e eu suspeitava seriamente de que nenhum dos nós lembrasse do real motivo da discussão daquele dia.

- PELO MENOS EU PENSO FOUTLEY, JÁ VOCÊ...
- VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FALAR COMIGO DESSE JEITO O’SHEA!
- NÃO POSSO NÃO, É?

Eu tirei minha varinha das vestes quase ao mesmo tempo em que ele puxou a dele. Já ia começar a lançar todos os feitiços que lembrasse quando a professora McGonagall entrou na sala.

- Bom dia, classe.

Tão rápido quanto tiramos as varinhas das vestes, a guardamos. Nos encaramos por alguns segundos e então fomos nos sentar em nossos lugares. Dessa vez eu sentei longe das meninas e por sorte, não tivemos tempo de nos esbarrarmos durante o resto do dia.

****

Estava andando pelos corredores do colégio à noite, escondido sob a capa da invisibilidade que meu irmão me deu antes de ir para Hogwarts. Kegan desenvolvera a habilidade de ficar invisível e não precisava mais dela. Ele era auror e a novidade veio a calhar, portanto herdei sua capa. De repente ouvi passos vindos do final do corredor. Parei para ver quem era. Filch, o zelador, vinha em minha direção. Sorri e pensei em jogar uma bomba de bosta nele, mas mudei de idéia, aquela saída noturna era apenas para "reconhecer" o castelo, não para pregar peças. Desviei de Filch e continuei andando.

Já estava no ultimo corredor do 5° andar quando vi o Foutley se escondendo atrás de uma armadura, estava fugindo de Filch. Não era um bom esconderijo. Até considerei seriamente a possibilidade de deixa-lo lá para ser pego, mas lembrei-me de que se isso acontecesse, Grifinória perderia muitos pontos e eu não queria isso, mesmo não sendo da casa. Andei até o Foutley e o cobri com a capa da invisibilidade...

****

Por Scott Foutley

Eu perambulava pela escola à noite, tinha de tomar cuidado para não ser visto pelos professores e nem pelo zelador. Mas infelizmente eu não estava com tanta sorte assim. Ao dobrar a direita em um corredor, vi Filch vindo na minha direção. Ele ainda não tinha me visto, mas era apenas questão de tempo. Escondi-me atrás da armadura mais próxima, mas não era um bom esconderijo, assim que Filch passasse por aquele lado iria me ver...

Senti algo me cobrindo. Olhei para o lado e pude ver O’Shea me olhando. Eu ia falar algo, mas ele colocou a mão em minha boca e fez com que eu me calasse. Entendi seu gesto, o que quer que eu fosse falar era para esperar Filch passar. Ele passou por nós e esperamos o som de seus passos desaparecerem para sairmos de debaixo da capa.

- O que você está fazendo aqui, O’Shea? - comecei
- Suponho que o mesmo que você Foutley - respondeu seco- explorando a escola.
- Não estou explorando nada, já conheço todos os cantos do castelo. Por que me ajudou?
- Não pense você que foi por bondade - disse sarcástico - eu só não queria que Grifinória perdesse pontos, que era o que ia acontecer se você fosse pego.
- Você nem é da Grifinória, porque se importa?
- Não sou uma pessoa ruim, não iria deixa-lo perder pontos para sua casa por vingança pela sua implicância. Sei que não gosta de mim, mas até gosto de você.

Ok, ele me pegou. Fiquei parado encarando ele um tempo, mas sem dizer nada, pois simplesmente não sabia o que falar. Aposto que as meninas iam rir da minha cara agora.

- Isso é uma capa da invisibilidade. – falei depois de um longo período constrangedor
- É - disse
- Não foi uma pergunta O’Shea – provoquei

Ele me analisou bem, e fiz o mesmo. Ele não era o tipo de pessoa com quem você deveria discutir no meio da noite quando se estava fazendo algo errado.

- Eu se fosse você voltava para o dormitório – ele disse por fim
- Você não manda em mim, O’Shea.
- Não foi uma ordem, Foutley - rebateu - foi uma sugestão. Mas faça como quiser.

Benjamin botou a capa e voltou a explorar o castelo. Eu fiquei lá, analisando o que acabara de acontecer. Bom, ele tinha razão e, de qualquer maneira, eu não queria que Grifinória perdesse pontos. Dei meia volta e fui para os dormitórios. Mas não dormi. Passei a noite em claro, com meus pensamentos cada minuto mais confusos...

Wednesday, September 13, 2006

Pratos Limpos

Do diário de Yulli Hakuna

- Um eclipse é um fenômeno que ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham. Se esse fenômeno ocorre durante a fase da lua cheia, quando a lua passa pela sombra da Terra, ele é denominado eclipse da lua, ou eclipse lunar. O tipo e a duração do eclipse lunar dependem da localização da Lua em relação à sua órbita.

O que vamos presenciar essa noite é exatamente isso! Tivemos a sorte de pegar um eclipse lunar logo de cara, justo quando nós íamos começar o capítulo deles! Montem logo seus telescópios... Vocês não querem perder isso, não é?

A professora Andrômeda caminhava de um lado para o outro da torre de Astronomia excitadíssima. Não parava de balbuciar que o eclipse era sem dúvidas o fenômeno astronômico mais interessante que iríamos presenciar. Terminei de montar meu telescópio e apontei para o céu aberto da torre, naquela noite, estrelado. Mark estava do meu lado terminando de focalizar o dele, e Scott do outro, já folheando o livro um pouco ansioso.

YH: Que foi Scott? Tudo isso por causa de um eclipse?

Ele me olhou com uma das sobrancelhas erguida, e um pouco indignado fechou o livro.

SF: Não, não tem nada a ver... – ele soltou um suspiro rouco e virou um pouco a cabeça pra trás, onde Ben estava. Se fosse só o fato do Ben estar lá, ele já estaria achando ruim demais, mas, além disso, Ben estava entre Louise e Alex, e conversava animadamente com elas.
YH: Ah, de novo não Cott, por favor...
SF: Eu não gosto desse menino! E eu acho estranho...
YH: O que? Só porque ele conhece um pouco de cada país do mundo? Só porque ele é da mesma casa que a gente, e você acha que vamos te abandonar?
SF: Posso falar?
YH: Ham...
SF: Acho estranho a Louise estar toda animadinha com ele, se até a pouco ela estava tensa e estressada conversando comigo... Disse que era por causa do Remo... Sabe, lua cheia! Mas com o “Benzinho” não, ela ta toda sorridente!

Quando ouvi aquilo eu não me contive e soltei uma gargalhada. Ta, o Scott era o meu melhor amigo, mas devo admitir que ele estava sendo infantil com a presença do novato.

YH: Scott, deixa de bobeira! Ele deve estar contando alguma piada de duendes, ou coisa assim... Você queria o que? Que a Louise jogasse um livro na cabeça dele só pra te mostrar que é paranóia da sua cabeça essa perseguição?
SF: Não vou discutir sobre isso!
YH: Não estamos discutindo, eu só estou falando que você não tem absolutamente nenhum motivo pra estar mordido com o Ben. Ele te fez alguma coisa? Até agora ele tem sido gentil e engraçado com a gente...

Ele afundou o olho no telescópio sem responder. Devo dizer que conheço pessoas teimosas, mas nunca conheci ninguém como o Scott. Ele é assim: quando você precisa dele, está sempre lá pra te socorrer, mas se ele acha que é o certo de alguma discussão, não adianta. Nada, NADA que você fale o convence de que ele é o errado. Sem querer instigar mais, fiquei calada também apenas rindo comigo mesma.

AS: Vai começar, dentro de alguns minutos! Atentos! Agora está muito perto...

Afundei meu olho no telescópio também pra espiar. O céu estava infinitamente pontilhado de estrelas, e a torre caíra em profundo silêncio quando a lua começou a ser tapada lentamente. Andrômeda soltava uns gritinhos de excitação que invadiam todos os alunos... É realmente interessante presenciar um eclipse. A lua vai escurecendo tão lentamente, que você tem a impressão de passar a eternidade olhando aquela cena. Ficamos fazendo anotações por aproximadamente 2 horas, quando o último vestígio de sombra sobre a lua desapareceu na escuridão.
Scott se despediu depressa e um tanto amargurado de nós, e saiu atropelando alguns alunos sonolentos que desciam a escada.

BO: Ele não foi com a minha cara né?
AM: Não esquenta com ele, só está um pouco nervoso esses últimos dias...
BO: 80% dos problemas dele nessa última semana foi por minha culpa, ele fez questão de me fazer notar isso!
YH: Relaxa! O Cott é um amor de pessoa, logo desencana de você!
LS: É, ele não guarda mágoas... – Louise disse rindo amarelo.

Quando chegamos no Salão Comunal, as meninas e Ben se despediram e foram se deitar. Como eu havia tomado uma jarra de cafeína quase pura de tarde, estava sem sono algum, então me joguei em uma das poltronas de frente pra lareira e fiquei observando o fogo consumir um pedacinho de madeira.

MF: Pelo jeito eu não sou o único sem sono da casa... Já dava até para nós fazermos a festa do “Orme não dorme” parte 2! – Mark se jogou na poltrona em frente sorrindo.
YH: É, mas hoje eu só quero ouvir o barulho da lareira!
MF: Somos dois...

Ficamos em silêncio sem nem nos encararmos, por alguns minutos.

MF: Yulli...

Levantei os olhos pra ele, e ele me encarou sério.

MF: O clima entre a gente está estranho!

E como não estaria? Nós tínhamos nos beijado em uma situação de crise emocional, que é quase o mesmo que a embriaguez, sendo que eu sempre tinha considerado o Mark como meu amigo!!!

YH: É, acho que sim.
MF: É por causa do beijo não é?
YH: Não sei... Talvez!
MF: O que ele significou pra você?
YH: Ah Mark, eu não sei te explicar. Foi bom, realmente. Me senti melhor, ainda mais depois de tudo. Mas eu acho que aconteceu naquele momento, e não me arrependo...
MF: Eu também gostei. Pelo menos eu estava sóbrio! Eu não forcei aquilo, eu juro. Eu simplesmente te beijei porque, sei lá... Como você disse, aconteceu naquele momento, mas eu também não me arrependo. Vamos deixar esse clima estranho de lado? Só quero que a gente continue amigos como éramos antes, sem constrangimentos...
YH: Feito!

Eu realmente não sabia explicar o que tinha sido aquele beijo pra mim. Foi tão de repente, que não consegui definir ainda. Mas a última coisa que eu queria é que o clima com o Mark ficasse estranho, então, achei que essa conversa tinha sido realmente tranqüilizante! Um pouco mais leve, me despedi dele e subi para o dormitório para pelo menos tentar dormir...


Thursday, September 07, 2006

Fama indesejada

Diário de Alucard W. Chronos

Bem, minha fama cresceu bastante desde o ano passado e passei de “Criador de confusões” e garoto “normal” para a mais nova “atração turística” de Hogwarts. Alunos de toda a escola quando cruzam comigo no corredor resolvem parar pra olhar e apontar pra variar. Tem também os cochichos que não podiam faltar não acha? Eles me seguem, tem vezes que um corredor inteiro fica cochichando...
Mas pelo menos estou aprendendo a ignorá-los, geralmente fixo o olhar em algum ponto distante e penso em outras coisas além de voar no pescoço de um. Calma, não para mordê-los, mas pra enforcar mesmo! Até alguns monitores param pra olhar!! O Lupin fica rindo um pouco, mas já me falou que pediu para eles pararem, porque já chega os alunos...
Dia desses tivemos a festa de boas-vindas dos lufanos! Foi ótima! Eu continuo me abstendo de beber bebidas alcoólicas, mas o pessoal da festa pelo visto não...A Alex chegou ao ponto de subir em cima da mesa e dançar, ta que eu não cheguei a ver...Digamos que estava ocupado...Passei a maior parte da festa com a Mirian em um lugar aconchegante e calmo, aproveitando o tempo pra gente e matando a saudade que realmente estava apertando...Mas mesmo assim as pessoas não davam trégua, a todo momento vinha alguém olhar, acho que queriam ter certeza que eu não ia morder a Mirian *gota* Como se eu não tivesse a chance de morder metade da festa antes que notassem, fora que eu passei as férias com a Mi! Se o pescoço dela está intacto até hoje, não seria hoje que eu ia mordê-la! Saímos de lá tarde pra variar e como a sala comunal estava vazia ficamos um bom tempo lá juntos namorando no sofá....Tivemos que nos controlar, porque a oportunidade era boa demais...Ela tinha tirado a noite pra me provocar e a cada movimento dela estava mais difícil, então resolvemos ir dormir antes que perdêssemos o controle completamente.
Sabe da maior? Agora estão organizando grupos, como se fossem agências de turismo, para me “visitar”! Agora sim está dando nos nervos, e pra melhorar os sonserinos decidiram me perseguir, acho que esqueceram que estão brincando com alguém que anda de pavio curto:- Então é verdade, temos um vampiro no colégio.
- Um mestiço pelo que ouvi dizer
AC: Por que? Tem medo de mim?
- Medo de você? Por que eu teria?
AC: Por que você é um simples sonserino? E eu um vampiro?
- Como se eu tivesse medo de um MESTIÇO. Essa escola está ficando uma droga!
AC: É verdade...eu me lembro que ela começou depois que você entrou pra cá, não lembra?
- Quem você pensa que é pra falar comigo assim, vampiro?
AC: Você falou certo, um VAMPIRO. Quer realmente arranjar briga comigo?
- O que você pode fazer? Me atacar? Hahahahaha os monitores viriam correndo pra cima de você! – Eles riam enquanto se aproximavam fingindo querer me bater. Mas eu já vi isso e sei que o que eles realmente estão sentindo é o medo...
AC: Vocês são patéticos...Não tenho que perder meu tempo com vocês.
Virei as costas e continuei andando, mas eles me seguiam e queriam me ver estressado. Eles xingavam as piores coisas possíveis sobre meu atual estado, mas tocaram num ponto que eu não perdoei: meus amigos.
- Ah, ouvi dizer que seus amigos são seu banquete não? Você reveza quem atacar primeiro.
- Amigos? Desde quando um mestiço tem amigos?
- E aquela sua irmã e sua namorada? São muito bonitas sabia?
- Vamos empurrá-lo pro sol e “consolá-las”
Por que eles gostam de ser patéticos? Eu respirei fundo e tentei me controlar, mas achei melhor deixá-los ter medo de mim, ai pensam duas vezes antes de me encherem quando estou de mau humor...Virei para eles com os caninos a mostra e os olhos vermelhos, como se preparasse um ataque. Eles saltaram pra trás imediatamente com medo e tentando sacar as varinhas, mas fui mais rápido e já apontava minha varinha pra as deles e falava “Accio”. Estavam desarmados, com medo e diante de um vampiro.
AC: Não disseram que não tinham medo de mim? Não é o que vejo... – fingi me jogar pra cima deles e eles começaram a correr esbarrando em um aluno. Era o Lupin.
RL: Que confusão é essa aqui?!
- El..Ele tentou nos atacar!
RL: Ele? Ele quem?
- O vampiro! Ele nos ameaçou!
RL: Bem não estou vendo nada. E acabei de vir da sala comunal da Grifinória e o Sr. Chronos está lá, não tem como estar aqui.
- Mas ele está ali! – Eles apontavam para o corredor, mas não havia nada. Lupin respirou fundo perdendo a paciência.
RL: Sempre inventando mentiras e arranjando confusões. Menos 10 pontos para a Sonserina e sumam daqui antes que eu decida tirar mais!
Eles saíram correndo dali, sem nem mesmo reclamar dos pontos perdidos, pois queriam sair dali o mais rápido possível. Lupin ria baixinho até eles desaparecerem, quando caiu na gargalhada e andou um pouco pra frente rindo mais um pouco antes de fingir estar sério:RL: Sr. Chronos, sei que está aí.
AC: Me desculpe Lupin, eu não agüentei em pregar uma peça neles. – Eu falei surgindo detrás de uma estátua que mal dava para uma pessoa magra se esconder.
RL: Hum, você se esconde bem. Quer ensinar não?
AC: Rsrsrsrs. Se quiser, mas acho difícil. Me desculpe mesmo por não ter segurado minha vontade de dar um susto neles.
RL: Não se preocupe, eles até que mereciam. Pena não ter assustado mais. Mas eles com certeza vão querer continuar depois.
AC: Eu sei, mas já estou me acostumando um pouco. E eles são sonserinos, não preciso me preocupar com eles.
RL: Rsrsrs é verdade. Pro seu azar, essa sua nova condição é mais fácil de ser vista.
AC: Eu sei...infelizmente. Não agüento mais todos me olhando nos corredores.
RL: Deve ser difícil mesmo, pode contar sempre conosco ta Chronos?AC: Claro, obrigado! E você também sabe disso não Lupin?RL: Rsrsrs sei sim. Vamos, você tem que voltar pro salão comunal antes que eles procurem algum professor. E eu tenho que continuar a ronda...depois espalho isso pra Grifinória.
AC: Eles vão gostar, principalmente o Black e o Potter. Já te falaram que me pediram pra atacar o Snape?!
RL: Rsrsrs falaram sim, mas fui contra. Mas você conhece aqueles dois...
AC: É verdade...deixa eu ir então, antes que eles procurem a Mcgonogall, ainda tenho medo dela as vezes.
RL Quem não tem? Ele continuou andando me dando um último aceno e rindo sozinho enquanto eu corria para a sala comunal. Não deu outra, assim que cheguei lá, a Mcgonogall apareceu pra ver se eu estava lá realmente. Ainda bem que minha velocidade ajuda nessas horas!
Alucard Wingates Chronos às 3:03 AM

Wednesday, September 06, 2006

O Novato

Do diário de Scott Foutley

Acordei cedo no nosso primeiro dia de aula. Eu começava hoje o 6° ano em Hogwarts, faltava agora 2 anos para me formar. Lu já estava de pé quando voltei do banheiro e parecia disposto para encarar o novo ano. Descemos juntos para o café e depois de falar com as meninas, fomos para a mesa da Grifinória. A professora McGonagall passou distribuindo nossos horários e me lembrando que eu tinha uma detenção a cumprir no final do dia. Nossa primeira aula era DCAT, seguida de Trato de Criaturas Mágicas. Eu devia ter desistido de Trato, mas esqueci de avisar a McGonagall e agora ela não queria mais me deixar desistir.

Comemos rápido e fomos para a sala do professor Stroke. Agora todas as casas tinham aula junto, o que tornava a coisa menos torturante. O professor já estava de pé na frente da sala e só dava bom dia enquanto nos acomodávamos. Louise já estava na sala, ela havia chegado antes para pedir autorização a ele para continuar com as aulas e pelo jeito ele não tinha negado. Yulli e eu sentamos ao lado dela no fundo da classe, mas Alex, Lu e Mark foram para frente, eles adoravam a matéria e mal piscavam, prestando atenção. Ele ia começar a fazer o tradicional discurso de volta as aulas quando bateram na porta e a professora McGonagall entrou, acompanhada de um garoto magro, alto, de cabelos caindo no rosto e usando uma jaqueta no lugar da capa que todos usávamos. Seu uniforme era da Lufa-lufa, o que fez Louise e Yulli esticarem o pescoço e trocarem olhares intrigados.

- Com licença Willian, posso falar com vocês um instante?
- Claro Minerva, entre, entre.
- Obrigada. Bom dia classe! – e todos responderam – Willian, esse é Benjamin O’Shea. Ele veio transferido de Ballyhara e irá estudar conosco esse ano. Como ele chegou essa manha, a seleção das casas foi feita da sala do Dumbledore e ele ficará na Lufa-lufa.
- Bem vindo a Hogwarts, Sr. O’Shea – o professor falou.
- Obrigado...
- Sr. O’Shea, depois da aula procure a professora Sprout, ela lhe ajudará com os horários. Por hora, pode se sentar no fundo da sala, com aquelas duas senhoritas e... Srtas Storm e Kinoshita levantem os braços! Pronto, sente-se perto delas, elas são da sua casa e vão lhe ajudar. Onde está a Srtª McGregor? Ah, aqui na frente... Bom, sente-se atrás e depois elas lhe apresentam os demais alunos! Obrigada Willian.

Minerva saiu da sala e o professor fez sinal para o garoto se mexer e sentar perto da gente. Louise e Yulli logo abriram um sorriso e se apresentaram, enchendo o coitado de perguntas, mas logo o professor pediu silencio e comunicou que faríamos uma aula pratica, para relembrar os feitiços usados nos NOMs e assim começar a preparação para os NIEMs. Elas formaram uma dupla, Alex e Mark outra, Lu se posicionou ao lado da namorada e eu me vi sem opções a não ser fazer par com o aluno novo.

- É bom em DCAT? – ele me perguntou quando fomos para o meio da sala
- Não sou ruim, mas não pretendo ser auror, não vejo necessidade em ser bom.
- Como não? Não lê jornal para saber que todos precisam aprender a se defender? E se formos atacados de repente?
- Ah então todos são obrigados a ter ensinamentos de auror só porque um bruxo maluco sai por ai matando quem não acha ele legal?
- Nossa... – e ficou pensativo
- O que foi?
- Nada, é que eu pensava que os alunos de Hogwarts fossem inteligentes. Vejo que me enganei.

Eu ia responder, mas no exato momento em que abri a boca o professor Stroke falou em voz alta para que começássemos os duelos e o garoto gritou um feitiço que eu não conhecia, me derrubando. Ele ficou de pé, rindo, e me levantei puto. Apertei a varinha entre os dedos e tentei desarma-lo, mas ele usou o feitiço escudo e me bloqueou. Ficamos nisso por toda a aula, um tentando derrubar o outro sem surtir efeito, até que o professor ordenou que parássemos e dispensou a turma.

- Não gosto desse garoto... – falei quando já estávamos fora da sala
- De quem? Do Ben? Ah Cott, ele é tão legal! – Yulli falou empolgada
- Ben? Então ele já é Ben?
- Ora, foi ele quem pediu que o chamássemos assim! – Louise se defendeu
- E ele é uma gracinha, não? – Alex completou o coro
- Já estamos atrasados para a aula de Trato, vamos. – falei e sai andando
- Espero Cott! Por que você ta irritado?

Larguei as três rindo e atravessei o gramado em direção a orla da floresta. Toda a turma já estava lá, mas nem sinal do professor Kettleburn. Elas chegaram e vieram se sentar perto da minha bancada, puxando o material. Não vi nem sinal do menino novo. Ótimo, quem sabe ele não se inscreveu para Trato... Um homem parrudo veio caminhando na direção das bancadas e parou na do professor, pigarreando antes de começar a falar.

- Bom dia. Meu nome é Arnold Botner e eu serei seu professor de Trato de Criaturas Mágicas até o 7° ano. O professor Kettleburn só dá aulas até o 5° ano. A aula hoje será teórica, quero ver o quanto vocês se lembram dos NOMs e...
- Com licença, essa é a aula de Trato? – Benjamin apareceu no jardim com os braços cheios de livro
- Ah sim, aviso numero um: eu não tolero atrasos. Se a aula é as 10:15, às 10:16 já não permito que mais nenhum aluno entre.
- Tudo bem, até semana que vem...
- Volte aqui garoto! Hoje é o 1° dia, estou mais tolerante. Sente-se e abra o caderno como seus colegas, calado.

A área da sala se encheu com o som de cadernos sendo arrancados com violência das mochilas e paginas sendo folheadas até que se encontrasse uma em branco. O professor parecia nervoso com o barulho, andava de um lado para o outro cutucando o ouvido, até que deu um berro e assustou a todos.

- PAREM! Parem com isso! Aviso numero dois: é terminantemente proibido que se arranque folhas de caderno. Eu tenho o ouvido sensível devido a uma poção que explodiu na minha mão, e o barulho da folha sendo arrancada me irrita.

Alguns alunos não deram importância e continuaram a passar as folhas do caderno sem delicadeza. O professor Botner só faltava dar pulinhos na grama. Ele foi ate sua bancada e tirou uma régua imensa, acertando ela na mesa com força. A turma na mesma hora se calou.

- Isso, não dêem importância aos problemas do professor novo, quem se importa? Bom, pois agora vão se importar! Abram os cadernos EM SILENCIO e comecem a copiar tudo que eu disser. Quero todos eles na minha mesa no fim da aula e se tiver faltando alguma linha levará dar um T!

O louco começou a falar depressa, atropelando as palavras e tornando impossível que copiássemos algo sem se perder. Louise sacudia a mão dizendo que ela doía e Yulli e Alex começavam a suar tentando acompanhar o professor. Minhas folhas estavam todas borradas, cheias de risco, mas estava conseguindo acompanhar.

- Vai mais devagar professor, não peguei a ultima frase! – Mark falou desesperado
- Menos 5 pontos para a Lufa-lufa pela interrupção!
- O QUE? Mas ele não fez nada! – Alex berrou
- Menos 10 agora! Querem que aumente para 20?

Mark e Alex abaixaram os braços furiosos, mas não se atreveram a falar outra vez. O professor insano aumentou o ritmo, fazendo todos entrarem em pânico e constantemente gritava para não fazermos barulho. Já sentia que minha mão ia cair quando alguém no fundo das bancadas destacou um pedaço da folha do caderno. O homem parou na mesma hora, como se um gato estivesse arranhando seus tímpanos. Ele parou e mirou a turma, que ficou imóvel e prendia a respiração.

- Quem foi?

Silencio. Ninguém dizia nada. Foi então que ele focalizou o autor da brincadeira. Era o novato, Benjamin. Ele tinha os dedos levantados e um pedaço da folha solta. O professor andou até ele e ameaçou descontar mais pontos da Lufa-lufa, mas não o fez. Quando já estava a meio caminho do quadro outra vez, Benjamin destacou o resto da folha, lentamente, fazendo o barulho penetrar no ouvido do professor, que ia se contorcendo na frente da classe como se estivesse sendo atingido com a maldição cruciatos.

- Saia da minha aula imediatamente garoto! Direto para a diretora de sua casa e avise a ela que você acaba de perder sua vaga em Trato de Criaturas Mágicas!

Benjamin recolheu o material calmamente e passou pela turma antes de atravessar o gramado. Largou a folha arrancada na mesa dele e arrancou mais uma antes de sair, fazendo o professor sentar agoniado, tapando os ouvidos. A turma não sossegou mais depois disso, obvio. O comentário era o aluno novo que não respeitava os professores, o causador de encrenca. As meninas estavam animadas, rindo do que ele tinha feito e dizendo que era bem feito pro professor. Bom, elas podem achar o que quiser, mas eu não gostei desse garoto e nada vai me fazer mudar de idéia!

Monday, September 04, 2006

A vida é bela de cima de uma mesa....

das memórias turvas de Alex McGregor

- Porque meu estômago pensa que esta numa montanha russa? Eu acho que vou morrer... - dizia de olhos fechados.
- Não, você não vai morrer assim não. Deixa eu te enforcar antes...
- Pára Cott, não, foi tão grave assim... – risadas abafadas.
- Não foi grave? È porque você não viu a cara de gato que comeu o canário daquele lá...
- Poderia ter sido pior... Pelo menos foi um grifinório, já pensou se fosse um sonserino? O Wayne, por exemplo?
- Merlim misericordioso, bate na madeira...
Reconhecia aquelas vozes e me perguntava onde estava. Quer dizer eu devia estar em algum lugar na escola e alguém me acertou um balaço na cabeça, pra justificar as estrelas cantantes que dançavam em volta da minha cabeça.
Respirei fundo e focalizei as vozes. Eram Scott, Yulli e Louise ao meu redor no salão da Lufa-Lufa. Levantei um pouco e vi que o salão estava totalmente bagunçado, com restos de festa para todo lado.
- Olha só que linda, a esponjinha acordou. - disse Louise não segurando a risada.
AM - Gente o que houve? Tivemos algum vendaval aqui? Nossa que risada alta...
YH - Você não se lembra Alex?
AM - Do que? Ah, da festa... Nossa já acabou?
SF - Já acabou sim, o dia já tá nascendo, mas você não lembra do que aconteceu durante a festa?
AM - Hummm, eu tomei alguns drinks...
LS - Alguns drinks é ofensa, você entornou todas.
AM - Tá, que seja... Eu bebi todas e... Ah to lembrando lembro que comecei a dançar com... Ah com alguém e... - que foi? Porque vocês estão me olhando com estas caras?
YH - Toma isto aqui, para clarear a mente.
Tomei o café preto e forte, e quase o cuspi em quem estava na minha frente.
Aí comecei a relembrar do que tinha havido...

-Uau, olha o salão, parece uma discoteca...
-Elas são muito boas em feitiços mesmo... Deviam ser da Corvinal...
-Que festa maneira...
-É, se a primeira festa tá assim, imagina as próximas que eles organizarem, quero vir com certeza...


Ouvíamos comentários dos alunos que entravam em nosso salão comunal para a primeira festa do ano na Lufa-lufa. Claro que foi como sempre: de última hora, para que nenhum professor desconfiasse. Mark assumiu a função do Amos que havia se formado, que era orientar os seguranças do evento, leia-se segurança os garotos mais novos com boa voz, para gritar no caso de algum professor aparecer.
Eu e as meninas enfeitamos o salão e buscamos comida na cozinha. Scott cuidou do som. Assim, que o Remo chegou com os amigos, ele puxou Louise e foi namorar numa das almofadas espalhadas pelo salão.
Nós respiramos aliviados, ora se o monitor chefe estava presente na festa, era como se ela fosse "legalizada" não? ;)
Tudo corria bem, com Yulli e Mark juntinhos, Sam e Scott dançando, Alucard e Mirian trocando carinhos num canto... Até que começaram as rodadas de wisky de fogo.
Como eu estava sem namorado, optei por tomar meus drinks, numa boa bem quietinha, e não segurar vela para ninguém. Numa determinada hora, as músicas agitadas começaram, e como eu não sou de ferro...

Young man, there's no need to feel down.
I said, young man, pick yourself off the ground.
I said, young man, 'cause you're in a new town
there's no need to be unhappy.

It's fun to stay at the y-m-c-a.
It's fun to stay at the y-m-c-a.
It's fun to stay at the y-m-c-a.
It's fun to stay at the y-m-c-a.


Eram os últimos sucessos da disco music e todos queriam dançar alucinadamente.E lá estava eu me divertindo a valer como todos, como se estivesse de férias...

At first I was afraid, I was petrified,
Kept’ thinkin’ I could never live without you by my side,
But then I spent so many nights thinkin’ how you did me wrong,
I grew strong, and I learned how to get along,

Oh no not I, I will survive,
For as long as I know how to love I know I’ll stay alive,
I’ve got all my life to live, I’ve got all my love to give,
And I’ll survive, I will survive.


Voltei a encará-los...

AM - Tá tô lembrando da dança... Mas o que tem de errado nisso? Todo mundo tava dançando.
- Sim, só que você resolveu subir na mesa, e dançar como se fosse o fim dos tempos. - dizia Scott indignado.
- Nossa, baixou vovó Foutley aqui. - Yulli e Louise começaram a rir da cara dele, e eu comecei a dobrar a boca para rir também, mas ao olhar indignado dele, segurei.
AM - Er.. Ahn... Tá... E...?
SF - E, que depois de dançar como se estivesse no Stúdio 54, você puxou o Sirius para dançar com você.
AM - Ah, sim, lembro agora. O SIRIUS? Ai, minha cabeça...
LS - Sim, querida o Sirius. Hogwarts inteira vai comentar a performance de vocês.
YH - Como vocês dançaram igual Travolta e Olívia Newton John, em Grease? Parecia ensaiado. - comentou Yulli.
LS - Depois do show, vocês desceram da mesa e ficaram juntos.
AM - Ficamos juntos como?- perguntei temendo a resposta.
SF - Preciso explicar? ¬¬ Eu só quero saber como você foi fazer isso?
LS - Ela estava bêbada, Cott... Você sabe que a gente perde a noção das coisas... - disse Louise, mas os olhinhos dela brilhavam com as lágrimas de riso contidas.
YH - Acho que era carência recolhida, só isto justifica ela grudar na boca do Sirius daquele jeito. - disse Yulli e aí Louise não se segurou começou a rir.
AM - Eu... Vocês estão dizendo que eu fiquei com o Sirius?? Mas eu não lembro.
SF - Sim, você ficou com ele. E o fato de não lembrar só deixa tudo pior. Porque vocês sumiram depois disso, e ele te trouxe praticamente desacordada de volta. Tem noção de como ficamos preocupados???
AM - Desculpa gente, mas é sério: eu não lembro do que aconteceu. Mas e o Sirius?
SF - Ah, ele bebeu também e muito, mas ele parecia quase normal. Sorrindo de orelha a orelha, como se tivesse ganhado na loteria bruxa.
AM - Ai, Merlim... O que eu fui fazer?
SF - Não sei o que você foi fazer, só sei que não vai ter mais wisky de fogo na mesma festa que os marotos estiverem... Isso não dá certo. – começamos a protestar e ele disse:
- É sério, toda vez que uma de vocês, perde a linha com a bebida, um dos marotos fica feliz. E sinceramente eu não sei o que eles têm.
Olhava para as meninas enquanto Scott dizia isso e nossa comunicação muda dizia tudo, logo começávamos a rir do ar ofendido de nosso amigo.
A primeira festa da Lufa-Lufa havia sido um sucesso. Havíamos começado o ano com chave de ouro.

Saturday, September 02, 2006

Apenas o começo do que ainda está por vir

Do diário de Yulli Hakuna

Beco Diagonal/ Dias antes de voltar pra Hogwarts...

YH: Feitiços... OK. Poções... OK. Ah, ainda faltam alguns ingredientes novos e uns que acabaram pro estojo!
- Ta, depois passamos lá. Termina de conferir os livros pra gente sair daqui...
YH: Astronomia... OK. Defesa Contra as Artes das Trevas... OK. História da Magia... OK! Tudo aqui, acho que podemos ir.

Mamãe saiu abrindo espaço entre um grupo de estudantes que empacava a porta da Floreios & Borrões. Não sei por que, mas já tinha virado um tipo de tradição na família fazer as compras dos materiais só quando estivessem faltando uns poucos dias para as aulas voltarem, e como esse ano não podia ser diferente, eu e mamãe atravessávamos uma multidão de alunos em cada loja que entramos.

YH: Onde foi a tia Yhara e o Yoshi?
- Ah, ela disse que ele precisava de conjuntos novos de uniformes e eles foram à Madame Malkins. Vamos logo comprar esses ingredientes... Lá não está TÃO cheio!

Depois de ter renovado o estojo de poções, comprado alpiste pra coruja e um novo lubrificante pra vassouras, fomos encontrar com minha madrinha, que também já vinha com os braços carregados de livros do Yoshi.

Já estávamos prontos pra ir embora, quando vi Louise dentro da livraria. Aliás, demorei um pouco pra ter certeza que era ela mesma, uma vez que estava diferente. O cabelo estava liso! Depois de bater muito na vitrine, ela me viu e fomos tomar sorvete juntas enquanto mamãe, minha madrinha e Yoshi iam até o correio despachar umas cartas...

YH: Seu cabelo está ótimo assim!
LS: Aqueles cachos estavam me irritando...
YH: Não tenho problemas com meu cabelo!
LS: Você não conta! E então, o que conta das férias?
YH: Bom, além da morte do Elvis, nada além... Fui passar um final de semana em Kyoto, e tive a impressão que Yoshi ia me agarrar. Espero que seja só paranóia minha, ou estou realmente encrencada!
LS: Que meigo! Amor intenso em família... Sabe que isso pode dar um bom livro?
YH: Nem brinca com isso! E você, o que conta?
LS: Hmm...

Louise me relatou uma parte das suas férias, e quando acabamos os sorvetes, nos despedimos e fui pra casa. Já desejava voltar pro castelo logo...

***

1° de setembro

- Estação de King’s Cross/ Expresso Hogwarts

Dei um último abraço em mamãe, papai e Yuri. Minha madrinha me puxou pelo braço até um canto afastado.

- Bem, quero te pedir um favor...
YH: Qualquer um!
- Fica de olho no Yoshi pra mim? Não assim, no sentido de comportamento na escola, entende? Realmente não me interessa saber quantos deveres ele deixou de fazer ou quantas detenções levou...
YH: Se não é nesse sentido... Em qual?
- Não sei... Ele é tão calado, fechado. Mas com você ele se deu bem, conversou, riu, brincou! Tenta se aproximar dele, tenta descobrir o que acontece com ele nas horas vagas, nos tempos livres na Sonserina. Se você notar algum tipo de comportamento estranho nele me escreve imediatamente?
YH: Ta bom! Vou prestar mais atenção nele, e vou fazer mais companhia pro meu irmãozinho afilhado ok? Só não posso entrar no Salão Comunal da Sonserina, mas se notar alguma coisa eu escrevo!
- Ok! E você se cuida também viu? Se precisar de mim qualquer coisa, sabe que pode me escrever né? – disse me puxando pra um abraço apertado. – E só avisando, vamos viajar nas férias de natal! Assim que vocês voltarem já estarei com algum pacote preparado pra família toda!
YH: UoU! Mal posso esperar!

O trem começou a apitar e dando um último abraço na minha madrinha, subi puxando o malão. Logo encontrei Scott e Louise em uma cabine. Scott... Merlin! Esse ano o Scott está realmente um perigo, é sério! Ele também mudou a aparência... Os cabelos arrepiados, um estilo mais aerodinâmico, por assim dizer. Deixei as bagagens na cabine e sai pra cabine dos monitores.

MF: Yulli, me espera!

Virei as costas e Mark vinha caminhando em minha direção sorrindo e me abraçando em seguida.

MF: Como foi de férias? Estava com saudades...

É claro que eu não tinha esquecido do beijo que tinha dado nele né? Não sou tão desmemoriada assim. Mas estava incerta do que aquilo tinha significado pra mim, e pra ele também. Achei melhor falar sobre isso depois, e não no meio de um corredor cheio de pentelhos curiosos. Fomos apresentados aos novos monitores quintanistas, e aos monitores-chefe do ano. Remo era um deles.

RL: Yulli, você e o Mark cuidam do vagão 5, certo? Bom, podem ir...

Saí com Mark e depois de passar pelo corredor do vagão 5 pelo menos três vezes, fomos para a cabine com Alex, Lou, e Scott, onde gastei o resto da viagem não fazendo absolutamente nada de produtivo com meus amigos. Quando o trem parou, senti uma ansiedade inexplicável. Aquela que sinto todos os anos quando me espremo no corredor pra desembarcar. O que será desse novo ano em Hogwarts???


- Jantar de boas-vindas

Depois da seleção dos novatos, e do banquete, os alunos foram liberados pra dormir. Eu realmente não estava com sono. Enquanto atravessava o saguão de entrada, senti sendo puxada pra trás por alguém, e meus amigos não vendo, sumiram pela escada que descia pra cozinha...

YH: Ai, ai, ai... Para!
TP: Não antes de você conversar comigo!
YH: Tiago... Bom, pode falar! – disse massageando o pulso.
TP: O QUE? Você está aceitando conversar comigo, a sós, sem reclamar?
YH: Digamos que estou de bom-humor... O que quer?
TP: Olha, me desculpa por ter feito aquilo com você... Eu devia ter rompido antes, ou quem sabe, ter sido mais discreto...
YH: Você não vale nada mesmo né? Não tem que pedir desculpas não... Eu é que devia ter notado que com você não ia ter nada sério! Bom, agora tanto faz, já passou!
TP: Passou? Passou o que?
YH: Todo o pouco sentimento afetivo que eu sentia por você! Passou! Agora poderemos ser colegas, amigos... Sei lá! Mas acima de tudo, somos oponentes no quadribol.
TP: Quando você diz que passou, é porque passou mesmo? Quero dizer, você não sente mais NADA por mim, tem certeza? Não teria mais nenhuma chance né? Nem aceitar um convite, ou coisa assim?
YH: Acabou Tiago, acabou mesmo, TUDO! E se eu aceitar um convite, saiba que iremos como amigos e nada mais do que isso...
TP: Certo! Ótimo então... Melhor assim mesmo. Bom, já que já está tudo resolvido então, acho que não tenho nada pra dizer.
YH: E consequentemente eu não tenho mais nada a escutar! Boa noite!

Saí rindo e deixando ele parado ali, um pouco gago. Qual é! Ele beija a magricela pica-pau na minha frente, finge que nada aconteceu e vem pedir desculpas já abordando uma segunda chance? Que seja muito feliz... com ELA! Eu realmente tinha esquecido todo o afeto – se é que podia ser denominado assim- por ele. A gente nunca ia dar certo, mas só com um pouco de paz e família fui racional de perceber isso e entender que as coisas acabaram de causas naturais, e o beijo só tinha sido o estopim.
A minha vingança, pelas lágrimas de raiva e aquelas coisas todas, sairia da vitória no jogo de quadribol, nem que essa fosse a última coisa que eu fizesse esse ano...



Novo começo...

Diário de Alucard W. Chronos

Retorno à escola. Reencontrar os amigos. Despedir-se dos pais. Segurar as lágrimas da saudade de casa. Se sentir na sua segunda casa... E...Aturar gente me olhando!! Aff eu sabia que ia ser difícil, mas foi mais do que eu imaginava. Todo lugar que eu olhava tinha alguém me olhando de rabo-de-olho, na melhor das hipóteses. Os mais abusados paravam para apontar e olhar na estação mesmo, enquanto cochichavam me olhando das mais variadas maneiras. A Celas tava se segurando pra não voar no pescoço de um e o Kyle do meu lado se segurava para não rir dela. Eu estava tentando ignorar, mas era difícil...

Sanity brings up the sadness
that keeps your illusions locked in a little box
Fright comes, you find yourself lonely
in a cage of conclusions crowding your mind
You sit back bowing your head
Every answer - yes
Why don't you trust me and shed out your fears,
Running over the tears you've contained
now cover up your eyes
- Is it good for you?

Meus olhos procuravam a Mirian, mas não a viam em lugar algum e isso servia só pra me deixar mais cabisbaixo. Eu não a via desde o dia que me encontrei com Hellion no meio do parque, pois no dia seguinte eu voltei pra casa porque ia comemorar meu aniversário com eles, e ela não pode ir no aniversário porque também era aniversário de um tio paterno dela. E eu estava morrendo de saudades... Meus olhos, assim como os do Kyle, também procuravam a Alex, o Scott, a Lou, a Yulli, o Mark... Mas nada. Parecia que o mundo havia me abandonado...

This is the end of all hope
To lose the child, the faith
To end all the innocence
To be someone like me

Droga, eu sentia muito a falta de todos eles, mas pelo visto eles já haviam entrado no trem ou ainda não tinham chegado. Kyle também parecia meio desapontado, mas escondia isso e sorriu quando nos encaramos um pouco. Meus pais conversavam com uns conhecidos e a Celas tinha encontrado amigas da turma dela e conversava com elas andando pela estação esperando o trem sair. Kyle me falou que precisava deixar um recado para Dumbledore antes de ir e foi procurar algum monitor ou o maquinista e eu fiquei sozinho na estação olhando o nada e apenas pensando, deixando o vento bater nos meus cabelos, que estavam mais longos e presos num rabo de cavalo. Apesar da solidão momentânea eu sentia que em breve estaria de novo com eles...

I will be here when fire burns!
Welcome on board
over here is the ship of your life
So rotten that will cast away
I'll be your sweet lullaby all the night
And if you get lost you can hold my hand...
This is the birth of all hope
To have what I once had
This life unforgivenIt will end with birth

Meus pais e minha irmã voltaram para perto de mim e nos despedimos, pois o trem já soltava fumaça pronto para partir. Kyle voltou correndo e sorrindo também para se despedir de mim e falou que qualquer coisa era só mandar uma coruja. Me despedi dos meus pais e eles recomendavam que eu tomasse cuidado, mas principalmente, tomasse juízo! A Celas entrou antes no trem dizendo que ia se sentar com as amigas dela e eu entrei depois, mas não sem antes dar uma última olhada ao redor da estação, procurando o pessoal... onde estão vocês?

Wounded is the deer that leaps highest
And my wound it cuts so deep
Turn off the light and let me pull the plug

Procurei um vagão vazio e dei um tchau para meus pais e o Kyle da estação e me sentei meio solitário no vagão. Estava tão perdido em meus pensamentos que nem vi quando alguém tampou meus olhos e perguntou: “Advinha quem é?”. Meu coração pulou e eu apertei com força e carinho aquelas mãos doces e me levantei abraçando-a com força, sentindo como se não a abraçasse a séculos. Ela me abraçou de volta sorrindo e puxando-a para mais perto de mim a beijei e ficamos assim por um bom tempo. Mirian, eu a reconheceria até na noite mais escura, até nas maiores trevas...
AC: Eu tava com saudades. .Fiquei te procurando no trem!
MC: Seu bobo, eu já tava aqui. Encontrei o Kyle e a Celas e eles me falaram que você tava me procurando e resolvi fazer uma surpresa!
AC: Aqueles dois me pagam! Tava pensando que tinha esquecido de mim... – fingi carinha de triste e fiz até beicinho!
MC: Você é um bobão mesmo! Não faz assim que eu não agüento seu bobo. – Ela falou enquanto ria e sentava no meu colo me beijando em seguida...

And I'll be here when fire burns
(Inside your heart)
Climb up the hills and mountains,
don't forget what you've learned!

Ela ficava me provocando e depois de um tempo ficamos apenas conversando sem nos preocuparmos com nada. Eu estava com muita saudade daquela garota, muita mesmo. Decidimos depois de mais ou menos uns quarenta minutos de viagem andar pelo trem. Ela encontrou umas amigas e falou que depois me procurava no vagão onde estávamos. Elas saíram rindo e cochichando algo. Eu decidi procurar o pessoal e demorei um bom tempo até achar. Finalmente os achei, estavam num vagão só pra eles e conversando alegremente matando a saudade. Eu me alegrei também e entrei feliz dando um alô para todos. Eu quase caio no chão! A Alex saltou pra me abraçar e me cumprimentar e fiquei feliz também por ela usar o cachecol que mandei pra ela de presente. Todos estavam ali, menos a Lou que pelo visto, tinha ido aproveitar o namorado Rsrsrsrs.
AM: Desculpa quase te derrubar! Desde o acampamento não nos vimos!
AC: Nada, não se preocupa, também estava com saudades! Vocês estão todos diferentes!
SF: Você não pode falar nada! Olha esse cabelão! Não vai cortar não?
YH: Cortar Cott?! VOCÊ TÁ MALUCO?! Ta muito legal! Ficou ótimo em você Lu.
AC: Obrigado, e é claro que não vou cortar, demorei as férias todas pra ele crescer dessa forma!
MF: Ei daqui a pouco eu fico com ciúmes! Ficou bem legal mesmo Lu.
AM: Nem te agradeci pelo presente! Obrigada Lu, é muito bonito.
AC: Eu tentei dar meu melhor, meus dotes artísticos não são lá essas coisas. Todos vão ganhar um depois, vai que protege um pouco mais de mim não? Rsrsrsrsrs
YH: Esse ano pretende jogar Quadribol não Lu? Quero ter a chance de te derrrotar!
SF: Derrotar?! Vamos ganhar a Taça dessa vez!
AC: Com certeza Scott! Eu vou jogar sim, trouxe minha vassoura também. Vou ser goleiro, se eu passar nos testes.
LS: Você passa Lu! Mas a Taça é dos texugos.
Lou finalmente voltou sorrindo e me cumprimentou com um abraço. Ficamos mais um tempão lá conversando até que a Mi apareceu e depois de ficarmos mais um tempo conversando, resolvemos aproveitar o resto da viagem só pra nós dois. Voltamos pro vagão do início e ficamos lá juntos até a estação... Ai Hogwarts...Tantas pessoas, tantas novidades, tantas diversões, tantas confusões como aqueles trestálios voando! Trestálios?! Então agora eu podia vê-los... Bem se eu não os visse agora, nunca mais os veria! Hogwarts... Novas brigas e disputas, o que seria de Hogwarts sem isso não? Eu estava feliz de voltar e reencontrar todos...

This time I wanna know what life means......
to live it againI'm looking forward, feel the light shine in my eyes
And now I know, my instincts were not wrong
And many things can be done
I don't believe now
That I'm dreaming alone
That I'm dreaming alone
Life makes us feel the time we cannot hold
Time makes us live a tale already told
Time makes us heal a feeling inside
a feeling that lies in our heart
that we stole away...

N.A.: Músicas: End of All Hope, Nightwish e Time, Angra.
Alucard Wingates Chronos às 9:08 PM

Friday, September 01, 2006

Como ganhar uma detenção no primeiro dia

Do diário de Scott Foutley

Finalmente 1° de Setembro chegou e embora alguns contratempos que vieram junto com a data, estava feliz por estar novamente no Expresso de Hogwarts. Já havia reencontrado minhas amigas e passamos boa parte da viagem conversando, mas agora estava cada uma em um canto, socializando com outros ocupantes do trem. Eu, por exemplo, estava procurando por Megan com Wayne. Passávamos por um vagão cheio de garotos da Corvinal quando um deles decidiu fazer piadas.

- Olha lá, o Foutley ta de namorado novo...
- Ei Foutley, não vai apresentar aos amigos?
- O nome é Wayne e decora ele, porque você vai repeti-lo muitas vezes implorando para que eu pare de te bater!

Wayne virou de repente e invadiu a cabine, desferindo um soco no corvinal que tinha feito a ultima provocação. Ainda tentei segurar ele, mas os dois já se embolavam no chão, chamando a atenção de quem passava pelo corredor. Logo os alunos se aglomeraram na porta da cabine incentivando a briga e os monitores vieram correndo, encerrando a confusão. Lupin era um deles.

- O que está acontecendo aqui? – ele falou olhando assustado pra cena – Foutley, não esperava ver você brigando!
- Mas eu não... – tentei argumentar, mas ele me interrompeu.
- 5 pontos a menos pra cada um! E circulem, ou dou detenção!
- Espera aí! Monitores não podem descontar pontos! – o corvinal que Wayne acertou falou, com a mão no nariz sangrando.
- Monitores-chefes podem! – falou batendo no distintivo e ninguém mais questionou
- Quem é aquele idiota? – Wayne falou quando nos afastamos
- Remo Lupin, namorado da Louise...
- Louise? Louise Storm, aquela sua amiga ruivinha? Huuuum
- Deixe-os em paz, Wayne, é sério!
- Tudo bem, só estava perguntando...
- Você não devia ter batido no garoto, já começamos o ano com -5!
- Mas ele pediu uma surra, você ouviu o que ele disse?? Por que você não reagiu? Era com você que eles estavam implicando!
- Eu não ligo mais para as provocações, já acostumei. Agora só ignoro, é menos estressante. Você devia tentar fazer o mesmo.
- Não consigo, não tenho sangue de barata... Você era quem devia enfrentar quem fala mal de você, ora!

Deixei Wayne falando sozinho e voltei para o final do trem onde minhas amigas estavam, desistindo de procurar minha irmã. Ele continuou olhando dentro dos vagões e não nos vimos mais até a hora do desembarque. Os alunos se empurravam para pegar uma carruagem vazia enquanto Hagrid conduzia os alunos novos pelo lago. Já estava entrando em uma com as meninas quando vi Wayne circulando pelo meio delas, como se procurasse alguma coisa.

- O que está fazendo? Não vai entrar nas carruagens?
- Vai embora panaca, volta pra onde você estava.
- Você esta desatrelando as carruagens??
- Não é da sua conta, já mandei sair.
- Como consegue achar os testrálios?
- Você é surdo? – falou se afastando das carruagens e parando ao meu lado
- Quantas você desatrelou? E por que fez isso?
- Vou dar um susto naqueles garotos babacas da cabina... Toma, segura!
- Ei, não joga isso em cima de mim!

Wayne puxou um amarrado de fogos filibusteiros do bolso e os acendeu depressa, jogando na minha mão. Na mesma hora atirei de volta pra ele, que jogou em cima de mim de novo e acabei por jogar no meio das carruagens que ele havia soltado. Wayne agarrou a manga das minhas vestes e me puxou pra longe dali em tempo, pois as bombinhas estouraram e causaram um verdadeiro pandemônio. Os testrálios soltos saíram voando e as carruagens que eles mantinham de pé tombaram, arremessando seus ocupantes na grama. Eram justamente as 3 carruagens que acomodavam os corvinais que mexeram comigo e todos os amigos que estavam na cabine. Os outros testrálios ficaram alvoroçados e só se via carruagem correndo de um lado pro outro, em meio aos gritos dos alunos dentro delas.

- Anda, vamos sair daqui! – falei empurrando Wayne, mas nos chocamos com alguém no caminho.
- Ora, ora... Então foram vocês? – Filch falou, nos olhando de cima a baixo. Na mesma hora meu irmão de esticou e ficou sério
- Não, não, não é o que você esta pensando! – falei apavorado
- Não estou pensando nada, estou vendo! – falou berrando – Wayne Foutley... De volta a Hogwarts, então?
- É, sim...
- Me acompanhem! Os dois!

Filch foi nos empurrando em direção ao castelo, a pé. Meu irmão ia mudo ao meu lado e comecei a desconfiar que ele tivesse medo do zelador. A confusão com as carruagens continuava e nenhuma dava sinal de que iria prosseguir como todo ano, parecia que os alunos teriam que fazer a travessia da estação até Hogwarts andando. A professora McGonagall estava parada no Hall de Entrada com os primeiranistas sem entender porque apenas pouquíssimos alunos ocupavam as mesas das casas quando fomos praticamente arremessados na frente dela pelo velho idiota, que já ia dedurando tudo. Acho que ele nem precisava ter dito que a culpa pelo salão estar vazio era nossa, pois ela já fechou a cara severa e apontou para a direção de seu escritório, bateu a porta quando entrou e trancou. Imediatamente olhei procurando uma janela e bolando uma maneira de escapar por ela caso ela tentasse nos assassinar. A idéia de estar trancado numa sala com uma professora McGonagall furiosa não era lá muito reconfortante...

- Expliquem-se!
- Professora, foi um acidente.
- Acidente? Então vocês acidentalmente acenderam os fogos e acidentalmente os atiraram no meio das carruagens??
- É, sobre a parte de atirar foi realmente sem querer... – Wayne falou
- Sr. Foutley, mal chegou à escola e já causou confusão? Vocês têm idéia da gravidade do que fizeram? Alguém poderia ter se machucado!
- Vamos ser expulsos professora? – perguntei suando
- Não diga bobagens, Sr. Foutley! Dessa vez não, mas ambos receberam detenção e vou, sem sombra de duvidas, comunicar ao pai de vocês sobre o que fizeram! Estão dispensados, direto ao salão para o jantar!
- Obrigado, muito obrigado! Acabamos de chegar e já recebemos detenção! – falei furioso quando saímos do escritório
- Relaxa mano, você anda muito estressado... Eu estou de volta a Hogwarts contra a minha vontade, então vou aproveitar. Pensou mesmo que fosse continuar com a sua vidinha mais ou menos comigo por perto?

Wayne se adiantou e entrou logo no salão principal, sentando-se à mesa da Sonserina e cumprimentando velhos amigos que assim como ele, também haviam repetido o ano. Me encaminhei discretamente para a mesa da Grifinória, ignorando os olhares de ‘eu sei que você teve culpa por termos chegado a pé’ e sentei ao lado do Lu, que tinha o rosto vermelho e suado por causa da caminhada. Pelo visto eu não me enganei: minha vida acadêmica vai sofrer uma guinada de 360° com Wayne aqui...