Sunday, May 21, 2006 Maldição Parte 2 ...Após alguns minutos de caminhada o morcego sumiu misteriosamente e eu fiquei parado no meio de uma clareira. Ouvia os sons de Remo lutando contra Sirius e Thiago cada vez mais próximos, mas ignorei, pois algo chamou minha atenção: um par de grandes e misteriosos olhos vermelhos no meio das árvores alguns metros a minha frente. Saquei a varinha por precaução e dei um passo para trás no mesmo momento que um homem alto emergia das sombras. Eu apenas podia ver seus olhos vermelhos brilhando, mas não via seu rosto encoberto por uma capa e um capuz. Deduzi que ele era o morcego e quem me chamara ali. AC: Vamos me diga o que tem a me dizer! – O homem ficou calado me estudando e ouvindo os barulhos da briga. Então ele finalmente olhou de novo para mim e seus olhos pareciam me hipnotizar e penetrar, ele falou com uma voz doce e gentil, mas cheia de maldade. HH: Você é Alucard Wingates Chronos não é? Prazer em conhecer o herdeiro de um poderoso clã AC: Chega de falar besteira, me diga, o que você sabe da morte do meu avô! HH: Hahahahahahaha. Alucard, eu sei muito sobre a morte, mas não sei nada sobre a morte de seu avô. – Nesse momento ele tirou o capuz e revelou um rosto pálido como a lua e seus olhos vermelhos ficaram ainda mais chamativos. Eu não conseguia me mexer e o reconheci. Os cabelos pretos e longos pendiam nas suas costas, os olhos alternavam entre o azul e o vermelho mas pararam no vermelho sangue...e os seus caninos, pontiagudos e alvos...desejavam sangue. Ele sorriu e se aproximou lentamente. Mas um uivo muito próximo me despertou e consegui me mexer, levantei a varinha, mas ele não estava mais a minha frente. Senti uma lufada de ar e senti como ele era rápido. Senti então uma mão gelada, mas forte me segurando o braço com a varinha, enquanto a outra me imobilizava. Senti o hálito de morte do vampiro e senti seus olhos vermelhos perto do meu pescoço. HH: Vocês me caçaram...Agora...Torne-se aquilo que você caça Ele sussurrou ao meu ouvido essa frase enquanto crava seus dentes no meu pescoço. Senti minha vida indo embora junto do meu sangue. Ele me segurava com força e impedia que eu me movesse enquanto retirava mais um pouco de sangue de minhas veias. Ele parou e então mordeu seu próprio pulso e aproximou seu sangue maldito perto da minha ferida na garganta. Deixou uma gota cair nas marcas dos dentes e depois aproximou o pulso de meus lábios empurrando o líquido asqueroso pela minha boca. Senti então que minha vida havia acabado...Ele sorriu, faltava pouco para me transformar em um dos seus eternamente, mas nesse momento um uivo alto e ensurdecedor na clareira fez ele parar e olhar ao redor. Senti a pele dele se arrepiar e eu também me arrepiei. Remo estava ali babando e com raiva, cheio de marcas de mordidas e chifradas, de pé olhando com raiva um inimigo mortal. O vampiro Hellion me largou e saltou a frente com uma agilidade impressionante. Ele mostrou os caninos para o lobisomem como se o desafiasse, Remo respondeu com um novo rugido e avançou para cima de seu inimigo, enquanto o vampiro também saltava a frente. Mas Thiago veio ao auxilio do amigo e empurrou com sua galhada o vampiro que bateu numa árvore. Sirius surgiu na clareira mantendo o lobisomem afastado de mim que emanava um forte cheiro de sangue. Thiago galopava entre o vampiro e eu e o Remo, o vampiro sorriu e se pôs de pé. Olhou para Remo, Thiago e Sirius e por ultimo me olhou sorrindo e falou HH: Terminei o que eu queria. Vocês não me são importantes E desapareceu numa nuvem negra enquanto eu caia desmaiado e perdia os sentidos. Só me lembro de ver Thiago empurrando o lobisomem e Pedro surgindo ao seu lado para ajudá-lo, enquanto Sirius voltava a forma humana e corria para mim com um rosto preocupado e chocado. Ele me falava palavras rápidas e de pura preocupação, mas que eu não ouvia. Já havia perdido a consciência... Todos voltaram a sala do hospital e mantinham em seus rostos olhares de preocupação e choque. KM: Por Merlim! Por que o Lu tem que ser tão impulsivo! – foi a única coisa que ele conseguiu falar enquanto segurava as lágrimas que molhavam seus olhos SM: Eu devia ter ido para a Escola para ficar de guarda com os alunos! – se lamentava Sergei AD: Não seja idiota Sr.Menken. Ninguém podia prever o que aconteceu. MM: Alvo, isso foi de muita gravidade. Ele nunca mais vai ser o mesmo MC: Lu... CC: Cardizinho... IC: Alucard... Mirian segurava a mão esquerda, enquanto ao seu lado Celas mantinha um olhar no rosto do irmão que estava cada vez mais pálido, como se pensasse em algo. Integra, a mãe de Alucard, estava do outro lado da cama com um olhar triste e melancólico enquanto acariciava os cabelos loiros do filho, repetindo seguidas vezes “Meu bebê...Meu bebê”. James, o pai e líder do clã, olhava para o vazio sem saber o que falar ou o que fazer. Dumbledore se aproximou dele e pôs o braço em torno de seus ombros para lhe dar forças. AD: Sr. Chronos, Sra. Chronos, Senhorita Chronos e Senhorita Capter, o Sr. Chronos não iria gostar de ver nenhum de vocês lamentando e tristes, ele ia se sentir pior, então acalmem-se! Vocês duas estão dispensadas das atividades do colégio por tempo indeterminado. JC: Alvo, o que vamos fazer?! Você sabe que ele vai sofrer muito preconceito! Não posso deixá-lo voltar para Hogwarts, não sendo um perigo em potencial. MM: Sr. Chronos, pare com isso! O Sr. Alucard sempre foi um ótimo aluno e ainda é bem vindo em nossa escola AD: James, acalme-se. O Sr. Alucard tem lugar garantido em nossa escola, e nada vai mudar isso. E quanto ao “perigo”, acho que poderíamos dar um jeito. E vocês, Sr. Mcgregor e Sr. Menken não fiquem se lamentando nem se culpando, apenas ajudem a todos no que for necessário. Irei falar com o Ministro sobre isso, ele ira querer em pessoa ver tudo depois... JC: Espere Dumbledore, vou com você. Preciso falar com ele e organizar a caçada.... Os dois saíram da sala deixando-a para os outros que continuavam a olhar o corpo desacordado de Alucard...Ele já estava desacordado há mais de 3 horas... |