Thursday, May 17, 2012
Início de Maio de 2017
- Martin, você estava mentindo quando falou para ele que era
melhor ele ir embora, não estava? – Mirian perguntou, enquanto ela, Martin Pace
e Alucard estavam sentados em torno da cama de Artemis.
- Não mentindo, mas testando uma teoria... – O psicólogo falou.
– Ela esteve muito perto de reaver as memórias com o namorado, mas entrou em
coma por isso.
- É a segunda vez que isso acontece. – Alucard falou
pensativo, acariciando os cabelos da filha. Havia apenas 3 horas que Tuor tinha
ido embora. – Pouco depois que ela acordou, ela desmaiou também, justo quando
estava com ele.
- Tem alguma coisa muito poderosa impedindo-a de se
reaproximar de Tuor, isso está claro. – Martin falou pensativo. – E nada do que
tentamos conseguiu passar essa barreira. Mas eu acho que o sentimento dos dois
ainda está lá, apenas adormecido.
- Eu concordo com você. – Mirian falou. – Você não a
conheceu antes de perder as memórias. Sempre foi cheia de força e feliz. Junto
de Tuor a força dela parecia crescer ainda mais e os dois eram inseparáveis.
- Eles se amavam... – Alucard respondeu. – Ainda se amam,
também acho isso.
- Exatamente. Mas algo a está impedindo de perceber isso. E
toda vez que chega perto, esse algo tenta apagar tudo novamente e a coloca em coma. Mas e se a chave
para ela voltar estiver no trauma que a falta dele vai causar?
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Artemis acordou com a cabeça pesada. Ela se sentia tonta,
fraca, mas principalmente: vazia. Esse era o principal sentimento que ela
tinha. Não era dúvida, medo, receio, raiva, mas vazio... Ela sentia como se
faltasse algo dela, algo muito importante.
Mal ela se remexeu na cama, que há essa altura ela já sabia
ser da enfermaria, vozes e passos agitados ecoaram ao seu redor, aumentando sua
dor de cabeça.
- Ai... O que foi que houve? – Artemis perguntou, tentando
se sentar e logo mãos carinhosas a ajudaram.
- Você esteve desacordada, querida. – Seu pai falou e Arte
notou o tom suave e aliviado dele.
- Por quanto tempo? – Ela perguntou. Já estava acostumada
com esses seus desmaios. Aos poucos ela conseguiu se acostumar à luz da sala e
olhou em volta. Seu
pai e sua mãe estavam bem ao lado de sua cama. Um pouco mais afastados estavam
o Dr. Pace, Justin e Renomaru, além de um jovem que ela não conhecia. Com algum
esforço ela se lembrou dele: Oleg, amigo de Lenneth.
- Você ficou em coma por quatro dias, filha. – Mirian falou
e dessa vez Artemis se sobressaltou.
- Eu nunca fiquei tanto tempo desacordada assim! O que
aconteceu? – Ela logo perguntou e foi o Dr. Pace que respondeu.
- Estávamos tentando fazê-la recuperar algumas memórias
muito profundas e você acabou não resistindo.
- Nos deu um grande susto! Sempre teimosa. – Justin falou
balançando a cabeça.
Artemis ainda estava chocada com o tempo que ficou
desacordada, mas percebeu que tinha algo errado no ar. Olhou em volta como se
procurasse algo, mas não sabia o que. Então ela se lembrou de Tuor e estranhou
ele não estar ali. Todas as vezes que ela ficara desacordada, quando acordava
ele estava ao seu lado.
- Onde está o Tuor? – Ela perguntou e viu como todos
trocaram olhares. – O que aconteceu? Onde está ele? – Ela falou, sua voz um
pouco mais alta, pois ela começou a sentir um desespero sem igual.
- Ele está bem. – Justin respondeu evasivo.
- Justin, quero que me diga a verdade, o que aconteceu? –
Ela perguntou, olhando no rosto de cada um. O medo crescia ainda mais. Foi o
jovem Oleg que quebrou o silêncio.
- Ele foi embora.
- Embora? Para onde? Como assim?
- Querida, se acalma. – A mãe de Artemis falou, sentando-se
ao seu lado na cama e pegando sua mão com carinho. – Tuor voltou para a
Noruega.
- Mas por quê? E por que não se despediu?
- Ele achou melhor assim... Filha talvez seja hora de você
saber. – Alucard falou e Artemis o olhou sem entender. – Há aproximadamente 6
meses atrás, você faleceu.
- O quê?! – O semblante de Artemis misturou surpresa e
incredulidade, mas então ela se sentiu tonta e sua mãe a ajudou a ficar
sentada.
- Vampiros atacaram a escola e emboscaram você e seus
amigos. – Mirian continuou enquanto Artemis observava a todos calada. – Para
salvá-los, você os tirou de lá e enfrentou sozinha todos os vampiros, um deles
um Ancião.
- Gustav... – Artemis balbuciou, sua cabeça doendo
loucamente. Ela mal conseguia manter os olhos abertos. – Isso não pode ser
verdade...
- É verdade, Arte. Eu estava lá. Você nos tirou de lá,
contra nossa vontade, e lutou sozinha. Veio para nós praticamente morta. –
Justin falou e Artemis viu que ele tinha lágrimas nos olhos, lágrimas que
também surgiam nos olhos de Alucard e Mirian.
- Nós tentamos de tudo. Mas você não resistiu aos ferimentos
e ao esforço e faleceu. – Alucard falou entre soluços e pela dor que eles
sentiam, Artemis viu que eles não mentiam.
- É impossível... Como eu estou viva então? Isso é o
paraíso? – Ela falou, apertando a mão da mãe com força, como se quisesse
garantir que era real.
- Você esteve morta por mais de 12 horas, segundo me
contaram. – Oleg explicou, aproximando-se dela. Ele tocou sua cabeça com uma
das mãos e Artemis pareceu sentir-se mais calma. – E na primeira vez que a vi,
eu soube que você tinha feito a passagem e voltado. Minha família é capaz de
fazer isso, mas nunca soubemos de alguém de fora capaz disso depois de tanto
tempo falecida.
- Mas como eu voltei? – Artemis falou, incrédula. Agora
surgiam lágrimas em seus olhos e suas mãos tremiam.
- Foi Tuor. – Justin explicou. – Ele te trouxe de volta a
vida, mas não sabemos como. Foi no ato dele que eu me inspirei para trazer
Haley de volta, quando ela estava à beira da morte.
- O Tuor? Como ele faria isso e por quê?
- Na natureza, nada se cria, nada se destrói, tudo se
transforma... – Renomaru falou finalmente. – Essa é a lei básica da natureza e
da alquimia. Nada pode acontecer sem que um preço exatamente igual seja pago.
Nem mais, nem menos... Acreditamos que Tuor sacrificou uma vida inteira para
trazê-la de volta.
- Ele está morto?! – Artemis perguntou sobressaltada. Ela
tentou sair da cama, mas a tonteira era tanta que ela caiu e seu pai a colocou
de volta na cama.
- Não, ele está vivo. Mas há outras formas de se sacrificar
uma vida. – O Dr. Pace explicou. – Ele sacrificou suas memórias, Artemis. Todas
elas foram apagadas, as mais importantes nunca podendo retornar. O mais
importante, ele sacrificou o futuro dele com você.
- O que quer dizer...?
- Vocês eram namorados, Arte. Se amavam como poucos. –
Mirian explicou, acariciando a mão da filha. Artemis ficou por longos minutos
calada, digerindo aquela informação. Sua cabeça doía muito e ela não conseguia
se lembrar dessa informação. Mas algo lhe dizia que era verdade.
- Por que ele foi embora? – Ela finalmente perguntou,
segurando novas lágrimas.
- Ele não quis colocar sua vida em perigo... Ele
preferiu acabar de vez com o futuro dele com você, contanto que você estivesse
bem.
- Ele é um idiota! – Artemis falou e começou a chorar.
Mirian sorriu e a abraçou com força, murmurando palavras de carinho e coisas do
tipo “Essa é você mesma”.
Todos saíram da sala, dando-a privacidade naquele momento.
Apenas Mirian ficou, para consolar e cuidar da filha.
In my hands a legacy of
memories
I can hear you say my name I can almost see your smile Feel the warmth of your embrace But there is nothing but silence now Around the one I loved Is this our farewell? We had no time to say goodbye How can the world just carry on? I feel so lost when you are not at my side But there's nothing but silence now Around the one I loved Is this our farewell?
- Filha, seus amigos vão querer vê-la. Devem estar lá fora
esperando. – Mirian falou passado alguns minutos em que Artemis chorou em
seu colo. Ela nada falou, mas apoiou com carinho a sua filha.
- Eu não quero, mãe... Eu quero ficar sozinha.
- Você não pode. O apoio de seus amigos irá te fazer bem.
- O que eu quero é o Tuor! – Ela falou entre lágrimas. –
Quero ele do meu lado! Quero bater nele! Gritar com ele! Quero abraçá-lo! Quero
beijá-lo! – Aquelas palavras pegaram as duas de surpresa e Artemis ficou parada
olhando para frente.
- Filha, você se lembra?
- Não... Agora mal estou conseguindo lembrar o rosto dele...
Mas eu sei que quero estar do lado dele. Mãe, me leva até ele, por favor. – Ela
pediu e Mirian a encarou por alguns segundos.
- Tudo bem. – Artemis abriu um sorriso largo que há tempos
Mirian não via e apenas isso foi mais do que suficiente para ela saber que
estaria fazendo o certo. – Vou mandá-la por uma chave de portal para perto da
casa dele. Assim que chegar lá, procure a casa com um portão branco, com dois
postes na lateral que parecem cajados.
- Obrigada, mãe. – Artemis falou e abraçou com força,
enquanto Mirian beijava sua cabeça com carinho.
A mãe então se afastou da filha e levitou um jarro de água
no ar. O jarro brilhou em branco quando ela tocou-o com a varinha e, depois de
conjurar um casaco para a filha, o levitou até Artemis. As duas trocaram um
olhar cúmplice e decidido e Artemis tocou no jarro, desaparecendo no ar.
Mirian sorriu. Ela tinha certeza: sua filha estava voltando.
Sweet darling you worry too much
My child, see the sadness in your eyes You are not alone in life Although you might think that you are
So sorry your world is
tumbling down
I will watch you through these nights Rest your head and go to sleep 'Cause my child, this is not our farewell This is not our farewell
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Artemis abriu os olhos e se viu em uma rua calma, bem
arborizada e bonita. Algo lhe dizia que ela conhecia essa rua, que já estivera
aqui. Nem mesmo a raiva que ela sentia por não ter todas suas memórias foi
maior do que a angústia que ela sentia ao saber que Tuor tinha ido embora.
Ela olhou em volta e viu o portão que sua mãe descrevera,
correndo até ele. Ela o empurrou ansiosa e tocou a campainha rapidamente, seu
coração batendo descompassado. Uma mulher, mais ou menos da idade de sua mãe, atendeu
e se surpreendeu ao vê-la em sua porta.
- Artemis?
- A senhora é a mãe do Tuor? – Ela perguntou e quando a
mulher fez que sim ela logo perguntou. – Onde ele está? Preciso falar com ele.
- Você se lembra?
- Não... – Artemis falou sem paciência. – Mas quero falar
com ele.
- Ele não está. – Ela falou e quando viu como isso deixara
Artemis mal, a mulher a abraçou. – Senti sua falta Artemis, fico tão feliz em
revê-la.
- Obrigada. – Artemis falou e se sentiu bem naquele abraço.
Os acontecimentos das últimas horas a estavam deixando muito emotiva e ela
sentiu lágrimas nos olhos. – Preciso saber onde ele foi... Quero falar com ele.
- Ele saiu, anda muito pensativo e tristonho. Ele deve ter
ido para o bosque, ele adora aquele lugar.
Algo disse a Artemis exatamente aonde ir e ela se despediu
rápido e saiu correndo pela rua. Pessoas a olhavam curiosas e ela corria por
lugares desconhecidos, mas guiado por uma certeza de que estava no caminho
certo.
Ela logo chegou a um bosque natural, sem parar um segundo
para pensar ou descansar. Ela sentia que estava perto dele e então virou uma
curva e ficou paralisada. Ele estava lá, sentado à beira de um lago, olhando às
águas com um rosto triste e distante.
- Tuor! – Artemis gritou, ignorando toda a dor que sentia,
no peito e na cabeça, e correu até ele. Ele levantou surpreso e a encarou sem
entender, misturando felicidade e preocupação.
- Arte, o que está fazendo aqui? – Ele perguntou quando ela
chegou perto, mas ela o abraçou e começou a chorar.
Tuor a abraçou com força, acariciando seus cabelos com
carinho, mas sem perder o olhar triste. Eles ficaram longos minutos calados,
enquanto ela soluçava em seus braços. A dor crescia cada vez mais, mas Artemis
segurava-se com tudo que podia, concentrando-se em ficar do lado dele.
Ela então se afastou um pouco e começou a dar socos no peito
de Tuor, que reclamou surpreso, mas então não resistiu a sorrir.
- Por que você foi embora?! – Artemis gritou quando ele
tentou abraçá-la novamente. Passada a necessidade que tinha de abraçá-lo, ela
sentia agora raiva.
- Eu tive que ir embora. – Ele respondeu triste, olhando-a
nos olhos.
- Está fugindo? – Ela perguntou com raiva.
- Não, estou te protegendo. – Ele respondeu decidido.
You were always there to hold
my hand
Autumn gold losing holdWhen times were hard to understand But now the tides of time have turned They keep changing We are leaves meant to fall There is meaning to all that fades
- Você acha justo me abandonar com essa desculpa? – Ela
falou com raiva. – Você é um idiota!
- Prefiro ser um idiota a colocá-la em risco! – Ele
respondeu triste, mas decidido. – Você não sabe como queria ficar do seu lado.
- Mentira! Se quer tanto, fique comigo!
- Não posso! – Ele respondeu. – Você acha que me engana? Dá
para ver no seu rosto como está sofrendo agora! Está se fazendo de forte e
segurando, mas está mal! E por quê?! Por
minha causa!
- Isso não é verdade... – Ela respondeu evasiva, mas ele
dizia a verdade. A dor de cabeça era muito forte e ela usava todas as suas
forças para permanecer de pé e acordada.
- Eu tentei Artemis, tentei de verdade. Engoli minha dor
toda vez que você se esquecia de mim, que se lembrava dos outros, mas não de
mim. Tentei te reconquistar todas as vezes que esquecia de mim. – Ele falou, a
voz cheia de sofrimento. – E tentaria mais vezes. Mas não posso suportar que
você sofra com minhas tentativas. Acabou.
- Você não está falando sério...
- Estou, nunca estive tão sério. Esqueça de mim, não vai ser
difícil. Estou cansado disso. – Ele falou, tentando colocar rancor na voz. Ele
sabia que precisava magoá-la se queria que ela acreditasse nele. – Não agüento
mais. Não quero mais ver você, Artemis. Vá embora.
Ele terminou de falar e virou-lhe as costas, correndo.
Artemis ficou olhando-o correr... Então sentiu uma pontada
mais forte que as demais e arquejou de dor, mas conteve-se.
Seasons range, but you
remained the same
A steady heart, a sun to rain You'll be the light that's shining bright High above me
Seus olhos ficaram vidrados, arregalados e ela sentiu como
se seu corpo não existisse, enquanto sua mente mergulhava em um turbilhão. O
tempo pareceu ficar mais lento ao seu redor e ela não conseguia tirar os olhos
de Tuor, que se afastava lentamente...
Primeiro lembrou-se de quando ele chegou... Lembrou de como
ele a defendia.
Um novo flash e ela lembrou-se dos dois estudando na Torre
da Grifinória... Mais um flash e ela o via comemorando um jogo de quadribol...
Agora os dois riam juntos... Depois ela viu os dois debaixo de uma árvore...
Reviu-se beijando-o.
Então ela se lembrou de tudo.
De quando ele a pediu em namoro, dos encontros juntos, dos
beijos...
Ela levou a mão ao pescoço, enquanto lágrimas quentes
desciam de seus olhos, mas ela sorria. O pingente de lótus que ele lhe dera em
seu aniversário de namoro estava pendurado em um cordão, materializando-se no
ar.
Ela sentiu como se seu corpo e sua mente fossem preenchidos
finalmente. Cada segundo de sua vida voltou, cada dia passado ao lado de todos
que amava. Mas o mais importante, cada memória com Tuor voltou.
Ela se lembrou então de como foi morrer... Sem
arrependimentos, sem medo, até mesmo feliz por defender aqueles que amava. Mas
algo a trouxe de volta. E foi Tuor.
A presença de Tuor fora como um sol, mais intenso que
qualquer luz que ela já vira. E essa luz a trouxera de volta.
- TUOR! – Artemis gritou com todas as suas forças e correu
para ele.
A forma como ela o chamou o fez parar. Havia reconhecimento
naquela voz, naquele grito. E não era o reconhecimento passageiro que ele
sentira esses meses todos. Era reconhecimento de verdade, era carinho e era
amor.
Ele virou a tempo de Artemis pular sobre ele, abraçando-o
com força. Os dois caíram na grama e Artemis beijava cada centímetro do seu
rosto, enquanto soluçava e lágrimas desciam pelo seu rosto.
Ela o beijou com vontade, com carinho e com amor. E ele
retribui, agora sem medo ou surpresa. O beijo durou longos minutos e os deixou
sem ar. Ela deitou a cabeça em seu peito e abraçou-o com força.
- Você se lembra? – Ele perguntou, com medo de acreditar.
- Eu te amo... Sempre amei! Como eu pude esquecer de você?
Jamais esqueceria você. Eu não sou nada sem você.
- Eu te amo, Artemis. – Foi tudo que Tuor foi capaz de
dizer. A felicidade que os dois sentiam era tanta que não conseguiam falar.
Freezing winds were stayed by
warming words
To touch your healing to the hurt I'll treasure every lesson learned to the embers
Fire fails, blushes pale
We will answer the call There's a meaning to all our
Seeds of eulogy to sow along with dreams
Fill the need that can leave us grieving alone
Frail is our beauty in the end
But all we count is sentiment
A memory stays to guide the way
and whisper
Então, as asas brancas de Artemis ressurgiram em suas costas
e os envolveram. Tuor sentiu o costumeiro puxar de quando Artemis os transportava
e os dois desapareceram no ar.
Eles ressurgiram em Avalon, ao lado do poço sagrado.
Tuor olhou admirado ao seu redor, pois a ilha parecia mais
viva e brilhante do que nunca. Mas então não conseguiu mais tirar os olhos de
Artemis.
Ela estava usando um vestido antigo, todo branco e com
detalhes em azul e havia uma pequena tiara dourada em seus cabelos. Ele
percebeu que usava uma roupa antiga também, do mesmo estilo que a dela, porém
mais pesada, totalmente negra com tons brancos.
Mas então Artemis o abraçou e o beijou e Tuor não percebeu
mais nada ao seu redor, enquanto os dois se entregavam aos sentimentos,
deitando-se na grama. Os corpos respondiam o anseio um do outro,
completando-se.
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Longe dali, em qualquer lugar onde estivessem, todos os
amigos de Artemis e Tuor puderam sentir suas penas vibrando e pulsando. Quando
as pegaram, elas estavam brancas novamente e emitiam uma luz maior do que no
passado.
Mirian soube que sua filha voltara e sentiu-se alegre ao
saber que ela estava finalmente bem.
N.A.: Our Farewell,
Within Temptation e Tides of Time, Epica.
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