Tuesday, August 30, 2005 Compras e descobertas no Beco Diagonal do diário de Alex McGregor
-Mais devagar menina. -Vamos logo, vovó, tenho muitas coisas para comprar. Alex puxava sua avó, pelas ruas do Beco Diagonal, comprando suas coisas para o início do ano letivo em Hogwarts.Estava feliz, havia acabado de fazer quinze anos e dançado com o homem mais bonito que já vira na vida: Dylan McGregor.Mesmo agora ao fechar os olhos, sentia o cheiro da loção de barba e o via sorrir, enquanto me pegava pela cintura.Até podia ouvir de novo suas palavras: -Está muito bonita Alexandra. Ainda sentia o calor se espalhar por meu corpo ante o elogio do meu primo. Olhava uma vitrine, quando ouviu chamarem seu nome.Olhou para a direção do som e viu sua amiga Louise se aproximando. -Oi, Lou, que bom te ver aqui. -Olá senhora McGregor. (cumprimentou a velha senhora com um abraço).Oi Alex, como foi de férias? Acabei de deixar Sarah no lado trouxa. -Ai, jura? Porque ela foi embora cedo assim? -Estava com os gorilas, e se não fosse embora logo eles perderiam o horário da distribuição de bananas. Demos risada, e minha avó aproveitou a deixa: -Alexandra, vou voltar para a pousada, você poderia terminar suas compras com sua amiga? -Claro, vovó, posso cuidar de tudo. -Ótimo, a vejo depois.Tchau Louise querida, nos vemos na estação.- a velha foi andando calmamente em direção ao Caldeirão Furado. -Me conta.- dissemos ao mesmo tempo para logo em seguida rir. -Tá, conta você primeiro disse Louise. -Não há nada para contar....- fiz um ar de suspense. -Ah.. não você também não.Já basta o suspense que a Sarah fez. -Ai, conta logo o que aconteceu? -Ahá, quer saber dos babados né? Então conta como foi seu aniversário. -Bom, a festa estava cheia de parentes, isto porque vovô disse que seria uma reuniãozinha pequena.Ian e Kyle estavam ótimos como sempre, você precisa conhecê-los vai adorá-los. -Sei.E?- levantou as sombrancelhas interrogativamente. -Dylan também veio à minha festa... -Iupiii- deu gritinhos de alegria e algumas pessoas nos olharam. -Shiiii.Mas ele veio com a namorada.O ser mais fútil que já tive a infelicidade de conhecer. -Ai, ele tá namorando? -Sim, está.A garota alardeava aos quatro ventos, que eles tinham compromisso desde crianças.Os pais haviam firmado o acordo para se casarem quando crianças.Mas na hora da valsa ele a deixou no canto e veio dançar comigo. -he-he. Te conheço, você deve ter olhado pra ela com aquele seu olhar de: Eu ganhei. -Claro, e ela me odiou mais ainda.- rimos e fomos conversando durante o período de compras.Louise tinha que comprar o material do preguiçoso do irmão, e eu ainda tinha que comprar vestes novas na madame Malkin. Chegando ao local, uma jovem veio nos atender. -Oi, preciso de vestes para Hogwarts, mas eu quero experimentar lá dentro.- disse indicando os provadores. -Sim, temos um provador vazio, me deu as vestes e eu fui para lá, com minha amiga me ajudando. Logo ouvíamos uma vozinha esganiçada, falando com a atendente: -Pois é...Disse ao Dylan, que não queria ir ao aniversario da fedelha, mas ele me ouviu? Claro que não.Disse que era uma tradição da família, e ele estaria presente, mesmo sem minha presença. Entrei na cabine rápido e puxei Louise comigo, pedindo silêncio.Aquela era Patrícia Sommers, a namorada de Dylan.E pelo jeito estava destilando o veneno. -Mas é claro, que eu não o deixaria ir sozinho.Acredita que a fedelha usava uns trapos, dizendo que eram obra de um estilista trouxa famoso, um tal de Valentino?E o Dylan? Ficou de queixo caído com a garotinha.Hunf. E ela achou, que poderia competir comigo pela atenção dele.- deram gargalhadas e Louise me segurava, pois eu queria dar um murro naquela criatura. Aí ouvimos a voz da outra: -Mas Paty, querida...Você deve ter dado um jeito na atrevida não? -Ainda não, mas vou dar. Perguntei ao Dylan:Porque vocês a tratam como uma princesa, se nem legítima ela é? -O quê?Ela não é uma McGregor???- exclamou a outra. -Você sabe que sei como arrancar segredos do Dylan.(riu presunçosamente e continuou).Só por parte de mãe. A mãe a teve sozinha, e o Connor, que era o ex-noivo, a legitimou como sendo dele.Mas sabe-se-lá, de quem é o sangue daquela bastarda. Joguei as roupas em Louise e sai da cabine, havia tanta raiva dentro de mim, que eu seria capaz de matar.Fui até a cabine de varinha em riste, a loira que estava fora arregalou os olhos, com a minha chegada e antes que dissesse alguma coisa gritei: -Densaugeo.- e os dentes da garota começaram a crescer, fazendo a gritar desesperada. Explodi a porta da cabine e ao ver Patrícia, a minha primeira reação foi querer gritar uma maldição imperdoável, mas ela não valia a pena. -Furnunculos Engorgio.Densaugeo, Taratalegra...- fui dizendo todos os feitiços que vinham à minha cabeça, não ouvia ou via nada, só parei quando alguém gritou: -Expelliarmus.-e me tirou a varinha.Era Louise, que se aproximou: -Agora chega Alexandra.Ela aprendeu a lição.- e ao olhar para a garota, as bolhas a cobriam por inteiro e ela inchava feito um balão. -Só podia ser a bast..- e olhei novamente com um olhar assassino para ela. -CHEGA! Senhorita Sommers. Chega.- (disse Madame Malkin enérgica). Você já causou estragos demais.- e não era sobre a cabine destruída, ao que a bruxa se referia.A modista se virou para mim, e disse brandamente: -Vou mandar suas vestes para a Pousada.Não se preocupe com nada.- o máximo que fiz foi assentir com a cabeça.Sai dali, com Louise em meu encalço: -Alex, espera.Espera ou eu te petrifico.- ameaçou. -Vai, petrifica.Me impediu de acabar com aquela vaca mesmo.Vai tá esperando o quê? Minha amiga me olhou séria, enquanto me entregava a varinha: -Não tem graça te petrificar desarmada.No duelo de DCAT é mais gostoso. Tentei sorrir, mas parecia que os músculos não obedeciam: -Obrigada Lou.- disse em agradecimento, e minha amiga só balançou a cabeça. -E agora? O que vai fazer? Mas ela pode estar mentindo, sobre a sua origem. -Infelizmente eu sinto, que não.Ela me pareceu segura demais. -Mas vamos fazer o seguinte, vamos continuar a comprar tudo de que precisamos e depois com calma eu falo com a vovó.Estamos só nós aqui, ela poderá me contar se o que Patrícia falou é verdade.E se for...Porque não me contaram. Segui com minha amiga que tentava por todos os meios me distrair e compramos tudo que precisávamos. Embora meu corpo estivesse ali, minha cabeça girava com as milhares de perguntas que eu faria para minha avó. |