Wednesday, August 31, 2005

Enfim, em casa...

Do diário de Louise Storm


Alguém bateu na porta do meu quarto às 8:30 da manha. Olhei com os olhos pesados e vi meu irmão, George, parado de pijama no canto mantendo a voz baixa para não acordar as outras meninas.

GS: Acorda mana, não podemos nos atrasar. Vovó irá nos levar a King’s Cross às 9:30.
LS: Já acordei, já acordei.

Sai da cama com muito sono. Não havia dormido direito tamanha era minha ansiedade em voltar pra Hogwarts, voltar pra casa. Sonhei com meus amigos, que não via há dois meses. Sarah e Alex eu pude reencontrar dias atrás, mas não falava com Yulli e Scott desde o inicio de Agosto. Como eu sentia falta do Scott... Ele era o único que me fazia rir quando eu estava triste. Tomei meu banho, me vesti com roupas trouxas e me juntei a meu irmão na cozinha, já tomando seu café com alguns de nossos primos. Nas férias todos se concentravam na casa dos avós.

LS: Já arrumou sua mala, George? Não quero ouvir você reclamar que esqueceu alguma coisa quando já estivermos dentro do trem.
GS: Tudo empacotado! Livros, roupas, acessórios para as aulas, tudo no malão.
LS: Deixou o uniforme por cima das coisas, para não fazer a bagunça que fez ano passado?
GS: Deixei-o dobradinho como você me entregou, foi a ultima coisa que coloquei na mala.
LS: Ótimo. – e me sentei para tomar café.

Vovó apareceu pronta na cozinha às 9:30 em ponto. Escondi Ramsés sob minhas vestes e George pegou Kiko. Chegamos à estação exatamente as 10:00. Já estava apinhada de estudantes. Empurrei George para dentro do trem e avistei Sarah e Alex chegando naquele momento. Cada uma se despediu de suas famílias e vieram ao meu encontro.

AM: Louise! Nem deu para conversarmos direito naquele dia!
SB: Nem me fale! Os gorilas me arrastaram embora... Alex, quanto tempo!
LS: Vamos entrar, temos que nos atualizarmos, 2 meses é muito tempo.


Encontramos Yulli entrando no trem e nos dirigimos ate a cabine que Scott havia reservado para nós. Ele estava sentado com a cara colada na janela e correu ao nos ver. Demos um abraço apertado nele, matando as saudades das férias e nos sentamos para por as fofocas em dia. Sarah e Yulli logo se deram conta que agora eram monitoras e nos deixaram sozinhos. Como eu queria estar no lugar delas... Sam logo nos encontrou, a tempo de ouvir as fofocas sobre Sarah que estava prestes a contar.

SW: Não iam começar sem mim, iam?
LS: Nunca! Senta aí que o babado é forte.
AM: Ela ia contar que o Sirius foi ate a Dinamarca nas férias...
SF: E que encontrou nossa amiga Sarah...
LS: Sim, isso. Continuando...

Passei o restante da tarde narrando o pouco que Sarah havia me contado. O que foi até bom, pois nos permitiu criar teorias mirabolantes sobre o que pode ter ocorrido depois. Demos boas risadas da nossa imaginação fértil. Scott não perdeu a oportunidade de me lembrar que já haviam se passado dois anos desde que me apaixonei por Remo Lupin e até o presente momento não havia feito nada pra resolver isso. “Ate Sarah já se ajeitou com o Black”, ele dizia. Se tem uma coisa que detesto no Scott é quando ele tem razão nas coisas. E o pior é que ele sempre tem razão! Precisava mesmo tomar uma atitude antes que outra o fizesse. Hora ou outra Remo passava pela porta de nossa cabine patrulhando o corredor. Estava começando a ficar irritante, pois Alex e Scott se revezavam em me cutucar e soltar risadinhas idiotas sempre que o avistavam. Já era quase noite quando a moça do carrinho da comida passou. Estávamos todos famintos e nos entupimos de porcaria, recuperando o tempo que perdemos comendo comida saudável nas férias. Yulli e Sarah sentiram o cheiro da comida e se juntaram a nós na cabine. Pareciam exaustas e se largaram nos lugares vagos. Yulli me relatou tudo que ocorreu na frente do vagão e Sarah explicou, dessa vez nas palavras dela e sem fatos distorcidos, o que realmente aconteceu entre ela e Sirius.

O trem logo parou na estação de Hogsmeade. Apressamos-nos em descer e pegar uma cabine só nossa. Sam se separou de nós ao ver Monn e nos dirigimos a uma carruagem. De relance vi Marcus e Alucard acenando para nós, um empurrando o outro de brincadeira e desaparecendo entre os alunos. Abri a janela da carruagem e pus a cabeça para fora. Queria sentir novamente aquele ar familiar, aquela sensação de felicidade. Havia voltado. Estava finalmente em casa.