Wednesday, August 31, 2005
Férias com meu pai
Diario de Jackson Frederic Junior
Está um dia chuvoso, estou morrendo de frio e minhas pernas estão todas cortadas e feridas dos espinhos das florestas densas do Brasil, minhas mãos caleijadas faltam forças para escrever, enquanto vejo meu pai trabalhar em suas poções que as vezes insistem em dar erradas, espirrando-se na cabana que tanto amamos.
Hoje entramos na floresta atrás de uma tal flor Trimera Alcadiense, para uma receita de uma poção milenar que achamos na tumba de Tutancamon, nas férias passadas. Ainda não sei para que ela serve, mas com certeza deve ser perigosa.
Quando estávamos adentrando na floresta achamos um forte indígena onde parecia nao haver nenhum ser vivo por perto, a nao ser os pássaros que assustados voavam para o sul fugindo de algo em que ainda nao sabíamos do que se tratava. A noite chegou, e a curiosidade não me deixava dormir, eu teria que voltar lá para saber o que havia naquele forte, além da cabeça de um humano na porta que ainda parecia estar fresca.
E foi isso que fiz, levantei com muito cuidado e audacia para nao acordar meu pai que ficava atento em tudo com um sono muito leve. Fui andando pela terra molhada e aquele ar fresco que batia em meus olhos e com um cheiro de carniça que vinha dos cadáveres pendurados em todos os lados e em algumas árvores que pareciam ser milenares e que estralavam ao som das corujas.
Estava lá, parado em frente à porta, olhando para aquela cabeça que balançava de um lado para outro fazendo barulho, de acordo com que batia nos parafusos enferrujados que haviam na porta antiga de madeira. A abri cuidadosamente, e o barulho da madeira antiga provinda da porta me deixava com medo e um olhar assustador. A primeira visão foi horrível, entrei em um grande cômodo onde julguei todos mortos, sentados à mesa, como se estivessem jantando quando tudo aconteceu. O lugar estava muito organizado e a comida ainda em cima da mesa sendo devorada por bactérias que se espalhavam por todo lado.
A cada cômodo que eu passava ficava mais encabulado com a maneira com que os corpos estavam posicionados, parecia que todos estavam fazendo algo no exato momento em que tudo acabou, exceto um, que no sótao estava encostado na parede, achei estranho, cheguei perto dele e percebi que a mão encostava em uma pedra chave que parecia se mover. Puxei-a com força e vi que se identificava com uma espécie de cofre secreto, não sabia dizer ao certo. Dei um forte sopro e poeira voou para todos os lados, decifrando-me o que havia dentro do seu interior: um livro, uma chave e alguns potes com cérebros de animais e humanos. Juntei tudo, coloquei em minha mochila e voltei para a cabana, pois o meu pai já poderia estar sentindo a minha falta e eu já estava ficando com medo daquele local, com alguns barulhos que pareciam estar me mandando embora.
Cheguei na cabana e lá estava meu pai, ainda dormindo quieto. Torci para que ele não estivesse acordado e sentido minha falta.
O dia amanheceu claro e o sol brilhava iluminando as frestas da cabana, o cheiro forte do café do meu pai já tomava conta do ambiente, me levantei meio sonolento e fui ao riacho, despedir da linda água que havia perto do nosso acampamento, até que o escuto chamar para ajudá-lo à arrumar tudo para irmos embora, pois ainda haviam muitos materiais para serem comprados antes do mes retorno à Hogwarts.
Arrumamos tudo, peguei minhas coisas e voamos até o Beco Diagonal. Meu pai deu uma grande quantia em dinheiro para que eu pudesse comprar todos os itens que me faltavam, e foi-se embora para casa, se despedindo com um beijo em meu rosto, olhar preocupado e sensato de quem só me veria novamente no próximo Natal.
Fui então às compras, e é lógico a primeira loja que entrei foi a loja de doces de Hogsmead que acabara de abrir no Beco e logo vi no final da loja meu doce preferido e a inacreditável, impressionante e bela Candida Aleicans, filha do conde Dom Aleicans III, e sua mãe, a condessa Margareth Aleicans. Candida era uma de minhas amigas de Hogwarts, diria uma das únicas, e estava lá fazendo suas compras também
Começamos então a conversar sobre como tinham sido as férias, afinal precisávamos colocar a conversa em dia, enquanto comprávamos um monte de guloseimas. Saímos da loja e eu já carregava três sacolas cheias sem nem mesmo ter comprado os produtos do colégio. Continuamos as compras, e o assunto nao parecia acabar, estava morrendo de saudades dela.
Finalmente compramos tudo, os livros, as penas, pergaminhos, tinteiros, caldeirões, ingredientes de poções e todo o resto. Fiquei um tempão esperando ela experimentar todas as vestes da loja, até que sentamos no Caldeirão Furado e ficamos tomando uma cerveja amanteigada, ainda conversando, contei o episódio da floresta, mas ela não sabia o que dizer dos estranhos objetos. Já era tarde quando fomos dormir, na manhã seguinte estaríamos de volta ao imponente castelo de Hogwarts.
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