Friday, September 09, 2005 Companhia Inesperada Passeio na Floresta Proibida - PARTE I ((continuação do texto do Jackson)) JJ: Mark, pra que você está levando essa mala toda? É só uma noite!! MF: Ora... são só algumas coisas necessárias, como comida, corda, um livro, roupa extra, cobertor, colchão,... JJ: hahahaha!! Você é exagerado demais! Vamos.. deixe isso tudo ai e leve só sua varinha! MF: Mas porque é que você pode levar uma mochila e eu não posso? – disse encarando a mochila que estava nas suas costas. JJ: Hunf.. eu estou levando coisas SÉRIAS!! Não posso dizer o que é... – disse ficando sério. MF: É... eu realmente achei que fosse desnecessário tudo isso que estou levando, mas é que nunca entrei em uma floresta, apesar do meu grande interesse em tal! E como meu amigo trouxa vive andando em matas, resolvi perguntá-lo o que se deve levar. Ele me contou que leva isso tudo... então resolvi colocar tudo na mochila. JJ: Ai... trouxas... eles são tão fúteis! Nós dois rimos bastante da minha mochila e depois resolvi escondê-la no meio da folhagem, perto da entrada do castelo. Voltei para a orla da floresta e olhei para cara de Jackson, que também me olhou. Balançamos a cabeça positivamente, como se estivéssemos prontos para entrar na Floresta Proibida. As varinhas estavam em punho e já estávamos usando o Lumus. Estávamos adentrando na floresta quando escutamos um barulho como se algo estivesse caindo. Olhamos para os lados apressadamente e notamos que algo realmente tinha caído. Chegamos mais perto. JJ: Katrina? Haha.. foi você que caiu igual uma jaca verde? KB: Cala a boca “Fredzinho”! O que você está fazendo fora do salão comunal? MF: Katrina... o que VOCÊ faz fora da escola? Sou monitor e posso falar com o prof. Flitwick onde é que a senhorita tem andado enquanto todos deveriam estar dormindo! KB: Ah... então quer dizer que o monitorzinho da Lufa-lufa também está aqui! E você não me dedaria, porque senão também estaria em apuros! Digam!! Onde é que vocês vão? – disse como só tivesse reparado minha presença naquele momento. JJ: Não é da sua conta! Vá embora! KB: Se não me contarem, já podem voltar e arrumar as suas malas, porque contarei tudo para o diretor e, logicamente, serão expulsos. Fiquei assustado com a ameaça e logo contei o que estávamos fazendo ali. Não conseguia imaginar eu sendo expulso de Hogwarts, onde estão todos os meus amigos e onde tenho passado o maior tempo desses últimos anos. Essa escola é quase a minha casa. Para o desgosto meu e do Jackson, Katrina ficou super interessada na nossa aventura e resolveu ir conosco (fez chantagem novamente, dizendo que contaria tudo). JJ: OK! Desde que você ande uns 10 passos de distância de nós e que fique calada! Começamos a andar pela Floresta, mas as condições que foram impostas para a Katrina não valeram de nada, por que ela estava fazendo justamente o contrário. Será que era para nos irritar? Estávamos caminhando já fazia algumas horas e até agora nada de diferente do que árvores, árvores e mais árvores. Katrina parecia estar se cansando daquele marasmo e já não falava tanto (apenas reclamava do número acentuado de aranhas e comparava Hogwarts com Durmstrung). Ao contrário de mim, que estava fascinado com aquela paisagem bucólica: só árvores, estrelas, barulhos e neblina. Algumas vezes um de nós encarava o outro afirmando ter ouvido barulhos de cascos, mas nada de ver os animais. Até que nós três nos encaramos dizendo ter ouvido um canto. O canto era triste e doía o coração; estava baixo e soluçante. MF: NÃO!! Oh Merlin... não sabia que tinha esse animal aqui! Corram!!! – disse correndo desesperado com a mão no ouvido. Depois de corrermos até uma distância que não se escutava mais aquele canto, paramos bufando. KB: Ei... dá pra falar o que é aquilo? Estou morta de tanto correr! Se não me der um motivo justo pra ter corrido juro que te estuporo agora mesmo e te deixo de brinquedinho para os centauros. Uma Lady como eu jamais corre. Olhei para Jackson esperando compreensão pela corrida, mas a mesma cara de dúvida da Katrina estava pregada na dele. Por um momento pensei estar enganado, mas não podia. Nunca tinha escutado um, mas assim que escutei tive certeza. MF: Aquilo era um Agoureiro. Ele tem um canto triste e soluçante. Muitos acreditam que escutar esse canto é o mesmo que estar tendo presságio de morte, apesar de estudos dizerem que ele só anuncia aproximação de chuva. Pra mim, esse bicho anuncia a morte. JJ: Bobagem... você acredita em superstições? KB: Ai Marcus... só não te estuporo, por que vi que você realmente ficou assustado! – ela disse tentando parecer durona, mas sua preocupação estava indicada na testa. Continuamos andando. Eu estava abalado com a situação, e tudo que eu mais queria naquele momento é não ter entrado naquela floresta. Katrina parecia pensar a mesma coisa, mas Jackson estava agindo normalmente. Ele parecia não ter dado importância nenhuma ao agoureiro. Continuamos a caminhada em silêncio. Só nos animamos um pouco mais quando vimos tronquilhos pulando nas árvores (não sei como conseguimos notar aquelas criaturinhas). Aquilo não era engraçado, mas não sei por que, rimos e nos descontraímos. Ficamos um tempo rindo deles (acredito que o suficiente para esquecermos a história do agoureiro pelo menos durante o passeio pela floresta). O clima estava agradável novamente e a Katrina estava mais suportável. Vimos mais alguns animais, incluindo um pelúcio (que quase arrancou o meu cordão com uma ampulheta na ponta que meu pai me deu e que não sei a função) e outros que não conhecia. Jackson me jurou que a “pedra” que eu tinha chutado era um Pogrebin, o que arrancou mais risadas nossas. Eu não fazia idéia de quantas horas estávamos ali e nem de onde precisamente estávamos. Mas nenhum de nós queria sair dali. Acho que com esse passeio, eu estava garantindo pelo menos um Aceitável nos NOM’s de Trato das Criaturas Mágicas; e isso era muito bom, mesmo que eu já definido que não iria continuar essa matéria no sexto ano. ((continua)) |