Sunday, September 04, 2005

Duendes estão me perseguindo

Das menórias de Marcus Felícius
Eu estava ali, sentado em uma mesa do salão comunal da Lufa-Lufa com meus amigos, depois do cansativo e primeiro dia de aula, terminando as últimas palavras do monte de dever teórico que prof. McGonagall havia passado em sua primeira aula. Todos os quintanistas já sabiam que esse ano não teríamos muito tempo para diversões por causa dos NOM’s, mas acho que ninguém esperava o tanto de dever que foi passado já no primeiro dia.
MF: Ufa! Acabei um dever!! Agora acho que vou dar uma lida na matéria de História da Magia, por que não sei absolutamente nada sobre duendes e essas babozeiras! Agora me falem... para que preciso... – interrompi a pergunta assim que olhei para meus amigos e percebi que todos estavam muito concentrados em seus afazeres e que pareciam não terem escutado uma palavra se quer. Optei por não desconcentra-los e sai de fininho.
Juntei meus objetos, fui até o dormitório guardar o material de Transfiguração e pegar o pesado livro de História da Magia e mais um rolo de pergaminho, e retornei ao salão comunal. Alex e Yulli discutiam algo sobre a lição, mas pareciam já estar nos “finalmente” de seus textos. Até mesmo Louise, que havia chegado mais tarde, estava com uma cara de “estou acabando, graças a deus”.
YH: Oi Mark! Onde você foi? Nem vimos você saindo! - Disse enquanto me juntava a elas e me sentava novamente.
MF: É... percebi que não me viram! Estavam concentradas e resolvi não atrapalhar! É que já acabei a lição de Transfiguração e vou aproveitar pra dar uma lida sobre os malditos duentes, que não sei nada!
LS: Ai Mark... Acorda… alguém sabe alguma coisa?
MF: Hum... realmente... mas eu não quero tirar (T) nos NOM’s não!
AM: E pra que o pergaminho então se você só vai ler?
MF: Ah.. vou tentar fazer um resumo! Dizem que ajuda a memorizar e fica mais fácil para estudar depois.
As três começaram a rir e ri também. Mais alguns comentários e zoações e todos estavam concentrados novamente, a fim de acabar logo tudo aquilo e poder conversar mais um pouco sobre o primeiro dia de aula.
De repente, olhei para frente e não encontrei as meninas que agora a pouco estavam ali. O sol já batia nas janelas e meu livro de História da Magia estava no chão. Estava claro... eu tinha passado a noite ali mesmo. Provavelmente eu devia ter adormecido enquanto estudávamos e elas foram dormir cansadas de tentar me acordar.
Me levantei, peguei o livro do chão e me dirigi ao dormitório para trocar de roupa e descer para o café da manhã. Porém quando fui começar a subir as escadas, prof. Sprout entra apressada no salão comunal.
Sprout: Marcus... ai está você! Bom dia! Que bom que já levantou. É com você mesmo que preciso falar!
MF: Bom dia professora! Eu fiz algo de errado?
Sprout: É que ouve um erro em suas notas ano passado e tenho a infelicidade de te dizer que não passou em História da Magia! Você terá que fazer aulas particulares com alguns amigos do prof. Binns, por que este estará ocupado. As aulas começarão hoje à noite. Eu vou estar te esperando depois do jantar para te encaminhar até o local da aula. Não atrase. Seus novos professores não são muito tolerantes.
Fiquei mudo, sem palavras e sem ação. Sprout ficou me olhando por algum tempo como se esperasse algum questionamento, mas nada saia da minha boca. Então ela se despediu e foi saindo. Ao chegar na porta,, se virou e me encarou.
Sprout: Ah... mais uma coisa! Como você bem sabe, quem não passa, perde automaticamente a vaga no time de quadribol. Sinto muito Marcus! – ela se virou e saiu do salão.
Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Além de ter que fazer aulas particulares de História da Magia, eu tinha perdido o direito de fazer a coisa que mais gostava: jogar quadribol. O resto do dia foi um pesadelo e parecia que o tempo não tinha pressa. Ninguém conseguia me alegrar ou me botar pra cima. Meus amigos tentaram me explicar o pouco que sabiam da matéria, mas eu não conseguia prestar atenção.
O jantar acabou e me encontrei com prof. Sprout que segurava um livro que percebi logo ser o livro que usei ano passado. Nos cumprimentamos e a segui sem dizer nenhuma palavra. Me encaminhou até uma sala vazia, me entregou o livro, me desejou boa sorte e foi embora. Alguns minutos depois entrou quatro duentes mal vestidos e com caras de “não estou aqui pra brincadeira”, cada um com um nome mais difícil de guardar do que o outro.
Duende1: Você é o menino burro que não passou em História da Magia certo? Marcus Felícius o seu nome certo? Vamos ser seus professores, e não vamos te aprovar a menos que nos convença que aprendeu a matéria! Deixe-me ver esse livro aqui para ver se tem alguma coisa que poderemos usar! – disse o duende mais alto e mais gordo tomando o livro de minha mão.
“Não podia acreditar. Só podia ser carma, só pode ser perseguição. Ter DUENDES como professores? E quem são eles para me chamar de burro?”pensei com muita raiva. Eles falavam tão rápido que eu não tinha como fazer algum comentário ou coisa do tipo. Eu estava sentado na cadeira, todo encolhido e de olho atento nos quatro duendes que andavam de um lado para o outro me observando.
Duende1: Venha... siga-nos! – disse saindo da sala e ainda dando uma olhada no livro.
MF: Onde estamos indo? – disse enquanto saia da sala e os seguia.
Duende3: Estamos indo ao salão comunal da sua casa, vimos que você não trouxe pergaminhos e você vai precisar escrever muito. – falou o menor duende dando ênfase no “muito”.
Duende1: O que? Não acredito que esse livro está falando essa mentira! Isso é uma barbaridade!
Olhou para mim quase me fuzilando como se eu fosse o culpado pelo que está escrito no livro e rasgou a página com toda a força. Os outros três me encaravam de cara feia também.
MF: Vocês não podem fazer isso... esse livro não é m... – tentou argumentar, mas os duendes estavam rasgando violentamente as páginas e andando cada vez mais rápido.
Peguei a página que eles tinha rasgado e bati o olho. Estava falando sobre a 1ª Revolução dos Duendes. Comecei a correr atrás dos duendes e a pegar as páginas que eles iam jogando para o alto com muita fúria. Eu estava ficando com muita vergonha e raiva daquela situação, por que todos estavam zombando de mim pelos corredores. Finalmente estávamos chegando (estávamos no corredor da cozinha) – eu estava segurando tantas páginas rasgadas que podia dizer que o livro já estava quase todo em minha mão – quando escuto de longe Yulli, Alex e Louise me gritando e rindo. “Será possível que até elas estão zombando de mim?”. Continuei a correr, mas os gritos continuaram. Então parei e olhei para trás com uma expressão de muita raiva a procura delas.
O corredor foi ficando claro, as pessoas foram sumindo e as vozes foram ficando mais altas. Pisquei o olho por causa da claridade intensa e, quando abri, meu rosto estava pregado em um livro e eu parecia estar sentado. Me levantei e vi o rosto das meninas, que estavam dando risinhos. Eu estava ali, sentado na mesa do salão comunal, todo suado com o livro de História da Magia e um pergaminho todo borrado de tinta. Elas perguntaram o que aconteceu e contei todo aquele pesadelo que tive.
AM: Ai Mark.. você está ficando neurótico com essa história toda! Relaxa!
MF: É... também estou achando! Eu vou dormir! Amanhã a gente conversa mais! Boa Noite!
As três: Boa Noite!!
Fui pro quarto, troquei de roupa e deitei na cama. Fiquei pensando várias horas sobre o meu sonho e depois adormeci num sonho tranqüilo.