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Do diário de Louise Storm


Não sei quem disse que sexta-feira é o melhor dia da semana. Acho que quem inventou essa idiotice, devia estar num momento “paz e amor”. Já são mais de onze da noite e cá estou eu, absolutamente sem sono e sem nada pra fazer ou com quem passar o tempo à toa. Os lufos já estão todos debaixo das cobertas e fiquei só no salão comunal, como sempre. De repente, uma idéia estapafúrdia me ocorreu. Sai em silencio (não sei por que, pois não dava pra ninguém me ouvir lá embaixo) e segui para a cozinha. Ainda restavam alguns elfos acordados, conversando na mesa. Pedi que eles levassem comida e bebida para a Lufa-lufa e que fizessem isso sem que nenhum professor notasse. Apanhei duas tampas de panela e voltei ao mukifo lufano.

Fui direto pro dormitório feminino. Elas dormiam tão angelicalmente... Comecei a bater as tampas com força. Yulli e Alex caíram da cama na mesma hora.

LS: ORME, ORME, ORME, SEU EU NUM DURMO NINGUEM DORMEE! – gritava batendo nas tampas cada vez mais forte.
YH: Que isso sua louca???
AM: Louise, o que você ta fazendo?
LS: Levantem, andem! É sexta-feira e não vou ficar sozinha lá embaixo sem dormir.
YH: Mas eu tava sonhando que derrubava o Potter da vassoura... Espera só ate ele cair... – Yulli se enrolou no lençol ao terminar a frase.
LS: Não, sai dessa cama! – puxei sua coberta e ela voltou a cair no chão.
AM: Uuaaa levanta Yulli, desiste. – Alex bocejava

As meninas levantaram, assim como as outras duas que saltaram da cama assustadas, e me seguiram. Entrei no dormitório dos meninos e Mark e seus companheiros de quarto foram acordados da mesma maneira delicada. Mark bateu a cabeça na madeira da cama e Charlie Bell, um de nossos artilheiros, levantou a cabeça do travesseiro depressa, babando. Repeti o gesto em todos os dormitórios da casa, tirando turma por turma da cama. Já tinham alguns adeptos me ajudando e quando voltei ao salão comunal, ele já estava lotado de lufos de pijama e cabelos e caras amassadas. Os elfos já haviam trazido os comes e bebes e uns alunos do 7º ano já providenciavam o som ambiente.

AM: O que deu em você? Ta com febre?
LS: Não, só to sem sono.
YH: Louise, você acordou a casa toda...
MF: Não sei do que vocês estão reclamando... É festa, ora!
LS: Obrigada pelo apoio Mark!

Juntamos-nos aos alunos acordados e começou mais uma festa na casa. Isso já era uma espécie de rotina na Lufa-lufa. Decidimos seguir a seguinte filosofia: Se grifinórios são “valentes”, sonserinos são estressadinhos e corvinais são nerds, os lufos agora são festeiros! Qualquer coisa sem noção aqui era motivo de festa há mais ou menos uns dois anos. O motivo dessa era minha insônia. Vê se tem cabimento? Vamos celebrar minha incapacidade de dormir! Na verdade, tava mais para “celebrar minha incapacidade de me entender com certa pessoa”, mas vamos omitir esse detalhe dos demais festeiros... Yulli e Alex pareciam já se conformar que não iriam dormir aquela noite e pegavam salgadinhos e bebida da mesa, trazendo os braços cheios pra onde eu e Mark estávamos sentados, ao pé da escada.


LS: Oba, obrigada!
MF: Vamos brindar ao lufos, os cidadãos mais a toa de toda Hogwarts.
AM: Sim, à nós, porque somos os mais caras de pau.
YH: E também os únicos que sabem dar uma festa.
LS: Aos lufos vagabundos! – falei e meus amigos ergueram suas canecas, batendo umas nas outras.
YH: Mas essa festa pode melhorar...
LS: Melhorar como?
AM: Eu sei como! Trazendo nossos amigos das outras casas. Todos têm direito de serem lufos por um dia.
YH: Exatamente! Trazer certas pessoas pra cá, pra celebrar também...
MF: Excelente idéia! Vou mandar a Tieta até Lily agora mesmo, pedindo que ela venha e traga os amigos!

Mark se levantou animado e correu de volta ao dormitório para despachar aquela ave colorida dele até a Grifinória. Alex e Yulli tinham um sorriso besta estampado na cara e ficavam me olhando. Não estava entendo, até que olhei pra elas e com um estalo, compreendi o motivo dos sorrisos imbecis.

LS: O Mark ta mandando aquela ave pra onde????


((Continua))