![]() Saturday, September 03, 2005 Meus amigos: minha família Do diário de Carly Heather Sound Eu estava realmente me atrasando hoje, afinal, as férias toda eu acordei tarde, e voltar a acordar cedo para ir para a aula era um grande problema. - Deixa eu dormir! - Você vai se atrasar. - Me deixa em paz, melly - Se você não levantar eu vou chamar o Regulo! Definitivamente chamar Regulo não era uma boa coisa. Odiava quando melly fazia isso. Ser acordada com Regulo fazendo cócegas na gente era o pior castigo que tinha. - Bom isso só mostra que você não consegue me acordar sozinha! - Estou te esperando lá em baixo. - Vai perder seu tempo, eu posso ir muito bem sozinha para a o salão principal. - Sei disso, sei disso... - Pode ficar tranqüila, eu sou uma santa, não faço nada. - É justamente por você ser uma santa, que eu temo pela vida das pessoas que vão estar lá. - Nossa, você é tãoooo engraçada! Conheci a Amelly logo que entrei no nosso dormitório no primeiro dia que chegamos em Hogwarts, ficamos amigas desde então. Logo ela me apresentou a Bellatrix e Narcisa, as garotas que dividiam o quarto com a gente e suas amigas desde pequenas. A Bella nos mostrou quem era o Regulo, que é seu primo. Aos poucos fomos conhecendo todo o resto do pessoal. Acabei descobrindo que sou afilhada da tia do Regulo. Snape foi o último a começar a andar com a gente, ele parecia meio amargurado, mas depois foi se juntando, hoje na frente de qualquer pessoa diferente ele é esquivo, estranho e até algumas vezes maldoso, mas com a gente, ele é uma pessoa adorável e respeitada. Minha mãe não gosta dos meus amigos e essa é uma das razões para não suportá-la mais. Não sei o porquê, mas eu não consigo aturá-la, ficar um dia inteiro com ela, me tira os nervos, então imagina como foi as minhas férias. Meu pai é mais liberal, adoro ele, sempre me da tudo o que quero, mas sinto sua falta desde pequena. Lembro de quando ele chegava tarde do trabalho e eu o esperava, nós brincávamos até eu cair no chão de tanto sono e cansaço. Mas quando ele foi promovido, muitas coisas mudaram em casa. Nós nos mudamos para começar, eu morava em uma casa que tinha um enorme jardim, uma das poucas coisas que lembro era o balanço que meu avô tinha posto para mim na arvore no fundo do jardim. Agora estou enfurnada em uma casa em Londres, por mais que ela seja grande, não é boa o suficiente, mas pelo menos, dá para escapar da minha mãe pelos os corredores. Eu ia ficar com a Melly nessas férias, mas minha mãe teve uma histeria falando que eu sou muito pequena, que tenho que ficar com ela...blábláblá, um monte de palhaçada. Estava doida para voltar para Hogwarts, mas agora que eu estou aqui, ter que acordar cedo para ir para as aulas, ninguém merece! Isso também é uma das coisas que eu menos gosto de fazer. Afinal, eles não podiam mudar o horário das aulas? Mas não, NÃO, eles não podem mudar uma tradição de mil anos, grande coisa! - Carly, desce logo, já estamos atrasadas! - Espera, já to descendo. Quando eu entrei para a Sonserina, não foi nenhuma surpresa para mim, afinal eu já sabia como eu era, posso parecer uma pessoa angelical, mas qualquer pessoa pode encontrar os piores sentimentos em mim. Sempre fui meio que a ovelha negra da família, puxando apenas ao meu pai quando ele era jovem. Minha mãe sempre me enche de coisas para fazer antes de embarcar no trem, ontem mesmo eu me lembrei da discussão que tivemos antes de eu partir para Hogwarts. - Promete que vai me mandar cartas todas as semanas? - Não - Carly, eu to falando sério! - Eu também. Já acabou? Eu quero procurar a Melly e achar uma cabine vazia no trem. - Sempre ela, sempre esazinha, acho que foi ela que te envenenou contra mim. - Tchau mãe, até o natal. Minha mãe tem ciúmes da Melly desde que eu comecei a partilhar meus sentimentos com ela. Mamãe acha que eu a excluo da minha vida, mas não é verdade, eu deixo ela fazer meu almoço, não é? Eu cresci, ela só tem quem que aceitar isso. O engraçado é que quando se trata da Joelle, ela não enche o saco. Ela é minha irmã mais nova, esta no meio de pessoas de segunda que podem fazer umas lavagens celebrais nela e mamãe fica preocupada demais comigo. Ela diz que ela já é muito crescida para a idade. Alô? Acorda mãe! Ela é uma garota na Grifinória!!! - Você vai se alimentar direitinho, não é, filhinha? - Mãe, para com isso, você esta me fazendo pagar o maior mico. - Agora me abraçar é um mico? - Já acabou? Eu quero ficar com meus amigos. - Nós não vamos nos ver por quatro meses. - O que é muito pouco. - Filha, você me machuca tanto quando falar assim comigo. - É? Então ótimo. Vê se larga do meu pé e vai arrumar roupa para lavar. Tchau Por mas que eu seja má com minha mãe, a maioria das vezes eu não me arrependo do que falo ou faço. Nunca pedi desculpas pelas minhas atitudes com ela ou ninguém. Pedir desculpas, dizer um obrigado, com licença ou um eu te amo são palavras que não consigo dizer as pessoas, é algo maior que eu, simplesmente não consigo dizer. Por causa disso eu me expresso através de meus gestos e a forma em trato as pessoas. Uma das manias que peguei ha uns quatro anos atrás é escrever em um caderno sobre o que estou sentindo através de poesias. A Melly acha que isso me faz bem, porque quando eu estou com raiva, eu escrevo e não desconto nela. Esse ano promete, sabe por quê? Por que simplesmente eu sinto, diário! E você sabe, quando eu sinto algo, é pra valer... Então, até depois que a melly está gritando lá de baixo. |