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Do diário de Scott Foutley

Dia: 2º de Setembro de 1976
Horário: 10:13
Localidade: Sala de História da Magia
Tempo: Nebuloso
Humor: PÉSSIMO!

Vim pra aula de História da Magia sem vontade alguma. Uma das matérias mais chatas e que me faziam considerar seriamente o fato de ir mal nos NOMs pra poder desistir disso no 6º ano. Binns dissertava sobre qualquer coisa relacionada a duendes, Louise dormia sobre suas anotações, sendo cutucada por Yulli o tempo todo. Só porque agora era monitora, fingia se interessar pelas aulas. Alex olhava fixamente para o quadro, embora tivesse certeza de que minha amiga dormia de olhos abertos. Meu mau humor se dava pelo ocorrido na cerimônia de seleção. Porque as pessoas teimam em implicar comigo? Eu não sou uma má pessoa, sou? Não implico com ninguém, não me meto em nada que não seja da minha conta, falo mal sim de algumas pessoas, mas quem não fala? E só faço isso entre minhas amigas, não sai daqui. Mas ainda assim pegam no meu pé. Devo ter cara de palhaço, ou então realmente incomodo. Estava eu ontem na mesa da Grifinória já no fim do jantar, (alguns alunos até já se retiravam do salão principal) feliz por ter retornado a Hogwarts, por ter reencontrado as pessoas que mais amo no mundo, sem incomodar ninguém, quando começou um murmurinho em minha volta. Antes disso, a única coisa me incomodando era a tal da Hilary que não tirava os olhos de mim, piscando. Já tava me sentindo desconfortável. Olhei curioso, não sabia ainda que era comigo. Perguntei a Alucard o que estava acontecendo, mas ele sacudiu a cabeça negativamente, alegando que também não estava entendendo. Eis que avisto o ser mais metido de Hogwarts (ao menos dentro do meu circulo de conhecidos), aquela tal de Monn. Ela olhava em minha direção sorrindo e algumas pessoas a sua volta também riam. Sam, fiquei feliz em notar, não ria. Tinha uma expressão irritada no rosto.

AW: Mas que droga, o que ta acontecendo?
SF: Não sei... Mas não gosto do jeito como a Monntida me olha.

Louise se levantou da mesa da Lufa-lufa e se sentou ao meu lado. Ela estava seria.

LS: Scott...
SF: O que é? É comigo as risadas não é? Já to acostumado. Qual o boato dessa vez?
LS: A Monn, bom, não sei se é ela, mas ta vindo de lá... Ela ta dizendo que você, huum...
SF: Fala logo Louise
LS: Ai ta bom... Tão dizendo lá que você queria entrar pras Esquisitonas... Porque você se identifica com o perfil da banda, que é feminino.
SF: O QUE?

Sei que poderia ter ficado na minha, mas já aturo isso há cinco anos. Levantei-me da mesa da Grifinória, derrubando o prato de sobremesa pela metade e marchei em direção à mesa da Corvinal. Louise se levantou rápido e tentou me puxar pelas vestes, mas não conseguiu. Sentia olhares curiosos me seguirem pelo percurso. Bando de enxeridos que adoravam uma confusão. A barbie ficou de pé, me encarando de cima a baixo. Repeti seu gesto atrevido.

SF: Se você tem alguma coisa pra me dizer, fala na cara!
MS: Quer que eu repita?
LS: Scott, vamos embora, por favor.
SW: Monn, já chega. Não tem graça!
MS: Alguém quer uma cereja, um morango?
MF: Onde você ta vendo isso? – disse Marcus, que estava parado ao lado de Louise me segurando pelas vestes.
MS: Ué tem a frutinha aqui do lado!

Louise e Marcus não foram capazes de me segurar, pois fui mais rápido que eles. Saquei a varinha do bolso e mentalizando rapidamente uma das azarações que pensei no trem, atingi Monn, fazendo-a voar 2 metros e cair por cima da mesa da Corvinal. Os alunos que estavam agora aglomerados a nossa volta soltaram gritos e senti me puxarem com força pelo braço. Louise, Marcus e agora Yulli, Alex, Sarah e Alucard me arrastavam para longe do tumulto.

SB: Chega Scott, não precisamos de mais estragos por aqui. Vão indo, eu contorno a professora McGonagall.
YH: Isso. Vamos embora, você ta nervoso.
SF: Vocês ouviram o que a mocréia falou??
LS: Ouvimos, mas não precisava atirar ela na mesa.
AM: Verdade... Mas já era, vamos tirar ele daqui antes que ela se levante.

Minhas amigas e os meninos me tiraram do salão principal depressa. Dava para ouvir o grito de fúria da Monntida ao se levantar e a galera do “deixa disso” tentar acalma-la. Queria mais que ela viesse atrás de mim, tinha mais uma dúzia de azarações pra atirá-la longe de novo. As meninas ficaram comigo por um tempo andando pelo castelo, tentando me acalmar. Já estava farto dessas brincadeiras idiotas e elas sabiam disso. Elas me deixaram na frente da mulher gorda quase uma hora depois, onde Alucard me deixou entrar. Já nem me lembrava da senha.

Ai agora cá estou eu, no meu pior humor, por causa daquela loira falsa... E essa aula chata que não acaba! Queria poder lançar o feitiço do silencio em Binns, mas ele é fantasma, não vai surtir efeito algum...

LS: Scott acorda! A aula já acabou. Vamos.
SF: Que? Ah, finalmente!! – falei, guardando meu material e saindo com as meninas.