![]() Thursday, September 08, 2005 Seria premonição? Do Diário de Agatha Becker Carrara Depois de todos os acontecimentos, como virar monitora de uma hora para a outra, e encontrar Perseu, fora conseguir resgatar o batom de Monn e o perder outra vez resolvi ir descansar, já que nao aguentava mais ouvir a Monn berrar no meu ouvido por não ter recuperado o seu batom e pela Hohanna ter visto e ganhado um beijo do meu irmão e ela não. Foi então naquela noite que tive um sonho (ou seria um pesadelo?) que me deixou impressionada até agora! Acabei de acordar, pus a mão no meu pescoço e senti que eu estava sem o meu amuleto, fiquei desesperada. Sei que eu tenho dom de premonição, que tenho facilidade nas aulas de adivinhação, mas aquilo já era assustador. Foi um sonho sem pé nem cabeça, mas que só de lembrar me dá calafrios. Lembro-me bem que onde eu andava, sempre sentia a presença de alguém ao meu lado, mas eu não conseguia ver, só o ouvia muito bem, e tinha segurança que era um indivíduo muito amigo, pois eu sentia que a presença dele me fornecia um escudo de proteção. A primeira coisa que vi foram meus pais entrando em uma floresta sinistra junto com outros vultos cobertos por um manto escuro, o chão da floresta era coberto de muito sangue, e de alguma forma eu sabia que estavam indo na direção de um portal das trevas. Os vultos eram comensais, e eles carregavam um aluno desacordado para esta floresta, e esta cena me fez entrar em total desespero, pois mesmo sem saber quem era, essa grande dor no meu coração me dizia que era alguém muito querido!! O clima era frio e aterrorizante, e havia energia negativa no ar, e apesar de estar protegida, aquele lugar me enfraquecia horrores. Nisso ouvi aquela voz sussurar que as forças do mal estão evoluindo, e a partir daquele momento que estava presenciando, todos precisavam de cautela e muita proteção. Bem naquele momento senti sua mão segurar meu ombro e me levar para outro cenário, desta vez na aula de adivinhação. Eu me via sentada na última carteira da sala, concentrada em meus deveres, e atrás de mim havia uma janela. E de repente apareceu um vulto sombrio de uma garotinha chorando nessa mesma janela, olhando para mim sem que eu percebesse. Senti um pavor tão grande vendo essa cena, mas meu 'amigo' segurou novamente meu ombro, dizendo que era para eu não me desesperar e esperar o momento certo. O 'momento certo'?? Depois de muito pensar sobre essa cena, foi que eu me liguei. Essa menininha é a minha irmã Agnetha, uma pirralha que vive chorando pelos cantos, sempre sozinha e desamparada atrás de mim, pois sou o seu único porto seguro. Apesar de sempre ter calafrios ao vê-la, por ter uma aparência sombria e triste, sei que ela é inofensiva, pelo menos até agora. Por um lado eu entendo o motivo, pois meus pais nos largaram aqui e partiram para o lado de você-sabe-quem, e por ela ser a mais nova e inocente, foi a mais prejudicada. Mas sempre algo me diz que ela terá facilidade de escolher o caminho das trevas. E presumo que 'o momento certo' quer dizer que eu tenho que parar de me preocupar e esperar, pois isso infelizmente eu não posso prever. Assim que essa cena terminou a 'mão amiga' segurou meu ombro e me leva para a beira do lago, segura firme em minhas mãos e me diz: “aqui encontrará o que procuras”. Justamente neste momento em que lembrei dessa cena do sonho, fui correndo para a beira do lago, procurava e nada encontrava, mas também o que eu estou procurando? Um objeto, uma pessoa? Uma resposta? E foi nesse momento que avistei um belo rapaz, loiro, alto e forte, caminhando na beira do lago em minha direção, e meu coração bateu forte... Não sei, mas quando o vi, sabia que era ele quem eu procurava, quem sempre estive procurando, e agora achei. Era Amos Diggory, do sétimo ano, monitor-chefe da Lufa-lufa. Pouco nos falamos em todos esses anos na escola... Mas por que ele? Qual a ligação dele comigo? Com o meu sonho?? Que coisa mais estranha... (Continua) |