![]() Wednesday, September 07, 2005 Vende-se vaga de capitã, alguém quer? Do diário de Louise Storm Já passava da uma da manhã e eu era a única acordada na Lufa-lufa, tinha o salão comunal só pra mim. Tentava montar uma nova tática de jogo, pois na manhã seguinte seria minha 1ª reunião com o time, na condição de capitã, para os testes para goleiro. Marcus se dispôs a me ajudar, mas o sono o venceu antes da meia noite e fiquei sozinha. Sem muita inspiração, decidi dar uma volta pelo castelo para espairecer. Desde o ocorrido na noite anterior, andava com os pensamentos fora de órbita. Os corredores estavam vazios àquela hora, devia ser a única alma viva acordada num raio de 20 km. Passei pelo saguão de entrada, indo para o pátio. Era noite de lua cheia, havia me esquecido completamente. Isso significava não era a única acordada nos arredores de castelo. Remo estava em algum lugar da floresta na forma de um lobisomem. Sim, eu sabia desse probleminha dele, Sarah tinha me contado. Ouvi um uivo muito alto que me deixou toda arrepiada, um latido forte, barulho de algo galopando e em seguida deu pra ver vultos desaparecerem debaixo do salgueiro lutador. Só podia ser Remo, Sirius, Tiago e o gordinho. Deitei-me na mureta de costas encarando a lua e as estrelas. Passei quase meia hora ali, sem ter mais nenhuma idéia para o treino. Estava travada, não conseguia pensar em nada, a única coisa que passava pela minha cabeça era que minha coragem já havia se evaporado quando fui arrastada pra Lufa-lufa ontem pelos meus três empatas favoritos. Finalmente me dei por vencida e refiz o caminho do cafofo, indo dormir. Levantei cedo no sábado, queria ver se estava tudo em ordem antes dos testes começarem. Pedi que o time me encontrasse logo depois do café no vestiário e parti pro campo. Estava uma verdadeira bagunça no vestiário. O antigo capitão, Audrey Baker, deixou tudo fora do lugar, suas anotações e táticas inventadas espalhadas nas gavetas. Levei algum tempo para organizar tudo do meu jeito e quando terminei o time já estava a minha espera. Seguimos para o campo, onde uma fila enorme de lufos nos aguardava. Muita gente havia aparecido para a vaga de goleiro. Pedi que todos do time fossem artilheiros no teste e nos revezamos para arremessar a goles nos candidatos. O primeiro parecia ter óleo nas mãos, pois agarrou a goles e deixou-a escapar como um sabonete. O segundo, sabe Merlin como, agarrou o poste. Paramos o teste por 10 minutos, tempo que Marcus e Charlie Bell, o outro artilheiro, levaram para deixá-lo na enfermaria. Recomeçamos os testes e um tal de Shane Kisman entrou animado, esfregando as mãos para se aquecer. Ao menos se isso tivesse adiantado... Alex arremessou a goles com tanta força e ele se desequilibrou da vassoura. A anta só não caiu porque pra isso seu reflexo funcionou e ele agarrou a vassoura a tempo, ficando lá pendurado. Seguimos nessa maré de desgraça por mais uns cinco candidatos. A essa altura, parte do time da Grifinória já se encontrava com os traseiros colados nas arquibancadas, rindo feito hienas das aberrações que pretendiam ser goleiros. Tiago Potter urrava de felicidade, sendo copiado por seus fiéis escudeiros e bajuladores de plantão da Grifinória. Não localizei nem Sirius nem Remo. O 1º devia estar, digamos, ocupado. Já Remo devia estar na enfermaria, ainda fraco da transformação. O único que estava com Potter, obviamente, era o tal do Pedro Pettigrew. O gordinho ria alto imitando Tiago, só faltando babar. O 8º e último candidato se posicionou e começamos a atirar a goles um para o outro, até que Yulli a lançou para o poste da esquerda. Juro que senti vontade de chorar ao ver o menino se esconder da goles no poste do meio. Marcus e Alex se entreolharam, também prestes a caírem em prantos. LS: Acabou? Não sobrou ninguém na fila? YH: Não, o assustado era o último. AM: O jeito vai ser escolher o que foi menos mal MF: Mas não tem! Todos foram péssimos. YH: Menos estressante ficarmos sem goleiro AM: Isso é uma opção? LS: Não, não é uma opção. Temos que escolher alguém... CB: Tem mais uma pessoa ali, olha. Como uma fada que surge pra salvar as almas perdidas, uma menina de cabelos escuros, com algumas mechas azuis, caminhava em nossa direção e tinha uma vassoura no ombro. LY: Desculpe, me atrasei um pouco... Ainda dá tempo de fazer o teste? Acho que assustamos a menina, pois os seis berraram “SIM” ao mesmo tempo. Ela se chamava Liliana York, era do 4º ano. Levantamos vôo novamente e Liliana foi para seu lugar. Ela parecia segura e comecei a me animar. Marcus deu inicio ao teste, lançando a goles para Charlie, que passou para Yulli, que fazendo um malabarismo, pois estava distraída, lançou para mim. Atirei imediatamente para Alex, que com a força que possui, arremessou rápido para o poste da direita. Liliana parecia adivinhar e voou para o lado certo, agarrando a goles. Na mesma hora os urros e vaias da Grifinória morreram. Dava pra ouvir Scott e Sam aplaudirem empolgados. Por precaução, repetimos os passes e dessa vez Charlie atirou para o gol. Mais uma vez Liliana agarrou. Quando ela pegou a goles uma terceira vez, demos por encerrado os testes. Tínhamos encontrado a goleira dos sonhos, como disse Marcus. Ou ela era realmente boa ou era legilimente e não havia dito. Mas pouco me importou, contanto que defendesse os três postes, estava de bom tamanho. Reuni o time no vestiário por 15 minutos, onde passei algumas táticas que havia bolado com Marcus na noite anterior e os dispensei, marcando nosso primeiro treino para quarta-feira, às 19:00. YH: Dessa vez vai! MF: A taça já é nossa! LS: Que Merlin ouça vocês... |