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Dos delírios de Megan Valentine

MV: Vamos Sammy! Porque demora tanto?
SW: Calma, não acho meus brincos... Achei, vamos!

Sai arrastando Sam do dormitório, pois já passava das 20hs. Encontramos meu irmão já de braços cruzados ao lado da estátua que dava acesso à Corvinal nos esperando, impaciente.

SF: Porque a demora? Vamos perder o inicio da festa!

Tomamos o rumo do salão principal junto com os alunos atrasados. A decoração dele estava impecável, Monn havia feito um excelente trabalho! Velas podiam ser vistas flutuando por todos os lados e pufes em forma de abóboras enfeitavam os cantos. Um enorme palco onde a banda delas se apresentaria já estava montado no lugar onde costumava ficar a mesa dos professores. Três das mesas das casas haviam sumido, restando apenas uma no canto, abrigando os comes e bebes. Sarah e Yulli logo vieram ao nosso encontro, carregando copos de cerveja amanteigada e fazendo mais três flutuarem e irem parar direto em nossas mãos. Yulli apontou para o fundo do salão, onde tinha montada uma bancada roxa e laranja e dois bruxos pra lá de musculosos e tudo de bom dançavam, fazendo malabarismos com as garrafas.

SW: Merlin, o que é aquilo?
YH: Whiskeiros e Cervejeiros, novidades da Monn!
MV: Monn amada, idolatrada, salve, salve, você ganhou uma fã!
SF: Isso não vai prestar...

Yulli me agarrou pelo braço e foi me puxando em direção aos belos rapazes. Cada vez que você pedia um drink, eles dançavam pra você. Ou seja, pra vê-los rebolando o tempo todo, era preciso beber mais e mais. Meu maninho e as meninas vinham de vez em quando apanhar uma bebida, mas logo se afastavam, com medo de serem derrubados pelas meninas histéricas, nós entre elas, que tentavam agarrar os homens. Quando, creio eu, já estávamos nos encaminhando para a 15º dose de whisky de fogo um dos rapazes me puxou pela mão, me fazendo dançar com ele no balcão. Yulli começou a berrar loucamente no chão e o companheiro dele a puxou também, enlaçando os braços musculosos na cintura dela. Dava pra ver Yulli rindo bestamente, ainda tímida. Mas não tardou a perder a timidez, e como eu, rebolava passando a mão pelos braços e tronco definido nos moços. As meninas invejosas no chão não sabiam se babavam ou nos xingavam. Já estava me segurando com todas as minhas forças pra não agarrar de vez aquele Deus sem camisa quando um som agudo e desafinado ecoou pelo salão e os moços pararam de se esfregar na gente, nos colocando no chão.

MV: Já acabou?
YH: É por causa do show, vai começar.
SB: Tiago saiu batendo pé daqui, Yul...
YH: Azar o dele, não assinei contrato de exclusividade!
MV: E fez muito bem!
SW: Vamos lá pra frente, a Monn não me parece muito bem...
MV: Tchau então meninos... Cadê meu irmão?
SW: Foi atrás da Lou, ela não tava legal.
YH: Até já sei por quê... Devemos ir atrás deles?
SB: Não, ele pediu pra ficarmos aqui que ia tentar animar ela um pouco sozinho.

Concordamos com Sarah e saímos abrindo caminho entre a multidão de alunos espremidos para ver o show das Esquisitonas. Colamos no palco para incentivar as meninas e instantaneamente entendemos o que Sam quis dizer com “a Monn não me parece muito bem”. Era nítida a embriaguez da corvinal. Agatha tinha uma cara emburrada, talvez por não apoiar a idéia de apresentar um show com uma das componentes alcoolizada. E acho que teria sido melhor Agatha vetar o show, pois assim que Monn entoou a 1ª nota, todos os presentes no salão levaram as mãos aos ouvidos e fizeram careta. Eu queria sair dali, mas Sam não deixou, dizia que se ela tinha que ficar, nós também teríamos.

A banda cantava sua 3ª musica quando senti uma mão no meu ombro. Virei-me e dei de cara com o cervejeiro que dançava comigo há pouco tempo atrás. Ele já foi chegando e envolvendo os braços em mim como um polvo. O whiskeiro que agarrou Yulli também estava estacionado ao lado dela, os braços em volta de sua cintura. Sam e Sarah apenas nos olharam com uma cara incrédula de quem diz “Não creio no que vejo” e deram as costas para tentar se concentrarem no show. Bom, o negocio agora era virar a cara e entregar pra Merlin...