Wednesday, October 05, 2005

Detenção? Até parece...

Do diário de Louise Storm


Tomava tranquilamente meu café na mesa da Lufa-lufa com Mark ao meu lado debatendo táticas de quadribol com as meninas, quando uma das corujas da escola pousou na mesa, derrubando meu cereal e jogando os flocos pra cima da gente. Abri a carta curiosa. Tinha a caligrafia da professora McGonagall:

“Prezada Srtª Storm,

Sua detenção, em virtude da brincadeira onde três alunos da Sonserina foram vitimas, será hoje, às 17:30, no campo de quadribol. Um monitor estará lá para lhe passar as instruções.

Atenciosamente
Minerva McGonagall
Vice-diretora"


Detenção, maravilha. Ta certo que eu não esperava escapar ilesa dessa, mas daí chamá-los de vitima? Vitima foi a Sarah, que quase morreu envenenada. Não me lembro daquele asqueroso ter recebido detenção também. Mas fazer o que? Lá vou eu encarar mais uma. Nunca cumpri nenhuma no campo de quadribol, estava curiosa sobre o que teria que fazer. Amassei o papel, largando-o dentro do prato vazio de torradas e me encaminhei pra minha aula de feitiços.

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Eram quase 17:30 e resolvi ir logo para o campo, esperar o tal monitor que ia me passar a tarefa. Não havia nem sinal dele, mas Yulli e Scott estavam sentados no gramado, conversando. Eles também teriam que cumprir detenção ali. Esperamos por aproximadamente 5 minutos, quando um sonserino com cara de trasgo veio marchando em nossa direção, baldes, esfregões e uma imensa tesoura flutuando ao seu lado. Entregou a tesoura ao Scott, um balde e um esfregão pra mim e baldes e panos pra Yulli.

Monitor: Levantem. Você vai lavar as arquibancadas – disse apontando pra mim. – você, apare o gramado do campo. E você, vai limpar os vestiários. – falou para Scott e Yulli respectivamente. - Voltarei em uma hora e espero que já tenham terminado.

O trasgo saiu do campo se achando O monitor e fomos cada um pro seu lado. As arquibancadas estavam imundas e olha que a temporada de quadribol ainda nem tinha começado! Peguei o esfregão, molhei-o e comecei a limpar. Lá do alto via Scott engatinhando no gramado, tentando aparar a praga da grama. Coitado, se ao menos aqui tivesse aquele aparador de grama elétrico que vovô usa... Já estava na arquibancada da Corvinal quando vi algo branco sacudindo perto dos vestiários. Larguei o esfregão e debrucei no balcão para ver melhor. Era Yulli. Ela segurava uma placa tirada sabe Merlin de onde. Apertei os olhos pra ler e consegui decifrar. “Ta tudo bem ai??” era o que estava escrito. Conjurei uma também e escrevi “Tudo imundo”. Scott percebeu o jogo e conjurou uma, sugerindo que brincássemos de mímica. A idéia foi imediatamente aprovada e esquecemos as detenções. Cada hora um bolava alguma coisa doida para imitar e os outros tentavam adivinhar, sempre escrevendo nas placas as respostas. Estava na vez do Scott quando ele resolveu fazer mímica de uma musica. Ele conjurou óculos escuros e começou a pular pela grama, cantando em silencio no microfone-tesoura. Yulli, sem entender que musica era, começou a fazer uma coreografia maluca. Eu também desisti e me abracei ao esfregão, dançando com ele pelos degraus da arquibancada. Já estava fazendo ele de guitarra quando vi que tinha alguém parado me olhando. Assustei-me por estar numa situação ridícula, e pisando na ponta do esfregão ao parar de súbito, escorreguei. Remo agarrou meu braço antes que eu rolasse arquibancada abaixo, rindo.

RL: Que raios você ta fazendo?
LS: Limpando, não foi essa a tarefa que McGonagall me deu? – disse ajeitando os óculos que tinham entortado.
RL: Limpando, sei... Devo supor que eles também estão limpando?

Ele olhou pro campo, ainda rindo. Scott se sacudia como um louco, também fazendo a tesoura de guitarra. Yulli estava já descabelada, pois balançava a cabeça como se ouvisse Heavy Metal. Mas ambos pararam assim que Lílian Evans e um monitor da Corvinal que não conheço pararam ao lado deles.

LS: Não me olha assim, já estava cansada!
RL: Vem cá...

Ele me puxou pra perto dele e me beijou. Se já não estava limpando nada antes, não era agora que ia começar. O esfregão àquela altura jazia no chão, ao lado do balde. Quando ele me soltou, estava sem fôlego.

RL: O que você vai fazer dia 15?
LS: Provavelmente nada, por quê?
RL: Dia 12 é aniversário do Sirius e eu e a Sarah tivemos a idéia de fazer uma festa pra ele. Vai ser dia 15, na sala precisa, mas é surpresa.
LS: Até que enfim uma festa fora da Lufa-lufa, já tava cansando de sermos sempre os anfitriões.
RL: É, tava na hora de nos mexermos. Só tem um problema: a festa é à fantasia.
LS: Problema por quê? Melhor ainda! Amo festa a fantasia
RL: Não gostei muito da idéia não, mas Sarah insistiu... Não faço idéia do que usar!
LS: Até lá tem tempo, você vai pensar em algo. Acho que vou de mulher-gato...
RL: De quem?
LS: Uma personagem de uma historia trouxa, a roupa dela é tudo! Você vai amar...
RL: Interessante, muito interessante...

Ficamos por ali mais algum tempo namorando enquanto o esfregão, agora encantado, limpava o que ainda faltava. Quando foi 19:30 desci para o treino de quadribol que havia marcado com os lufos, depois que todos saíssem de suas detenções e Remo entrou, dizendo que precisava terminar os deveres.