Sunday, October 16, 2005

A festa dos mascarados

Do diário de Alex McGregor

AD- Obrigado por levarem minhas mensagens ao Ministério. Está muito tarde, para voltarem a Londres. Podem ficar nos alojamentos para visitantes, esta noite.
- Obrigado, senhor.
As chamas dos archotes tremulavam, enquanto os visitantes misteriosos eram levados, a uma ala separada do castelo, por McGonnagal.



Na Lufa-Lufa....
Depois que eu, Louise, e Yulli, enlouquecemos Abby e Susan no dormitório por causa das fantasias que "resolveram" ter vida própria, ficando amassadas, ou tortas; até que finalmente ficamos prontas.
Enquanto as meninas iam até a Sala Precisa, eu optei por colocar minha mascara, sentar e esperar o Fábio, que não tardou a chegar. Usava sua fantasia e não estava gostando muito do chapéu e da mascara.
FP-Vou tirar este chapéu. Olha que pena esquisita... - dizia dando tapinhas na pena. Vendo que ele iria, acabar com a roupa, antes de entrarmos na festa, falei:
AM-Te achei lindo com esta roupa. - disse de um jeito bem meloso, e ele sossegou um pouco.
- Garotos. – pensei.
Logo encontramos outros casais, e Fábio pôde ver que a fantasia dele estava ótima, em vista do Garibaldo saltitante que andava na nossa frente, junto com uma menina vestida de gueixa e outra de amazona.
FP-Nooossa. Tem que ser corajoso. - foi seu comentário para mim e segurei uma risadinha.
O que me deixava curiosa, era o fato de todos que se dirigiam até o local da festa não faziam segredo disso. Até os quadros faziam comentários do tipo:

- Uau, quanta pena... É um faisão gigante?
- Não, Adolpho, aquele pássaro não é o jantar, guarde as flechas...
- Abordar o navio, abordar o navio....
- Vai um trago aí, oó princesa guerreira...

Após darmos nosso presente ao Sirius, fomos para a pista e começamos a dançar twist, acho que toda a Hogwarts estava naquele salão, tamanha a quantidade de gente.
Scott e Sam davam um show como astros do rock, dedilhando suas guitarras. Logo o local escureceu mais ainda, e começaram, as músicas lentas; começamos a dançar e Fábio sentiu sede.
FP- Vou buscar alguma coisa pra bebermos, tudo bem?
AM- Claro.
Fiquei parada em um canto, tentando não esbarrar em nenhum casal se amassando, quando Fabio voltou e sem palavra alguma, me puxou para um lado diferente da sala.
- Você não estava com sede? - perguntei enquanto andávamos.
Ele sacudiu a cabeça em negativa, e notei que paramos num canto escuro, meio escondido. Ele me puxou e começamos a dançar. Adorava a música que estava tocando e comentei:
AM- Devo ter bebido demais, estou te achando mais alto..., difer...
Parei de falar, porque nesta hora ele me beijou, e foi... Esquisito.
Ele nunca havia me beijado daquela forma. Era um beijo exigente. Possessivo, e suave ao mesmo tempo. Enquanto sua boca mordiscava a minha, me causando arrepios, sentia minhas pernas moles.
AM-Uau. - foi só o que disse quando paramos para respirar e logo estava sendo beijada novamente. Tentei por as mãos em seus cabelos, mas ele as segurou, enquanto me prensava na parede.
De repente, ouvimos gritos e ele me soltou, saindo correndo e se misturando à multidão; eu estava literalmente petrificada.
Olhei para a direção dos gritos e notei que o local estava claro, e havia uma rodinha no meio do salão. Fui empurrando um e outro e vi Sirius rolando no chão com um mascarado.
Tiago gritava: "Acaba com o Romeu, Almofadinhas" e para meu espanto, Fábio gritava incentivos ao grifinório. Remo, Scott e Mark tentaram apartar, mas acabaram apanhando. Coitadinhos. Por sorte, alguém apartou a briga, e eu respirei aliviada.
Deu tempo de ver que o mascarado era o amigo esquisito da Sarah, o Melchior, ela saindo do salão do salão chorando muito, com o Sirius atrás dela. A música recomeçou a tocar, enquanto, os feridos eram levados para a ala hospitalar.
FP- Que festa maneira, teve até briga. - disse vindo para o meu lado e me dando uma cerveja amanteigada.
AM- Sim pareciam dois bichos lutando por um prato de comida. - disse irritada.
FP- baby, não exagera. A coisa feia lá que começou. Foi mexer com a mulher dos outros. O Sirius tava certo.
AM- Fábio, você me largou sozinha para ver uma briga? - disse levantando a sobrancelha irritada.
FP-Desculpa, amor. Estava escolhendo as bebidas quando a briga começou. Não deu tempo de voltar.
AM-Imagina, você estava me... - parei, e comecei a "olhar" para ele.
Estava tudo ali: suas roupas, sua mascara, seu cabelo, seu sorriso de covinhas. Puxei-o pelo braço, até um canto escuro, comecei a beijá-lo, e para meu horror, não foi igual.
Confusa, logo o soltei.
AM- Vamos embora? Estou com dor de cabeça.
FP- Já? Ainda está cedo. - tentou me beijar novamente, mas parou ao me ver perturbada e perguntou:
FP- O que aconteceu? Ficou nervosa com a briga? Vem cá. - e me abraçou, enquanto caminhávamos para a saída.
AM- Boa noite querido. - disse e lhe dei um beijinho. - em frente da entrada da Lufa-lufa.
FP-Está melhor? Não quer ir até a ala hospitalar, tomar alguma poção?
AM-Não, vou dormir, amanhã estarei melhor. E madame Pomfrey tem casos mais graves para tratar agora.
Nos despedimos e fui para meu dormitório, que felizmente estava vazio. Troquei minha roupa e me pus a pensar nos acontecimentos vividos.

Quem era aquele mascarado na festa?
Porque eu não consigo esquecer aquele beijo?