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Do diário de Louise Storm

Estava dentro de uma loja de fantasias com Sarah e Scott, ela analisando detalhadamente cada uma das que a vendedora mostrava e ele experimentando todas elas, impaciente. Estávamos escolhendo nossas fantasias para a festa do Sirius e como ele não fazia idéia de que teria festa, ela escolhia a dele. Scott estava sendo obrigado a vestir todas que Sarah achava adequado e desceu do banco aliviado quando ela optou, parecendo satisfeita, por uma de Zorro. Eu ainda estava caçando minha roupa de mulher gato quando Remo entrou na loja, querendo saber se já podia parar de impedir Sirius de procurar por nós.

Remo: Sarah, não deu pra segurar mais. Almofadinhas está a sua espera.
Sarah: Obrigada, Remo. Já terminei aqui. Moça, pode embrulhar pra mim e pedir aos elfos que levem os pacotes até a escola?
Vendedora: Certamente, garotinha.
Sarah: Obrigada. Lou, eu vou cuidar do cachorrão, ta?
Lou: Eu vou ficar. Ainda não encontrei a minha.
Sarah: Ok! Nos vemos à noite no castelo.

Sarah saiu da loja acenando para nós, carregada de sacola. Scott olhou de mim para Remo e riu.

SF: E eu vou cair fora daqui, antes que você me faça vestir mais alguma fantasia. Até mais tarde. – e saiu apressado da loja.
RL: Não encontrou nada que tenha lhe agradado nesse mar de roupas?
LS: Não achei a que eu quero. E você, já pensou em alguma?
RL: Não, nem comecei ainda... Sugere algo?
LS: Já que você perguntou... Tenho varias opções! Aqui, experimente essas.

Larguei nos braços dele uma pilha de fantasias, que iam de Hércules a Palhaço de circo. Remo entrou na cabine, saindo sempre que experimentava uma para que eu opinasse. Mas nenhuma ficou boa e ele também não parecia satisfeito com os modelos. Não parava de reclamar que eram chamativas demais e que parecia um louco usando aquilo. E gostou menos ainda de ter vestido roupas no estilo Mosqueteiro (segundo ele estava parecendo um idiota com aquele chapelão) e Superman. “Sem chance Lou, não vou usar isso, ta ridículo!”, ele dizia.

Já estava perdendo a paciência e quase o obrigando a usar a de elfo doméstico quando avistei uma linda, perdida no meio das espalhadas pelo chão. Era uma de arqueiro, como o Robin Hood. Remo provou e saiu sorridente da cabine, dizendo ser a fantasia perfeita. Uma pena, ele ia ficar uma gracinha só de orelhinha pontuda e tanga...

Não demorou ate que eu encontrasse a minha fantasia de mulher-gato. Caiu como uma luva. Fiquei um pouco engraçada nela, mas era a ideal. Pagamos a lojista já cansada de tanto nos mostrar as opções e saímos para aproveitar o resto do dia no vilarejo.

Não andamos nem 3 minutos e sai arrastando um Remo sob protestos de volta a Zonko’s, pois havia me dado conta de que não tinha comprado o presente do Sirius e não poderia ter lugar mais apropriado. A loja estava apinhada de estudantes alvoroçados em busca dos lançamentos. Encontrei meu irmão lá dentro, os olhos brilhando em meio a tantos artefatos perigosos nas mãos de alunos como ele. Escolhi um Kit de Traquinagens Deluxe, sonho de consumo dos estudantes de Hogwarts. Depois de argumentar que não era um presente seguro e ser ignorado, Remo se deu por vencido e me puxou pela mão ate a Dervixes & Bangues, pois queria comprar um novo conjunto de penas. Aproveitei que já estava lá para comprar uns pergaminhos e seguimos para o Três Vassouras. Só nos restava menos de uma hora à toa.

Entramos e imediatamente senti vontade de sair. Não havia espaço nem para respirar ali, aparentemente todos os alunos se espremiam dentro do pub. Só não dei meia volta porque estava começando a esfriar e minha roupa era um tanto quanto fresca. Avistei Scott e Sam ocupando uma mesa no fundo, impedindo que gente que eles nem conheciam se apoderassem das cadeiras vagas. Remo foi se aventurar no balcão atrás de duas cervejas amanteigadas enquanto eu me acomodava na mesa com eles.

SW: Oi Lou! Que monte de sacola é essa?
LS: São só umas comprinhas... Encontraram a roupa de vocês?
SW: Sim, achei uma ótima!
SF: Não, obrigado. Experimentei tanta roupa que decidi usar algo inventado. Vou abrir meu malão e ver o que posso fazer.
YH: Cott quer fazer mistério, prefere não contar do que vamos vestidos.
LS: Sem graça, vocês já sabem as de todo mundo.
SF: Acalme-se, garanto que você vai amar.
RL: Quase perco a mão, mas consegui nossas bebidas. Olá. – disse Remo sentando ao meu lado, a roupa toda amassada.

Passamos o restinho da tarde com Sammy e Scott. Meus dedos coçavam, estava me controlando para não testar um dos meus novos chumbinhos fedorentos. Mas sabe como é né? Eu não resisto. Perto da nossa mesa tinha uma turma de sonserinos nojentos falando mal, em alto e bom som, do nosso grupinho. Foi o Remo piscar que eu enfiei a mão na sacola, tirando uma bolinha que foi rapidamente voando até o centro da mesa deles, estourando e deixando todos com o odor natural. Scott e Sam riam abertamente enquanto Remo me olhava atravessado, mas nada que uma sessão de beijos não o acalmasse. Os sonserinos levantaram irritados da mesa e saíram do pub batendo pezinho. Demos um espaço de tempo ate eles chegarem ao castelo e resolvemos voltar também, tombando de tantas sacolas nas mãos.