Wednesday, October 26, 2005
Uma festa um tanto quanto inapropriada....
Do diário de Cândida Aleicans
Tratei logo de tentar melhorar o que tinha feito, e logo liguei pro seu quarto. Pensei em algo para me redimir e chamei-o para jogar pingue-pongue (um esporte de mesa que os trouxas adoram) no salão do hotel. Ele extremamente educado aceitou é claro. Cheguei lá e ele já esperava...
CA: Oi
Felipe: Oi
CA: Olha me desculpe pela grosseria aquela hora, mas é que eu preciso falar com meu pai antes, e, esses últimos dias não estão muito animados, você sabe...
Felipe: Não... Preocupa não! Eu entendo... Caso mude de idéia já sabe o meu quarto... Agora vamos jogar? Tenho certeza que vou ganhar de você...
Ta bom que não sabia jogar aquilo e nem com algumas magias conseguia ganhar dele, apenas tombos e risadas, ficamos até a hora que nos mandaram embora para arrumar o salão para a festa, fomos então a meu quarto...
Ficamos lá sentados na sacada olhando o lago todo enfeitado e conversando sobre tudo, desde animais até política, percebi que ele não era aquele mongol como eu pensava... Então ele aproximou sua mão até a minha, quando meu pai entrou...
Jack: Oh... Desculpe-me! Atrapalhei algo?
CA: Não, não... Estávamos só conversando da festa que vai ter hoje no hotel! Eu posso ir?
Essa hora Felipe já estava roxo e pensando a melhor maneira de pular pela sacada, acredito...
Jack: É lógico que sim... Seu amigo também vai?
CA: Vai sim... Afinal ele que me chamou, disse que vai ser ótima...
Jack: Tudo bem... Mas não volte muito tarde, porque amanhã estaremos voltando à Hogwarts, já ficamos mais que deveríamos! Você não pode perder tantas aulas assim, e eu já consegui o que queria...
Não sabia se ficava feliz por voltar, ou triste por não poder ficar mais naquele paraíso, mas tentaria aproveitar muito a noite que prometia, e como prometia...
Felipe tratou logo de sair de fininho pela porta, enquanto conversava sobre as expedições com meu “pai”. Ele me mostrava as jóias e peças raras que achou... Eram lindas! Até ganhei uma caixinha de ouro. Diz ele que ali eram guardados os corações de crianças sacrificadas na época, que eram doados aos deuses... Achei macabro, mas afinal isso não importava, e sim, ela é linda...
Quando ia saindo meu pai disse:
Jack: Você tem vestido para a festa?
CA: Tenho sim, tenho uma roupa de festa que trouxe na viagem ali...
Jack: Roupinha qualquer? Vai ser uma grande festa! Você vai sair e comprar algo novo pra ir...
CA: Eu tenho não se preocupe!
Meu pai se retirou do quarto, enquanto eu ainda escolhia a roupa e apreciava o presente dele. Tentei ler, ou melhor, traduzir o que havia escrito atrás, e abrir ela sem chave, mas foi inútil...
Deixei isso de lado e fui tomar banho, afinal, fiquei tanto tempo concentrada em traduzir o que havia escrito em baixo da caixa que nem vi o dia passar.
Depois de pronta, deitei-me na cama, amassando o vestido, enquanto esperava o enrolado do Felipe chegar... Depois falam que mulher que é enrolada! Se passaram 10 minutos à campainha toca. Era ele e por sinal, estava lindo e com um buquê de flores. Parecia até um sonho...
Estava lotado de gente famosa, estava tudo lindo, tudo perfeito... Foi então que encontramos um amigo de Felipe e sinceramente, me deixou em duvida em quem “escolher”, pois o amigo também era lindo!
Felipe: Essa é Cândida... Cândida, esse é Daniel! – Disse ele nos apresentando...
CA: Oi!
Ficamos na beirada da piscina conversando e bebendo líquidos esquisitos, como whisky, caipirinha (famosa bebida originada do Brasil) até que Daniel resolveu ir até o banheiro. Na hora acreditei que ele havia percebido que estava rolando um clima entre nós (eu e Felipe), mas para minha tristeza, Felipe disse que ia também...
Resolvi então levantar e ir pegar uma bebida rosa... Estava andando pelos jardins até que...
CA: Não! Não acredito... – Disse pensando indignada comigo mesma...
Não acreditei, pois lá estavam os senhores banheiros (Daniel e Felipe) em uma aproximação agonizante e uma conversa animada...
Ecooo... Eles se gostavam! Não acredito, a festa havia acabado pra mim! Achei melhor deixá-los a sós... Voltei ao meu quarto e fui arrumar o meu malão, afinal, graças à Merlin, estávamos morrendo de saudades de todos e havia muita bagagem extra a levar... Pelo menos não vou ter que ficar aqui e encarar eles mais tempo do que havia desejado!