Tuesday, November 01, 2005 Do céu ao inferno no Halloween Do diário de Kyle McGregor II Depois de entregar ao diretor de Hogwarts a mensagem do Ministro da magia, ele nos convidou gentilmente para a festa do dia das bruxas do castelo. Após olhar o salão e não encontrar Alexandra fui procurá-la. Ela não deveria estar longe: vi suas amigas se divertindo com os rapazes dançarinos e pensei que logo a encontraria. Preparava-me psicologicamente para encontrá-la, agarrada com aquele fedelho em algum canto, quando dobrei um corredor e trombei com alguém que vinha do lado oposto: -Cuidado. – falei e instintivamente segurei a pessoa para que não caísse. Olhei e vi que era ela. Estava corada talvez pelo susto, porém não menos linda. Seus olhos verdes acompanharam o sorriso de seus lábios. Após conversarmos e decidirmos que não voltariamos ao salão, sugeri que fossemos pegar comida na cozinha e comer em algum lugar sossegado, estava faminto. Ao dobrarmos um corredor, vimos o tal namorado dela, atracado com uma menina. Olhei para ver a reação dela e parecia que ela estava vendo um estranho. Respirei aliviado. Fomos para a torre de Astronomia e enquanto me fartava com sanduíches frios e suco de abóbora, fiquei esperando, que talvez ela falasse se havia outra pessoa em sua vida como por exemplo um certo mascarado que a beijou naquela festa à fantasia. Nenhum sinal. Mas após conversamos sobre seu rompimento, e ela dizer que estava tudo bem, Selene ficou quieta quando soube que eu amava alguém. Será que ela percebeu que eu falava dela? Estávamos tão próximos, que eu podia sentir sua respiração, e me aproximei mais; mas o que me fez baixar a cabeça para beijar-lhe, foi ela ter passado a língua pela boca bem devagar. Não resisti. Notei seus olhos arregalarem de expectativa, com a minha proximidade, mas não havia rejeição neles. Estávamos tão perto... -Kyle precisamos de você. Encrencas no castelo. - gritou Sergei na entrada da torre de Astronomia. Olhei com pesar, enquanto levantava e a puxava junto. Saquei a varinha e fiz desaparecer a cesta de comida enquanto corríamos para o lado de Sergei e descíamos as escadas. KM-O que houve? SM-Um rapaz entrou gritando que há comensais na floresta. Parece que levaram alguém. AM-Quem eles levaram? – disse alarmada. SM-Não sei, Alex. O diretor está indo atrás deles com os professores e quer a nossa ajuda. KM-Os alunos? Quem está com os alunos? - perguntei alarmado. SM-Vão ficar na cozinha, os elfos cuidarão de todos. E os monitores do sétimo ano, ficarão responsáveis por eles. Quando chegamos na cozinha, fiz ela entrar na cozinha aos trancos, logo os elfos a levavam para dentro, e nem mesmo consegui me despedir dela. Corremos para os jardins, conjuramos vassouras e fomos atrás do diretor e dos professores. Por dentro me sentia tranqüilo, com a segurança dela e dos outros. Se os monitores falhassem, os elfos não falhariam. Apesar de serem considerados por muitos bruxos como inferiores, eles têm uma magia mais antiga que a nossa e defenderiam os estudantes com a própria vida. Mas havia um pouco de receio em mim, pela pessoa seqüestrada, e Sergei começou a falar: SM-Kyle desculpe atrapalhar você e a Alex. Pelo pouco que pude ver vocês estavam se entendendo. KM-Depois a gente conversa. SM-Kyle... Tem mais uma coisa... Hoje é noite de lua cheia. KM-Eu sei que é noite de lua cheia, e o que tem isso? - disse impaciente e antes que ele respondesse ouvimos um uivo me arrepiou a nuca. KM-Lobisomen e comensais: quer melhor combinação num dia das bruxas? - disse irônico. SM-O diretor disse que se encontrarmos o lobisomem, não devemos machucá-lo. KM-É um aluno ou professor? - e comecei a lembrar dos colegas de Selene e não lembrei de nenhum que se encaixasse no perfil como lobisomem. SM-Ele não disse. Apenas deu ordens expressas para não o machucarmos, se o encontrarmos. KM-Está certo. Faremos como ele quer. Até porque, ninguém é lobisomen por opção. Logo avistamos o grupo que seguia Dumbledore e nos reunimos a eles. Algumas pessoas não eram professores da escola, via-se que eram diferentes. Havia uma asa branca em suas vestes. Reconheci o auror Chronos e vi que a coisa era séria. Após explicações rápidas, o grupo foi dividido em dois, para ganharmos mais tempo e encontrar rápido o jovem Chronos, que havia sido raptado; não fomos muito longe quando sem querer avistamos o lobisomem na Floresta. E ele não estava sozinho, havia um enorme cão negro, um rato gordo que devia ser o jantar e um cervo ao seu lado. O estranho grupo ao nos ver começou a empurrar a fera para o fundo da floresta. Sergei que caminhava ao meu lado, disse baixo: -Pelo comportamento acho que são estudantes. Devem ser muito inteligentes. KM-Ssshhhii... Deixe-os, no momento o perigo é outro. Aquela busca não tinha hora para terminar, só espero que não seja tarde demais. |