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Do diário de Agatha Carrara


Olá diário... Sabe aqueles dias em que não devemos nem levantar da cama? Aqueles dias em que tudo nos acontece, e o qual nos faz sentir o parasita pousado no fungo utilizado em uma poção que deu errada? Então, esse é o meu dia! E sabe quando dizem, que nada pode ser pior que um dia ruim? Bom, quem disse isso com certeza estava mentindo... Deixa eu te explicar...

E lá estava eu, no meio da minha apresentação do dia das bruxas, a Monn tão bêbada que soluçava no microfone, a platéia nos vaiando, alguém tentou jogar suco de abóbora na Monn, e acertou meu distintivo de monitora... Joguei-o longe, quando Amos me aparece levando Alucard, vestido de fantasma e...

LO: Agatha, acorda menina... o que aconteceu?

AC: Lauren... O que houve?

LO: Você estava ai, berrando... Gritando algo como: ‘Não beba meu distintivo’ e ‘Amos, não...’

AC: Ai, eu estava tendo um pesadelo... Estou vendo que esse dia não vai ser muito bom!

LO: Sendo bom ou não, vamos levantando... A Monn pode estar precisando de sua ajuda, menina... Vamos lá!

Ter levantado foi realmente um erro... Nossa, não, eu não sou pessimista, mas no dia de hoje, passando o que eu estou passando, nunca seria de alto astral! Tive até receio de ter alguma outra premonição que não me agradasse!

Fomos tomar café da manhã, e qual foi a minha primeira surpresa? Sim, derramei suco de abóbora em minha blusa, corri no dormitório para mudar de roupa e percebi que tinha perdido meu distintivo... Fiquei umas 2 horas procurando, quando lembrei que sou bruxa, e com um aceno da varinha, encontrei o que procurava.

Quando fui ajudar Monn, já estava quase na hora do almoço, então deixei para vê-la depois... O que foi um péssimo erro... Sabe, se eu tivesse ido antes, talvez pudesse evitar que ela enchesse a cara de drinks sem comer nada, e isso, automaticamente, iria evitar nosso vexame no show à noite.

Claro que eu não estou feliz pelo Lu ter sido capturado, mas pelo menos a situação do seqüestro fez com que a Monn se cala-se, ao menos no palco... Mas só no palco mesmo... Fomos encaminhados para a cozinha, e lá resolvi falar com ela:

AC: Mas como você tem a capacidade de fazer a apresentação da banda nesse estado?

MS: Estado? Que estado? Aaah sim, estou no estado sólido... Só no verão chego algo próximo do
líquido... E gasoso, acho que não e possível! Eu acho...

AC: Ai, para de delirar, sua maluca, eu não acredito, me fez passar vergonha, eu não posso... aaaaaaah

MS: Relaaaxa, quer um drink?

AC: Ai, eu vou te matar!!! Eu vou...

LO: Calma Tha, ela está sem noção do que fala, não adianta se desgastar agora, discute amanhã, quando ela estiver sóbria e cheia de dor de cabeça.

E quando você acha que o melhor é ir deitar e dormir, para não acabar assassinando ninguém alegando insanidade momentânea e estresse adolescente, o que faz minha noite se acalmar? Não, não comi chocolate... Amos me aparece, com o sorriso ‘vem Agatha’, me conta que tudo está resolvido, que o Lu já está sendo medicado e me chama para um passeio pela cozinha. Ok, isso não é muito romântico, mas antes passear pela cozinha com Amos do que dormir ao lado de um elfo orelhudo, né?

E nossa, a quanto tempo não nos falávamos... estava com saudades, e nem sei o porque nos afastamos... talvez tenham sido as provas... talvez os ensaios da banda, só sei de uma coisa... eu estava morrendo de saudades dos olhos dele, do cheiro dele... aiai...

Claro que o papo começou todo formal, mas em menos de 10 minutos já riamos de toda a
situação da noite... e nos aproximávamos cada vez mais.... estava muito bom pra ser verdade... eu não estava tendo uma premonição, mas conseguia ver perfeitamente no que ia dar aquele encontro... nos via abraçadinhos, nos beijando, rindo de nós mesmos por termos enrolado tanto para chegar neste entendimento... mas, não poderia ser hoje.. não no meu dia azarado...

Amos se aproximava cada vez mais, e falava baixinho, acho que era para que, na desculpa de ouvir melhor, eu me aproximasse também... quando de repente ouvimos um berro estridente, berro este que conheço muito bem, e que era o único que não queria ouvir agora... Era Monn, berrando versos da tal barata, ela estava me matando...

AD: Ok, Gatinha, é melhor você ir ver sua amiga, ela precisa de ajuda e...

AC: Ah, não! Não mesmo, eu preciso de ajuda, NÓS PRECISAMOS! Ah Amos, eu não estou agüentando mais isso, você na ontem noção de como foi o meu dia e...

Amos colocou seus dedos em minha boca em um sinal de silencio e então.... ele me beijou!!!! Ele me BEIJOU!!!! Ainda não estou acreditando!!!! Aiii, foi tão lindo... e eu só conseguia pensar em uma coisa enquanto nos beijávamos... ‘até que enfim!!’

Claro que depois disso, tive coragem e força suficiente para encarar a dona da barata... Amos disse que era melhor eu ir, ele iria procurar Dumbledore para ver quando os alunos poderiam deixar a cozinha... marcamos de conversar semana que vem...

E lá fui eu ver Monn, mas não tive muito o que fazer não... quando cheguei estavam enfiando-a dentro da dispensa... a única coisa que pude fazer foi dizer a ela que se ela cantasse muito poderia danificar a voz... ela respondeu algo como ‘Dumbledore merece meu melhor’ e finalmente dormiu...

E quem disse que depois da maré alta vem a bonança? Aaah, esse sim estava correto!
The tide is high but I’m holding on

I’m gonna be your number one
I’m not the kind of girl
Who gives up just like that
Oh, no

Música: The tide is right - Blondie