Monday, November 07, 2005

Morcegofobia

Do diário de Hilary Prescott

Olá diário... Quanto tempo não é? Não, não está tudo bem comigo, aliás, está longe disso! Vou lhe contar o que me aconteceu. Tudo começou na tarde de ontem quando estava com Katrina no jardim do castelo aproveitando o pouco do sol de domingo...


LK: Sinceramente, eu não agüento mais o Davies... Chega a estar me dando náuseas. Ele não larga mais de mim, é um chiclete!

HP: Chiclete?

LK: Santa ignorância... Chiclete é uma massa mastigável que os trouxas inventaram... Você mastiga, mastiga, mastiga, até que ela perde o gosto e você joga fora. É algo grudento.

HP: Hum... Cada uma que os trouxas inventam não é? Ah, e me faça favor de parar de reclamar do Davies ok?

LK: Como se sua opinião contasse... Ele está tão meloso como você é com o pobre do Scott. Você me assusta com essa obsessão, sabia?

HP: Scott... Scott...

LK: Credo garota! Porque você num fala logo pra ele o que sente e acaba logo com isso? Juro que se ouvir mais alguma coisa sobre Scott nos próximos 20 anos eu fico louca, mas antes te afogo no lago...


Levantei de ímpeto encarando o castelo decidida. Estava na hora, ou passava da hora, de me arrumar com ele. Eu não teria coragem de chegar à cara dura e me abrir pra ele, mas eu precisava fazer isso de um jeito ou de outro. Davies nos avistou e veio em nossa direção e logo eu já estava voltando para o castelo deixando Katrina em sua companhia. Encontrei Andréa sozinha no dormitório... Precisava de conselhos, e depois de Katrina, Andréa era a pessoa mais confiável para dá-los.


HP: Andréa, eu preciso de uma ajuda... Apenas escuta! Eu amo o Scott Foutley do quinto ano, e eu decidi falar isso pra ele, mas eu simplesmente não tenho coragem... Como eu poderia me declarar sem precisar falar com ele pessoalmente?

AR: Já pensou em uma carta?

HP: Ah, não sei o que escrever pra ele...

AR: Um presente?


A idéia dela era ótima... Mandar um presente para Scott com um simples cartão e aguardar a sua reação para isso. Fiquei horas deitada em pensamentos longes de o que presentear Scott, mas nada vinha à minha mente, até que então me lembrei de uma voz, uma voz que me disse certa vez: Sabe, Scott sempre quis ter um morcego, mas nunca conseguiu capturar um... A voz era de Alex McGregor, uma de suas melhores amigas.

Instantaneamente já estava de pé e caminhando em direção aos jardins novamente... Katrina estava colada com Davies quando me aproximei deles.


HP: Katrina, me ajuda! Eu preciso de um morcego...

LK: Que ótimo! E o que eu tenho a ver com isso?

HP: Seu pai... Seu pai não pode me mandar um da Romênia? Não foi você quem disse que no porão da mansão de sua família há centenas deles?

LK: Disse? Ai tudo bem... Depois eu peço que ele mande um pra você ok?

HP: Depois não! É pra ontem! É sobre o Sco...

Ela me fuzilou com os olhos, porque na verdade não queria sair de perto do Davies, mas ao ver a minha cara de desespero seguiu comigo até o corujal e mandou uma carta pra sua casa com envelope de “Encomenda Urgentíssima”. Não havia mais nada o que fazer que não fosse esperar, e então o resto da tarde de ontem passei trancada no dormitório esperando que um pontinho marrom brotasse voando no céu, carregando uma caixa até parar em minhas mãos, mas me conformei de que nenhuma coruja fazia uma viagem tão rápido...

Acabei adormecendo até alguém me sacudir estrondosamente...


LK: Acorda ou juro que abro essa gaiola!

HP: O que? Já chegou?

LK: Num ta vendo não? Meu pai mandou pelo elfo doméstico lá de casa... É o mais jovem e forte que ele conseguiu encontrar no porão... Todo seu!


Não consegui acreditar... Katrina estava com uma cara descrente, segurando uma grande gaiola com um bicho negro que voava alucinadamente e se debatia contra as grades toda hora. Um grande morcego exibia fendas e presas e possuía olhos vermelhos rubros. Katrina pousou a gaiola em cima da cômoda e se retirou resmungando.

Tentei me aproximar do animal mas ele ameaçava ataque constantemente... Gritei Abigale e uma elfa suja enrolada em trapos se precipitou na minha frente fazendo uma grande reverência.


HP: Abigale, preciso de seus serviços...

A: Pois não senhora?

HP: Ajude-me a enlaçar essa gaiola!


Passaram-se 15 minutos até que finalmente a gaiola recebeu um grande laço rosa choque ao redor. Abigale tentava enrolar as marcas das mordidas que recebeu do morcego nos trapos que vestia enquanto eu pensava no que escrever no cartão que iria junto... Nada me veio à cabeça que fosse melhor que: Esse morceguinho é a prova de todo o meu amor e carinho por você... Hilary Prescott.

Eu sei que não fui muito romântica, mas acho que já dava pra expressar a minha mensagem. Pedi que Abigale entregasse em suas mãos durante o jantar de hoje e com um clic ela e a gaiola desapareceram...

Nem sei como consegui me concentrar nas aulas de hoje de tanta ansiedade, e pra falar a verdade, nem sei se me concentrei mesmo... Quando entrei no Salão Principal, Scott estava sentado com uma cara pálida e suas amigas o rodeavam conversando com ele. Sentei-me no fim da mesa e esperei algum tempo tentando relaxar. Abigale apareceu entre duas das mesas e localizou Scott. Caminhava em sua direção carregando a gaiola... Meu coração nessa hora disparava e eu nem piscava. Quando chegou por trás dele, a elfa fez uma grande reverência estendendo a gaiola para Scott. A reação foi instantânea... Scott ficou branco, duas de suas amigas gritaram pra que a elfa levasse o morcego enquanto uma delas pegava o cartão e lia brevemente dando um sorriso de lado de satisfação instantânea... Adivinha quem? Sim, Alex!

Eu não sabia o que estava acontecendo mas, todos os estudantes tentavam acompanhar o dilema... Sem saber o que fazer, saí correndo desesperada! Abigale veio ao meu encontro dizendo que Scott pegou a gaiola, mas que sofria de morcegofobia e tinha pavor deles... Não sei onde me enfio até agora! Também não entendi o porquê dele ter aceitado o morcego, talvez a sua educação não permitisse recusar um presente... Quero cavar um buraco bem fundo pra me esconder eternamente e não ter que cruzar mais com ele e com suas amigas por um bom tempo... Me declarei mas a remenda saiu pior que o furo. Quero me afundar num buraco sim, mas eu juro que se eu conseguir, arrasto a cobra da Alexandra comigo!

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