Sunday, November 20, 2005
Perigo por vir? Que isso! - Parte II.
Diário de Monn M. Speaker
Salão principal – Hogwarts, 18/11/76.
Notícias muuuito boas, diariozinho querido da Monn... Primeiro, a Tha deu sinal de vida... É porque o Peu mandou outra carta, e como em todas, tinha um recadinho para ficarmos ligadas no lance... Mas que lance? Só Perseu sabe... Ou, como ele sempre diz, nem ele sabe...
Enfim, papo vai, papo vem, o assunto Amos e demais garotos, quando percebo um Drake me olhando... Eu mereço? Desde que voltei a falar com ele como se nada houvesse acontecido, ele não para de me secar... Mas fazer o que... É natural de minha pessoa todo esse charme, não posso conter os olhares dos outros...
Ah, e também já descobri o motivo pra ir, clandestinamente em Hogsmeade... Presente de aniversário da Yull... Ela faz anos domingo... Fui avisada agora da festa, que será nas estufas...
Deixe-me ir agora diário, ainda nem tomei café direito!
Corvinal – Hogwarts, 19/11/76.
Assustada... E com raiva... Diria até possessa...
Como assim o q houve? Houve que... Que... Aaargh...
Tá bom, estou calma, calma... Vou te contar...
Ok, sem resumos... Detalhadamente...
Acordei mais tarde um pouquinho, afinal, hoje é sábado... Tomei café e fui procurar a Agatha para ir comigo ao vilarejo... A encontrei, depois de uma busca de 47 minutos, no 5º andar, aos amassos com Amos... Disfarcei... Mal, mas disfarcei, e sai de fininho... Ia chamar a Sam para me acompanhar, mas ela tem estado meio sem paciência comigo desde que recebeu flores em plena aula de herbologia do tal Pedro... Dirigi-me ao terceiro andar, e fiz conforme o Pettigrew falou... Cutuquei a imagem da bruxa e um olho só e em sua corcunda se abriu à passagem secreta... Desci por ela, e posso te falar de antemão diário, é um horror andar lá! O caminho todo se dá por um tunelzinho de 5ª, abafado e empoeirado...Andei muito... Quando de repente e corretamente colocada à expressão, vi uma luz no fim do túnel... E comecei a ouvir barulhos também... Parei abaixo de um alçapão e quando entrei no lugar, percebi que estava em um deposito, e pelos artigos lá guardados, tive a certeza, estava no paraíso... Estava nos dedos de mel!
Sai mais discretamente que o meu ser permite e só parei porque vi anunciando uns bombons light... Coisa de outro mundo, importados da suíça... Não resisti!
Rodei o vilarejo todo olhando as vitrines e lojas que tinham acabado de abrir quando me deparei com uma cena, digamos, inesperada... Sim, lá estavam Perseu e sua noiva-loira-falsa-tapada-cara-de-testrálio... Os dois abraçadinhos, no maior love... Senti até náuseas... Sai batendo pé à procura do presente de Yull, mas não conseguia pensar em mais nada... Só tinha uma coisa que eu poderia fazer... CLARO QUE NÃO ERA PROCURAR ELE, SEU DIARIO LESADO! Estou falando de comer mais chocolate!
Me acalmei bastante depois do terceiro bombom e isso foi quando tive a maravilhosa idéia do presente de Yull... Levei bem uma meia hora com o dono da loja, montando uma cesta, que não era bem uma cesta, pois foi feita dentro de uma caixa, obvio, cor de rosa, com vários doces e chocolates, todos light!
Ainda bolada com a vida, resolvi caminhar um pouquinho, pra ver se me esquentava, porque, neste inverno, ficar parada não dá certo... Foi quando avistei algo de muito suspeito... Marjorie conversando com 2 caras estranhos... Resolvi me aproximar, mais uma vez discretamente, e fiquei por trás de uma arvore, tentando escutar o papo entre eles.
De longe reconheci o recém formado Lucius Malfoy... O outro rapaz eu não conhecia, mas a loura falsa o chamava de Dolohov... Um nome terrível, por sinal... Reparei que este tinha uma tatuagem, meio disforme, no braço, mas que a tampava o tempo todo com a manga da veste... Não consegui compreender o que falavam, mas escutei um trecho da conversa:
‘Mas temos que ir com cuidado, senão o velho caduco desconfiará de você, Marje... Continue assim, fingindo compromisso com esse aurorzinho de meia tigela, pois assim fica mais fácil de se infiltrar no castelo... E conseguiremos alcançar o...’
Quando Malfoy, aparentemente, ia falar algo de extrema importância, ao longe vinha Perseu... Olhei em sua direção, e quando voltei meus olhos para o trio, eles tinham sumido... Tinham aparatado, com certeza!
Corri em direção do Peu, muito afobada, e não falando nada com nada... Sibilei algumas palavras, mas nada que pudesse ter sentido... Perseu tentava me acalmar, mas eu só queria contar tudo antes que a jabiraca disfarçada de noiva do meu amor, ops... Disfarçada de bruxa descente, chegasse e sei lá o que poderia fazer... Falei tudo que tinha ouvido, e para a minha surpresa, a expressão que surgia no rosto de Perseu não era de susto, nem desolação... Era uma expressão de desgosto, misturado com descrença... Nem me deixou terminar de falar e já dizia que eu tinha chego ao fim do poço, que ele esperava tudo de mim, menos isso... Porque eu inventava tantas mentiras só para maldizer a noiva... Revoltei-me, mas antes mesmo de começar a retrucar, ele caçoou de mim, perguntando se eu iria levantar a mão pra ele de novo... A vontade foi imensa, mas eu fiquei tão nervosa ao avistar aquela malévola ao longe, que botei ‘2 no veado’ e sai de fininho!
Cheguei no castelo meio atordoada, quase esqueci de esconder o presente das meninas... Fui direto para a corvinal, com a cabeça cheia... Não queria pensar em nada, mas tudo aquilo não saia de minha cabeça... Eu tinha que fazer alguma coisa, mas... Será que o que o Perseu tinha dito era verdade? Será que estou imaginando coisas? Porque é fato que eu não gosto da outrazinha... Mas tenho certeza, eu acho, do que eu ouvi... Ai Merlin... O que eu faço?
Todas as perguntas sumiram de minha cabeça quando entrei no dormitório e me deparei com um buquê de flores em cima de minha cama, com um cartão que dizia:
‘Para me desculpar dos últimos acontecimentos... Espero que possamos nos dar outra chance!
P.S.: Te aguardo nos jardins, após o jantar. Até lá!
Drake.’
Será que eu vou? Não tenho nada a perder mesmo, só a ganhar... e assim, posso desabafar com alguém, já que as meninas estão muito ocupadas! É, eu vou...