Wednesday, November 30, 2005 Pesadelos.... do diário de Alex McGregor Alex dormia e sonhava profundamente, parecia que estava vendo um filme. Olhava para o casal à sua frente, mas não entendia o porque os via assim, tão próximos, afinal ela só os vira em fotografias... Sentia-se constrangida, como se estivesse invadindo a privacidade deles, mas forçou-se a continuar olhando... O homem abraçava a mulher possessivamente. Estavam num jardim enorme, parecia um jardim público... Não falavam, apenas se olhavam e naqueles olhos havia uma chama intensa, forte. A cumplicidade entre os dois era palpável. Começaram a trocar um beijo ardente, quando um som parecido comum resmungo os interrompeu: -Ela bem que podia dormir só mais alguns minutinhos... - o homem se queixou, mas sem ficar bravo. -Você sabe que é hora de irmos embora. Em casa eu te beijo em dobro... - ela prometeu. -Vou querer mais do que beijos. - ele respondeu e a mulher ficou corada, enquanto ele sorria satisfeito. Começaram a andar de volta quando o céu ficou escuro, e gritos foram ouvidos... Estavam sendo atacados... Ela queria ajudar, seu coração estava aflito, mas algo a impedia de sair daquela cama, então ela voltou a respirar pausadamente e logo viu o seu coração sentiu: Três homens encapuzados, de aspecto sombrio cercando o casal e com as varinhas apontando ameaçadoramente, mas conseguiu ouvir algumas coisas: - Juntem-se ao Lord. Ele é poderoso. -Nunca. -respondeu o homem enquanto tocava um objeto em seu peito. -Então teremos que matá-los. Se o seu poder não vai servir ao mestre, não servirá a mais ninguém. -Avada kedavra. – disseram duas vozes.- e o casal caiu ao chão, o bebê pressentindo o perigo começou a berrar alto. Um dos encapuzados se encaminhou para a criança e antes que pudesse tocá-la caiu duro no chão.Uma nova seqüência de gritos, palavras estranhas e explosões de luz,corpos caídos, cheiro de sangue e nenhum barulho: Um homem ensangüentado, pegou a criança, aninhou-a junto ao peito para que se acalmasse e desaparatou. Na escola, Alex finalmente abria os olhos enquanto grossas lágrimas escorriam de seus olhos. -Mamãe, papai... Foi só o que conseguiu sussurrar, antes de se entregar ao choro novamente. SF-Nossa, o que aconteceu com você Alex? Foi atropelada por um hipogrifo? Tá um bagaço. AM-Nossa, com elogios assim, minha auto-estima vai ao céu. (disse mostrando a língua) Andei tendo uns pesadelos, foi só isso. LS- E não sei porque você esta falando isso, Cott. Você tem olheiras enormes também. SF-Minhas olheiras sabemos que é culpa daquele ser com asas. Mas o que foi que você sonhou? Contei a eles o sonho/pesadelo enquanto íamos para o campo de quadribol treinar. Louise marcou o treino para o período da manhã, pois teríamos que cumprir detenção na parte da tarde, por conta daquela minha briga com a Katrina. O treino serviu para aliviar minhas tensões, e enquanto nos dirigíamos para o vestiário, para guardar nosso material, Scott sugeriu que eu falasse com Endora. Como olhei cética para ele explicou: SF-É que eu acho que isso não é um sonho Alex. AM-Vai dizer que é uma visão??? Cheirou Scott? SF-Não, Alex, não sou chegado nisto, mas o que eu to dizendo é sério. Já pensou que isto pode ser uma... memória? Olhei intrigada para ele. E não havia um traço de zombaria nos olhos de meu amigo, havia preocupação. Engoli seco. AM-Ok, vou conversar com ela. - disse para tranqüilizá-lo. ************** Após o almoço, nos separamos e fui para a sala de troféus após limpar aquilo tudo, sem magia. Por sorte o monitor que me acompanhava era legal, e fazia vista grossa, quando eu tirava o pó por cima de algumas coisas. Comecei a voltar para o dormitório, quando encontro a professora Endora no corredor. Parecia que Scott havia dado um jeito dela passar por ali, só para garantir que eu falaria com ela. AM-Olá, professora tudo bem? Posso falar com a senhora, sobre um sonho que tive? EB-Sim, senhorita McGregor, tudo. Bem... Vamos aos meus aposentos, a nossa sala de aula está sendo totalmente limpa por algumas alunas briguentas. - ela disse com um meio sorriso, pois sabia que eu era uma das briguentas. Os aposentos da professora , parecia uma tenda árabe, e num canto próximo da janela havia uma mesinha com um orbe e um baralho de tarot em cima. Típico. Nos sentamos e ela ficou me olhando, séria enquanto eu contava o sonho para ela. Ao final ela pegou o baralho de tarot e começou a por as cartas em cima da mesa, enquanto falava: EB-Eu não costumo fazer isto com os alunos e nem mesmo com professores. Só abro o tarot, quando pressinto algo errado. Olhou as cartas longamente e disse: -Isto que você viu, não foi um sonho. Foi uma memória do seu passado. E esta memória embora seja importante para você descobrir quem você realmente é, vai trazer-lhe sofrimento, angustia, pois há neste caminho muitos espinhos. Porém, a carta da Justiça está aqui, e diz que embora possa demorar, ela será feita. Se precisar falar com alguém sobre seus sonhos, pode me procurar. AM-Mas... Eu não vou sonhar mais com estas coisas não é? Meus avós nunca me contaram isto. - disse preocupada. EB-Bem... A maior dificuldade, é estarmos maduros para entendermos as coisas que nos aconteceram, e quando nossa aura está pronta, ela mesma abre a porta do inconsciente e nos revela tudo o que precisamos saber. Procure não ter medo, que tudo se explicará. Escreva para seus avós e conte sobre isto, tenho certeza que eles poderão confirmar que você viveu esta situação. Ficamos conversando sobre mais algumas coisas e logo era hora de ir embora, e enquanto voltava para o meu dormitório, eu pensava que Scott realmente tinha razão quando dizia que a Endora era legal. |