Saturday, November 26, 2005 A vingança é um prato que se come cru... Do diário de Louise Storm Este deve ser minha 4ª detenção já, em três meses de aula. Mas não estou nem aí, não me arrependo do que fiz. Foi até engraçado, ninguém pode negar isso. Quem não gostou muito foi McGonagall. E também o pessoal do time da Sonserina. E acho que todos os sonserinos. Ah, mas não se pode agradar a todos. Vou explicar o que aconteceu, deixa só eu largar esse balde... ************** 2 dias atrás, biblioteca... Estava sentada numa mesa perto da porta, conferindo se meus deveres estavam feitos antes de sair para a aula de Trato, quando o sebex entrou. Ele tinha um ar arrogante e seu rosto ainda estava com marcas dos socos que levou do time da Lufa-lufa há semanas atrás. Severo estacionou ao meu lado, batendo com seu livro na mesa e derrubando minha tinta sobre o pergaminho que tinha acabado de terminar para a aula. LS: Olha o que você fez!! Levei 2 horas pra concluir isso! SS: Ôôô, que peninha... Estou pouco me lixando pro seu trabalho! LS: O que você quer? Cuidado pra não respingar óleo nos meus livros. SS: Escuta aqui sua fedelha, não pense que já esqueci o ataque que sofri de você e seus amigos patéticos. Só estou lhe avisando que o troco está por vir. LS: E veio aqui só pra me dizer isso? SS: Você é a desgraça da escola, Storm! Precisa aprender que aqui se faz aqui se paga! LS: Nossa, estou morrendo de medo... É agora que eu choro? SS: Pode debochar, mas vamos ver se ainda vai esse ar de ironia estampado na cara depois que eu acabar com você e seus amiguinhos, escórias de Hogwarts! Agora começo a entender porque dizem que a Lufa-lufa é a casa dos panacas... Ele sacou a varinha e antes que pudesse perceber já estava no chão, vários livros caídos em cima de mim. Os sonserinos amiguinhos dele que estavam em volta riam sem disfarçar e Snape se adiantou para me azarar de novo. Sem levantar, puxei minha varinha das vestes e o atingi com um levicorpos, feitiço que o próprio sebex tinha inventado. Ele ficou lá pendurado no ar, suas pernas finas e brancas aparecendo. SS: Coloque-me no chão sua panaca! LS: Retire o que disse antes. SS: Não! Coloque-me no chão ou eu te acerto uma maldição imperdoável. LS: Quero ver você tentar... Retire o que disse! Alguma coisa me atingiu por trás antes que eu pudesse lançar outro feitiço nele. Era o professor Slughorn. Ele desceu o sebex e me arrastou pra fora da biblioteca pelas orelhas, dizendo que merecia uma detenção. Uma a mais, uma a menos não ia me fazer diferença. HS: Srtª Storm, eu também não concordo com os absurdos que meus alunos dizem sobre os habitantes das outras casas, mas isso não lhe dá o direito de atacar um colega. LS: Mas professor, ele me atacou primeiro! HS: Sem conversa, Srtª Storm, não posso fazer nada dessa vez. Terei que lhe dar uma detenção, McGonagall já havia lhe advertido sobre azarações fora de sala. Como punição, terá que lavar os uniformes de quadribol. Sem magia. Sai de perto do Slughorn bufando, aquilo não ia ficar assim. O sebex não ia sair impune dessa. E se eu não pudesse descontar nele agora, descontaria depois... **************** Vestiário Sonserino, madrugada de sexta-feira. Slughorn me deixou lá, com sabão e escovão na mão, a pilha de uniformes fedidos num canto. Já tinha lavado os das demais casas, só sobrou a dos intragáveis. Eles teriam uma partida contra a Corvinal na manha seguinte. Já tinha tudo armado: larguei os uniformes lá e fui esperar meu irmão do lado de fora. Os elfos haviam preparado bolo de carne no jantar e pedi que separassem as sobras. George passou na cozinha e veio carregando o balde até vestiário, aquele cheiro forte se espalhando pelos corredores. Depois de lavar os sete uniformes, joguei todas as calças dentro da panela de carne. Afundei o máximo que pude as roupas ali, mexendo com o cabo da vassoura. Quando já estavam lambuzadas o suficiente, as tirei. O cheiro estava insuportável. Estiquei-as por lá mesmo e deixei secando. O time vestiria as roupas ao amanhecer e eu executaria o resto da minha revanche... |