Sunday, December 25, 2005
We wish you a Merry Christmas…
Do diário de Louise Storm
…We wish you a Merry Christmas;
We wish you a Merry Christmas;
We wish you a Merry Christmas and a Happy New Yeaaaaar…JS: Dá pra trocar o disco? Essa já irritou...
BS: Não, calem a boca logo vocês dois, não consigo pensar!
… Jingle bells, jingle bells, jingle all the way! O what fun it is to ride in a one-horse open sleigh. Jingle bells, jingle bells, jingle all the way!
O what fun it is to ride in a one-horse open sleigh…
George e Susan estavam sentados ao lado da arvore de natal cantando todo o repertorio de musicas natalinas que eles conheciam há cerca de uma hora. Vovó e vovô estavam sentados na poltrona rindo, meus tios cantavam junto, mas mais baixo e Brendan e Julian tinham as mãos nos ouvidos e suplicavam para eles pararem. Eu estava sentada na janela rindo da bagunça, mas começando a me irritar com ela. Como Brendan falou, não estava conseguindo pensar com aquelas duas matracas cantarolando desafinados na sala. Tentava em vão escrever uma carta para as meninas, mas depois de estragar o 5º pergaminho, riscando ele de uma ponta a outra quando Susan soltava uma nota aguda, desisti.
…Rudolph, the red-nosed reindeer had a very shiny nose. And if you ever saw him,
You would even say it glows…LS: Parem com isso, pelo amor de Deus! Vocês já cantaram umas 30 musicas, chega!
JS: Temo pelo futuro dos meus tímpanos se vocês prosseguirem...
BS: Eu temo pela vida deles, pois vou enterrar ambos na neve daqui a pouco!
Diante de ameaça, eles pararam com o coral. Era noite do dia 25 de Dezembro e já havíamos devorado a ceia que vovó tinha preparado e todas as sobremesas que tia Maggie trouxe. Os presentes também já estavam todos abertos, seus embrulhos tão bem feitos destruídos e espalhados pelo chão da sala.
Fazíamos planos para a virada do ano, onde pretendíamos passar na casa de Julian e Bredan que fica em South Kensington, já que teria uma queima de fogos no lado do Kensington Gardens. Brendan havia dito mais cedo, longe dos ouvidos de sua mãe, que estava preparando sua própria exibição pirotécnica para celebrar o ano novo. Como já o conheço muito bem, tenho certeza que algo vai dar errado. Geralmente Brendan é que tem aquelas idéias que ele julga brilhante, mas que no fim das contas sempre nos metem em confusão. Mas como se não soubéssemos disso, sempre acabamos topando com o que ele inventa e aderimos à idéia como se ela realmente fosse genial.
Já estava tarde e os bocejos tomavam conta de mim quando resolvi ir deitar. Susan me acompanhou, apesar de não estar com sono, e deixamos o resto do pessoal ainda conversando na sala. Já estava pronta pra dormir, prestes a apagar as luzes, quando a janela do quarto abriu sozinha. Susan saltou da cama apavorada e correu ate a porta. Eu já estava quase indo atrás dela quando a cabeça de Remo brotou do nada nela e ele entrou no quarto.
LS: O que você ta fazendo aqui???
SS: Lou, você conhece a assombração??
LS: Não é assombração...
RL: Você tinha me dito que seus avós talvez não gostassem da idéia de você ter um namorado e como queria te ver, achei que fosse o único jeito...
Ajudei-o a terminar de entrar e fechei a janela, impedindo que o vento gelado que estava lá fora tomasse conta do quarto. Susan parou de tremer e se aproximou, permitindo que eu os apresentasse direito. Em seguida ela disse que ia descer porque alem de não ter cara de castiçal, iria ficar de olho no vovô para que ele não subisse por nada, talvez cantasse mais um pouco com ele.
SS: Nunca mais faça isso viu? Eu tenho o coração fraco... – Susan disse ao bater a porta e Remo riu.
RL: Assustei-a mesmo?
LS: Assustou nós duas na verdade, mas Suzie é meio medrosa, não liga.
RL: Desculpa, mas não vi outra solução... Feliz Natal!
LS: Ah sim, Feliz Natal...
Envolvi meus braços em volta dele e o beijei. Já estava com saudades, não nos víamos desde que desembarcamos e fui praticamente raptada pelos meninos na plataforma. Ficamos um bom tempo namorando no quarto, ele me contando o que fez nessa semana e eu tentando resumir a minha, que foi deveras agitada, esquecendo propositalmente de contar que a mala do Fenton simplesmente apareceu em todos os programas que fizemos.
LS: Queria poder mostrar o resto da casa pra você, mas como você entrou nela pela janela e não pela porta, vai ficar difícil explicar pro povo lá embaixo...
RL: Fica pra uma próxima, quem sabe quando seu avô não estiver em casa.
SS: Sai, sai, corre! – Susan entrou no quarto correndo, esbaforida e suando.
LS: O que houve? Você ta branca...
SS: O vovô ta subindo, ele quer te mostrar alguma coisa, não deu pra impedir! Já ia começar a cantar o hino nacional, mas Julian atirou uma noz em mim...
Levantei de um salto e fui logo abrindo a janela para Remo sair. Ele desceu depressa, ignorando as plantas com espinho que tinham em alguns pontos da parede. Quando ele já estava pulando o murinho na frente da casa a porta do quarto tornou a abrir e meu avô entrou sorridente, carregando um álbum velho, de capa já gasta.
HS: Ah, que bom que ainda está acordada! Susan, porque saiu correndo da sala daquele jeito?
SS: Ahn, er... Banheiro... Estava apertada! – e saiu se contorcendo do quarto como se realmente precisasse ir ao banheiro.
LS: O que é isso vovô?
HS: Ah, você vai adorar! Sente-se aqui ao meu lado!
Harold Storm, meu avô, sentou-se na beira da minha cama e abriu o tal álbum. Era o antigo álbum de fotos da família Storm, que ele começou a montar quando meu pai nasceu e passou para ele quando ele completou 15 anos. Tinham fotos de todos os estilos, incluindo algumas da minha mãe com o uniforme de Hogwarts. Talvez ele tivesse ido buscá-la na estação para as férias... Olhei bem para a foto, tentando decifrar o emblema estampado no peito dela. Foi preciso olhar umas três vezes para ter certeza, mas não restava duvida. O emblema no peito de minha mãe era claramente o da Sonserina.
Minha mãe foi uma Sonserina? Mas como então eu fui parar na Lufa-lufa e meu irmão na Grifinória? Não, algo devia estar errado naquela foto, não dava para ver direito, era uma foto muito antiga e desgastada. Amanha iria até a casa dos meus avós maternos e perguntaria a eles sobre isso. Afinal, ninguém nunca me disse de que casa ela era e como foram seus anos na escola...