Wednesday, July 04, 2007 Fly me to the moon, And let me play among the stars Let me see what spring is like on Jupiter and Mars In other words, hold my hand In other words, baby, kiss me Fly Me To The Moon – Frank Sinatra - Susan.eu.não.estou.respirando! - Ai, desculpa!! Susan soltou a echarpe que tentava amarrar no meu vestido, só para ver como ficaria, e senti o ar voltando aos meus pulmões. Yulli quase fez um risco com a maquiagem no rosto quando olhou para mim e riu, vendo que eu estava roxa. Susan não parava de pedir desculpas, mas acabou rindo também. Estávamos nos últimos ajustes para a festa de formatura da turma do 7º ano. Abby já estava nos jardins há séculos e Alex havia desaparecido a tarde toda, restando apenas nós três. Susan estava nervosa, ela e Joey haviam acabado de se reconciliar e era engraçado ver a aflição dela em acompanhá-lo ao baile, como se fosse o primeiro encontro. Yulli ia com Quim, ambos inspirados em um filme trouxa chamado Conduzindo Miss Daisy, do qual vovó é fã. E eu, claro, ia com Remo. Havia me lembrado de um filme pra lá de antigo que meu avô adora, Gilda, e minha roupa era inspirada nele. Vovô só não podia nem sonhar com isso, pois acho que enfartaria. Depois de mais de uma hora com os acabamentos finais, conseguimos sair do dormitório. A turma dos marotos já estava toda organizada para entrar nos jardins decorados e começar a colação de grau, então procuramos lugares vazios e nos acomodamos. Quando a cerimônia começou e Remo deu inicio ao seu discurso como orador, quase cortei a circulação das mãos do Scott e da Yulli. Tive um impulso quase incontrolável de chorar em pensar que eles estavam indo embora, mas consegui segurar as lágrimas. O dia era de festa, e não velório... ººº Estávamos parados no jardim depois da cerimônia esperando nossos pares para entrar no salão quando vimos os garotos correrem na nossa direção. Sirius saiu arrastando a Alex e Remo me abraçou com força, me erguendo do chão e me beijando. Fiquei aliviada por não me sentir tonta, sinal de que as poções estavam fazendo efeito. Tudo que não precisava era me sentir mal essa noite. - Oi – dei outro beijo nele e sorri – Seu discurso foi lindo. E você está ótimo com esse terno de risca de giz – ri - Obrigado – ele fez cara de convencido e me olhou de cima a baixo – E você está... – ele continuou me olhando sem terminar a frase - Pela primeira vez, fiquei feliz por você não encontrar algo para dizer – estendi a mão para que ele a segurasse – Vamos Johnny, temos uma festa para marcar presença Remo segurou minha mão ainda sem falar nada e atravessei o gramado puxando ele, certa de que ele já estava chegando ao limite, mas ainda assim com vontade de provocar mais um pouquinho... ººº A festa rolava na maior animação. Enquanto os pais dos alunos relembravam o passado com Celestina Warbeck e um piano de calda, a ala jovem da escola se esbaldava ao som dos The House-Elves nos jardins. Mas meus pés começavam a adquirir bolhas de tanto dançar, então Remo e eu resolvemos dar uma espiada no salão principal e dançar um pouco as músicas mais lentas. E tenho que admitir que a parte interna do castelo estava mais convidativa. - Vou pegar alguma coisa para beber, está com sede? – fomos caminhando até uma das mesas vazias, onde sentei para descansar um pouco - Acho que uma água de gilly cairia bem agora – falei pensativa - Volto em um minuto - Remo beijou minha testa e saiu em direção à mesa de bebidas Dei uma olhada pelo salão pela primeira vez desde que entramos e me surpreendi ao constatar que uma quantidade até grande de pessoas da minha idade curtia aquele estilo musical. A começar por Alex, que dançava feliz com Logan. Ben, para o meu total choque, dançava com Karen sob os olhares atentos do irmão dele, e Scott estava quase sentado em cima do piano de cauda, acompanhando o mais perto que podia a apresentação de Celestina. Fiquei rindo sozinha lembrando a reação de Scott quando soubemos que ela cantaria na festa. Ele é fã incondicional dela e tinha certeza que não demoraria muito para ele pedir um autografo ou tirar uma foto com ela. - Olá – olhei assustada para o lado e vi que tinha um homem de uns 40 sentado ao meu lado, sorrindo - Er... oi? – olhei para os lados para ver se ele falava comigo, mas não tinha mais ninguém, então ele não errou a mesa – Desculpe, mas eu conheço o senhor? - Perdoe a falta de educação – o homem estendeu a mão e a apertei, confusa – John Lupin, pai do Remo - Merlin, desculpa, eu não sabia! – bati a mão na testa sem graça e sorri para ele Passado o momento embaraçoso, descobri que o pai do Remo era mega simpático. E como o filho não tinha me apresentado, ele disse que resolveu fazer isso. Conversei com ele alguns minutos, quando uma senhora aparentando ter a mesma idade se aproximou e fui apresentada a ela, era a mãe dele. Mas nem ao menos pude dizer ‘prazem em conhecê-la’, pois senti alguém me puxando e interrompendo a frase. Remo estava de volta segurando duas taças de água de gilly e o rosto vermelho, parecendo sem graça. - Sua bebida – ele empurrou a taça na minha mão e me afastou mais um pouco de perto deles – Mãe, pai, o que estão fazendo? - Ora, você não nos apresenta sua namorada, nos obriga a fazer isso por você! – a mãe dele respondeu séria e controlei o impulso de rir - Bom, já conheceram a Louise, não é? – ele revirou os olhos e não consegui segurar uma risada fraca, que transformei rapidamente em uma tosse. Ele me olhou sério e olhei para o teto, senão ia cair na gargalhada – Vamos dar uma volta lá fora, ver os House-Elves um pouco, não vão embora sem se despedir Ele nem ao menos deixou os pais responderem que iam se despedir antes de voltarem para casa e saiu me rebocando para fora de lá. Acenei para eles rindo bem a tempo, pois a porta do salão principal já não era mais visível, de tão depressa que ele andava. - Por que esse desespero todo? – fiz ele parar de andar – Estava com vergonha de me apresentar aos seus pais? Porque você já conhece os meus avôs! - Não é você, são eles. Acredite, eu salvei você de um interrogatório... - Eles interrogavam suas outras namoradas também? – falei fazendo bico e ele me abraçou - Você sabe que não teve nenhuma outra pra eles interrogarem. O interrogado fui eu – ele me deu um beijo demorado e acariciou meu rosto – Quer dançar mais um pouco com o pessoal, ou dar um passeio pelo jardim? - Ficar no meio de um monte de gente pulando e se acotovelando ou ficar sozinha com você... – fingi que estava indecisa e ele riu – Pergunta difícil mesmo! Ele pegou minha mão e demos meia volta, caminhando na direção contraria. Os jardins e corredores do castelo estavam todos decorados com cartazes da década de 40, cada um mais engraçado que o outro, e vários objetos daquela época. Sentamos em alguns bancos perto do lago e ele deitou a cabeça no meu colo. Fiquei mexendo no cabelo dele por algum tempo, ate que ele sentou direito e começou a me beijar. As mãos dele passeavam de um lado para o outro, mas eu não tentei impedi-lo. - Remo... – fiz que ia afastá-lo, mas nem tentei – Tem muita gente aqui... - Então vamos para outro lugar – ele nem interrompei a sessão de beijos para falar Concordei com a cabeça e ele levantou apressado, segurando outra vez minha mão e voltando para o castelo. Eu não conseguia desviar meus olhos dele, e não sabia nem para que lado estava indo. Só quando ouvi Remo dizer a senha para entrar no salão comunal da Grifinória foi que me dei conta de que havíamos subido 7 andares de escada. Em questão de segundos já estávamos no dormitório dos meninos. - Seus amigos podem chegar a qualquer minuto – falei receosa, mas desatando o nó da gravata dele - Eles só voltam depois que clarear – suas mãos deslizaram do meu ombro ate a minha cintura e ele não desviava o olhar de mim – Combinamos de não desperdiçar a ultima noite em Hogwarts dormindo, todos vão virar a noite nos jardins e voltar às 7 para arrumar as malas - E quanto a você? – disse beijando seu pescoço – Não deveria estar com eles? - Acho que tenho planos melhores para aproveitar minha ultima noite em Hogwarts... TO BE CONTINUED... |