Thursday, October 04, 2007 Frozen Flames of Hell Lembranças confusas de Alucard W. Chronos Eu acordei no meio da noite em sentindo tonto e mal. Todos nos dormitório ainda dormiam, e com meus sentidos notei que toda a torre da Grifinória ainda dormia. Mas eu não conseguia pregar os olhos. Estava acontecendo alguma coisa. Alguma coisa que mexeria no meu futuro. E algo a ver com a Alex. Mapeei mentalmente o castelo, procurando algo estranho, mas não senti nada. Por via das dúvidas procurei por Mirian, e ela ainda dormia no dormitório feminino. Alex também dormia no dormitório da Lufa-lufa. Louise e Yulli também ainda dormiam. Os únicos movimentos que eu podia sentir eram dos fantasmas e professores fazendo a ronda. Não havia nada de errado. Pelo menos a primeira vista... Amanhã assim que a encontrar, procurarei a Alex para ver se está tudo bem. Dia seguinte - Alex, queria falar com você. Tá tudo bem? – Perguntei ao encontrá-la no salão para o café. Ela parecia meio pálida, mas estava bem. - Estou bem sim, por quê? Aconteceu alguma coisa, Lu? Você e a Mi estão bem? - Estamos... É que ontem à noite acordei sobressaltado. Algo estava acontecendo e eu não sabia o que. E como tenho o sangue de você e do Kyle, achei que você poderia ter sentido algo também. - Eu também sonhei algo ontem, mas não tinha nada a ver com perigo. Pelo menos eu acho. Mas hoje à noite você deve conversar com a Endora. Você que não está muito bem, ainda sonhando com seus pais? - Sim, tenho sonhado quase toda noite agora. Já enviei um aviso a eles, e a Mi e os pais dela me garantiram que iam tentar colocar proteções para eles. Mas estou preocupado... Tenho medo de estar se aproximando... Mal pude terminar a frase. Uma dor como nunca senti antes atingiu meu peito e o apertei com força. Alex soltou um grito de susto, e as pessoas ao redor correram para ver. Mirian viu tudo da mesa da Grifinória e correu até mim. Eu tossi e junto da tosse cuspi sangue, manchando o chão do salão e minha mão. Fiquei tonto e a dor apenas aumentava. Eu ouvia os gritos dos alunos chamando os professores e ouvia os passos dos professores correndo para o aglomerado. Cai de joelhos com a mão ainda no peito e a última coisa que vi foi a Mirian ajoelhado ao meu lado, com os olhos prateados esticando a mão para cuidar de mim, como se me benzesse, surtiu algum efeito, porque por alguns instantes senti-me melhor. Mas tive outra pontada de dor, e o grito que soltei foi o maior que eu havia soltado até então. Cai no chão, me debatendo, ainda com a mão no peito. Achei que iria morrer ali mesmo... Iria realmente morrer... Death Eaters, ou Comensais da Morte se preferir. Oito homens encapuzados e vestindo roupas negras e uma máscara sombria cercavam uma casa. A minha casa londrina, a sede do clã Chronos. Os Comensais eram os devoradores de sonhos para mim. Alimentando-se dos sonhos dos outros, uma vez que os matam antes deles terem seus sonhos realizados. Preocupando-se apenas com sua própria ganância e sede de poder. E agora tinham um líder a altura. E eles queriam o apoio dos Chronos, o maior clã de aurores da Bretanha, a unidade não ministerial mais perigosa de combate. Mas os Chronos não iriam cooperar. Não por livre e espontânea vontade. Os oito Comensais cercaram então o clã. Nossas defesas foram erguidas, os membros chamados aos seus postos. Era uma audácia tremenda atacarem durante o dia, mas o clã ficava numa região remota. Mas eles haviam estudado bem o clã. Nesse dia, a maior parte dos aurores estavam em missão, e as defesas estavam desfalcadas, já que Celas e mais da metade do clã não estavam. Haviam na verdade, apenas o Sr. e a Sra. Chronos, mais 8 aurores. Os oito foram assassinados, e os Comensais fizeram apenas 2 reféns. James Chronos e Integra Chronos. - Vocês tiveram a chance de se unir a nós. Agora irão querendo ou não. Crucio! – o líder do bando falou com uma voz grossa. Integra Chronos gritou de dor, e James tentou lutar, mas os outros Comensais o torturaram também. Eles também tentaram usar a Imperius, mas o senso de honra dos Chronos é alto demais. Sem outro método, decidiram convencer pela dor. A tortura durou 15 minutos. Tempo que demorou até os aurores do Ministério chegarem e até três aurores em especial chegarem. Celas Chronos, Kyle Mcgregor e Sergei Menken. Celas ficou branca de medo e ódio, mas Sergei a segurou, antes que ela fizesse uma loucura. Os corpos inconscientes foram levados para o St. Mungus, com graves problemas causados pela tortura. Acordei no meio da tarde. A dor ainda era intensa em meu peito. Isso era um bom sinal, eles ainda estavam vivos. Lágrimas escorriam de meus olhos e me sentei na cama, tentando enxugar as lágrimas. Mirian me abraçou chorando também, dizendo que estava preocupada. - A Alex, a Lou, a Yulli, o Scott, o Ben, estiveram aqui ainda há pouco. Lu, meu amor... O diretor... Ele quer falar com você. - Eu já sabia o que vinha e apenas a abracei forte. Levantei-me da cama com dificuldade e ela me amparou – Eu vou com você. - Não precisa Mirian... Prefiro ir sozinho... Aconteceu, eles os atacaram, justo quando quase todo o clã não estava! Fique aqui. Eu te amo está bem? E cuide-se. – Eu a beijei e a abracei com força, e antes que ela pudesse falar mais algo, a beijei de leve novamente e fiz algo que nunca queria fazer com ela. A olhei fundo nos olhos e a hipnotizei para que ela caísse no sono. Ela iria querer ir comigo de qualquer forma, e não queria vê-la sofrer também. Sai da ala hospitalar correndo. Ignorei os avisos da Madame Promfey e dos alunos com quem esbarrei, chegando rapidamente à gárgula de pedra do diretor. Falei com pressa a senha e saltei até o último degrau. Abri a porta sem cerimônias. - Que ultraje! Um aluno que abrisse a porta desse modo em meu tempo seria seriamente punido! – um dos retratos dos diretores falou com severidade, mas o ignorei e o diretor fez sinal para que ele se calasse. Notei com certo espanto que Kyle e Sergei estavam ali, junto da professora McGonnagal. - Ele está perdoado, Finneas. Sente-se Sr. Chronos. - O que aconteceu? Quero saber dos detalhes. Já sabem quem foram os Comensais. - Por Merlim, como sabe como eles se auto denominam?! – Sergei falou, ele parecia cansado e abatido. - Lu, sente-se, por favor, meu amigo. – Kyle pediu. Ele tinha o rosto marcado por tristeza e sofrimento. - Eu não quero me sentar! Quero saber o que aconteceu com meus pais! – falei com pressa e em tom alto. - Acalme-se Sr. Chronos. Tudo há seu tempo. Bem que a Endora me falou de seus dotes... Não vamos mentir. Seus pais sofreram um atentado. - O diretor falou, sentado em sua escrivaninha, encarando-me com os oclinhos de meia-lua. - Atentado?! Foi uma tentativa de assassinato! Quem foram os malditos!!?? Eu tenho o direito de saber! – berrei, perdendo o controle. - Lu acalme-se, estamos do seu lado lembra? – Sergei falou assustado com meu jeito. - Não precisa se preocupar, Sergei. Ele é assim mesmo... – Kyle comentou, forçando um sorriso triste. – Ainda não sabemos quem foi... - Sabem sim! Sei que vocês andaram espionando alguns Comensais a pedido do Ministério. Assim como o senhor também sabe, diretor. - Lu, calma. Ainda não temos certeza. Não houve testemunhas... Seus pais estão no St.Mungus. Eles sofreram muito com as Cruciatus. - Chega! – berrei novamente. Minha dor e raiva chegaram a um nível alto e controlei-me. Mas meus olhos estavam injetados de vermelho e minhas pressas à mostra. – Oh! Calma ae vampirão, somos amigos esqueceu...?!- disse Kyle tentando me conter. Ele mal teve tempo de terminar de falar. Olhei fundo em seus olhos e o hipnotizei. Sergei viu o que eu fazia e partiu pra cima de mim, mas o agarrei pela gola da camisa, hipnotizando-o também. O Diretor levantou da cadeira com uma agilidade surpreendente, mas o ignorei por enquanto. Usando leglimência vasculhei a mente de Kyle e Sergei rapidamente, obtendo as respostas que eu queria, e também algumas que explicavam meus outros sonhos. O Diretor apontou sua varinha para mim e senti meu controle sobre Kyle, Sergei terminar, eles caíram tontos no chão. A professora me olhava chocada com minha falta de controle. Encarei o diretor ainda de olhos vermelhos e tentei invadir sua mente também, mas parei antes que tentasse, seria muita falta de respeito e consegui reaver o controle. Eu respirava com dificuldade, olhando para longe do diretor, através da janela. - Alucard Chronos. Eu sei como se sente, mas não é motivo para perder o controle e hipnotizar seus amigos. Chega já disso, controle-se e vamos conversar. – Ele falou de modo calmo, mas com uma autoridade visível. Eu me controlei, mas mantive os olhos vermelhos, mas os baixei para o chão. - Peça desculpas por mim aos dois, Professor. E À Mirian também, por tê-la hipnotizado. Prenda-a neste castelo, professora McGonnagal. Ela vai querer sair atrás de mim. Não a deixe, por favor. E perdoe-me também por tentar invadir sua mente, professor. - Está perdoado, ainda mais que o senhor se conteve antes. Ou seria um caso sério. Mas fique e cuide você mesmo da senhorita Capter, que acha? - Não, não posso. Se eu ficar aqui, com tanto ódio, colocarei a vida dela e dos outros em perigo. Perdão novamente diretor,e obrigado por me ajudar a me controlar. - Está bem Sr Chronos, de nada. E eu impedirei que algo aconteça a ela, ou que ela tente sair do castelo. Mas você também não deve sair. - Isso professor, o senhor sabe que não posso fazer, o senhor viu em minha mente o que pretendo. Dizendo isso eu saltei através da janela do escritório, quebrando-a em vários pedaços, antes que o Diretor pudesse tentar me impedir. Cai nos jardins como se não fosse altura nenhuma e corri para fora da escola. Alguns alunos que ainda estavam em aulas nos jardins ou apenas caminhando me viram sem entender. Corri para os portões da escola e os saltei, correndo na direção de Londres... No meio da noite, eu finalmente cheguei ao St. Mungus. Consegui entrar sem ser notado e pelo cheiro e pelo sangue, encontrei meus pais em uma das alas. Celas estava sentada com o rosto entre as mãos chorando. Ao seu lado, uma velha amiga dela que estudou em Durmstrang tentava acalmá-la, mas nada que ela falasse acalmaria minha irmã. Elas notaram minha presença na porta e Celas veio correndo pra mim. - Lu! Eles, eles... Foi horrível! Eles os torturaram até quase a morte! Eles estão à beira da morte. E no caminho até eles, mataram várias pessoas! - Eu sei Celas. Quero vê-los. – E fui à direção da cama onde estavam segurando a mão de Celas. Ao ver os dois corpos inertes e inconscientes, senti uma tristeza e uma raiva enorme novamente. Celas tremia tanto de ódio quanto de tristeza e agarrou-se em mim, chorando em meu peito. Eu me agarrei a ela também e choramos juntos. A amiga dela resolveu nos deixar a sós, e ficamos apenas calados por alguns instantes, um chorando nos braços do outro. Eu fiquei tonto de repente. E Celas também. Um curandeiro entrou apressado, como se também pressentisse algo. Ele nos empurrou para fora do caminho e gritou por ajuda. Outros curandeiros entraram correndo com ervas e poções, concentrando-se em meus pais. Celas gritou e correu para se aproximar, mas eu a segurei e ela ficou soluçando em meu ombro. Sabíamos o que havia acontecido. Meus pais morreram. Vítimas da Cruciatus. Eu e Celas caímos no chão e juntos choramos. Sua amiga, a Alexandra Kollontai, ajoelhou-se ao nosso lado também chorando e tentando nos consolar. Mas não havia mais nada a fazer, a não ser uma coisa. Empurrei Celas docemente para os braços de sua amiga e beijei minha irmã na testa. - Cuide-se maninha, até eu voltar. Eu juro que voltarei. Amo muito você. E quando a Mirian aparecer, diga que a amo demais também. Mas agora tem algo que quero fazer. Celas e Kollontai me olharam sem entender por um momento e me aproximei de mamãe e papai. Dei um último adeus aos dois, beijando os seus rostos, já sem vida, e depois saltei para a noite. Para fazer a única coisa que eu poderia fazer. Matar e vingar-me. A caçada começa. |