Monday, March 24, 2008 Era uma vez no México... Das confusas lembranças de Louise Storm Uma voz estridente invadiu o quarto e penetrou nos meus ouvidos como uma banda de fanfarra. Reconheci a voz daquele agressor como sendo Sam, nos chamando para o café da manhã. Abri os olhos devagar e a claridade do quarto poderia ser capaz de me cegar. Tinha a sensação de que havia deitado por apenas 5 minutos, e não 3 horas. Ainda fiquei um tempo deitada de barriga pra cima e olhos fechados, tentando me lembrar dos fatos que me deixaram naquele estado e silenciosamente fiz a promessa de todo bêbado: nunca mais ia beber. Minha testa latejava, meu estômago se revirava e quando finalmente tomei coragem de abrir os olhos novamente, percebi que o teto girava. Corajosamente me arranquei da cama e procurei depressa meus óculos escuros na mesa de cabeceira, pensando em amenizar a claridade. Mas bastou me pôr de pé para observar as paredes do quarto rapidamente virarem de ponta à cabeça. Pensei em deitar novamente até aquela alucinação passar, mas Yulli e Alex já foram me arrancando da cama e empurrando em direção ao banheiro. Consegui juntar uma blusa com uma saia de maneira que combinassem e não pedissem movimentos bruscos, e sai do quarto sendo rebocada pelas duas. O restaurante do hotel já estava lotado de hóspedes tomando café, entre eles toda nossa turma, e aquele barulho das conversas só fazia aumentar minha dor de cabeça. Nem me dei ao trabalho de ir até o buffet. Qualquer coisa que tentasse ingerir seria automaticamente lançada para fora de maneira nada elegante. Contentei-me com um copo de água que ficou pela metade na minha frente, enquanto meus amigos devoravam todas aquelas variedades de frutas e bolos disponíveis. Com os movimentos limitados que conseguia fazer com a cabeça notei que Scott e Ben também não estavam no restaurante, mas ninguém parecia notar ou achar estranho, e minha dor de cabeça me impedia de elaborar qualquer raciocínio mais complicado. Yulli e Alex abafavam risadas enquanto comiam convidativas fatias de bolo e Sam e Mark olhavam para elas sem entender nada. E para ser bem sincera, eu também. Tinha plena certeza de que eu era o motivo das risadas, mas era incapaz de lembrar o porquê, exatamente. - Bom dia, meninas. Bom dia, Mark. – Lu e Miriam chegaram de mãos dadas e sentaram nas cadeiras vazias da nossa mesa – Tudo bem, Lou? – perguntou assustado ao se deparar com a minha possível cara de zumbi de filme de terror - Aham – foi tudo que consegui responder, pois tive a infelicidade de balançar a cabeça para acompanhar a resposta e logo senti que um elefante estava acomodado em cima dela - Ben não vem tomar café também? – Miriam comentou vagamente, olhando para mim – A farra de vocês ontem foi boa, porque Scott não quis sair da cama. Lu disse que até água jogou, mas ele nem se abalou - Também tentei tirar Ben da cama, mas ele me chutou – Mark disse fazendo careta – O que vocês fizeram ontem, afinal? - Ela não lembra – Alex respondeu por mim, explodindo em uma gargalhada e sendo seguida por Yulli – Mas chegou totalmente torta no quarto e falando várias coisas desconexas, que depois vamos querer saber se eram verdade! Fiquei encarando as duas em silêncio, tentando controlar a dor de cabeça com a força da minha fé, quando fragmentos esclarecedores da noite anterior me vieram à memória. Uma praça movimentada em algum lugar da Cidade do México. Alguma coisa musical chamada mariachi. Uma bebida transparente e muito forte, num copo de vidro pequeno. Ben tocando com os mariachis. Scott discursando em praça publica. Um brinde, um gole, outro brinde, mais um gole. Ben descendo do palco feliz. Um abraço diferente. Um beijo. Outros beijos. Scott me puxando para dançar. Um olhar recheado de segundas intenções. Mais um beijo. Pessoas girando rápido demais ao nosso redor. Um homem de sombreiro com uma garrafa na mão. Outro brinde. Novos beijos. Blecaute total. A dor de cabeça aumentou significativamente e fechei os olhos, sem acreditar no que acabava de lembrar. Quando tornei a abri-los, cada um na mesa me encarava com olhar de curiosidade, esperando que eu compartilhasse o que havia recordado, mas não ousei abrir a boca. Levantei apressada traçando uma reta na direção do corredor onde os meninos estavam hospedados e Alex e Yulli vieram correndo atrás de mim, divididas entre os risos e a preocupação. O que quer que tenha dito a elas em meio às ‘coisas desconexas’, certamente havia sido o essencial. Minha cabeça estava prestes a explodir. Andava depressa e isso fazia com que ela se mexesse, para as atuais circunstâncias, violentamente. Mas não me importava. Tudo que importava naquele momento era uma palavra ou um olhar que me dissesse que estava louca, delirando. Sonhos alucinantes de uma bêbada comprometida que tem dois amigos lindos. Mas assim que espanquei a porta do quarto dos meninos da Grifinória, a confirmação que tive foi de que estava bem lúcida. Scott a abriu ainda de pijama e o olhar de culpa e arrependimento estampados no seu rosto me fizeram querer morrer. E antes de chegar a dizer qualquer coisa, Ben apareceu no corredor com os cabelos bagunçados e vestindo a primeira coisa que parecia ter encontrado, com a pior cara de todas. Alex e Yulli explodiram em outra gargalhada e pela careta similar que ambos fizeram, também estavam com dor de cabeça. Senti que Ben ia abrir a boca para falar, mas naquele momento não queria ouvir nada. Estava me sentindo extremamente envergonhada pela situação toda e desci as escadas para o 3º andar correndo. Se não bastasse ter ficado com meus dois melhores amigos, e ao mesmo tempo, havia acabado de me lembrar do namorado que deixei em Londres, confiando que fosse passar duas semanas no México sem fazer nenhuma loucura... ******************* N.A.: Baseado em fatos embaçados, porém, reais... Friday, March 21, 2008 Após a união Lembranças de Mirian O. Capter
1 mês atrás Senti uma luz penetrando em meu longo sono. Não sabia há quanto tempo estava dormindo, mas pouco a pouco consegui perceber o local ao meu redor. A luz do sol batendo em meu rosto, o som das cortinas ao vento e a textura do lençol, o aroma doce no ar, um cheiro conhecido e adorável e uma presença de poder, mas de profunda preocupação e medo. Por um momento fiquei sem me lembrar o que tinha acontecido. Então como uma avalanche, as memórias voltaram à minha mente. As portas sendo arrombadas, Lu cobrindo meu corpo com o dele para me proteger. Comensais mascarados em plena Hogwarts atacando alunos sem dó. Eu e Lu encurralados, envoltos por todos os lados por máscaras que pareciam rir de nós. Keigan gritando que Alucard não iria agüentar...O sangue dele escorrendo pelo chão, seu olhar quando se jogou na frente de um feitiço e vi o brilho de seus olhos enfraquecer até não passar da sombra do fogo que havia antes. Seu pedido para que eu o matasse, para que acabasse com seus pecados. Meu desejo, minha ordem, meu sangue misturado ao dele. Então não me lembrava de mais nada. - Alucard! – Levantei de um salto quando tudo isso passou pela minha mente e descobri-me deitada na ala hospitalar. Uma figura que estava de pé ao meu lado saltou de susto e surpresa e me encarou com um sorriso de alívio. Ali estava ele, meu querido encarando-me com uma felicidade como nunca via antes naquele rosto que tenta carregar todo o mal e toda a tristeza sozinho. Ele não falou nada apenas me abraçou com força e senti lágrimas escorrendo em meu ombro enquanto ele soluçava e sussurrava em uma voz que me deu dó e pesar, “me desculpe. Obrigado por voltar!”. Madame Pomfrey veio correndo e quando viu nós dois abraçados, sorriu levemente e voltou para sua sala. - Lu, calma, eu estou aqui. - Graças a todos os poderes desse mundo! Eu pensei que tinha te perdido! - Calma, se acalma querido, eu estou aqui. Por quanto tempo dormi? - Você esteve inconsciente desde o baile de dia dos namorados... - E são quantos dias? - Quatro. - Tudo isso?! – eu me assustei e momentaneamente me senti tonta e sem forças. Ele prontamente me segurou e me fez recostar novamente. - Sim você esteve inconsciente esse tempo todo. – ele me olhou, e seus olhos demonstravam um alívio intenso. Mas demonstravam também um cansaço enorme. - Lu, você não esteve esse tempo todo aqui?! Você está maluco?! - Sim, Mirian, o Alucard não saiu do seu lado por esse tempo todo. Algo muito bonito, mas também preocupante e tive que leva-lo quase a força para dormir ontem e para se alimentar. – uma voz conhecida e que eu gostava falou se aproximando. O Professor Dumbledore se aproximou de minha cama, e junto dele estava a Professora Minerva. - Pedi que a Papoula me avisasse quando a senhorita despertasse. Estávamos todos preocupados. – Professora Minerva disse com um sorriso de alívio. - Agora que a senhorita está desperta devemos conversar sobre algumas coisas. Seu ato para salvar a vida do Alucard foi um símbolo de coragem e amor, mas foi um pouco imprudente. – O diretor falou, severo e ao mesmo tempo bondoso. - Desculpe-me, mas era tudo que eu podia fazer...Não queria perde-lo. - Eu entendo isso, Mirian, e não a culpo nem a repreendo. Pelo contrário, estou até feliz por você ter aprendido uma das minhas lições mais importantes, o amor. Mas foi um pouco perigoso. Seu corpo rejeitou o contato com os dentes vampíricos e por pouco não pereceu. Fora o fato de que a senhorita perdeu muito sangue, precisamos de algumas doações. - Quem doou? O Lu não poderia ser, se não seria pior. - A Alex, Lou e Yulli revezaram...Você realmente perdeu muito sangue. – Alucard falou, agora mais calmo, mas ainda com uma forte preocupação no rosto. - E havia um grave e perigoso problema: você havia se tornado ou não uma vampira? – A Professora Minerva fez a pergunta que os três pareciam ter mais em mente e entendi toda a preocupação do Lu. Ele parecia prestes a desaparecer de tanto remorso e medo... - Mas a senhorita não virou um vampiro. O Alucard sabe muito bem o que torna uma pessoa comum um vampiro, mas ele não podia ter certeza, porque até hoje nenhuma das pessoas que ele tomou o sangue direto da garganta sobreviveu para responder. – O diretor falou como se fosse algo normal e engraçado e por um momento vi uma sombra de tristeza e remorso nos olhos do Lu, que evitou meu olhar. - Para que uma pessoa torne-se um vampiro, o vampiro original deve querer torna-lo um vampiro. Mas o passo mais importante é: o vampiro deve fazer sua vítima beber de seu próprio sangue para passar a maldição. Ocorre em seguida a morte do corpo humano da vítima e ela passa a ser um morto que anda pelas trevas, alimentando-se para saciar uma sede insaciável. – Lu explicou com nojo e um brilho de raiva nos olhos. – Por isso há tão poucos vampiros. Porque pode ocorrer da vítima morrer completamente e não conseguir se manter em um corpo...Comigo foi exatamente assim. A dor da morte de meu corpo foi enorme, mas algo impediu a morte completa e eu não morri, mas ainda tenho o sangue maldito em minhas veias. Tive tanto medo de ter tornado-a um dos condenados... - Mas isso não aconteceu, então Sr. Chronos deixe de lamentar! Se a Sra. Capter não tivesse feito isso você estaria morto de verdade agora. – Dumbledore falou enquanto encarava Lu e este parecia querer dizer que teria sido o melhor a fazer, mas ficou calado. – De qualquer forma, tenho quase certeza que seus poderes a protegeriam até mesmo dessa maldição, Mirian. Bem só viemos aqui ver como a senhorita estava se sentindo, e vejo que está bem melhor. Dentro de dois dias voltaremos às aulas particulares. Até lá então. Até a próxima, Alucard. Dumbledore saiu da ala hospitalar depois de um sorriso, mas a Professora Minerva ficou mais um pouco conversando conosco e dizendo que estava feliz por eu estar bem. Quando ela saiu, finalmente ficamos só eu e Lu juntos. Ele se sentou na cama ao meu lado, com a cabeça baixa, olhando para o nada. Eu o puxei para um abraço e deitei sua cabeça em meu peito, e deixei que ele chorasse o quanto quisesse, consolando-o, mas sabendo que agora estávamos mais unidos que nunca...Aquele abraço durou talvez horas, e não precisávamos dizer mais nada...Éramos um e sabíamos disso desde sempre, agora mais do que nunca. Senti uma pontada de prazer ao pensar que minha vida corria nas veias dele... ------------------------------ - Mirian, receio que nossos agradáveis encontros estão chegando ao fim. Ensinei-lhe tudo que eu podia sobre defesa e proteção e lhe dei as bases para que desenvolvesse seus próprios meios de proteção. E também sua formatura se aproxima e não quero atrapalhar o descanso muito merecido de vocês. Mas deixei um assunto importante para o final. Me remexi na cadeira ansiosa e curiosa, enquanto Fawkes se ajeitava em meu colo e eu acariciava suas penas. Nós havíamos ficado amigos e a fênix sempre me dava as boas vindas. Ultimamente eu e o diretor conversávamos mais do que duelávamos. Dumbledore me ensinou diversos feitiços e ultimamente vinha me dando aulas sobre partículas de magia, dos tipos de uniões e arranjos que as energias mágicas possuem, para que eu fosse capaz de remodela-las para meu uso em feitiços e encantamentos. Muitas vezes mergulhávamos em pensamentos de bruxos antigos na penseira do diretor e eu aprendia tudo com uma velocidade e avidez enorme. Mas nas últimas aulas vinha sentindo que ele estava preparando-me para algo realmente importante. - Ensinei-lhe a conjurar um feitiço Fiel, ensinei-lhe o mais difícil dos Fiéis, o Fiel em Pessoas, e gostaria de parabenizá-la, pois aprendeu muito rápido, realmente isso faz parte do passado de sua família. O que vou ensinar agora, é parecido com o Fiel, mas ao mesmo tempo totalmente diferente. “No mundo da magia, há diversos poderes que são fortes demais e precisam ser limitados e controlados. Existem muitos feitiços e habilidades pessoais que são controlados para proteger quem os utiliza e as pessoas ao redor. Um exemplo é os dons do Alucard, que são fortemente controlados por ele próprio. Os seus poderes também são controlados, mas de forma diferente, você apenas os enfraquece e fortalece quando quer. Mas existe um encantamento que realmente limita o uso de certas habilidades. São chamados de Selos. Um Selo é um encantamento tão poderoso que suprimi o poder de uma habilidade ou feitiço, mantendo-a inerte e inativa enquanto for necessário. Você pode imaginar então que para conjurar um Selo é necessário um poder enorme. Até hoje eu não tentei conjurar um Selo, mas no futuro quem sabe. Já para a senhorita e o Alucard, os Selos serão extremamente importantes. Para controlar os poderes de vocês dois quanto de outros. Eu fico imaginando como seriam os seus filhos, realmente poderosos eu imagino, pois reuniriam dois ramos de famílias e clãs milenares.” Eu corei quando o diretor falou em filhos. Não que eu tivesse alguma vergonha de falar nesse assunto, mas parecia que desse jeito ele podia saber que eu e Lu já havíamos nos unido antes...E também porque de um jeito ou outro, é constrangedor falar de filhos com seu diretor. Propositalmente ele ignorou meu rubor e sorriu enquanto imaginava meus filhos. - Terei prazer em ensina-los, só espero estar vivo até lá, sou um homem velho já. - Claro que não diretor! Seria uma honra e um orgulho se o senhor os ensinasse! - Para mim que seria uma honra. Bem está preparada para começarmos? Mas antes, precisamos de uma ajudinha. – Nesse momento ouvimos uma batida na porta e o diretor mandou que entrasse. Para minha surpresa, foi o Lu que entrou. – Bem vindo, Alucard. Como havia dito, Mirian, um Selo precisa de muita energia. E imagino que os Selos que vocês criariam precisariam do poder de vocês dois. E de um objeto que fortaleça-os ainda mais. Fawkes poderia sair do colo da Sra. Capter um pouco? - A fênix alçou vôo e pousou na mão estendida do diretor, deixando cair uma única pena colorida e dourada. - Usaremos uma pena de fênix para os treinamentos, mas no futuro vocês poderão achar algum objeto mais forte. Eu sugiro algo vindo de dragões, pois são duas criaturas com alto poder mágico, ou algum objeto de poder mágico ainda maior... Ele então nos explicou o que fazer. Era algo complexo. Deveríamos concentrar nossas energias no objeto mágico, para que utilizando-se dele nós remontássemos as energias mágicas e assim tivéssemos um grande suprimento de energia. Depois deveríamos nos concentrar no que queríamos selar e então liberar um quantidade enorme de poder, superior ao que queríamos selar...Era algo complicado e com menos de meia hora de treino, o diretor parou e nos disse para sairmos e descansar, continuaríamos depois. Enquanto isso começamos a preparar as malas para nossa viagem de formatura! Mas só vou conseguir viajar tranqüila após dominar o Selo. Monday, March 17, 2008 México, aí vou eu! 2 meses antes... - Por favor, por favor, vamos fazer silêncio – Kegan pediu educadamente, mas foi completamente ignorado. Ao seu lado, Karen riu. Estávamos reunidos no salão principal, todas as turmas do 7º ano juntas, e alguns professores, além do diretor Dumbledore. O motivo era a nossa viagem de formatura, o que justificava a algazarra. Kegan continuou sacudindo os braços por mais alguns segundos sem obter sucesso e Dumbledore sorriu, erguendo o braço. No mesmo instante todos se calaram. Kegan ficou com cara de idiota e Karen deixou uma gargalhada escapar, desculpando-se em seguida com o diretor. - Obrigado. Como todos sabem, reunimos vocês aqui hoje para, finalmente, anunciarmos o destino da viagem de formatura. A demora se deve ao fato de termos recebido inúmeras sugestões de vocês mesmos, e com isso os professores responsáveis demoraram mais do que o esperado para decidirem o que seria o melhor. Porém, antes de comunicar o destino de vocês, vou passar a palavra para os professores O’Shea e Foutley. Dumbledore indicou a frente dele com a mão e os dois se adiantaram. Tinham alguns papéis nas mãos e Karen foi quem falou primeiro. - Vamos ser breves, prometo. Queremos apenas que vocês entendam, e se divirtam um pouco, com a real razão para a nossa demora a tomar uma decisão. - Pois é, como o diretor adiantou, foram muitas sugestões e separamos algumas que merecem ser lidas... – Kegan falou abrindo um papel – ‘Acho muito interessante, e mágico, que nossa turma possa conhecer a Finlândia. Além de ser uma terra com muita neve, tem também a casa do Papai Noel’. A turma inteira caiu na gargalhada e foi à vez de Karen abrir um papel e ler o que estava escrito. - Esse é muito interessante: ‘Sempre quis conhecer o Suricate. Não sei bem onde fica localizado, mas uma viagem para lá seria instrutiva, pois assim passaria a saber’ – mais uma vez caímos na gargalhada e Karen continuou – Primeiramente, Suricate é um animal, não um país. Acho que o lugar em questão seria Suriname, mas se não sabe onde fica, por que sugerir? - Só respondendo ao rapaz confuso, o “Suricate” fica na África do Sul – Kegan riu e leu mais um papel – ‘Acho válido, para enriquecer nossa cultura alimentar, visitarmos a Tailândia. Soube que lá é comum comer grilos ou aranhas fritas’. Alguém ai quer um espetinho de tarântula? – dessa vez não rimos, mas a careta de nojo foi geral - Só mais um... ‘Embora ache que é um país muito pobre, acho considerável viajarmos para a Jamaica. Tenho absoluta certeza ser um país rico em cultura’. – Karen leu o ultimo papel – Esse merece uma explicação: chegamos a considerar a Jamaica como um possível destino, mas vocês estão acostumados com o frio e lá é extremamente quente. Iam todos voltas assados. Fica pra uma próxima! - Obrigado, professores – Dumbledore tomou a palavra outra vez e fizemos silêncio – Agora que já entenderam porque demoramos tanto, vamos ao anuncio tão esperado: no dia 15 de Março, todos vocês embarcarão em uma viagem de 15 dias para o México! Agora nem 50 acenos singelos do diretor nos fariam ficar em silêncio. México? Não poderiam ter escolhido um lugar melhor. Mesmo sendo um pouco quente, não era o calor insuportável da Jamaica, tinham praias maravilhosas e tequila! Dumbledore deixou que nos agitássemos bastante e voltou a pedir silêncio quando já estávamos mais calmos. - Vocês passarão uma semana na Cidade do México, onde farão passeios programados pela professora Foutley, e uma semana em Cancun, onde aproveitarão as belíssimas praias que existem por lá. Na bagagem, apenas roupas leves. Deixem todos os casacos por aqui, peçam aos seus pais que mandem as vestes adequadas. Além dos professores Foutley e O’Shea, os professores Stroke e Hooch acompanharão vocês e manterão tudo sob controle. - E não se preocupem, pois no roteiro que estou montando não terá passeio chato. Vou incluir alguns museus, claro, mas vai ser divertido. Eu garanto! - E o hotel aonde vamos nos hospedar oferece um lual de boas vindas quando chegam grupos grandes. Portanto, logo na nossa primeira noite teremos uma festa. Mas juízo, estaremos de olho! - As saídas serão organizadas por grupos de 5 alunos em cada chave de portal, com horários marcados. Mas isso será divulgado apenas na véspera. – Dumbledore deu um sorriso satisfeito e juntou as mãos - É isso, então. Podem ir para suas casas e começar a sonhar com a viagem. Boa noite. ººº - Prontos? É a última chave de portal, diretor. Vou acompanhá-los. Dumbledore assentiu com a cabeça e nos desejou boa viagem enquanto Kegan estendia um guarda-chuva quebrado para tocarmos. Só restava eu, Lu, Fabio e mais dois grifinórios da nossa turma. Senti um puxão como se estivesse sendo sugado e segundos depois caímos em frente a um hotel cheio de palmeiras. O céu era muito azul e alguns homens usando poncho e sombreiro vieram nos receber, falando muito rápido em castelhano. Graças às intermináveis horas de cursos de idiomas que fomos forçados a fazer quando criança, compreendi que ele estava nos dando as boas vindas e indicando o hall de entrada do hotel, de onde já podia ver meus amigos olhando para todos os lados encantados e com dicionários nas mãos, tentando pescar as palavras que eles soltavam. Peguei um dos drinks oferecidos pelo garçom na entrada e parei ao lado de Louise sorrindo: esses 15 dias no México seriam inesquecíveis... |