![]() Friday, September 05, 2008 Tókio, abril de 1979. O casal Yulla Vanderheid, 43 anos, e Shaoran Hakuna Kinoshita, 45 anos, faleceu na madrugada de ontem em um terrível acidente de carro no alto da rodovia 234. Eles, que foram passar a Páscoa em Sendai, se chocaram com um caminhão desgovernado quando voltavam para Tókio e morreram no local do acidente. Shiino Ringu, o motorista do caminhão, faleceu algumas horas depois no hospital e estava completamente embriagado. Mas então eu me lembrava deles e de todas as coisas boas que tinham me ensinado e me dei conta de que eu era forte o suficiente para tê-los como exemplos maiores, o resto da vida, e não deixaria a peteca cair, pois tinha certeza de que eles não iriam querer isso. Foi com essa mesma força que ajudei Yuri, tia Yhara e Yoshi a encararem a morte deles de maneira diferente. Tinha de voltar a Hogwarts e terminar meu último ano letivo, mas antes, algumas decisões iriam ser tomadas... ---------------- - Escute Yulli, todos nós gostávamos muito de sua mãe. Foi ela quem salvou a empresa quando pensamos em declarar falência. Ela tinha um jeito para lidar com aqueles duendes do Gringotes que nunca tinha visto igual. – Akira Tanaka, o único sócio da minha mãe, sorriu gentilmente. – Mas o que você está me pedindo, eu não posso. Entenda. Não é que eu não confie em você, ou que ache que você não vai conseguir fazer o trabalho. Todos os anos nós selecionamos um jovem recém-formado em Magia para vir trabalhar conosco, e ao final de seu período de experiência, muitos deles acabam sendo contratados por nós. Eu fui estagiário de Yulla, mas só cheguei a uma sociedade com ela, vários anos depois. Você é tão jovem ainda, tão cheia de ideais... Abaixei a cabeça, derrotada. Por vários segundos, o escritório ficou em profundo silêncio. - Ok, vamos fazer o seguinte. – Akira começou em tom de proposta e me animei. – Depois de formada, você entra como nossa estagiária. Um ano de experiência trabalhando diretamente comigo. Você vai ocupar aquela mesa ali, que era da sua mãe, e vai me observar. Se ao final do ano eu perceber que você tem a mesma diplomacia que ela, nos tornamos sócios. O que acha? – ele perguntou incerto e abri um sorriso. ---------------- - Temos que devolvê-la hoje. – Scott comentou observando Fawkes enroscada na grande gaiola que Sam havia conjurado e nos observava com reprovação. – Já tiramos todas as fotos possíveis, já gravamos o feito em todas as paredes de todas as casas... Ou seja, já deixamos nossa marca para a eternidade. Combinávamos ir todos juntos até o escritório do diretor, com a fênix, logo após o jantar, quando uma explosão vinda da gaiola fez com que todos nós nos assustássemos. Sam sufocou um grito de pânico com as mãos. O lugar onde até um minuto atrás estivera Fawkes, agora pegava fogo e as cinzas do pássaro iam se amontoando, lentamente. - Estamos ferrados. Quem foi que fez isso??? – foi a única coisa que consegui dizer quando a última chama se apagou. Foi um minuto bastante tenso em que todos nós encarávamos a gaiola ainda sem entender. Um pio fino atravessou as cinzas e a cabecinha de uma nova fênix, logo em seguida. Nos encaramos e Louise foi a primeira a rir, se dobrando no chão e puxando um efeito dominó. °°°°° - Podemos entrar, diretor? – Alex enfiou a cabeça em uma fresta da porta e Dumbledore fez sinal positivo. Entramos em fila. Permanecemos em silêncio. Ainda estávamos um tanto assustados com a reação de Dumbledore, que parecia extremamente sereno, como sempre. - Diretor, se sabia que estávamos roubando a Fawkes, porque não tentou nos impedir? – Louise perguntou incerta e concordamos. Claro que não perdemos a oportunidade e tiramos um novo montante de fotos com as medalhas, Fawkes e Dumbledore. A missão estava cumprida e já poderíamos sair de Hogwarts com o gostinho de “honra ao mérito”. if you’re on your own in this life, well, everybody hurts sometimes, everybody cries sometimes, and everybody hurts sometimes [Everybody Hurts – The Corrs] |