Monday, February 16, 2009 Com a semana do dia dos namorados finalmente encerrada, toda a decoração espalhada pelo castelo desapareceu e as atividades voltaram ao normal. E depois de uma aula animada de Herbologia, onde o professor Longbotttom nos deixou mexer com visgo do diabo, aguardávamos ansiosos pela aula dupla de DCAT com a Grifinória. Desde que nos contou sobre a história dos comensais da morte, as aulas do tio George melhoraram consideravelmente. Já estava sentada com meus amigos no fundo da sala e batucava uma música na mesa com Jamal e Haley. Íamos alternando as batidas sem perder o ritmo e aos poucos o resto da turma ia tentando entrar na brincadeira. - Bom dia, crianças – tio George entrou na sala e depois de deixar os livros na mesa, encarou a turma com a varinha na mão – Deixem a aula de música para depois – ele falou olhando para onde estávamos e rimos - Todos de pé aqui na frente, por favor. A turma inteira levantou sem entender o que aconteceria, mas ninguém perguntou e paramos todos na frente da sala, como ele pediu. Tio George então sacudiu a varinha e em 5 segundos todas as mesas e cadeiras foram empurradas para os cantos, deixando a sala com um imenso espaço vazio. Ele agitou a varinha outra vez e colchões surgiram no chão, depois um armário velho e, por último, vários recortes de jornal, fotos e alguns desenhos apareceram colados pelas paredes. - Hoje vamos começar o clube dos duelos – ele falou animado e a turma toda se agitou – Mas antes de começarmos a usar feitiços, sentem todos no chão, em circulo. - O que são essas coisas nas paredes, professor? – JJ perguntou apontando para os jornais - É exatamente sobre isso que vou falar – tio George caminhou até uma das paredes e puxou uma foto, um jornal e um desenho e entregou o jornal para JJ – Esse recorte é da época da primeira guerra bruxa contra Voldemort. Leia e passe para o colega ao lado, Josh. - Aqui fala da rebelião dos comensais da morte – Keiko recebeu o jornal da mão de JJ e falou enquanto lia a noticia principal. - Sim, houve uma grande rebelião e o Ministério não conseguiu conter todos eles. Foi nesse momento que Alvo Dumbledore fundou o que todos vocês conhecem como Ordem da Fênix – ele entregou a foto que segurava para um menino da Grifinória na outra ponta do circulo e ele foi passando de mão em mão – Essa é uma foto da formação original da Ordem. Muitos de vocês vão reconhecer pais e parentes na foto. - Olha, achei minha mãe! – Haley falou empolgada e nos juntamos para ver também – E meu pai, e o de vocês também, que legal! - Algumas pessoas dessa foto também estão na segunda formação, mas a maioria morreu durante a primeira guerra. Foram muitas baixas de bruxos excepcionais e muito bem preparados. Nenhum de vocês deve sair de Hogwarts achando que é o bruxo mais poderoso do mundo porque se formaram com “O” nos N.I.E.M.s, pois às vezes as coisas simplesmente não funcionam como planejamos. Muitas vezes contamos com a sorte, somada a habilidade de duelar. - E esses desenhos? – Hiro perguntou apontando para o último papel em sua mão e tio George entregou a ele. - Isso são ilustrações dos feitiços que vamos começar a aprender hoje. O feitiço de desarmar e o feitiço do corpo preso. Todos de pé, formem duplas e com as varinhas em punho, repitam o que eu disser – levantamos depressa, animados, e formei dupla com Jamal. Keiko ficou com Haley e Hiro com JJ – Apontem a varinha para frente e repitam, sacudindo de leve: Expelliarmus! Apontei minha varinha para Jamal e dizendo o encantamento como ele ensinou, fiz sua varinha voar antes que ele pudesse perceber. Sorri animada e ele a recuperou, fazendo o mesmo comigo. Tudo que se ouvia na sala eram os alunos repetindo o feitiço enquanto tentavam desarmar os parceiros e aqueles que não conseguiam sacudiam a varinha com violência, como se fosse adiantar. Tio George ia passando de dupla em dupla corrigindo os erros e refazendo sobrancelhas queimadas, e depois de meia hora de treino todos já conseguiam desarmar o oponente sem dificuldade ou acidentes. - Muito bem, excelente, agora vamos ao segundo feitiço. Um de cada vez, aponte para o oponente e repita: Petrificus Totalus! - Pronta? – Jamal perguntou apontando a varinha pra mim e confirmei com a cabeça – Petrificus Totalus! Um raio azul claro me acertou e senti meus braços e pernas colarem no meu corpo e ele ficou totalmente rígido, me fazendo cair no colchão em seguida. Não conseguia mover um músculo sequer, mas estava completamente consciente e via e ouvia tudo na sala. O rosto de Jamal entrou no meu campo de visão e ele ria alto, chamando pelo meio tio. - Finite Incantatem! – ouvi tio George falar e um raio branco me acertou, permitindo que me movesse outra vez – Agora faça você, Clara. - É bem desconfortável esse feitiço... – falei sacudindo a cabeça e Jamal riu – Pronto? Petrificus Totalus! Jamal caiu chapado no chão e foi minha vez de rir dele, que movia os olhos de um lado para o outro parecendo agoniado. Olhei para o lado e vi Haley e Hiro no chão, imóveis também, enquanto Keiko e JJ riam e comemoravam a execução do feitiço. Tio George rodou a sala desfazendo o encantamento de um por um e nos posicionamos outra vez. Ele nos ensinou alguns outros feitiços mais simples, como o Densaugeo, que já conhecíamos; o Locomotor Mortis, que era feitiço da perna presa; e o Rictusempra, que fazia a pessoa rir sem parar. Os 5 feitiços combinados permitiram que duelássemos até o fim da aula, alternando entre eles como quiséssemos, desde que derrubássemos o adversário. Jamal e eu terminamos empatados em 2 x 2 e o desempate ficou marcado para a próxima aula, pois o sinal do almoço tocou e tio George ordenou que parássemos. - Sexta-feira vamos aprender a combater bicho-papão, então quero que leiam o capitulo 6 antes da aula, porque perguntas serão feitas! – tio George falou começando a refazer a arrumação da sala enquanto pegávamos nossas mochilas – E todos terão que responder ao menos uma, então é para todos lerem! - Ele podia dar só aula prática, não? – falei revirando os olhos enquanto saia da sala – Não vamos responder a nenhum quiz se encontrarmos um bicho-papão na rua. - Eu ouvi isso, Clara – tio George falou alto e meus amigos começaram a rir – Vai ser a primeira a responder a pergunta da próxima aula, então leia o capitulo. Fiz uma careta revoltada e eles riram mais ainda, mas achei melhor não responder, senão ele ia dizer que ia responder por toda a Sonserina. Tudo bem, eu faria o esforço de ler todo um capitulo dedicado ao bicho-papão. Ao menos na próxima aula enfrentaríamos um de verdade. Agora sim, DCAT era a melhor aula de Hogwarts! Saturday, February 14, 2009 Por Rebecca Storm Listen on that radio As loud as it can go Wanna dance until my feet can't feel the ground Say goodbye to all my fears One good song, they disappear And nothing in the world can bring me down - Jake, anda! – falei nervosa, consultando o relógio – Já são quase 17hs, eles entram daqui a pouco! - Calma! – Jake veio pulando num pé só enquanto calçava o tênis – Clara disse que ia avisá-lo, não temos tempo de voltar! - Olhe eles ali! Hand-clapping Hip-shaking Heart-breaking There's no faking What you feel when You're right at home Yeah Apontei para os portões da escola e vimos Clara caminhando apressada de mãos dadas com o tio Ben. Corremos até eles e Clara ficou dentro da escola enquanto tio Bem saia conosco na direção do pub onde estava acontecendo a Batalha das Bandas. Entramos pelos fundos, tínhamos passes de staff da banda, e logo avistamos Liz, John, Leonard e Chantal. Empurramos tio Ben para junto deles e sumi puxando Jake para os bastidores. Os meninos já estavam afinando os instrumentos quando chegamos e Nick nos olhou aliviado. Music's in my soul I can hear it everyday and every night It's the one thing on my mind Music's got control and I'm never letting go I just wanna play my music - Onde estavam?? – Connor perguntou agitado - Desculpa, fomos buscar o tio- Jake abriu a boca para falar e acertei uma cotovelada nele – Ouch! Isso dói! - Foram buscar quem? – Nick nos olhou desconfiado e olhei furiosa para Jake - O tio Ben está ai – falei o encarando firme, pois sabia que ele reagiria mal – E antes que fale alguma coisa, ele ficou muito chateado porque você não quis contar a ele. Disse que jamais perderia a apresentação. - Quem contou? – ele perguntou me encarando sério - Clara. Mas nós apoiamos, não vamos deixar que brigue com ela por isso. - Não vou brigar com ela – respondeu parecendo mais calmo – Está tudo bem, deixa pra lá. Já está na nossa vez, não quero pensar nisso agora. - Isso ai, parem de besteira! – Nigel bateu nas costas dele e sorriu – Vamos arrebentar! - Orcs! – Otter estendeu a mão e, um por um, colocamos as mãos sobre a dele. Got my six string on my back Don't need anything but that Everything I want is here with me So forget that fancy car I don't need to go that far What's driving me Is following my dreams yeah Jake e eu descemos de volta e nos juntamos aos outros e logo o apresentador anunciou o nome deles. Começamos a gritar e bater palmas e rapidamente contagiamos a maioria do publico, conseguíamos fazer muito barulho. Cada um assumiu sua posição e Connor pegou o microfone, saudando o pessoal e começando a cantar. Já sabíamos a letra de trás pra frente e cantávamos juntos, e não demorou até que tio Ben conseguisse cantar junto. Ele sorria animado vendo os meninos no palco e sabia que a briga dele com Nick por causa da banda chegaria ao fim muito em breve. Hand-clapping Earth-shaking Heart-breaking There's no faking What you feel when you're on a roll Yeah Quando a musica chegou ao fim, a platéia já havia ido ao delírio. De todas as bandas que se apresentaram, eles foram de longe a mais aplaudida. Os meninos saíram do palco vibrando muito e antes de sumirem, vi Nick olhar pro pai e sorrir, e tio Ben fez sinal de positivo para ele. Não havia mais nenhuma banda para tocar e ficamos aguardando ansiosos pelo anuncio do vencedor, que levaria um cheque de 1000 galeões e o direito de gravar uma musica com uma gravadora. Music's in my soul I can hear it everyday and every night it's the one thing on my mind Music's got control and I'm never letting go I just wanna play my music - Eles já ganharam – ouvi John comentar com Leonard e Jake concordou com eles – Não tem como perder, olha só a reação da galera! - Tomara que estejam certos – falei nervosa, olhando para o palco vazio. A cortina se mexeu e o apresentador saiu – É agora! - Já temos o resultado final! – ele falou dramático e as pessoas gritavam ainda mais. Apertei a mão de Jake, nervosa – Não foi fácil, mas nossos juizes chegaram a um consenso. A banda vencedora, que vai levar um cheque de 1000 galeões e o direito de ter sua música gravada é... – ele fez suspense e estava quase desmaiando de ansiedade – The Hinkpunks! - O que? – tio Ben exclamou indignado do meu lado – Que roubo! - Fala sério! – Jake gritou e começou a vaiar I can't imagine what I'd be like Without the sounds of all my heroes Singin' all my favorite songs So I can sing along A vaia dele se alastrou rapidamente e quando percebi, a platéia inteira vaiava e gritava o nome da banda dos meninos. Apenas algumas pessoas aplaudiam e a banda vencedora pegou a bolsinha com o premio e saiu depressa do palco. Saímos revoltamos do meio da multidão, voltando para os bastidores. Os meninos conversavam de braços cruzados, observando o movimento das outras bandas que perderam, e nos aproximamos. - Que marmelada esse concurso! – Jake falou irritado se juntando a eles – Eles nem foram tão bem assim, foi um concurso de beleza! - Não foi justo – Otter falou desanimado – A galera vibrou muito mais com a nossa musica. - Garotos, foi só uma derrota – tio Ben se aproximou também e apertou os ombros de Nick – Foi a primeira e não será a última, mas se vocês querem levar a sério, se a música é importante pra vocês, não desistam. Os Duendeiros não ganharam o primeiro festival que participaram, mas não desistimos. Nem sempre vai ser fácil. - É galera, foi só uma derrota, isso não quer dizer que não somos bons – Connor falou tentando animar os outros. - Vocês foram excelentes, não pensem o contrário. E não pensem também que não apoio a banda, ouviram? – ele sorriu para Nick e ele balançou a cabeça, sorrindo – Eu dou a maior força, mas vou sempre pegar no pé de vocês em relação aos estudos. E você vai refazer aquele trabalho, sem valer nota – ele bateu no ombro de Nick e todo mundo riu, incluindo o próprio. Music's in my soul I can hear it everyday and every night It's the one thing on my mind Music's got control and I'm never letting go I just wanna play my music all night long Tio Ben conseguiu animar todo mundo outra vez e deixamos o pub, voltando para o castelo. O banquete oferecido pela escola em comemoração ao dia dos namorados foi bem recheado, as comidas estavam maravilhosas, mas as ingerimos depressa. A festa da Sonserina era a pedida da noite e por volta das 20hs sai da Grifinória com Nigel. Eles sempre escolhiam dois calouros para ficarem na porta controlando a entrada dos alunos e os escolhidos da vez eram Clara e Jamal, que pareciam estar se divertindo bastante. Dava pra ver a animação dos dois em barrar as pessoas que não estivessem na lista, mandando que voltassem cheios de autoridade. Passamos sem problemas e rapidamente nos separamos. Connor estava parado conversando com um garoto da Lufa-Lufa e fui até eles. - O show de vocês foi irado, muito injusto aquela banda ganhar! – o garoto gesticulava indignado - Valeu, mas não foi dessa vez – Connor agradeceu sorrindo e me abraçou quando me aproximei – Na próxima vamos ganhar, pode ter certeza. - Vou falar com uma amiga que acabei de ver chegar, depois a gente se fala mais – ele apertou a mão de Connor e sorriu pra mim antes de sair. - Já está distribuindo autografo? – mexi com ele e ele riu, negando. - Vocês fizeram um ótimo trabalho de divulgação, acho que quase todos os alunos que estavam em Hogsmeade assistiram a nossa apresentação. - Jake e eu somos os assessores da banda, tínhamos que divulgar, ora. - A vingança de vocês deu certo? – Connor indicou John com a cabeça e olhei. Ele dançava com uma menina que sabia ser da Sonserina – Ele parecia bem sem graça quando me viu beijando você. - É, ele ficou bem abalado mesmo – respondi tentando não corar na frente dele, só com a simples menção do beijo – Nem eu sabia que você ia fazer aquilo. - Foi pra dar mais realismo – Connor deu de ombros, rindo – Ele acreditou, não? Então funcionou. Quer dançar? Ele estendeu o braço sorrindo e segurei, deixando ele me guiar pro meio do pessoal que dançava animado no meio do salão. Os meninos tinham afastado os sofás para sobrar mais espaço e ficamos com uma enorme pista de dança. Connor era o mais divertido dos meninos. Sabia medir sua porção nerd com a porção descolada muito bem e não conhecia ninguém no castelo que não gostasse dele. Vivia cercado de garotas, mas nunca soube de nenhuma namorada oficial. E enquanto dançava com ele, sentia algumas meninas nos olhando de lado. Ele também percebeu e, para provocá-las, me puxava o tempo todo para cima dele. Era difícil resistir, mas não tinha coragem de tomar uma iniciativa. Connor me via apenas como uma amiga, uma irmã, como ele já disse uma vez, e tinha medo de estragar nossa amizade. Mas em dado momento da festa, um estalo alto foi ouvido e de repente tudo se apagou. A masmorra foi tomada pela escuridão e vários alunos gritaram, mas muitos davam gritos animados. Era impossível enxergar qualquer coisa ou alguém. Ouvi Connor do meu lado chamando pelo Nick e não me contive. Procurei sua mão e, ao reconhecer com o tato o anel que usava, o puxei para cima de mim e o beijei. Senti-o segurar meu rosto e corresponder ao beijo, mas o cortei logo depois e corri no escuro pelo meio das pessoas. Quando a luz acendeu outra vez, já estava longe dele. Sentei no sofá e abaixei a cabeça, sem fôlego. Estava confusa e ofegante, mas não pude evitar o sorriso que se formou no meu rosto. E ele não ia sumir por um longo tempo. N.A.: Connect 3 – Play My Music Das anotações de Lizzie O’Hara Weasley Depois da aula mal sucedida de Hagrid para o terceiro ano, a professora McGonnagal pediu que as aulas dele fossem um pouco menos ‘animadas’ então ele teria que usar bichos comuns como tronquilhos, vermes cegos, nada que machucasse os alunos por um tempo, claro que Hagrid não ficou feliz, mas já que o hipogrifo não corria o risco de ser sacrificado, ele se conformou. No final do dia ele mandou para o castelo um prato de biscoitos feitos por ele, para agradecer os cuidados que eu e John demos aos bichos enquanto ele levava o aluno para a enfermaria. Como sabemos que ele não tem o menor talento culinário, meu irmão por ‘acidente’ deixou o prato cair no chão e nos livramos de uma dor de barriga fatal, porque os biscoitos estavam muito duros e nem se desmancharam quando caíram, claro que não contaríamos a ele este detalhe. Como era a semana do dia dos namorados o castelo estava todo enfeitado e quase todas as salas tinham corações, fitas penduradas no teto, e sempre se viam duendes com asinhas levando recadinhos cochichados aos alunos durante os intervalos de aula, e era até engraçado porque até amigos enviavam recadinhos amorosos uns aos outros. No sábado teríamos o passeio a Hogsmeade, e um jantar no salão principal, mas eu sabia que na Sonserina eles estavam armando uma tremenda festa, e pelos corredores não se falava de outra coisa. Porém não era só isso que atraía a minha atenção. Desde o incidente com o hipogrifo, Johny andava mais sério e varias vezes durante as aulas com os sonserinos, eu o peguei observando a Blair, e quando ela se virava para ele, ele abaixava a cabeça rápido todo sem graça e o interessante era que o contrário também acontecia. Cutuquei Chantal e discretamente mostrei o que estava acontecendo. Sorrimos cúmplices. Isso ainda iria render alguma gozação... o-o-o-o-o-o-oo- Sábado, horário de saída para Hogsmeade... Eu, Johny, C.C. e Léo iríamos juntos para o vilarejo, mas antes de chegar até lá, tínhamos que passar pelo zelador e sua gata Madame Nora II, ou como ele a chamava “Norinha”. Filch lia a lista dos alunos liberados para ir a Hosgmeade na entrada do castelo e quando chegou em nossos nomes apontou ameaçador o dedo sujo em nossa direção: - Olha aqui Weasleys, não quero saber de bombas de bosta no castelo hein? Vou verificar todos quando chegarem e se eu pegar só uma bomba vou atrás de vocês, porque são sempre os culpados. Estão entendendo?? -Estamos sim, senhor Filch, tenho certeza que ninguém vai trazer bombas de bosta para o castelo, te dou a minha palavra. - respondeu John e o velho ainda o olhou com os olhos apertados antes de nos liberar contrariado. Pegamos o caminho para o vilarejo e C.C. comentou: - Sabe que se alguém aparecer com uma bomba de bosta, o velhote vai atrás de vocês. Ele e Leonardo riram, e John nos explicou: - O estoque de bombas de bosta e vários logros novos já estão guardados no castelo, espalhei para os alunos comprarem comigo porque vou dar desconto. - E como você conseguiu uma quantidade destas?Porque eu não vi você recebendo nada do tio George... - Pedi para ele mandar ao Jamal. Sabia que Filch não verifica as coisas do filho do Ministro como faz com os outros alunos ‘suspeitos’?? - rimos com sua idéia brilhante. Quando chegamos no vilarejo encontrei Garret me esperando, ele acenou para John que retribuiu e quando nos separamos, combinamos de nos encontrar no pub novo na hora da batalha das bandas, e claro íamos todos torcer para a Orcs, afinal era a banda do Nick e do Connor. o-o-o-o-o-o-o- Hora da festa na Sonserina Depois que voltamos ao castelo cantando a músicas que a “Orcs” tocou na batalha das bandas, fui me arrumar para festa e avisei ao John que era para ele se arrumar também, porque ele iria comigo até a festa dos sonserinos. Ele estranhou, mas quando disse que eu havia notado o interesse dele pela Blair, e que se ele não fosse tão devagar, ela poderia ter convidado ele pra festa, ele sorriu e foi se arrumar. Claro que eu precisei dar uma ajuda, mas no final ele até ficou apresentável. Fomos para a festa e ao chegarmos lá, Clara e Jamal eram os porteiros e sorriram debochados quando viram John, comigo. Quando entramos no salão, a festa já estava super animada, era a primeira vez que eu entrava lá, e fiquei impressionada, com toda a arrumação. Havia balões prateados, muita comida e bebida à vontade, as masmorras não eram assustadoras, como falavam as más línguas. Começamos a procurar Garret e Blair no meio dos convidados, perguntamos a uma garota se os tinha visto e ela indicou onde eles estavam. Quando os encontramos, eles estavam rindo muito enquanto se abraçavam. Meus olhos ficaram úmidos, e John ficou rígido ao meu lado. Eles devem ter nos percebido porque se viraram para nós e nos viram. Achei que Garret quando me visse, fosse fazer aquela cena de largar a garota e vir se explicar, mas ele sorriu e veio andando com o braço em volta dos ombros dela, para o nosso lado, ambos sorrindo. Aí ele a soltou e veio para o meu lado, para me beijar, e eu virei o rosto. Estava difícil de segurar as lágrimas, e eu não iria chorar na frente de um garoto que eu achava importante para mim. - Quero ir embora John.- disse baixo e Garret perguntou: - O que houve Liz? Aconteceu alguma coisa John? - e ele olhou para Blair e ela também estava curiosa, e eu não agüentei e disse de uma vez: - O que houve foi você me convidar para vir a esta festa, sendo que você já tinha uma acompanhante. Você não é tão grande coisa assim, para que eu tenha que pegar senha para disputar sua atenção. - e comecei a andar para sair dali, quando ele me segurou. Eu fazia força para engolir o nó que se avolumava na minha garganta: - Liz espera, não é o que você pensa... - Não mesmo, afinal o que me importa? Nem namorados somos. Ainda bem não é? - Elizabeth, escute ao Garret, está havendo uma pequena confusão aqui. John?- e John estava tão tenso quanto eu, enquanto olhava para Blair. - Não há confusão alguma. Você está com o Garret, foi isso que vimos, Blair. - Eu gosto de você Liz, não ficaria com outra garota, não numa festa como esta...Blair e eu... - Não quero saber sobre vocês, me solta que vou embora. - Solta a minha irmã, Donovan, você já fez muito por hoje...- disse John e vi seu punho fechado, Garret também percebeu e disse antes que John batesse nele: - Blair é minha irmã! - quando ele disse isso aquele nó na minha garganta começou a se desfazer e eu pisquei confusa. Olhei para eles e eles eram tão diferentes, John fazia o mesmo e Blair explicou, entendendo as nossas dúvidas: - Meu pai se casou com a mãe do Garret, quando eu tinha uns 4 anos. Fomos criados como irmãos, nunca haveria nada entre nós. - Você vai ficar na festa ou ainda vai embora? - Garret perguntou sério enquanto me soltava e eu respondi do mesmo jeito. - Você quer que eu fique?- e ele passou a mão no meu rosto. - Sim, eu quero que você fique comigo. Olhei para meu irmão e ele disse tranqüilo: - Eu vou conversar com o pessoal por aí...- e nesta hora Garret olhou para a irmã dele e ela disse vermelha: - Se quiser eu mostro a Sonserina para você John...- e meu irmão sorriu aceitando e foram caminhar pelas masmorras, vi quando meu irmão segurou a mão dela e sorri. Quando me virei para encarar Garret, ele venceu a distancia entre nós e me beijou. Ele me levou para a pista de dança e dançamos várias musicas, quando ele me puxou para sairmos dali. Entramos em alguns túneis e íamos encontrando casais que queriam um pouco menos de agitação, quando paramos, no que parecia ser uma sacada, mas não dava para ver os jardins da escola e nem o céu, pelo estado das paredes ainda estávamos nas masmorras. Ele tirou das vestes um pacote pequeno e me deu. - Um presente para mim? Porque? - perguntei olhando para o embrulho enfeitado com um laço cor de rosa. Dentro havia um coração de cristal rosa, em uma fina corrente prateada. - Porque seu aniversário está perto e eu queria ser o primeiro a dar um presente para minha linda namorada. - olhei para ele e sorri marota: - Ok, sou linda, mas namorada? Não estava sabendo disso...- e ele entendeu o que eu queria dizer: - Elizabeth Weasley, quer ser a minha namorada?- e eu fingi pensar um pouco. - Sim, eu quero Garret Donovan.- e fiquei na ponta dos pés para beijá-lo, e ele me levantou no colo me girando, enquanto ríamos felizes. Yeah you and me we can ride on a star If you stay with me girl We can rule the world Yeah you and me, we can light up the sky If you stay by my side We can rule the world All the stars are coming out tonight (oooooooh) They're lighting up the sky tonight For you, for you All the stars are coming out tonight They're lighting up the sky tonight For you,for you N.Autora: Rule the World, Take That Wednesday, February 11, 2009 - Quem é a garota nova? Foi transferida?- perguntei para Leonardo durante o café da manha, quando notei uma garota bonita, sentada na mesa da Corvinal rindo com algumas amigas. Leo não demorou em localizar para onde eu olhava e disse: - Enlouqueceu? Aquela é a Blair McHale, ela fez a seleção com a gente. - Sorriso Metálico McHale??- perguntei incrédulo, e ele disse; - Não é mais metálico, ela tirou o aparelho, há tempos. Fiquei olhando para a garota que havia feito a seleção conosco e notei que ela estava muito diferente de 2 anos atrás, quando usava óculos de fundo de garrafa, aparelho nos dentes e tranças que eu sempre puxava para irritá-la quando tinha uma chance. Ainda olhava para ela quando ela se virou e ainda sorrindo nossos olhares se encontraram, e sem que eu me desse conta eu sorri de volta para ela antes dela se virar e continuar conversando com as amigas. Voltei a comer, porque o dia seria longo, pelo menos a chuva havia parado... o-o-o-o-o-o-o Após o almoço, rumamos para a aula de Trato das Criaturas Mágicas, e o céu estava claro e tinha até um sol tímido saindo por entre as nuvens. Leo e Chantal ainda tentavam fazer com que eu e Lizzie conversássemos, mas era inútil. Nem mesmo falar sobre o passeio a Hogsmeade no sábado dia dos namorados, nos animava. Tudo que conseguiam de nós era o silêncio, enquanto descíamos os gramados em direção à cabana de Hagrid, na orla da Floresta Proibida, juntos com os alunos da Sonserina. Hagrid já estava à porta da cabana, usando seu casaco de pele de toupeira e nos acenou quando chegamos, e disse a todos: - Vamos me sigam, hoje tenho uma coisa ótima para vocês. Algo que todos vão adorar. Fiquei apreensivo e olhei para Lizzie, que tinha o mesmo olhar preocupado que o meu, mas nos lembramos que estávamos brigados e viramos a cara, seguindo o professor. Contornamos a Orla da Floresta, e logo chegamos a um picadeiro, que aparentemente estava vazio. Hagrid entrou um pouco na floresta e confesso que prendi o fôlego: todos sabiam da predileção de Hagrid por monstros e isso não mudou com o passar dos anos. Não demorou muito tempo e ele voltou puxando vários hipogrifos, quer apesar de terem corpo, pernas traseiras e caudas de cavalo, e as pernas dianteiras, asas e a cabeça que lembravam uma águia, era uma das criaturas mais fantásticas que eu já tinha visto. Procurei e avistei Hagrid segurando as correntes, e quando ele se aproximou da cerca, amarrou os bichos, com espaço para que os animeis pudessem se deitar se quisessem. Bicuço era o último da fila e de longe era o mais adaptado e relaxado. Após o choque dos alunos que nunca haviam visto um hipogrifo antes, o professor explicou: - Como vocês já devem saber eles são hipogrifos. São criaturas muito orgulhosas e se ofendem com facilidade. Como cortesia, vocês vão ate ele e fazem uma reverencia e ai vocês esperam, se o bicho retribuir o cumprimento, vocês se aproximam, se não o fizer, saiam de perto dele bem depressa, pra evitar algum acidente com as garras deles, que machucam feio. Quem quer ser o primeiro?- ele perguntou e já olhou direto para mim e Liz, como se pedisse uma ajuda. Caminhamos cada um para um hipogrifo e Bicuço quando nos viu chegando, se levantou e se aproximou sozinho. Fizemos a reverência e ele a retribuiu, nos deixando acariciar a cabeça dele. Os outros alunos começaram a fazer o mesmo, e vi quando Blair, estava cumprimentando um hipogrifo castanho, que parecia bem jovem, ainda estava trocando as penas. O colega dela, McPhee fez o mesmo, mas quando chegou a vez de Kevin Smith, um garoto que dividia o nosso dormitório na Grifinória e era extremamente mau humorado, a coisa mudou. Ele acariciava o bicho com desprezo e disse provocando: - Isso é muito fácil, devemos ter a nota máxima na aula hoje. E pensar que a escola tem coragem de pagar pra este bobalhão nos dar aula... O que este bicudo feioso tem de perigoso?- antes que ele se desse conta as garras de aço fizeram um breve movimento, e ele soltava um grito de dor, o bicho se assustou e levantou as asas e jogou os outros dois no chão. Olhei para minha irmã e nossa reação foi automática. Liz e eu corremos para os lados dele, com as varinhas em punho e eu disse: - No três! 1,2,3... Encarcerous!- e finas correntes saíram de nossas varinhas e se enrolaram no bicho impedindo-o de voar. Hagrid veio correndo e o segurou, impedindo-o de avançar no garoto. Dava para ouvir o pânico na voz do professor, por cima dos gritos do Smith: - De novo não!- enquanto levantava o garoto no colo sem esforço, me aproximei deles e disse bravo: - Pára de gritar feito um maricas, Smith, tá assustando os outros bichos, e eles podem atacar os outros alunos. - Hagrid olhou para os animais preocupado e eu disse: - Leva ele, eu a Liz cuidamos de tudo, tio Hagrid. - ele sacudiu a cabeça peluda e começou a correr para o castelo, deixando alguns pingos de sangue para trás e alguns alunos, começaram a segui-los. Leonardo e Chantal ajudaram a levantar os dois alunos que caíram, e os tiraram para fora do picadeiro. Lizzie e eu começamos a levar os hipogrifos para um lugar mais seguro e foi fácil encontrar onde eles ficavam, estava cheio de doninhas mortas e os deixamos lá se alimentando. Trabalhávamos bem juntos, era como estar em casa, e lembrei por mais que a gente brigasse, ela era a minha irmã e sempre seria parte da minha vida. E o mais importante era ela ser feliz não era? Olhei para ela e disse: - Desculpa, não devia ter dito aquilo sobre você. Você é uma garota bonita e o Garret tem muita sorte de você se interessar por ele. Não me intrometo mais. - ela me olhou e disse: - Está desculpado, mas isso não significa que gosto de você. Isso é só uma trégua ok? - ela disse me empurrando e eu ri enquanto voltávamos para o picadeiro. Leonardo, Chantal estavam nos esperando e notei que Blair e Jordan McPhee ainda estavam por lá também. Ela levantou os olhos quando nos viu voltando e disse: - Obrigada. Vocês foram demais. - e Jordan concordou e eu senti minhas orelhas esquentarem. Torci para que ninguém notasse. Saímos dali e caminhamos de volta pra o castelo, teríamos o resto do dia livre e os outros começaram a andar mais rápido para aproveitar o resto do dia, e foram se distanciando. Eu olhei para ela e puxei conversa: - Você está diferente... - Tirei o aparelho dos dentes... - Não é isso...Você está...Bonita. - Antes eu era feia? Obrigada. - Sim, quer dizer não. Não! Parabéns otário, acabou de dizer para uma garota que ela é feia. - disse sem graça enquanto ela me olhava crítica e acabou rindo. -Não precisa de desculpar John, você não me chamava de sorriso metálico à toa. - e eu disse envergonhado: - Eu fui maldoso com você não é? Eu era muito estúpido. - Crianças costumam ser maldosas, mas já passou. Eu superei. -continuamos andando e quando chegamos na porta principal, nossos amigos nos esperavam começamos a nos despedir e uma idéia louca me fez dizer rápido: - Você quer ir ao passeio a Hogsmeade comigo no sábado? - nada havia me preparado para o que ela me respondeu: - Eu sou da Sonserina, você nos odeia. Todo mundo sabe disso. Novamente obrigada pela ajuda, John. - e foi embora para o castelo e eu senti que meu rosto atingia todos os tons de vermelho que existiam no mundo e pensava que por ter atitudes idiotas, acabei de arruinar o que poderia ser o meu primeiro encontro. - Comecem a ler o capítulo 12, vamos discutir sobre ele na próxima aula – meu pai fechou o livro que tinha na mão e a turma já começou a levantar – Estão dispensados, podem ir. Nicholas espere um pouco, quero falar com você. Connor e Nigel levantaram e fizeram sinal de que me encontrariam no salão principal, saindo da sala. Era a semana do dia dos namorados e o castelo, incluindo as salas de aula, já estava todo decorado. Alguns duendes percorriam os corredores cochichando com os alunos que pretendiam mandar recadinhos embaraçosos para outras pessoas e até agora ninguém sabia se a escola faria algum tipo de festa. Sabíamos apenas que haveria um banquete, mas nada mais. Guardei meu material sem pressa e quando a sala já estava vazia, caminhei até a mesa dele afastando com a mão as fitas vermelhas que caiam do teto. - Aconteceu alguma coisa? – perguntei parando em frente a ele - Sim, aconteceu – ele puxou um rolo de pergaminho da pilha em cima da mesa e abriu, me entregando – Que trabalho é esse que você me entregou? Foi você mesmo quem fez? - Sim, é meu – olhei para o pergaminho e depois o encarei – Por quê? - Porque isso não pode ter sido feito pelo meu filho – ele respondeu contrariado, mas continuei a encará-lo sem piscar – Sabe que nota terei que atribuir a isso? Um F! Seria um D, mas consegui extrair certa lógica em algumas linhas. O que aconteceu, Nicholas? Você sabe a matéria! - Eu não tive tempo de fazer o trabalho, estava ocupado – respondi dando de ombros. - Ocupado? E o que pode ser tão importante que fez você deixar os estudos de lado? – ele tentava soar descontraído, mas sabia que estava ficando cada vez mais fulo. - Jake tinha algumas músicas novas que precisavam de melodia e isso nos tomou um bom tempo, então... - Ah, a banda! – ele gesticulou impaciente e acabei ficando irritado também – Nicholas, você não tem mais 14 anos! Tem 18, e está há 4 meses de prestas seus N.I.E.M.s! Não pode mais se dar ao luxo de perder algumas horas de estudo para brincar de ser roqueiro! - Brincar de ser roqueiro? É isso que pensa que faço? Que a banda é só um passatempo? Pois não é! E estou pouco me lixando pros N.I.E.M.s! De que eles vão ser úteis, se não vou seguir nenhuma carreira imposta por ele? - Você não pode estar falando sério! Não tem nenhuma carreira naquela extensa lista que queira seguir? Você não pode simplesmente apostar todas as suas fichas em uma banda de escola! - Você fez o mesmo! Os Duendeiros começaram em Hogwarts e fizeram sucesso! Não pode querer me dar sermão por isso! - Eu tinha um plano B, me formei com as melhores notas possíveis e entrei pra academia de aurores, eu tenho uma profissão! – papai falava exaltado – Não apostei tudo na música e não vou deixar que faça diferente! Connor tem um plano B, Nigel tem um plano B, onde está o seu? - Eu não sou Connor e Nigel! – gritei de volta no mesmo tom – Parabéns se eles não levam fé na música e querem ter para onde correr se tudo der errado, eu posso continuar sem eles! – ajeitei a mochila nas costas e virei em direção a porta - Nicholas, volte aqui! – ele gritou nervoso, mas ignorei – Não acabamos a conversa! - Acabamos sim! Tenho que ler o capítulo do livro que você mandou. Melhor fazer isso agora, antes que fique sem tempo! Sai da sala sem olhar pra trás e bati a porta com raiva, mas ao invés de encontrar os garotos no salão principal para jantar, fui direto para o salão comunal. Tinha perdido a fome e estava de cabeça quente, precisava relaxar. O salão ainda estava vazio e me atirei no sofá com os pés por cima dos braços dele, fechando os olhos. Acabei cochilando e acordei com alguém me sacudindo algum tempo depois. Abri os olhos sonolento e vi a figura de Connor de pé do meu lado, já sem o uniforme da escola. - O que houve? – perguntou se atirando no sofá quando sentei – Ficamos esperando você até agora. Quando vimos seu pai aparecer pro jantar, deduzimos que tinha desistido. - Você foi falar com ele que queria ser auror, não foi? – perguntei irritado e Connor me olhava confuso – Você tinha que ir lá e contar! - Está falando do seu pai? – ele perguntou me olhando sem entender e confirmei com a cabeça – Fui mesmo, ele é um auror e queria tirar algumas dúvidas. - Seu irmão é auror, por que não pergunta as coisas a ele? - Porque meu irmão mora em Nova York e o seu pai está aqui! Qual é o seu problema, Nick? O que aconteceu? - Ele está me atormentando porque não escolhi uma profissão para seguir. E você e Nigel foram falar pra ele sobre as carreiras que escolheram caso não consigam sobreviver com a banda e agora ele quer que eu tenha um plano B também! Só que eu não tenho! - Desculpa, não sabia que ele ia pegar no seu pé. Na verdade, nem sabia que você não tinha nada em mente, você sempre disse que tinha tudo sob controle e fugia do assunto. - Eu tentei. Juro. Mas nada me atraiu. Não vou conseguir trabalhar trancado em um escritório, isso não é pra mim! - Mas são tantas opções, não é possível que absolutamente nada tenha despertado seu interesse! Nunca pensou em ser auror como ele? Não pode reclamar que terá que trabalhar trancado em uma sala! - Com as minhas notas o máximo que consigo na academia de aurores é uma vaga para recolher as toalhas dos treinamentos – falei debochado e ele riu - Bom, nunca é tarde pra recuperar isso – ele bateu nas minhas costas animado – Se quiser, posso ajudar. Vamos rever aquela lista, tenho certeza que vamos encontrar alguma coisa que você consiga se encaixar. - É, pode ser... Mas amanha, ok? Hoje não estou com paciência. - Claro, amanha – Connor sorriu satisfeito e apoiou as mãos na nuca, encostando-se ao sofá – Você falou com ele de sábado? - Claro que não. Ainda mais depois da reação dele! - Acho que ele ia gostar de saber que vamos participar da “Batalha das Bandas”, Nick – Connor me recriminou – Eu iria gostar de assistir a um show do meu filho. - Bom, eu não vou contar, pode esquecer – disse taxativo e levantei – Vou até o salão ver se ainda sobrou alguma sobremesa. Sai da Sonserina direto para o salão principal e já havia decidido que não contaria ao meu pai sobre a Batalha das Bandas em Hogsmeade no sábado. Se ele não aprovava a escolha que tinha feito, não tinha motivos para querer ver nossa banda tocar. E não ia me preocupar com isso, pois tinha coisas mais importantes acontecendo naquele momento, como o show e a festa de dia dos namorados que estávamos organizando na casa, para a noite de sábado. Era nossa responsabilidade não deixar a festa sair do controle, limitando a entrada dos alunos, e aquilo sim era assunto de extrema importância. Os N.I.E.M.s teriam que esperar. |