Wednesday, July 29, 2009


Segunda semana de Julho de 2011

Algumas das anotações de Haley McGregor Warrick

O dia do casamento do Ty amanheceu claro, e ensolarado e como minha mãe estava comandando a organização do casamento é claro que tudo já estava pronto e perfeito.
Na verdade acho que era uma espécie de realização de um sonho da minha mãe. Como Rory e Ty deram carta branca a ela, ela fez tudo o que ela quis. Tinha banda vestida com ternos dos anos 60, garçons usando paletós brancos e cabelos bem penteados, muita comida, muita bebida, lembranças que eram uns bem casados embrulhados num papel fininho e amarrados com uma fita prateada e azul,docinhos diferentes que nós comíamos a toda hora, uma tenda enorme e branca onde seria realizada a cerimônia foi montada e enfeitada com muitas flores e até uma fonte foi instalada nos jardins, onde haviam mais flores. E quem realizaria o casamento, era um velho sacerdote escocês, amigo da minha avó. Frei McAvoy parecia o fantasma materializado da Lufa-Lufa, frei Gorducho, então era fácil gostar dele, e ele era bem engraçado. Como minha mãe convocou todo mundo para ajudar, ela me tirou do castigo, eu podia ir e vir à vontade, mas isso não foi uma boa coisa para mim: eu podia ir e vir fazendo as coisas para ela, então nada de poder nadar no rio, cavalgar sem rumo, dormir até tarde. Ela me levou junto a cada coisa que ela ia resolver para o casamento, até mesmo para comprar os tecidos das cortinas para todos os quartos da nossa casa, que ela resolveu mudar na ultima hora e é claro, ela quis roupas de cama novas, combinando. . Sim, minha mãe exagera quando o assunto é festa, deve ser seu espírito de lufana.

Na véspera do casamento, Ty e os amigos saíram para uma despedida de solteiro e Annia se encarregou de levar Rory para uma também. A noitada deve ter sido boa, porque Ty, voltou apagado para casa.
O amigo dele Iago Karkaroff, o carregou desmaiado no ombro como se ele fosse um saco de batatas, e os amigos riam muito. Os filhos destes amigos ficaram hospedados em minha casa então tinha muita comida, refrigerantes, muitos vídeo games, Johny e Lizzie vieram antes dos pais para ficar conosco, tia Morgan e tio Carlinhos só viriam na hora da festa, porque ela tinha plantão no hospital. E para ajudar a ‘cuidar’ de nós Nick, Connor e Rebecca se ofereceram então estava tudo liberado, parecia que estávamos de volta à escola.
Tudo seria perfeito, se o amigo mala do Julian, o índio, não ficasse me provocando, enquanto babava em cima da Rebecca e da Gaia, mas eu havia prometido pra minha mãe que não iria bagunçar o casamento do Ty, então eu ignorava, mas estava ficando difícil contar até 10. Ele só parou quando Julian falou com ele num canto, e não deu pra ouvir. Daí em diante foi fácil, fingir que ele não existia.

Na hora do casamento, Mary e Beatrice e Annabeth tinham mapas e iam indicando os lugares dos convidados. O time todo do Vratsa estava presente, e até Victor Krum compareceu. Meus amigos estavam todos arrumados e fomos colocados bem na frente. Quando a música das gaitas de fole começou, Ty atravessou o corredor de braço dado com minha mãe. Ela usava o tartan combinando com as cores do clã, e eles estavam muito bonitos juntos. Os olhos de minha mãe brilhavam, e meu irmão estava todo animado, sorrindo de uma orelha a outra.
Não demorou e as gaitas começaram outra musica, e as gêmeas da Annia entraram jogando pétalas de rosas brancas para a entrada da noiva, e Rory estava incrível no vestido dela. Era um vestido simples, mas com pontos brilhantes e ela também parecia brilhar, enquanto caminhava para o altar ao encontro do meu irmão, que havia parado de sorrir e estava todo sério.
Foi uma cerimônia muito bonita e a festa então foi espetacular. Era engraçado ver Julian de queixo caído vendo aquele monte de jogador de quadribol famoso e meu sobrinho mais velho é tão CdF, que quando ele conheceu Reno Flamel, achei que ele fosse desmaiar de emoção rsrs.
Estávamos numa mesa só para nós, e conversamos sobre a festa, os convidados dos noivos, e íamos comentando sobre as roupas de nossos padrinhos quando Arte comentou:
- Adorei que meu padrinho estava de kilt, ele ficou muito elegante.
- Sim, nosso padrinho fica muito legal naquela roupa dele. Mas tem que ser valente pra usar aquilo sem nada por baixo, eu não consigo. - Hiro comentou e rimos, então Jamal perguntou:
- E quem sãos os seus padrinhos Julian? Os seus tios?
- Não tenho padrinhos...- ele respondeu e nós o encaramos:
- Como assim não tem padrinho? Todo mundo tem padrinho...- comentou J.J. e Julian disse:
- Minha mãe disse que eu deveria escolher um, quando chegasse a hora.
- Nossa, que legal. E se você fosse escolher alguém daqui, quem seria?? - quis saber Kika e Julian respondeu rápido:
- Gabriel e Miyako, eles são muito legais.
Keiko saiu correndo e foi falar com Miyako, que quando se levantou da mesa com a ajuda do marido, arrancou alguns risos das pessoas em volta e foi andando num gingado até Gabriel e Ty logo se aproximou quando percebeu a agitação dela. Ele chamou a Rory e ela após alguns comentários acenou positivamente, e Ty foi atrás da minha mãe, enquanto Gabriel, Miyako vinham até a nossa mesa, e Jamal comentou baixinho:
- Acho que de dentro da tia Miyako vai sair um super bebê, ela está tão grande...
- Não deixa ela te ouvir, ou ela te deserda. - Clara comentou de volta, e ele ficou calado.
Miyako e Gabriel se aproximaram da mesa e já foram logo puxando Julian:
- Vamos batizar você. Você quer??.- disse Miyako e Ty se aproximava com a esposa logo atrás.
- É filho, vamos aproveitar que todos estão aqui e fazer as coisas direito. - e notei que era uma espetada na Rory, mas ela continuou séria. Mas Julian sorriu todo contente concordando.
E dali em diante as coisas pareciam um trem descarrilhado. O frei McAvoy foi convocado e após ouvir o que Miyako queria, deu instruções como se fosse um general, e minha mãe junto com nossas tias correram para providenciar tudo, Julian foi levado para dentro e quando saiu usava um camisolão branco, foi difícil não rir, mas uma olhada feia das nossas mães, nos fez segurar o riso ou na melhor das hipóteses disfarçar com muita tosse.
Quando Julian foi ungido com óleo, o frei devia estar um pouco alterado pelos vários copos de wisky de fogo que tomou, porque derrubou o vidro todo na cabeça dele, aí era a hora de jogar água na cabeça, o padre nem pensou muito, empurrou Julian dentro da fonte, ele foi pego desprevenido, porque quando veio à superfície, tossia engasgado com a água, mas todos aplaudiram eufóricos quando o frei o chamou pelo seu nome de batismo: Julian Thomas Montpellier McGregor. Vovó Virna e tia Millie choraram e minha mãe enxugou umas lágrimas discretas.
Depois da cerimônia, ele foi se arrumar e todos voltaram para a festa super animados, afinal um casamento, um batizado surpresa no mesmo dia, era motivo de celebração em dobro.
Alguns convidados começaram a ir embora, e logo só estava a família presente. Claro, uma família de umas 150 pessoas, mas ainda sim a família. Ty depois de dançar com vovó Virna, me puxou para dançar prometendo dançar com as meninas também.Enquanto nós dançávamos vimos quando Miyako que dançava com seu marido Tiago, se dobrou gemendo de dor enquanto segurava a barriga. Tia Louise correu até ela, e quando a examinou rápido, percebeu que o bebê dela estava vindo e seria logo. Os vários curandeiros ajudaram a preparar as coisas para o parto dela, e depois tia Louise, Morgan e tia Mirian se encarregaram do parto em si.
Como estava demorando e os adultos não iam nos deixar ficar por perto, ficamos na sala de jogos, e quando tio Sergei entrou gritando que o neto dele havia nascido e que Miyako estava bem, todos pulamos e gritamos felizes, afinal era mais um bebê para ser mimado por nós.
Agora sim, posso dizer que minha família quando faz uma festa, ela realmente capricha.