Tuesday, August 04, 2009 Setembro de 2011 Alguns relatos de Julian Montpellier McGregor O inicio do meu segundo ano em Hogwarts havia sido incrível. Quando voltamos para a escola em setembro, muita coisa havia acontecido: meus pais haviam se casado, eu tive férias incríveis no rancho com Justin, Haley descobriu o nome do espírito que acompanhava a Ártemis e ele avisou que o Chronos seriam atacados por vampiros e criaturas das trevas, e foi horrível quando papai saiu no meio da noite com minha avó, tio Logan, e uma Haley chorando nervosa, para ir até a casa dos Chronos e avisá-los. Quando eles saíram Ethan, nos mandou para dentro e agitou a varinha, e ele estava acionando as defesas do rancho. E não demorou muito alguns peões começarem a chegar na sede, e Ethan os mandou ficar em alerta. Minha mãe perguntou o que significava tudo aquilo, e então ele nos contou um pouco sobre a guerra dos vampiros e o porque da Haley ter ficado tão desesperada. Claro que com o aviso, eles puderam preparar um contra ataque e no final, muitos inimigos dos Chronos foram derrotados, inclusive uns monstros que eu nunca havia ouvido falar mas com as descrições da Haley consegui ter uma idéia do que era esta guerra com os vampiros, e como nossas famílias eram aliadas, isso significava que um dia eu estaria bem no meio da ação junto com eles. Que demais! o-o-o-o-o Era o feriado das festas de final de ano, eu e Haley voltaríamos para casa com Ethan, ou melhor tio Ethan, ele ficava todo contente quando eu o chamava de tio, eu havia ganhado um monte de tios, e eles eram muito legais. Nossas festas de final de ano, seriam na Escócia, na casa da bisavó Virna, e eu estava contanto os minutos. Já tínhamos uma programação que incluía andar de trenó, fazer guerras de neve, com direito a construir um forte, claro que com a quantidade de gente, nós iríamos até jogar quadribol, já que eu e Haley havíamos entrado para os times de nossas casas, e eu não me agüentava de expectativa de poder jogar uma partida com meu pai e minha avó. Passamos a manhã construindo um forte, e eu, Haley e Olívia, fomos buscar comida para fazer um picnic no forte, e acabei ouvindo uma conversa quando me aproximava da cozinha: - Ty e Rory brigaram de novo... - Que droga de casamento é este? Nenhum dos dois se esforça para dar certo....São dois teimosos. - Eles não deviam ter se casado por causa de uma lei ridicula. Imagina, ter que viver um casamento para poder legitimar um filho, quando ele é reconhecidamente seu, é muita estupidez.... Eu ouvi aquilo e juntei as peças do que estava na minha frente e eu me recusei a ver. Virei-me para sair e Olívia, tinha um olhar presunçoso, que me irritou, e perguntei baixo: - Você sabe que lei é esta??- e ela me olhou superior. - Não é você o neto super inteligente?? - Não estou com paciência para seus ciúmes infantis Olívia, se você sabe do que se trata fala logo. - É a lei de sucessão. Papai precisa ficar casado com sua mãe por um ano para que você seja o seu herdeiro legitimo, caso isso não aconteça, ele terá que fazer um testamento beneficiando você, que poderá usar o sobrenome dele, mas não poderá comandar a família como o filho mais velho. Você não achou realmente que meu pai casou por amor não é? Ele sempre vai amar a minha mãe. - Olívia!- Haley se zangou com ela e ela disse dando de ombros: - Eu falei a verdade, não tenho culpa dele ser tão sensível. Aposto que sua mãe está chorando de novo. Ooops, ela não quer que você saiba que ela tem chorado. - Você sabia Haley? - e vi minha amiga ficar embaraçada. - Sim, eu ouvi falar da lei, mas minha mãe disse para o meu pai que seus pais ainda se gostavam e que tudo daria certo. Desculpa por não te contar. - Pelo jeito vovó se enganou. - deixei-as sozinhas e fui para o quarto de minha mãe. Entrei no quarto e ouvi um soluço, andei devagar e encontrei minha mãe chorando. Quando ela me viu , ela tentou disfarçar e eu perguntei direto: - Você se casou com meu pai obrigada não é? - De onde você tirou isso? - Eu sei sobre a lei de sucessão, mãe. Você se casou com papai para que eu me tornasse o herdeiro dele, e agora está triste. - Não filho, eu não estou triste, eu só discuti com seu pai e... - Meu pai não devia ter te obrigado a isso...Vamos embora, você não precisa mais ficar aqui se não quiser. - Seu pai não vai aceitar isso... - Não me importa o que ele quer, ele disse que nunca machucaria você, e você está chorando, está infeliz. - Vamos embora mamãe, por favor?- ela suspirou e depois de abraçá-la, fui atrás do meu pai na biblioteca. Ele estava conversando com tio Ethan, e parecia sério, mas eu olhei para ele firme e fui dizendo: - Você não vai mais obrigar minha mãe a fazer algo que ela não quer. Nós vamos embora... - Como assim vocês vão embora? O que foi que aconteceu? Que historia é esta?- meu pai quis saber. - Eu sei que você se casou com minha mãe por causa da lei de sucessão. Ou vai negar? - Não! Não vou negar que o primeiro motivo foi esse, filho, é uma lei bruxa que devemos seguir, eu quero que você seja meu herdeiro e... - Não foi por causa do dinheiro ou da fama que ficamos com você. Qual a dificuldade de se entender, que queríamos ficar perto de você, pai? Nós nunca ligamos para dinheiro, nunca me faltou nada. E agora você tem feito minha mãe chorar... Nós vamos embora. - Esta não é uma decisão sua, é um assunto meu e da sua mãe. - meu pai disse tenso e eu o encarei: - Sempre quis viver com você, e por um tempo fui feliz aqui, mas não posso aceitar que por minha culpa, você machuque a minha mãe e fique infeliz, nem Olívia é feliz com isso, pai. Todo mundo vê isso. Sei que você é mais forte do que nós, e que pode nos obrigar a ficar aqui, mas nós queremos ir embora. Você vai nos deixar ir? - Julian, antes de qualquer decisão, quero conversar com sua mãe...- olhei para ele e ele disse rápido: - Eu devia ter me acertado com ela há muito tempo, e se depois de me ouvir ela quiser ir embora, não vou atormentá-la mais. Mas quero que saiba que nunca vou deixar de estar presente na sua vida , certo?- ele me abraçou e foi falar com minha mãe. Meu tio Ethan me olhou e disse: - Seu pai e sua mãe vão se acertar Julian, eles se gostam muito, só são teimosos para admitir. Acho que depois desta conversa, seu pai vai se acertar com a Rory de vez, dê um tempo a eles.- concordei. Depois de algum tempo, ouvi os outros primos entrarem e como já era a hora do jantar, não havia sinal dos meus pais. Fui até o quarto de minha mãe e a porta estava um pouco aberta, quando a abri para entrar vi meus pais se beijando, não um daqueles beijos curtos que era comum, mas daqueles de cinema. Achei melhor sair e fechar a porta, dando-lhes privacidade, acho que agora sim, o casamento deles estava começando de verdade. |