Wednesday, January 13, 2010

Viking

Memórias de Artemis Arashi Capter Chronos

- Ei, Chronos! – Ouvi alguém me chamar enquanto terminava o café da manhã. Eu me virei e vi que um Monitor da Corvinal estava me chamando.
- Que foi? – Perguntei intrigada, vendo os olhares curiosos de meus amigos.
- O professor O’Shea pediu que chamasse você. Ele quer que você vá para a Sala dele. A senha está anotada nesse pergaminho. – Ele falou, me entregando um pedaço de pergaminho, onde estava escrito “Feraverto”. Eu engoli em seco, tentando me lembrar do que eu havia feito de errado para ser chamada à sala do Diretor. Se eu levasse mais uma suspensão, meus pais, principalmente mamãe, me matavam!
- Ih, Arte, o que você fez dessa vez?! – Keiko perguntou, olhando o pergaminho como se fosse uma sentença de morte.
- Po, a gente anda tão calmo! Não lembro de termos feito algo. – Clara falou, tentando pensar em algo assim como eu.
- Eu tenho certeza que ela não descobriu que fomos a Floresta novamente... – Haley falou, forçando a mente.
- Nem sobre aquelas Gemialidades... – Corvo falou.
- Será que aconteceu alguma coisa? – Hiro perguntou preocupado.
- Acho que não, eles teriam avisado de outra forma. – JJ concluiu.
- É melhor eu ir logo e descobrir de uma vez o que eu fiz... Mas realmente não consigo pensar em nada! – Falei, ainda segurando o pergaminho como se fosse feito de fogo.
- Boa sorte! Depois conta o que houve! – Todos falaram, me apoiando, enquanto eu saia do Salão Principal em ritmo lento, marchando para o paredão de fuzilamento.

Subi as em direção à sala do diretor sem muita animação, ainda tentando lembrar se eu havia feito algo de errado. Chronos não ajudava, flutuando ao meu lado com um sorriso cínico no rosto e sem querer me dizer o que era.
Quando cheguei à gárgula de pedra, eu apurei meus ouvidos para ver se ouvia alguma coisa, como a voz enfurecida de mamãe, mas nada pude ouvir além das conversas de alunos no corredor. Olhei para a estátua e falei com um nó na garganta “Feraverto” e a gárgula girou de lado, revelando a escadaria, que eu já conhecia e muito bem. Quando se faz parte da Turma Pesadelo da escola, você se torna íntimo da sala do Diretor... Subi os degraus lentamente, tentando ouvir alguma coisa, mas ainda sem muito sucesso, apenas na porta da sala fui capaz de ouvir alguma coisa.
- Ah sejam bem vindos, estávamos apenas esperando o senhor. – Ouvi a voz de tio Ben e esperei para ver se meus pais respondiam, mas nesse momento ouvi a voz de Snape, um dos ex-Diretores.
- O’Shea, tenho a impressão de que aquela grifinória, está escutando atrás da porta. – Ele falou com a voz de sempre e o xinguei mentalmente, batendo na porta de leve.
- Entre Senhorita Chronos. – Ouvi o vice-diretor O’Shea, que estava no lugar da diretora McGonagall enquanto ela estava em Dursmtrang acompanhando os alunos do sétimo ano, tio Ben, como o chamávamos, falando e empurrei a porta lentamente, já falando.
- Seja o que for, eu juro que não fui eu, professor! Mamãe, acredite em mim! – Comecei falando, mas parei ao ficar de frente com cinco pessoas totalmente desconhecidas que me olhavam sem entender. Tio Ben sorriu, assim como o quadro de Dumbledore e um garoto mais ou menos da minha altura, com cabelos loiros e olhos cinzentos. – Érr... Desculpe.
- Desta vez não a chamei para levar uma bronca, Senhorita Chronos. Mas vejo que está com a consciência pesada. – tio Ben, falou, franzindo as sobrancelhas.
- É apenas impressão sua, Professor. A que devo a honra de ser chamada ao seu gabinete? – Perguntei inocentemente, desviando o assunto. Ele me dirigiu um olhar sério, antes de continuar falando.
- Senhores, esta é Artemis Arashi Capter Chronos, aluna do Terceiro Ano de Hogwarts, da Grifinória. Senhorita Chronos, estes são o Sr. e a Sra. Mithrandir, seu filho Tuor, o Chefe da Sessão de Execução das Leis Mágicas do Ministério Norueguês de Magia, Sr. Vladmir, e nosso Chefe de Relações Internacionais, Sr. Watsson.
- Eita...Fiz algo tão ruim assim que virou caso internacional?! – Eu perguntei chocada, fazendo o garoto rir.
- Não, Senhorita Chronos. – tio Ben frisou o “Senhorita”, me lembrando para ficar quieta. – O jovem Tuor Mithrandir está sendo transferido para Hogwarts...
- E eu vou ser mandada para a Noruega?! – Perguntei surpresa.
- Senhorita Chronos, por favor! – Ele falou e não consegui segurar o riso, sabendo que o estava irritando, mas divertindo os demais.
- Desculpe.
- Como eu estava falando... Quando você estava ouvindo nossa conversa pela porta, o Sr. Watsson chegava a minha sala para concluirmos essa reunião.
- O jovem Tuor foi selecionado pelo Chapéu Seletor para a casa Grifinória, Senhorita Chronos. – O Funcionário Norueguês Vladmir explicou, sendo emendado por tio Ben.
- E pedi que chamassem você para que desse as boas vindas a ele e o ajudasse a se acostumar à rotina da escola, uma vez que estará na mesma casa e mesmo ano que você, além de que escolheu fazer as mesmas disciplinas.
- Ah sim, achei que haviam descoberto sobre as Gemia... Nada! – Falei, fingindo inocência.
- Está liberada, Senhorita Chronos, leve o Senhor Mithrandir para os Dormitórios da Grifinória e depois vá direto para sua aula. Entendido, diretamente!
- Sim, senhor.Obrigado, Senhor.- respondi e vi um canto da boca de tio Ben tremer ligeiramente.
- Tchau, filho cuide-se e espero que faça bons amigos aqui. – Ouvi a Sra. Mithrandir despedindo-se do filho, ela possuía um forte sotaque nórdico. Assim como o pai que tinha uma voz grossa e forte.
- Nada de encrencas, filho. Espero que realmente se divirta.
- Obrigado, pai. Minhas malas?
- Já foram levadas para o dormitório. – tio Ben explicou, indicando a porta, pois ele terminaria de conversar com os demais.
- Com licença, e boa tarde para os senhores. – Falei sorrindo para todos, enquanto saia e era seguida pelo garoto.
Nós descemos a escada lado a lado, porém calados, enquanto eu o analisava com mais atenção. Ele tinha um cabelo loiro nem muito curto nem muito longo, os olhos eram cinzentos, lembrando os de meu padrinho Ty e do Corvo. Ele era quase da minha altura, porém mais baixo, muito parecido com o pai dele. Os traços de seu rosto eram firmes, apesar do rosto de criança, e me fizeram lembrar algum tipo de guerreiro.
- Então, você é da Família Chronos, quero dizer, do Clã Chronos? – Ele perguntou, quando chegamos ao final da escada, puxando assunto. A voz dele era comum, longe da voz forte do pai.
- Sim, essa mesma. Sou a filha mais nova de Alucard e Mirian. E seus pais, quais os nomes deles?
- Meu pai é Huor Beorson Mithrandir e minha mãe Rían Earendil, somos Noruegueses.
- Isso, acho que eu notei. – Falei, rindo, e ele riu junto. Ele parou diante de mim quando chegamos no final do corredor, próximos a escada.
- Deixe-me me apresentar corretamente, eu sou Tuor Huorson Earendil Mithrandir, é um prazer conhecê-la, Senhorita Artemis Arashi Capter Chronos. – Ele falou, apertando minha mão e depois dando um beijo de leve nela.
- É um prazer também. Você fala muito bem a nossa língua. Como veio parar aqui? – Perguntei quanto chegamos nas escadas, parando um pouco.
- Obrigado, sempre gostei do inglês. Meu país começou um projeto de intercâmbios e quando soube que seria para a famosa Hogwarts, fui o primeiro a me candidatar! Meus pais trabalham no Ministério, na Execução das Leis Mágicas, então foi fácil eu conseguir a vaga.
- Entendi. Bom seja bem vindo à Inglaterra e à Hogwarts. Está prestando atenção nos lugares? – Perguntei abrindo os braços para indicar o corretor.
- Sim, por que?
- Hogwarts é um lugar enorme, cheia de caminhos diferentes. Vem comigo, vou te levar até o Dormitório da Grifinória, é no sétimo andar.
- Vamos ter que andar tudo isso? E deixa te perguntar: você é algum tipo de Monitora?
- Eu, monitora?! O dia que a Mimi me fizer Monitora ela vai estar gagá ou bebeu Whisky de Fogo demais!
- Mimi? – Ele perguntou, rindo.
- Ah, desculpa. A diretora Minerva McGonagall, se ela me ouvir chamando-a assim ela me mata! É que conheço ela desde criança ai me acostumei a chamar de Minerva, e Mimi é como eu e meus amigos a chamamos. Tio Ben, não ligaria, mas Mimi...- como ele ainda me olhasse curioso expliquei:
- O vice-diretor O’Shea, também me conhece desde bebê, e eu o chamo de tio Ben, mas continuando...O Salão Comunal da Grifinória fica na Torre do Sétimo Andar, há algumas passagens secretar até lá. – Falei baixinho, próxima dele, e, olhando em volta, levantei uma tapeçaria, batendo com a varinha em um dos tijolos da parede, revelando uma passagem secreta. – Vem por aqui, é mais rápido.
Nós usamos uma passagem secreta que havia naquela tapeçaria que nos levava diretamente para o corredor que dava acesso ao Salão Comunal Grifinório. Ele ficou encantado com a passagem secreta e prometi mostrar outras depois.
- Esta é a Mulher-Gorda, o quadro que guarda a passagem para o Salão Comunal.
- Olá, minha cara, a senha por favor?
- Coração de Leão.
- Perfeitamente. – Ela falou, girando o quadro e revelando o Salão Comunal que aquela hora estava quase vazio, com a maioria dos alunos indo para suas aulas.
- Memorize a senha ta bom? Ela não te deixará entrar no Salão sem a senha. Se mudarem as senhas, um Monitor vem nos avisar. Seja bem vindo ao seu novo lar, a Grifinória! – Eu falei, mostrando o Salão Comunal me jogando em um dos sofás vermelho vivo. Ele olhou tudo em volta com atenção, captando cada detalhe da decoração repleta de leões e vermelho. – O Leão é nosso emblema. Vem comigo, vou te mostrar o Dormitório Masculino da turma do Terceiro Ano.
- Você pode entrar lá?
- Posso. Aparentemente os criadores de Hogwarts consideram as garotas mais confiáveis que garotos, então podemos entrar em todos os Dormitórios, mas vocês não. – Sorri, provocando-o.
- Muito justo. – Ele falou enquanto eu o levava até a porta do Dormitório e o abri sem qualquer cerimônia, mas estava vazio. – Ah, minhas malas! – Ele falou, indicando um malão e uma mala menor ao pé de uma cama recém arrumada.
- É aqui que você vai passar os próximos anos. Pegue ai alguns pergaminhos e vamos pra aula de Herbologia, se não nos atrasamos. Por falar nisso, você ficará até a formatura?
- A princípio não, devo fiar até o final do 5º ano, por um período de três anos. Eca, Herbologia.
- Não fale mal de Herbologia! É minha matéria favorita! – Eu falei, colocando o dedo no peito dele. E falei brincando, quando chegamos ao Salão Comunal novamente – É uma ordem!
- Desde quando você manda em alguém, Chronos. – ouvi uma voz chata e sarcástica falando as minhas costas e nem precisei virar para saber que era o Thurston. – Síndrome de grandiosidade?
- Cala a boca, Thurston, acho que não chamei você na conversa. Vai procurar o seu pominho vai, inútil.
- Olha como fala comigo, Chronos!
- Olha você como fala com ela! – Tuor falou, zangado, colocando-se entre eu e Thurston. Ele ficou a centímetros de Thurston, e seu rosto firme mostrava raiva. – Não te deram modos e educação em casa não?
- Quem você acha que é para falar comigo assim? É um namoradinho dela ou novo guarda-costas?
- Cale a boca! – Tuor falou, segurando Thurston pelo colarinho da roupa, que foi pego de surpresa. – Exijo educação com uma dama.
- Tuor, deixa ele, não é legal você conseguir uma detenção no seu primeiro dia. – Eu falei, puxando seu braço e fazendo-o largar. – Ele não merece. Esse idiota aí é o Thurston, também é do Terceiro Ano.
- Ninguém pediu que se metesse, garota! – Thurston falou, querendo ainda brigar com Tuor.
- O que está acontecendo aqui?! – Ouvimos uma voz falando por trás de Thurston, que parou imediatamente, pois reconhecemos a voz de um de nossos batedores, Stefan Salvatore. Junto dele estava o John, nosso capitão.
- Nada, Salvatore. – Thurston falou, olhando rapidamente para John, como se tivesse medo de sofrer alguma represalia no quadribol, já que John andava tendo algumas idéias insanas sobre o treinamento.
- Você não deveria estar em aula, Thurston? Vá logo. – John falou e Thurston saiu, ainda olhando com raiva para Tuor e para mim.
- Obrigada John, obrigada Salvatore. – Falei, sorrindo para eles.
- Nada, Arte, não quero ver brigas no meu time dos sonhos! – John falou. – E você, quem é?
- Deixem-me apresentar vocês, Stefan, John, esse é Tuor, ele foi transferido da Noruega. Tuor, estes são Stefan e John, ambos do time de quadribol da Grifinória e do quinto ano.
- Muito prazer, desculpem-me por ter parecido agressivo. – Ele falou apertando a mão dos dois.
- Nada. Admirei o modo como protegeu a Artemis, um perfeito cavalheiro. – Salvatore falou, lançando um olhar para mim.
- E a minha goleira querida! É bom vocês irem logo pra aula. Até mais tarde. – John falou, bagunçando meu cabelo e saindo com Salvatore, que ainda lançou um longo olhar para mim e para Tuor.
- Você é a goleira do time de Quadribol?
- Sim! – Falei com orgulho enquanto saíamos.
- Meus parabéns, quero muito ver o jogo de vocês. Na minha terra era complicado jogar quadribol, estava sempre muito frio. E quem era aquele ogro idiota?
- James Thurston, um idiota que se acha o dono da Grifinória.
- Não gostei nem um pouco dele. Idiota.
- Minha opinião sobre você acaba de se tornar positiva!
- Por que, antes era negativa?
- Ah, você é mais baixo que eu, tinha que ser negativa!
Ele riu comigo enquanto descíamos as escadas até as Estufas. Ele era muito divertido e não via a hora de apresentá-lo aos meus amigos, dizendo que mais um pouco e ele brigava com o Thurston! A Clara vai adorar ele! Na próxima guerra contra o Thurston ele vai estar na nossa linha de frente!