Sunday, April 04, 2010

Decisions and Surprises

Memórias de Artemis A. C. Chronos

A Madame Bulstrode não permitiu que eu saísse da enfermaria com menos de 2 dias internada. Mesmo assim, ela só me deixou sair após fazer restrições para minhas participações no Clube de Duelos, o que eu tentaria manter.
Mamãe restringiu menos o meu uso de magias, mas recomendou que eu não exagerasse. E agora, havia ao menos um membro do corpo docente de Hogwarts comigo sempre que possível. Ainda mais que metade do corpo docente era amigo ou membro da família... De uma hora para a outra os professores perguntavam coisas para mim, como se quisessem ter certeza que eu ainda estava naquela realidade.
Sem contar meus amigos. Eles revezavam-se para não me deixar sozinha um momento sequer, e até mesmo na hora de dormir, pediam que alguém tivesse certeza que eu estivesse bem. Tuor me acompanhava até a subida das escadas todas as noites, para ter certeza que eu ainda estava inteira.
Chronos talvez fosse o pior deles, pois apesar de não estar visível a maior parte do tempo, eu tenho certeza que ele jamais tirava os olhos de mim. Eu não tinha como rejeitar essa atenção, pois realmente fiquei assustada com o fato de ter estado tão perto da morte...

*****

- Stefan, preciso conversar com você. – Eu falei ao final do treino de Quadribol de Quinta. Stefan também vivia atrás de mim agora, apesar de não perguntar sobre a proposta dele. Mas eu sabia que ele queria a resposta e logo. E eu não iria mais fugir.
- Claro, aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou.
- A sós. – Eu falei, indicando que saíssemos juntos. Nos despedimos dos demais membros do time, que nos olhavam curiosos, pois ainda haviam boatos, cada vez mais fortes...
Eu andei na frente de Stefan, guiando-o até próximo das estufas, onde me sentia mais tranqüila e calma. Eu sentia a tensão dele, pois ele sabia que eu estava decidida de algo, porém ele não conseguia saber do que. Parei em uma árvore meio caída e sentei nela. Ele sentou-se ao meu lado, nervoso.
- Stefan, eu gostaria de conversar com você.
- Sou todo ouvidos.
- O que aconteceu naquele Clube de Duelos me fez repensar algumas coisas.
- Você está gostando de outro? – Ele perguntou, precipitando-se, e eu sabia em quem ele pensava. Desde que Tuor me segurara naquele momento, todos achavam isso. Até mesmo notei que Stefan afastara-se de Tuor.
- Deixe-me falar sem me interromper, tudo bem? – Eu falei, respirando lentamente. – Não, não é nada disso. Mas tem algo a ver sim.
- O que é, então?
- Stefan, não vou mentir dizendo que não gostei do que aconteceu no Dia dos Namorados. Foi maravilhoso, foi uma ótima sensação e um momento muito bonito e importante. – Eu levantei a mão, pedindo que me deixasse falar. Por que todo homem é apressado e não consegue ouvir um pouco?! – Porém... Eu não estou preparada para namorar. Me acho muito nova e não sou madura o suficiente para um relacionamento sério.
- Arte, você é madura o suficiente e eu farei de tudo para que seja feliz. – Ele falou, segurando em minha mão.
- Eu sei, Stefan, tenho certeza que você seria um excelente namorado. Não tenho dúvidas disso. Mas eu não estou preparada, seja com você ou com qualquer outro! E antes que diga, não há outro! Aquele incidente me fez ver que eu ainda tenho muito o que aprender.
- E se acontecer algo a você?!
- Isso é algo que também não quero fazer! – Falei calmamente. – Não quero ser prisioneira de algo que pode acontecer! Pode também não acontecer nada. E não quero tomar atitudes precipitadas! Não, não é porque estive à beira da morte que vou me jogar nos braços de um namoro. – Eu falei, enfática. Ele ficou calado um momento e vi que ele procurava algo para dizer. Ele não encontrou nada, porém seus olhos estavam brilhando, tanto de certa tristeza quanto de certa decisão. Ele então me puxou para um beijo e me beijou longamente. Eu não resisti, pois como falei para ele, foi um momento especial. Nos afastamos depois de um tempo e nos encaramos olhos nos olhos.
- Eu esperarei o tempo que for preciso por você, Artemis. – Ele falou, olhando fundo em meus olhos, e senti meu coração batendo mais forte.
- Obrigada, Stefan, mas não é necessário... Viva como desejar. Eu só quero que continue sendo meu amigo. E quero que volte a falar normalmente com o Tuor. Ele não tem nada a ver com isso.
- Está bem, foi burrice minha duvidar de vocês dois. Devo desculpas a ele. E a você também, por duvidar de você.
- Não precisa. Quero apenas que continue sendo meu amigo, e esse garoto especial que você é. Um dia pode ser que demos certo, mas no momento não me sinto preparada.
- Tudo bem, eu entendo você. E aceito você como é. Amigos.
Ele falou sorrindo, seus olhos quase me fazendo derreter, mas mantive-me firme. Apertamos a mão e ele levantou-se estendendo a mão para mim, que segurei para me levantar. Voltamos para o castelo de mãos dadas, mas perto de lá, soltamos as mãos. Éramos amigos agora e eu estava me sentindo mais leve.

*****

- Ei, Chronos! – Eu ouvi uma voz me chamando, e por um momento achei que fosse o Stefan, mas por me chamar de Chronos, adivinhei que era o Damon. Eu me virei e sorri para ele, enquanto esperava-o me alcançar.
- Oi, Salvatori, tudo bom? – Perguntei, enquanto continuava andando. Estava voltando da biblioteca, andando pensativa no corredor do 3ºandar.
- Tudo bem, e você? Chame-me apenas de Damon, ou Querido se desejar! – Ele falou sorrindo e eu o encarei sem nada dizer, tirando o sorriso do rosto dele. – Desculpa, é que eu soube que saiu ontem da enfermaria né?
- Na verdade, só antes de ontem fui liberada.
- É que não tivemos tempo de conversar depois daquele duelo. E eu fiquei meio preocupado com você. – Ele falou, parando do meu lado. Ele me olhava com um olhar estranho, que misturava embaraço com decisão. Vi que ele realmente esteve preocupado comigo e isso fez com que a visão que eu tinha dele ganhasse alguns pontos.
- Tudo bem, não foi culpa sua. Eu tive uma Exaustão Mágica.
- Eu fiquei sabendo. – Ele falou, ainda parado enquanto me olhava fundo nos olhos. Ele parecia querer algo.
- Bom, Damon, já que estamos resolvidos, tenho que ir fazer um dever. – Eu falei virando-me, ele porém segurou minha mão.
- Ainda não acabei... Eu soube também que você não aceitou o pedido do meu irmão.
- Não, não aceitei, mas isso não te diz respeito. É sério, está me irritando. – Eu falei. Os olhos deles brilharam em desafio, ou em expectativa.
- Tem sim. Não agüentou duelar comigo e ver que sou melhor que ele não é? – ele falou, ainda me segurando, aproximando o rosto de mim. Eu estava furiosa e apenas meu autocontrole me impedia de atacá-lo, fora que magias assim em estado de estresse seriam perigosas. Eu senti mais do que vi quando Tuor, Julian, Hiro, JJ e Jamal surgiram no corredor, vindos da biblioteca.
- Tão melhor que ele, que perdeu para mim. – Eu falei, desafiadora.
- Não é disso que estou dizendo. Você viu que eu sou um homem muito melhor que ele.
Ele falou, e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele me puxou para um beijo, segurando-me com força e me beijando a força. No primeiro segundo eu fiquei sem reação, mas em seguida fui invadida por uma raiva enorme e nojo também. Ah, idiota, achando que sou fraca?!
Eu dei uma joelhada com força na altura de sua barriga, e quando ele se assustou e se curvou para frente, dei um soco no rosto dele, girando o punho no final. Já que não posso usar magia, vou usar o Kung Fu que Seth e Ty me ensinaram. Damon foi jogado pra trás, assustado enquanto colocava a mão no rosto. O olho esquerdo dele começava a ficar roxo. Ele me olhou meio com raiva e meio admirado, mas antes que pudesse fazer mais qualquer coisa, Julian e os garotos estavam entre nós. Tuor e Julian me seguravam, pois eu ainda estava enfurecida, enquanto Hiro, JJ e Jamal ficavam entre eu e Damon.
- O que você pensa que está fazendo?! – Eu vociferei, enfurecida.
- Te mostrando o que é um homem de verdade! – Ele falou, com a voz grogue do soco.
- Damon, cala a boca! – Jamal falou, empurrando-o para longe de mim.
- Trás ele aqui! Ainda não acabei com ele! – Eu falei, porém Tuor e Julian me seguravam com força.
- Arte, fica calma, ele não merece! – Julian falou.
- É, Arte, depois a gente cuida dele! – Hiro falou, agora perto de mim.
- Não merece?! Ele me beijou a força! – Eu falei novamente.
- Arte, fica calma, é melhor pra você. Damon, é bom sair daqui antes que nós queiramos tirar satisfações também. – Tuor falou, friamente para Damon. Por alguma razão, ouvir a voz dele conseguiu me deixar mais calma. Damon avaliou o fato de agora terem cinco garotos e uma garota que tinha um soco muito forte contra ele. Ele sorriu para mim, lançando-me um beijo, antes de sair, encarando zangado os outros alunos no final do corredor. Nenhum outro aluno vira o que acontecera.
- Que raiva dele! – Eu falei, enquanto limpava a boca nas vestes. JJ me deu um lenço e eu imediatamente limpei minha boca, usando a água que Hiro transfigurou para mim.
- Ele é doido?! – Hiro perguntou, enquanto ficava do meu lado.
- Completamente! Ele me beijou do nada!
- Ah, ele vai ver uma coisa. – Tuor falou, sem tirar os olhos de Damon. Julian também o encarava com raiva.
- Deixa pra lá... Acho que agora ele aprendeu. – Eu falei, me acalmando.
- Por falar nisso, belo soco! Me lembra de nunca, NUNCA, brigar com você. – Julian falou rindo, quebrando a tensão. Eu o olhei torto, mas comecei a rir e todos nós rimos juntos, voltando para a biblioteca enquanto caçoávamos de Damon. Ele perdera para mim novamente: em duelos e em luta.

*****

- Peraí, deixa ver se eu entendi: você num dia rejeita o Stefan e mesmo assim ganha um beijo dele, e pelo que entendi foi O beijo. No dia seguinte você ganha mais OUTRO beijo do Damon?! O que é que você tem, açúcar?! – Keiko perguntou, chocada, após eu contar para ela e para as garotas os acontecimentos de hoje. Estávamos no dormitório delas na Sonserina, fazendo uma pequena reunião de garotas.
- E você deu um soco nele?! – Haley falou, batendo palminhas. – Foi você que deixou ele com aquele olho roxo?
- Sim, fui eu. Eu fiquei muito irritada.
- E que olho roxo! Ele parece um panda com aquele olho! – Clara falou, gargalhando também. O olho roxo de Damon virara assunto na escola, pois ninguém, com exceção de mim e de meus amigos, sabíamos como ele havia conseguido. – Poxa, eu só quebrei o nariz do Turston!
- Você e Arte... Estou chocada! Vocês estão competindo para ver quem tem mais pretendentes e mais beijos?! – Keiko perguntou, jogando um travesseiro em mim.
- Elas estão competindo pra ver quem vai machucar mais garotos! – Haley falou, alegre, divertindo-se com a idéia. Nós duas agora tínhamos em nossa conta um garoto machucado e um beijo roubado cada uma.
- Mas a Clara ta ganhando! Ela ganhou dois beijos num dia só e tem um admirador secreto! – Eu falei, jogando um travesseiro em Clara e tirando a atenção de mim.
- Você ainda não sabe quem é?! Ele não mandou mais nada não?! – Keiko perguntou curiosa.
- Ainda não, mas não estou ligando! – Clara falou, porém, ficou um pouco vermelha, nos fazendo dar gritinhos e rir. Havíamos lançado um feitiço de silêncio ao redor da cama de Haley, onde conversávamos.
- Está sim! Vai dizer que não quer saber quem é?! Até porque ele foi muito romântico! – Haley falou sonhadora.
- Não, não estou! Ta bem, quero saber quem foi! – Clara deu-se por vencida, e rimos mais. Ela porém me olhou travessa e eu sabia que ela ia jogar a atenção em mim novamente. – E você, Arte, qual dos dois Salvatori prefere hein?!
- Nenhum dos dois! – Eu falei, vermelha, tentando mudar de assunto.
- Não, não! Tem que falar um! – Haley falou rindo.
- O Stefan é óbvio, ele pelo menos é cavaleiro! – Eu respondi evasiva.
- Ah, mas vai me dizer que não gostou do beijo do Damon! Você não me engana! – Keiko falou, rindo. Eu não consegui deixar de ficar vermelha.
- Não! Que nojo daquele garoto!
- Você não nos engana! Diz aí, como foi ganhar um beijo assim dele, de surpresa?! – Haley perguntou rindo.
Passamos longas horas conversando sobre isso e elas me bombardeavam com perguntas, que eu tentava evitar ou desviar. Falamos também dos nossos pares no baile e eu e Clara fizemos de tudo para deixar as outras duas vermelhas, perguntando sobre o Julian e o Graham. Só por volta da meia noite, usando o nosso Mapa do Maroto, eu voltei para meu dormitório, sem nenhum imprevisto... Porém, não conseguia deixar de pensar nos dois Salvatori...

*****

- Arte, por que você nos chamou aqui? – Hiro perguntou, quando chegamos à beira do lago. Usando o Mapa, eu, Tuor, Hiro, Julian, JJ, MJ, Rupert, Jamal, Keiko, Clara e Haley fomos até as margens do lago, a meu pedido. Eu queria mostrar algo a eles.
- É, porque tínhamos que vir todos no meio da noite aqui no lago? – Julian perguntou.
- Ah gente, é bom que a gente testa nosso Mapa! Mas estou curiosa! – Clara perguntou e vi que todos estavam curiosos. Era sábado a noite, após 3 dias de eu ter saído da enfermaria.
- Bom, vou ser direta. Como vocês bem sabem, eu corro um sério risco e ainda não sei ao certo como diminuí-lo.
- Sim, lembramos muito bem do susto que você nos deu! – Tuor falou, e eu sorri para ele, agradecendo mentalmente por ele ter me ajudado mais uma vez.
- Exatamente. E como vocês sabem também, foram vocês que me mantiveram nesse mundo, literalmente. E sabem também, que em breve eu terei aulas com minha mãe e Chronos. – Todos assentiram, até mesmo Tuor, pois eu havia contado a ele tudo sobre Chronos anteriormente.
- Sim, sabemos de tudo isso... Mas ainda não entendi porque viemos até aqui? – Keiko falou. Haley, porém, já sabia o que eu pretendia, pois ela via-o também.
- Bom. Eu quero primeiro agradecer a vocês por tudo que fazem por mim e por me apoiarem e me ajudarem... – Eu falei sorrindo para eles, que sorriram de volta, dizendo que não precisava.
- Mas por que no lago?! – JJ perguntou.
- Porque aqui posso fazer o que eu quero, sem que ninguém veja. – Eu falei, sorrindo, enquanto abria os braços. – Apresento-lhes, Chronos! Meu Guardião, Amigo e Patriarca.
Enquanto eu dizia isso e abria meus braços, Chronos surgiu atrás de mim, diante deles, em toda sua glória e esplendor. Ele brilhava e emitia a luz branca característica dele. Ele usava sua armadura dourada e levava em sua mão direta a lança Lognus. Ele estava com duas de suas asas abertas e um sorriso calmo no rosto. Seus longos cabelos brancos brilhavam como prata enquanto suas asas se fechavam lentamente.
Todos eles estavam boquiabertos, surpresos e admirados. Nenhum deles vira Chronos em toda sua glória desde que ele despertara em mim, nem mesmo Haley, que só o via em espírito. Clara tinha os olhos brilhando de admiração, maravilhada com o que via. E esse olhar se refletia em todos, além de uma curiosidade enorme. Tuor olhava boquiaberto, admirado e surpreso, e a luz de Chronos o fazia parecer diferente... Eles ficaram por um tempo quietos, até que Haley quebrou o silêncio.
- UAU!! Eu nunca imaginei que você seria assim pessoalmente! – Haley falou, sem conseguir abaixar a voz.
- Shi! Podem te ouvir! – Hiro falou, consultando o mapa.
- Bom, depois desse monte de luz, todos nos viram! – Keiko falou, ainda olhando maravilhada para Chronos.
- Não há com que se preocupar. Além dos professores e fantasmas saberem que há uma entidade como eu no castelo, eu invoquei uma barreira para nos dar privacidade. – Chronos falou e sua voz foi mais um choque para todos. A voz dele os encheu de energia e alegria, como se fosse uma dádiva. A voz de Chronos era forte e doce, capaz de acalmar e acalentar.
- Sua voz é ainda mais magnífica! – Clara falou, admirada.
- Você é demais! – Julian conseguiu falar. – Estou honrado de conhecê-lo, Sr. Chronos.
- Apenas Chronos, por favor. É um enorme prazer poder conversar com todos vocês, os importantes amigos de minha pequena, pilares para ela. – Chronos falou, curvando-se para eles.
- Ei, não dá pra você se curvar pra gente! – Jamal falou, com MJ e Rupert concordando.
- A gente que tem que se curvar! – JJ falou, fazendo uma pequena curvada.
- Nada disso, eu devo muito a vocês por protegerem minha preciosa filha. – Chronos falou, sorrindo. Pude ver como seu sorriso os admirou ainda mais.
- Arte, você deu o melhor presente de amizade que podíamos pedir! – Tuor falou, admirado. Chronos olhou a todos fundo nos olhos, sorrindo.
- Ainda, não viram nada. – Eu sorri, travessa e nesse momento Chronos abriu todas as suas doze asas e envolveu a todos nós em um casulo de energia e luz.
Quando todos puderam voltar a enxergar, estávamos diante de um outro lago... O lago de Glastonbury.
- Eu conheço esse lugar! Estamos em Glastonbury! – Hiro falou.
- Aquelas são as ruínas do Convento! – Julian falou, apontando para as ruínas no alto da colina. Só então eles se deram conta de que não estavam em Hogwarts.
- Como você fez isso?! Você pode nos aparatar?! – Rupert perguntou admirado.
- Não exatamente. Isso se chama teletransporte, é diferente da Aparatação, mais complexo, mas também mais poderoso. – Chronos explicou.
- O que estamos fazendo aqui? E porque não sentimos frio? – MJ perguntou. Chronos sorriu, sem responder.
- Chronos os mantêm bem enquanto estiverem conosco.
- Na verdade, eu cuidarei de cada um de vocês daqui em diante também, será como uma honra para mim.
- E também, porque quero que vocês realmente fiquem admirados! – Eu falei, dando um passo na direção das águas do lago. Levantei os braços e falei mentalmente de olhos fechados. Só abri os olhos quando ouvi meus amigos exclamarem admirados. A Barca estava vindo em nossa direção sem ninguém conduzindo-a. – Subam nela.
Eles olharam para a barca admirados. Hiro e Julian imaginavam o que ela significava, mas estavam tão admirados que não conseguiam falar. A Barca rumou para o centro do lago, chegando cada vez mais próxima das brumas e parou diante delas.
- E agora? – MJ perguntou, sussurrando como se sentisse que deveria falar baixo.
Eu não respondi, mas levantei os braços concentrando-me. Depois eles me contariam que havia luz em mim, e não era a luz de Chronos, mas a minha própria luz. Eu guiei mentalmente as brumas e abaixei os braços lentamente, abrindo os olhos. Diante de mim e de meus amigos as brumas começaram a deslizar de lado, abrindo-se para revelar o seu interior. A antiga e eterna Avalon.
Com um sorriso eu vi que agora meus amigos estavam realmente admirados e sem fala. Eles não falaram nada enquanto a Barca rumava para a ilha. Avalon a ilha presente em todas as lendas da Bretanha, a ilha que fora sede e capital dos Chronos. Avalon, a Ilha Sagrada.