Monday, August 02, 2010 Férias do 3º Ano – Julho 2013 Minhas férias começaram bem ruins, vou ser sincera. Mamãe, e dessa vez, até mesmo papai, ficaram muito irritados e chocados com o que fizemos. Eles, porém, entenderam que não fizemos por mal e jamais faríamos algo que pudesse colocar alguém em risco. Ainda mais destruir nossa amada escola. Mas isso não significa que fui poupada do castigo. Eles estavam muito atarefados organizando novas buscas e caçadas pelos seguidores de Cadarn, mas ultimamente fazíamos poucos progressos. Nós imaginávamos que ele havia conseguido encontrar algum poderoso vampiro que o mantivesse escondido de nós e dos Executores de Derfel, mas não iríamos desistir. Eles me proibiram de sair, no máximo para ir visitar as filhas recém-nascidas de Tio Gabriel e Tia Maddie, Chiara e Valentina. As meninas eram lindas e todos as paparicavam demais, querendo pegá-las no colo e brincar com elas. Tio Biel estava se saindo um ótimo pai coruja, assim como Tia Maddie, que tinha um dom especial com crianças. Fora isso eu estava proibida de fazer qualquer outra coisa. Meus amigos estavam também de castigo, cada um fazendo algo diferente. Por carta todos falaram que o castigo foi menor do que imaginavam, mas ainda estavam proibidos de sair. Depois que todos fomos visitá-las no Brasil, e passear muito por lá, Clara estava indo para o acampamento auror, enquanto Haley e Keiko voltariam para o cárcere privado, como elas chamavam o castigo agora. Tuor me mandou uma coruja dizendo que estava de castigo também, mas ao menos estava revendo os amigos de sua terra natal. Os meninos também estavam de castigo, mas contavam um pouco de suas férias, dos jogos de quadribol com os primos e tudo mais. Então eu passava a maior parte do tempo lendo os Diários de Gomeisa ou meditando. Meditar era algo bom, pois servia para eu encontrar meu equilíbrio e me preparar para os treinos em Avalon, que eu sei que ficariam mais difíceis. Eu li muito durante aquele tempo de castigo, além de passar horas conversando com Chronos. Ele começava a me contar um pouco de sua história, que era muito longa, com muitas lágrimas, mas também muita felicidade. A cada dia mais eu o admirava mais, pela sua índole e sabedoria. Eram aulas de filosofia praticamente. Em meados de Julho, meus pais e meus irmãos iriam estar muito ocupados para poder me vigiar, então decidiram fazer com que eu e meus sobrinhos ficássemos aos cuidados de Gaia, Edward e Flonne, uma das auroras do Clã. Além disso, Seth e Luna estariam fazendo mais uma viagem para estudos, uma vez que o livro que ela tanto sonhava em lançar estava quase pronto. Seth iria aproveitar também para tentar captar algo sobre Cadarn e seus seguidores. Edward se oferecera para acompanhar Gaia, até porque eles ainda estavam “namorando”, assim como Flonne que pediu para poder ficar conosco. Flonne é aprendiz de mamãe, e uma aurora de alto nível. Ela é capaz de conjurar escudos e barreiras mais fortes do que muito auror, além de ser um amor de pessoa. Eu a considerava como parte da família, uma vez que era irmã de Tio Isaac, que se tornara pai de Gaia desde que se casara com Tia Celas. Gaia jamais falava do pai, por quem todos nós tínhamos um ódio intenso, e sempre considerou Tio Isaac como seu pai de verdade. Flonne iria casar em breve com Laharl, outro auror do clã, e queria ter alguma experiência com crianças e casa (o que ela admitiu vermelha). - Eu não acredito que você quase colocou fogo na escola! – Gaia falou chocada, mas rindo da situação, enquanto limpava o chão. - Não foi nossa culpa! Não sabíamos que o fogo ia crescer tanto! - Bom agora sabem e espero que não façam de novo. Você sabia que quase saiu nos jornais? – Edward comentou, bagunçando meu cabelo. Eu bati no ombro dele, pois ele jogara farinha no meu rosto. - Se não fosse pela Sra. Mcgonogall e pelo Sr. Shackebolt o Profeta teria feito uma matéria completa. – Flonne falou da cozinha, onde ela, Bela, Luky, Mina e Luthien preparavam um bolo. Eles riam muito nos preparativos e a cozinha estava uma zona de guerra. Luky cismara de tentar usar magia para ajudar Flonne, mas conseguira apenas jogar massa no teto e nas paredes. As meninas, achando que ele fez de propósito, começaram a jogar ingredientes umas nas outras, iniciando uma guerra de massa de bolo. Eu tinha bolo até na orelha, mas me divertia muito. - Mas isso é sério, vê se vocês sossegam! Já estão indo para o quarto ano! – Gaia falou, enquanto limpava farinha do rosto de Bela. – Pronto, querida, limpinha. - Agora vão se lavar enquanto eu termino de preparar o bolo. – Flonne falou, autoritária e apontando para as escadas. Meus sobrinhos fizeram biquinho, mas Gaia os arrebanhou e fiquei com Flonne e Edward terminando de limpar a bagunça. Sem as crianças por perto, os dois limparam tudo com um passe de mágica (literalmente) e Flonne conseguiu terminar de fazer o bolo. Edward ajudou com a calda de chocolate, mostrando o excelente partido que ele era. - Você sim é um excelente partido! – Eu falei brincando e ele riu. - Se quiser espero você crescer para casar comigo, quer? – Ele falou, piscando para mim. - Não, você vai ser sempre meu irmãozinho. – Eu falei apertando a bochecha dele. - Vão tomar um banho também, vocês estão imundos! – Flonne falou rindo. Ela apontou a varinha para o próprio cabelo e rapidamente seus cachos loiros estavam limpos. – Daqui a pouco vou tomar um banho também. Eu e Edward fomos juntos para a escada e de longe ouvíamos minhas primas e Gaia brincando no banheiro. Eu ouvia Luky cantar alguma música no banheiro de meus pais e fui para meu quarto. Edward me acompanhou até a porta. - Vocês são umas figuras. Imagino a cara que a Minerva fez com aquele incêndio. – Ele falou rindo. - Você tinha que ver o olhar dela para a gente. Ela não precisava nem pensar em quem tinha sido... Mas confesso que deu medo, de verdade. Fiquei com medo de que machucasse alguém. - Isso é bom porque vocês assim aprendem a ter mais seriedade. Eu já tive a idade de vocês. – Ele falou e rimos juntos, pois eu sabia que tinha sido há pouco tempo. – Já fui irresponsável. - E ainda não o é não? Acho que aprendemos uma lição importante dessa vez. – Eu falei séria. – Bom, melhor irmos tomar banho logo, a Flonne daqui a pouco vai encarnar mamãe furiosa e brigar. - Vamos, até depois. – Ele falou rindo. Porém parou mais um instante e me olhou. – Arte, obrigado pelo apoio que está dando a mim e a Gaia, é importante para nós ter alguém em quem confiar e conversar. - Não precisa agradecer. Vocês são realmente como irmãos para mim e fico feliz de ao menos poder ouvir. Mas, Eddie, e quanto a Lizzie? Você não acha que deveria conversar com ela? - Eu não... Eu não sei. – Ele suspirou. – É difícil, porque não quero que ela tenha esperanças ou algo assim. - Mas você pode estar machucando-a por não procurá-la mais e não explicar direito essa história toda. - Acho que nisso você tem razão... A Gaia me diz a mesma coisa. Eu vou pensar. Vai lá tomar banho, Arashi. – Ele falou, e virando-se de costas. Dois dias depois, Edward teve que dar uma saída. Ele precisava caçar um pouco e tinha a impressão de que ele iria ver como Lizzie estava também. Logo a casa virou uma casa de garotas, o que o Luky não gostou nem um pouco. Passávamos horas conversando e discutindo sobre flores, arranjos, vestidos e tudo mais, principalmente agora que o casamento de Flonne e Laharl se aproximava. Nessas horas Luky revirava os olhos como se falasse “Garotas” e ia jogar algum dos videogames trouxas ou saia para brincar com as outras crianças da vizinhança. Luky sempre foi como meu irmão Griffon, ou seja, quase hiperativo. Ele sempre voltava imundo e cheio de machucados, e pedia para Flonne cuidar dele. Eu ainda acho que Luky tem uma queda por ela, ainda mais pelo fato de sempre ficar vermelho próximo dela. Amores platônicos. Foi nesse dia que eles me pediram para ir visitar Avalon. - Arte, fiquei curiosa, nos leva para conhecer Avalon? – Foi Gaia quem perguntou, curiosa, quando comentei que sentia falta dos treinos na Ilha. Durante as férias, ainda mais com a presença de minhas sobrinhas, nós sete praticávamos exercícios todos os dias de manhã cedo. Mina e Luthien eram faixas pretas em Kung Fu, com 3 Duan cada uma. Elas dominavam os estilos da Águia e do Dragão, respectivamente. Eu ainda era faixa vermelha, enquanto Gaia era faixa marrom, Luky faixa verde e Bela faixa azul. Flonne tinha conhecimentos de várias artes marciais por trabalhar como aurora, mas nunca se especializou muito. - Vamos tia! Lá é tão lindo! – Mina falou, os olhos brilhando. - Eu também quero conhecer Avalon! – Bela falou, curiosa e animada. Luky concordou com a irmã e sorri animada também. - É uma boa idéia! Vamos agora?! – Eu fiquei logo animada, ainda mais que meus pais não disseram nada sobre Avalon estar proibida. Todos ficaram animados. - Vou mandar uma mensagem para seus pais então. – Flonne falou e seu patrono, um bonito falcão, brilhou antes de ir avisar a meus pais e a Laharl. Gaia também avisou a Edward que daríamos uma saída. Quando estávamos todos prontos, pedi que Chronos nos transportasse para lá. Ele assentiu e uma intensa luz branca envolveu todos, e no segundo seguinte estávamos diante das margens do lago de Glastonbury. - Uau! Eu nunca experimentei algo assim. – Gaia falou. Flonne também estava admirada. - Isso não foi uma aparatação, está um nível muito acima. É magia muito antiga. – Flonne falou admirada. - Pode chamar como desejar, é uma forma antiga de aparatação. – Chronos explicou tornando-se visível para todos. Todos ali já o conheciam, mas ainda ficavam admirados. – Boa tarde a todos. - Boa tarde, Chronos. – Gaia sorriu para ele. Ela então olhou para o lago e parecia confusa. – Tem algo de diferente. Tem anos que eu não visito Glastonbury, mas lembro-me que ela era mais escura. - Sim, há um poder enorme nesse lago. Ele irradia para os arredores, mas não estava aqui antes. Avalon deve estar começando a retornar ao mundo desde que passou para a posse de Artemis. – Flonne explicou. Chronos sorriu. - É exatamente isso. Entendo agora porque é a discípula de Mirian, você é muito inteligente e sábia. – Chronos sorriu para Flonne e ela ficou sem graça. - Peraí, tive uma idéia. Bela, Mina, Luthien e Luky, o que vocês sentem ou vêem? – Perguntei, olhando meus sobrinhos. Uma idéia surgia na minha mente. - O que quer dizer, titia? – Luky perguntou. Chronos o olhou com atenção, ele também sabia o que eu imaginava. - Me digam se sentem ou vêem algo diferente. Da última vez, vocês viram algo na névoa, lembram, meninas? – Perguntei para as gêmeas. - Sim. Era uma mulher muito bela e poderosa, mas era ameaçadora... Senti medo. – Luthien falou, um tremor passando por seu corpo. - Mas e agora? – Insisti. – Vocês também, Flonne e Gaia. Eles me olharam sem entender, mas depois voltaram os olhos para o lago. Vi então que minhas suspeitas estavam corretas. Flonne sentia algo sim, pois ela era realmente poderosa. Luky sentia apenas um aconchego naquele lugar, nada mais. Porém, minha prima e minhas sobrinhas sentiam algo maior. As quatro estavam de olhos fechados, e começavam a absorver e refletir luz. E eu conhecia aquilo. - A mulher, ela está sorrindo, como se nos convidasse. – Bela falou. Ela também brilhava levemente. - Ela diz que podemos fazer, pois você é a nova rainha e nós suas herdeiras também. – Mina falou, e eu sorri. - Tentem convocar as brumas. Pensem nas brumas se abrindo. Ou pensem em uma forma de atravessar o lago. As quatro concentraram-se ainda mais, os olhos apertados, tentando entender e comunicar-se com aquele poder antigo. As brumas tremeram lentamente, movendo-se devido aos esforços das quatro, mas sem muito mudar. - Muito bem! Está funcionando! Gaia. – Eu senti Arturia em minha mente. – Convoque a barca de Avalon e abra as brumas. - Eu não consigo! - Consegue. O primeiro passo é acreditar. Gaia olhou para mim duvidando, mas fechou os olhos. Ela brilhava mais que minhas sobrinhas, mas apenas eu podia ver isso. Senti o espírito de Arturia próximo de mim, comunicando-se com Gaia. Ela deu um passo à frente e abriu os olhos suspirando, pois ela conseguira. Do meio das brumas uma balsa vinha em nossa direção movendo-se magicamente e com leveza. Gaia sorriu satisfeita e eu segurei sua mão animada. Fiz com que todos embarcassem na balsa e eu a conduzi ao meio do lago. - Agora quero que vocês quatro abram as brumas. É algo difícil para apenas uma de vocês fazer isso agora. Guiem as brumas com seus espíritos e abram a barreira. As quatro concentraram-se e como eu na minha primeira vez, levantaram os braços juntas e ao abaixá-los, as brumas se moveram, revelando a Ilha Sagrada. Elas festejaram, assim como eu. Flonne estava quieta, admirada com tudo aquilo, pois ela sabia que era magia antiga e poderosa. Luky estava quieto também admirado, e eu notei um pouco chateado por não ter feito nada disso. Assim que o barco raspou as areias milenares, eu desci e ajudei todos a saírem da balsa. Flonne parecia em êxtase. Ela ajoelhou-se por um instante, tocando a areia como se estivesse sonhando. Luky pisou, inicialmente meio assustado e assombrado. As meninas eram as que pareciam mais tocadas por tudo aquilo. Elas agora percebiam Avalon como eu percebia seu poder e grandiosidade. - É tudo tão lindo... Esse lugar é quase que feito inteiramente de magia, parece energia pura convertida em matéria. – Flonne falou. - É cheio de vida, eu consigo sentir a vida das árvores, da água... – Bela falou. - É porque ainda não viram o resto. Eu os levei ao centro da ilha, para que sentissem mais ainda dela. Eu estava muito feliz, pois Gaia e minhas sobrinhas sentiam o mesmo que eu, talvez um pouco menos intenso, mas o mesmo. Ficamos muito tempo conversando sobre o local até que decidi explicar. - Arturia me mostrou que vocês poderiam aprender a usar Avalon. Vocês também são suas herdeiras. E agora minhas iguais também! - Desculpe Arte, mas tenho que discordar, eu sinto que nós somos como sacerdotisas e você nossa Senhora. – Gaia falou rindo. – Quem diria, aquela pirralha... - Haha! – Eu fingi estar chateada, mas sorri. – Então, que tal se eu treinasse vocês? Seria bom para eu colocar em prática tudo que Chronos me ensina e vocês também poderão ter Avalon. - É maravilhoso! – Bela falou animada. - Que pena eu não poder participar. – Flonne suspirou. - Nada disso, eu ensinarei tudo que puder a você! - Mas e eu? – Luky fez a pergunta que ele tanto ansiava. Eu sorri para ele e o abracei. - Querido, infelizmente, só posso ensinar para meninas, pois apenas as herdeiras de Arturia podem adquirir os ensinamentos mais profundos de Avalon. - Mas há algo que você pode aprender. Avalon ensina a todos que desejam aprender e vejo que seu dom futuro reside em seguir os passos de seu pai, dominando a lança que ele domina. – Chronos falou, ajoelhando-se em um dos joelhos para ficar na altura dos olhos de Luky. Eu fiquei admirada em como Chronos sabia lidar com ele, pois Luky abriu um largo sorriso. - Então está decidido! Treinarei todas vocês, assim como Luky e Flonne! Além de meus amigos é claro. - Isso é maravilhoso, Senhora, sinto-me honrada de poder pisar nesse solo sagrado. – Flonne falou cheia de emoção. – É tanta história que essa ilha possui. - É uma pena que tenha se perdido com os anos. – Eu falei, mas logo em seguida tive outra idéia. Nós fomos embora em seguida, pois apesar de parecer que tínhamos ficado por pouco tempo, eu os adverti que nem sempre o tempo em Avalon passa como no lado de fora. Assim que saímos eles viram que isso era verdade, pois já era noite. Eu guiei a barca até a margem do lago, feliz por poder treiná-las e feliz pela outra idéia. Enquanto desembarcávamos, eu pressenti alguém próximo de nós e apontei a varinha para a árvore. Flonne e Gaia fizeram o mesmo e senti toda a energia das brumas concentrando-se como se para atacar. - Ei, podem abaixar a guarda. Vim em paz. – Uma voz alegre que eu conhecia falou e vi como Gaia abalou-se, perdendo o ar dos pulmões. Joseph, o Ancião Vampiro, veio em nossa direção, com os braços levantados. Ele sorria e estava cavaleirístico e galante como sempre. Porém notei que seu olhar estava vago e triste e como sua atenção voltava-se para Gaia a todo o momento. - Joseph, o que faz aqui? – Gaia perguntou. Sua voz denunciou seus sentimentos, tremendo levemente. As gêmeas e Flonne perceberam, mas ficaram quietas. - Me perdoem o susto, eu fiquei preocupado. Era minha vez de manter vigia sobre vocês e de repente suas presenças tinham sumido! Quando fui a sua casa procurar, não achei ninguém, e Derfel não sabia a localização de vocês. Fiquei preocupado. – Ele explicou, sorrindo, respirando mais aliviado. Seus olhos dourados dardejaram para Gaia e vi que ele estivera preocupado com ela. Eu o admirei mais por esse gesto e sorri. - Desculpa, Tio Joseph, vim mostrar a eles Avalon. - Ah a lendária Avalon... Infelizmente não a vi em sua glória... Fico feliz de você poder trazê-la de volta ao mundo. - Flonne, garotos, vamos visitar Glastonbury, tem uma vista muito bonita. – Eu falei, pois queria deixar os dois a sós. As meninas assentiram, mas Luky teimou. - Mas o tio Joseph acabou de chegar! Tio como estão as vigílias e as caçadas? - Estão ótimas, meu caro. Aguardando apenas você crescer mais. – Ele sorriu. - Luky, vem conosco. – Flonne chamou, sorrindo, e Luky não pode resistir e veio em nossa direção tentando encolher a barriga. Joseph riu, dirigindo-me um olhar agradecido a mim. Em seguida ele olhou para Gaia e vi uma mistura de alívio, tristeza e amor. Gaia o encarou com o mesmo olhar. Os dois sentaram-se perto da margem, porém distantes um do outro. Flonne e eu mantivemos as crianças ocupadas por uns 10 minutos, tempo que durou a conversa dos dois. Depois fomos embora, com Chronos nos transportando novamente. Naquela noite, Gaia dormiu em meu quarto, pois queríamos conversar. - O que ele disse? Ele estava mesmo preocupado. - Ele é meio super-protetor. – Ela sorriu. – Ele disse que ainda não desistiu. E que sabe que meu namoro com o Eddie é falso. - E você? - Eu tentei contrariar, mas não consegui com muita vontade. – Ela deu de ombros. – Mas disse que não podemos ter nada... Seria trágico. - Gaia, e se você falasse com meu pai ou com sua mãe? Eles apoiariam! - Ainda não é a hora... E Jospeh me propôs algo. – Ela ficou vermelha. - O que?! - Ele me pediu em casamento. E me ofereceu a imortalidade. – Ela falou rapidamente, me deixando sem fala. – Eu recusei ambos. Pedi a ele que esperasse um pouco. - O que ele respondeu? - Ele disse que esperaria a eternidade, já esperou por muitos anos. Mas se for para dar certo, dará, mas quero que seja comigo mortal. Depois disso fomos dormir, pois ela ainda estava abalada com o encontro. Meu peito doía pelos dois, assim como por Lizzie e Eddie. Adormeci pensando neles e nos meus novos planos que incluíam treinar minhas novas discípulas e a minha grande idéia: escrever um livro contando a história de Avalon! Não via a hora de falar para todos, tenho certeza que Julian, Rupert e Hiro vão adorar a idéia. |