Sunday, October 30, 2011 All glory to the brave... Still blood will rain Lembranças de Artemis A. C. Chronos Senti uma quarta invasão, agora perto da Floresta Proibida. Senti quando eles cruzaram a barreira, que ali era mais fraca, e senti também quando os próprios habitantes da floresta entraram em guerra contra eles. Era como se eu pudesse ouvir o bater dos cascos dos centauros e o som de seus arcos. Mas eles não conseguiriam segurar vampiros por muito tempo. Ouvíamos explosões o tempo todo, assim como o barulho de prédios caindo e gritos. Minha ligação com os elementos me permitia saber onde estavam acontecendo as batalhas e como elas estavam indo. Estávamos conseguindo rechaçar as investidas vampíricas, mas eles eram muitos e já haviam mortos entre nossas tropas. Estávamos perto da passagem secreta, que ficava em uma caverna escondida por uma pedra falsa na encosta de uma das montanhas que rodeavam Hogsmeade, quando eu senti uma presença maligna perto de nós. Ela se mantinha longe, mas nos seguia o tempo todo e senti que nos estudava. Faltava pouco mais de três quilômetro para a passagem, quando Flonne ficou paralisada e quase bati nela. - Perdi a comunicação com a senhora Mirian. – Ela falou, alarmada. - Droga... Todos, tentem usar patronos. Haley e Julian, tentem a projeção astral. – Eu ordenei e esperei enquanto dezenas de patronos surgiam no ar. Hiro apoiava Julian, enquanto Zach segurava Haley, os dois concentrados em usar a projeção astral. Eu mesma tentei me comunicar com mamãe através do pingente, mas não tive resposta. - Nada, Arte, não conseguimos sair de um raio a uns 2 quilômetros ao nosso redor. – Julian respondeu. - Nada nos patronos. – Altair falou, preocupado. - Não podemos aparatar. – Laharl completou e olhou para mim, mas fiz que não com a cabeça. - São muitos, não posso transportar todos de uma vez. Chronos. – Eu falei e ele surgiu novamente diante de mim. Meus amigos estavam acostumados com ele, mas Lenneth, Gabriela, Devon, Penny e os outros não e pularam assustados. – Você consegue falar com mamãe? - Estou com ela nesse exato momento. - Pergunte o que está acontecendo. – Eu pedi e ele ficou alguns segundos calado. - Ela diz que estão invocando uma barreira ao redor de vocês. Devem sair daí logo. – Ele respondeu, preocupado. Flonne então prendeu a respiração e Laharl a segurou. - Devemos sair daqui imediatamente. A barreira é muito poderosa. Ela está tentando sugar nossas energias! – Ela falou e começou a entoar um canto, enquanto suas mãos brilhavam em branco. Eu a ajudei e logo uma nuvem branca nos envolvia. A barreira ao nosso redor estava sugando nossas energias e meus amigos começaram a ficar tontos, tentando se segurar uns aos outros. A nuvem branca aderiu a cada um de nós e todos se sentiram melhor. - Temos que sair daqui. – Altair falou e eu senti a presença maligna novamente. - Rápido! – Chronos gritou e começamos a correr. Ouvia silvos atrás de nós, na beira dos 2 quilômetros, mas nos perseguiam. Chronos ficou para trás, enquanto luzes douradas brilhavam ao redor dele. Sei que ele nos compraria tempo, mas ele não podia ficar tão longe de mim usando tanto de seus poderes. - Seremos cercados. – Laharl falou, quando ouvimos novos silvos do outro lado. – Precisamos escolher o campo. - Na encosta da montanha, eles não poderão nos flanquear. – Eu falei, indicando a encosta rochosa da montanha. – Todos de costas para a montanha. Todos que não tenham treinamento, para trás do grupo! Fiquem perto da montanha e não se mexam! – Eu ordenei e vi quando com olhos arregalados e rostos pálidos de Zach, Kaley, Amber, Rick, Dean, Leslie, Tiago e Fred se afastaram. Penny, Devon, Gabriela, Lenneth, Luky, Patrick, James e Bela, além de meus amigos, porém, não se afastaram, mantendo as varinhas em punho. Eu podia sentir o medo deles. Eu mesma sentia medo. Tuor segurou minha mão que estava sem a varinha e eu a apertei, sentindo o toque de sua pele junto a minha. Ouvi barulho de explosões ao longe e senti Chronos em minha mente. Ele estava enfrentando alguns vampiros, nos comprando tempo. - Flonne, barreira. – Altair ordenou e eu completei. - Todos ajudem-na. Haley e Justin, preciso que usem seus poderes. Ergam a barreira, mas deixem que eu a mantenha. Quero um raio de 500 metros ao nosso redor! – Eu falei e todos assentiram. - Eles estão vindo, sejam rápidos! Eu os estou confundindo, mas não vai funcionar por muito tempo. – Chronos falou. – Vocês não podem lutar! Vocês tem que sair daqui. Flonne já brilhava em branco, com as mãos brilhando ainda mais, uma aura cresceu ao redor dela e uma barreira poderosa surgiu ao nosso redor. Todos entoavam “Salvio Hexia” e a barreira crescia continuamente, até os 500 metros que eu pedi. Justin e Haley concentravam-se na barreira e vi quando deram as mãos, abrindo um pequeno sorriso. Assim que a barreira ficou pronta, eu a assumi, transferindo o controle dela para Chronos. - A barreira não vai suportar por muito tempo. – Flonne avisou e eu assenti. - Chronos mantenha-a o máximo possível. – Eu pedi e ele assentiu, mas me cortou. - Fujam, por favor Artemis. – Ele me pediu mais uma vez, e eu quase desisti, mas fiquei firme. - Vamos manter nossa posição. Clara e Devon, se transformem em lobo, mas não agora! – Eu falei, quando eles já começavam a se concentrar. – Esperem eles estarem perto ou caso seja necessário. Precisamos manter isso em segredo, nossa carta na manga. – Eu falei rapidamente, ouvindo os silvos dos vampiros ao nosso redor. Eles estavam parados e eu não sabia o porquê, sem se mostrar. - Justin, não se transmute. Permaneça humano, seus poderes de Shaman serão necessários. – Ele assentiu. – Altair, Flonne e Laharl, vamos atrair o máximo de vampiros para nós quatro. Não os deixem chegar perto demais. Dêem cobertura para os lobos, eles são nossa vantagem. – Os três aurores assentiram. Eu me virei para meus amigos. – Usem o Vagalume, apontem com a varinha se acharem melhor, mas concentrem-se na intensidade da luz. Mirem na barriga e peito. – Todos assentiram e bolas de luz começaram a flutuar ao nosso redor. Eu me virei então para o pessoal sem treinamento e sorri para eles. – Fiquem calmos, vai dar tudo certo. Se protejam o máximo que puderem. Afastem os vampiros de nós, usem o patrono e o Incendius. - Eu sei que estão com medo! – Eu falei para todos. – Eu também estou. Mas controlem-no! Os vampiros vão tentar controlar vocês através de seus medos. E o medo corta mais que espadas! Estamos juntos nessa e vamos lutar juntos! Eles não têm o que temos, não têm nossa amizade e nossa força! – Eu falei animada e vi quando os olhares ficaram mais brilhantes. – Aegis Aura! Aegis Arx! – “Aura de Aegis” e “Fortaleza de Aegis” Eu falei em latim. Uma fina linha de nevoeiro saiu de mim, ligando-se a cada um de meus amigos. E em seguida, dezenas de escudos brancos surgiram ao redor de todos, prontos para nos proteger. A névoa desapareceu, mas eu sabia que meus amigos ainda estariam protegidos. Nenhum deles sabia o efeito daquele feitiço, pois se soubessem não me permitiriam usar. Chronos me alertou mentalmente, mas eu falei para ele não se preocupar. O Aegis Aura ligava-os magicamente a mim, diminuindo todo os seus machucados, mas passando-os para mim. Minhas energias mágicas e talvez, eu esperava que não, minhas energias físicas, seriam atingidas em vez deles. Além disso, a minha ligação com eles permitira que eu os curasse com mais facilidade e rapidez. - Precisamos comprar tempo. Papai já está a caminho, acompanhado por mais aurores. – Eu falei novamente e eles assentiram. – Altair, quanto tempo acha até nos encontrarem? - Não sei dizer, Senhora, podem demorar. Os outros ataques foram pesados, estão ocupados com eles. Mas assim que percebeu nossa situação, tenho certeza que sua mãe chamou reforços até nós. – Ele falou. - Mas vão levar alguns minutos. Pelo menos uns 10 ou até 15. Os vampiros espalharam nossas forças e nos separaram. – Laharl concluiu e eu concordei. - Vamos ganhar tempo, dando tudo de nós... FLONNE CUIDADO! – Eu gritei e meus escudos voaram ao redor dela. Tudo aconteceu rápido demais. Uma massa enorme de carne, cujo cheiro fétido me deixou enjoada, rumava ferozmente contra Flonne. Era um Legion e ele socou meus escudos para o lado, como se não fossem nada. Um outro Legion surgiu do chão, a centímetros de Flonne. Flonne foi jogada para trás pelo impacto do soco do primeiro Legion, que a atingiu no peito. O maldito morreu quando uma flecha de luz disparada por mim o atingiu na boca, queimando-o de dentro para fora, quando ele se preparava para um novo golpe. Mas o segundo estava em cima dela, com os punhos prontos para socá-la na cabeça e aquele golpe seria fatal. Então eu vi de canto de olho quando um lobo cinza empurrou o Legion com toda força. Clara o socou na hora exata e o Legion foi jogado para longe. Devon também se transformou em lobo, batendo de cabeça com um terceiro Legion. Mais dois Legions surgiram no meio de nós, tentando nos acertar com seus braços poderosos, então para meu assombro vi quando Penny e Patrick se transformaram em lobos também e os jogaram longe. Altair e Laharl foram mais rápidos que eu e cada um destruiu um Legion, acertando feitiços poderosos em seus olhos e bocas. Devon segurou um por trás, e Justin socou-o dentro de suas entranhas que ficavam a mostra e ouvi uma pequena explosão dentro dele, e a carne fétida se desfez. Eu então, perfurei o quarto Legion com minha espada e deixei o fluxo de energia entrar dentro dele. Ele urrou enquanto era destruído, assim como o último, que fora atingido na boca por feitiços de Bela, Luky, Tuor e Haley. - Não sabia que eram lobos! – Eu falei para Penny e Patrick. Assim como com Justin e Clara, os pensamentos dos dois, assim como os de Devon, se conectaram aos meus e senti como se Penny desse de ombros. – Continuem assim! Lobos, não mordam os Legion ou Inferi! – Eu avisei. – Mantenham-nos longe enquanto os outros o destroem. – Eu falei, correndo para Flonne. Meus amigos formavam um semi-círculo ao redor dos que não sabiam lutar, com Altair na frente, junto dos lobos que rosnavam para uma direção contrária à da montanha. Laharl ajudava-a a se levantar e eu me ajoelhei perto dela. - Você está bem? – Eu perguntei, preocupada. Coloquei minha mão em sua barriga e sua cabeça e deixei a energia da água fluir por ela, curando-a. Por sorte, meus escudos e Clara tinham reduzido o impacto e a criança estava bem. - Estou, obrigada. – Ela respondeu, com dificuldade, e levantou-se com a ajuda de Laharl. – Eles estão me atacando por causa da barreira. Como passaram por ela? - Pois vieram debaixo da terra, não pensamos nessa possibilidade. – Hiro comentou e ele estava certo. - Arte! – Chronos deu o alerta e me virei na direção contrária da montanha. - Abaixem-se todos! – Eu gritei, mas sabia que não seriam rápidos o suficiente. Minhas asas se abriram às minhas costas e Chronos me ajudou a segurar um imenso escudo que surgiu a minha frente. Um vento poderoso nasceu das minhas asas e todos foram jogados ao chão e os mantive abaixados. O impacto com a barreira foi poderoso e nós dois tivemos dificuldade de mantê-la de pé, pois uma imensa bola negra chocava-se com ela. O escudo que eu conjurei ficava entre a barreira e nós e mesmo nele eu sentia a força do ataque. Com dificuldade, a água no ar cristalizou-se ao redor da bola de energia e consegui desviá-la para longe, atingindo a montanha. Pedras começaram a cair sobre nós, e as afastamos com magia. Então, centenas de vampiros surgiram. Eles estavam há mais ou menos um quilômetro e meio de nós, talvez dois, no limiar da primeira barreira, mas eu os podia ver com clareza. Então houve uma explosão que nos fez saltar e um pilar de fogo surgiu da terra. Ele elevou-se a centenas de metros do chão e espalhou-se para o lado, criando um círculo de fogo que nos prendia entre a montanha e os vampiros. A passagem secreta estava justamente bloqueada por essa coluna de fogo. Para escaparmos, teríamos que passar pelos vampiros e depois pelo pilar de fogo, que era uma barreira poderosíssima. Éramos muitos para tentar isso. - Droga... – Eu falei e em uma contagem rápida, contei pelo menos 100 vampiros e mais surgiam da barreira de fogo que se abria para eles. Haviam Inferi com eles também, talvez uns 30, e por sorte só haviam mais 4 Legions e não detectei nenhum outro escondido nas árvores ou no solo. - São muitos? – Tuor perguntou, ao meu lado. Eu busquei sua mão e a apertei junto a minha. A presença dele foi suficiente para me acalmar e me auxiliar. - Pelo menos uma centena... – Laharl falou, a varinha pronta para o ataque. – Armem-se. - Preparem-se para lutar, devemos agüentar até os outros vierem em nosso auxílio. São muitos vampiros. – Flonne falou, com ainda com um pouco de dificuldade, mas já de varinha em punho e os olhos brilhando. Estava pronta. - Nós vamos agüentar. – Eu falei. Meu sangue estava acelerado, porém eu não sentia medo, e sim a urgência de proteger a todos e por algum milagre conseguia me manter calma. Eu sabia que manter e mostrar calma seria essencial ali. Altair me encarou por uns instantes, como se me visse pela primeira vez. – Clara, Devon, Penny e Patrick fiquem perto de nós, não se afastem. A força de vocês deve ser suficiente contra os vampiros, mas evitem ficarem sozinhos. Se os pegarem desprevenidos ou conseguirem prender vocês, vocês não vão conseguir se soltar. Flonne e Laharl, vocês devem dar cobertura para eles. Altair, eu e você devemos tentar atrair o máximo de vampiros para nós dois – Eles assentiram. Eu falava com rapidez, passando instruções com velocidade. – Todos os outros, usem principalmente fogo e luz. Novamente, usem o Vagalume! Eles vão ser excelentes. Patronos também ajudam, mas cuidado para não gastarem muita energia. – Todos assentiram, e mais esferas de luz surgiram ao nosso redor – Estão vendo aqueles bolos de carne gigante? São Legions e sua pele é impenetrável. Mirem nos olhos, na boca, nos intestinos, em qualquer parte interna exposta e usem fogo! Justin e Haley, vou deixar com vocês a tarefa de eliminar os Legions quando eles chegarem perto. Eu, Altair, Laharl e Flonne daremos cobertura para os lobos, são nossa maior chance. E não se afastem! Mas, principalmente, mantenham a mente calma e limpa, pensem em coisas boas. Eles vão tentar mexer com vocês! - Será uma honra lutar ao seu lado, minha senhora. – Altair falou, sendo ecoado por Flonne e Laharl. Eu corei momentaneamente, pois é raro receber um elogio de um dos Comandantes. Nesse momento, eu senti a presença poderosa e maligna novamente, porém era diferente de todos os vampiros que eu havia visto. Eu olhei na direção do meio dos vampiros que, estranhamente, estavam parados próximos da coluna de fogo, e agora somavam perto de 200 vampiros. Eu reconheci aqueles como escravos vampiros, vampiros sem vontade própria controlados por um vampiro maior, porém dotados de uma força monstruosa. Enquanto eu olhava, as chamas se abriram e um vampiro entrou, e após sua passagem, a coluna se fechou novamente, queimando mais intensamente. Eu soube na mesma hora: aquele era Gustav, e ele era o criador das barreiras, tanto a mágica quanto a de fogo. Ou seja: não conseguiríamos sair dali enquanto ele não estivesse morto. Nossos olhos se encontraram e eu soube imediatamente que ele não era como os demais vampiros. A maioria dos vampiros, apesar dos poderes e da facilidade com que matam, têm a tendência de querer brincar com suas vítimas, atacando lentamente, enquanto as torturam. Mas assim que vi seus olhos vermelhos, eu soube que Gustav mataria sem rodeios. E ele veio para nos matar, me matar para ser mais exata. - Matem todos. – Ouvi ele falar com clareza, apesar da distância que estávamos deles. Os vampiros mal mostraram que se movimentariam. Em um instante estavam todos parados, e no seguinte não estavam mais onde deveriam estar. Apenas o meu treinamento com os demônios e com minha família me preparou para vê-los, e além de mim, apenas os lobos e os aurores podiam ver os vampiros correndo. Eles cobririam aquela distância em menos de 2 minutos. Os Legions eram muito rápidos para o seu tamanho e se moviam velozmente também, os Inferi eram mais lentos, mas não demorariam a chegar. E então começou a pior batalha de que eu me lembro. Ela durou alguns minutos, porém foi intensa e perigosa. Os vampiros saltaram todos juntos sobre nós, com velocidade e força. A primeira onda, porém, foi repelida pela nossa barreira, que os pegou desprevenidos. Aproveitamos a brecha, disparando bolas de energia e de luz, junto de flechas, que saltavam das minhas costas. Os projéteis atingiram os vampiros no ar, jogando-os para trás, porém foi pouco eficiente e matamos alguns poucos vampiros. Os Legions avançavam urrando, sem serem afetados por meus feitiços ou dos outros, eles ainda estavam muito longe para eu acertar com precisão o seu interior frágil. A onda seguinte foi mais astuta e rápida, pois eles se recuperaram rápido. Gustav ainda estava longe, mas lançou uma série de feitiços contra nossa barreira. Senti Chronos concentrando-se para mantê-la, mas a barreira cedeu após receber aquela quantidade enorme de feitiços. Os meus escudos moveram-se para interceptar os vampiros e muitos vampiros colidiram com eles, enquanto a fortaleza de escudos se fechava, bloqueando o segundo ataque. Tivemos nossa chance de lançar os primeiros feitiços, afastando os vampiros, porém eles atacaram novamente. E agora eles desviavam dos escudos. Os lobos uivaram em desafio quando os primeiros vampiros chegaram e me ouvi gritando em desafio a eles. Meus amigos gritaram também e todos lançaram feitiços de suas varinhas. A noite pareceu ganhar vida com a quantidade de bolas de fogo e luz que lançamos. Alguns dos feitiços eram fracos, e apenas colidiam com os vampiros, reduzindo sua velocidade, mas era o tempo necessário para eu ou os aurores mais experientes incinerá-los. Patronos, principalmente dos que não tinham treinamento, chocavam-se em pleno ar com os vampiros, atordoando-os por alguns segundos. Haley aproveitava essas brechas e seus olhos pareciam brilhar, o ar crepitar ao seu redor, enquanto ela concentrava suas forças nos vampiros que ela podia e eles sentiam sua pele queimar e arder. Justin completava o trabalho, criando tochas do chão que engoliam os vampiros. O cheiro de carne queimada enchia o ar, mas estávamos conseguindo manter bem nosso terreno e poucos vampiros chegavam perto de nós. Os Legions chegaram então sobre nós e os lobos não mais puderam nos ajudar a afastar os vampiros, indo lutar com os Legions. Altair, Flonne e Laharl se concentravam em ajudar os lobos e o primeiro Legion foi destruído quando Patrick o prendeu sob seu peso e Laharl o incinerou. Eu agora estava no suporte, auxiliando e protegendo todos que eu pudesse. Eu não podia partir para a ofensiva diretamente, pois meu estilo de luta exigia espaço e rapidez e não poderia colocar meus amigos em risco. Os lobos começaram a levar golpes dos Legions e eu me concentrava em curá-los, recebendo a maior parte do dano em minhas reservas mágicas. Hiro e Julian gritaram em alerta para Penny, quando ela foi cercada por dois vampiros e um Legion. Jamal gritou também e os três lançaram feitiços contra os vampiros, empurrando-os para trás. Tuor acertou um Vagalume no peito de um vampiro e ele se desfez em pó, enquanto Patrick ajudava a irmã a imobilizar o Legion e Flonne o destruía. Mas não importava quantos matássemos, sempre pareciam vir mais. Justin e Altair não paravam um segundo, lançando feitiços em todas as direções. Os elementos rodopiavam ao redor do meu amigo e ele os lançava contra os vampiros mais próximos. Chronos golpeava com dezenas de armas diferentes, cortando o ar com uma espada, perfurando com uma adaga, esmagando com uma clava ou lançando flechas e lanças. Ele não usava Lognus por falta de espaço, assim como eu não usava minhas espadas. Quando os Inferi chegaram, Zach e os outros gritaram que cuidariam deles e começaram a criar pequenos incêndios ao redor deles, matando-os lentamente. Os vampiros começaram a concentrar as investidas contra Flonne, eu, Altair e Justin, pois causávamos a maior parte dos estragos a eles. Gustav ordenou novamente e os vampiros da reserva atacaram, formando uma nova onda de ataque. Esses vampiros saltavam de árvore em árvore e se moviam o tempo inteiro, dificultando que nós mirássemos. Alguns deles conseguiram saltar no meio de nós e acertaram um soco em Tuor. Eu pulei para protegê-lo e um escudo absorveu o impacto, enquanto Altair perfurava o peito do vampiro com uma magia poderosa. Laharl lutava ao lado de Flonne e os dois desviavam de socos e garras, bloqueando o que podiam. Eu protegi meus amigos, bloqueando os golpes com minhas espadas, enquanto novos escudos surgiam. Devon e Clara vieram me ajudar e conseguimos afastar alguns vampiros, mas novos chegavam. Keiko gritou quando um vampiro acertou um soco em sua barriga e Rupert gritou contra ele, e junto de JJ, MJ e Lena lançaram tantas esferas de luz que o vampiro foi incinerado. Lenneth lutava habilmente, usando alquimia avançada para lutar e nos proteger. Pilares de terra surgiam ao redor de todos sempre que ela via alguém em perigo e ela começou a manipular o fogo que Haley e Justin criavam. Quando os dois perceberam isso, os três começaram a atacar juntos e logo os vampiros começaram a temê-los. - Não! – Eu ouvi Laharl gritar e quando me virei, vi que um vampiro saltava sobre ele. Ele não tinha tempo de se defender e vi o vampiro desceu suas garras para cortá-lo. Flonne saltou entre os dois, empurrando o marido para longe, mas as garras acertaram suas costas e ela caiu em cima de Laharl. Amber, Luky e Bela conseguiram queimar o vampiro antes dele atacar novamente. Eu me concentrei em Flonne, usando meus poderes para curá-la rapidamente e senti suas feridas se fechando, mas ainda lentamente. Eu não conseguia me concentrar para curá-la direito! Então eu senti que Gustav perdia a paciência e todos os vampiros atacaram, não sobrando nenhum perto da barreira. Ele próprio correu em nossa direção. Eram tantos vampiros que não conseguimos barrar todos e mais e mais vampiros estavam no meio de nós. Altair enfrentava 6 vampiros de uma vez, Justin e eu enfrentávamos cada vez mais vampiros. Os lobos estavam todos juntos, para evitar de serem cercados e trocavam golpes com os vampiros. Gustav saltou sobre mim e para ele não me acertar, rolei de lado. Nós dois rolamos pelo chão antes que eu conseguisse chutar sua barriga e Justin tivesse a chance de atacá-lo com uma lufada de vento, que o jogou para longe de mim. Estávamos condenados! Eu senti esse pensamento em cada um dos outros, e sabia que era Gustav que fazia isso com todos. Não conseguíamos mais lutar direito e eu não podia ajudar os outros, pois Gustav continuava a me atacar, pressionando-me. Altair e Tuor tentavam desesperadamente me ajudar, mas Gustav o ignorava e continuava a me atacar. Ordenei que Altair protegesse os outros e que Tuor se afastasse, enquanto eu e Chronos passamos a lutar com Gustav. Acertei uma cotovelada em sua barriga e Chronos baixou Lognus sobre ele com força, abrindo uma cratera no chão, mas o vampiro saltou para longe gargalhando. Sua gargalhada enfraqueceu ainda mais o ânimo de todos e senti que todos estavam ficando fracos e machucados. Vi que Penny tinha voltado a forma humana e estava inconsciente, e Jamal a abraçava, enquanto Patrick ficava ao lado dos dois, o braço ferido. Bela e Luky estavam com eles também, ajudando-o a proteger a irmã. Hiro estava com sangue nas roupas, graças aos deuses, não dele, enquanto Clara ficava ao seu lado e os dois protegiam James e os demais. Devon estava a minha esquerda, seu pêlo sangrando muito e mancava, enquanto tentava lutar com um vampiro para proteger os outros. As vestes cerimoniais de Justin estavam rasgadas onde os vampiros falharam em acertá-lo, assim como a capa de Haley, Julian, Keiko e JJ. Tuor disparava feitiços contra Gustav, sem sair do meu lado. Ele tinha um inchaço debaixo do olho esquerdo. Laharl estava caído no chão, abraçado a Flonne que estava desmaiada e disparava feitiços e gritos de ódio para qualquer vampiro próximo a ele. Altair ainda lutava com vários vampiros ao mesmo tempo, habilmente, mas já mostrando sinais de cansaço. Todos estavam muito machucados. O tempo pareceu passar lentamente, quando todos os vampiros saltaram juntos sobre nós em um último golpe. Garras a centímetros de nós, pressas a centímetros de nossas gargantas. N.A.: O título do texto novamente é um trecho de Valkyries, Blind Guardian. Todos os subtextos que compõem esse texto maior serão trechos dessa música. |