Tuesday, November 15, 2011 - Ok pessoal, se reúnam aqui um instante – Haley chamou e formamos um circulo na saída do vestiário – Quando entrarmos em campo vai haver provocação, mas não quero que deixem isso atrapalhar tudo que treinamos – ela disse olhando para Alvo e Malfoy – Eles vão tentar desestabilizar vocês, mas sabemos que são capazes de jogar e não vão decepcionar, então apenas ignorem. - Não se preocupe, não vamos dar ouvidos a nada – Malfoy respondeu e Alvo assentiu – Quando o jogo acabar, nós é que vamos rir. - Esse é o espírito. Sonserina no três – Haley disse animada e esticou a mão para colocarmos as nossas por cima – Um, dois, três, Sonserina! Montamos nas vassouras e entramos em campo. O time da Fidei já estava sobrevoando as arquibancadas e Tommy, agora narrador do campeonato, já havia anunciado a escalação deles. - E vem ai o novo time da Sonserina – o ouvimos gritar empolgado da cabine dos professores – Goyle, Menken, Lupin, Warrick, Cohen e as duas novidades do time, Escórpio Malfoy e Alvo Severo. Foi uma decisão arriscada da capitão Haley Warrick em escalar dois alunos do 1º ano, vamos ver se valeu à pena. Como previsto, ouvimos algumas risadas vindo das arquibancadas. A maior parte delas era na torcida da Grifinória e não foi difícil identificar Tiago, Fred e Luky puxando o coro das piadas. Olhei para Alvo e ele logo assentiu, assegurando que não estava se importando. Os dois times se posicionaram e o juiz autorizou o inicio da partida. Não foi um jogo fácil. O time da Fidei era bom e muito bem organizado, mas por mais que eles tenham dado trabalho, o nosso time ainda era melhor. Cada gol marcado pelos artilheiros franceses eram logo anulados por um gol nosso. Embora Malfoy não tenha marcado tantos gols quanto Haley e JJ, quando ele tinha a posse da goles ninguém conseguia roubá-la. Ele era rápido e pequeno, a facilidade com que fazia as manobras estava deixando os batedores e artilheiros da Fidei tontos. Já passávamos de uma hora de jogo quando vi um ponto dourado brilhando perto da arquibancada da Lufa-Lufa. Olhei para o lado depressa, procurando Alvo, mas ele também já tinha visto e disparava na direção dele. Infelizmente o apanhador da Fidei estava logo atrás. - Vamos lá Alvo, prove que não erramos em escolher você... – disse baixo do alto do campo, vendo duas figuras verde e amarela voando a toda velocidade pra cima das arquibancadas. Os dois deram um rasante em cima das pessoas e o pomo fez uma curva rápida, voando para o meio do campo. Os dois o perseguiam, mas parecia que o pomo estava gostando da brincadeira, pois começou um ziguezague que fez com que eu o perdesse de vista em questão de segundos. O pomo voltou a voar na direção das arquibancadas, agora da Sonserina, e mantinha uma reta para uma das torres onde ficavam as escadas. Não parecia que ele ia fazer uma curva, mas os dois apanhadores não estavam se importante em se chocar com as madeiras. Eles já estavam a centímetros de uma tragédia quando o pomo subiu de repente. O apanhador da Fidei virou para o lado errado e Alvo disparou pra cima do pomo, fechando a mão tão afobado que arrancou a bandeira da Sonserina que estava no topo da torre. - Ele conseguiu! Alvo Potter capturou o pomo! – a voz de Tommy beirava a histeria – Sonserina venceu! Alvo voltou para o meio do campo exibindo o pomo preso entre os dedos, embolado na bandeira da Sonserina, e o sorriso em seu rosto ia de uma orelha a outra. Voamos pra cima dele e o engolimos em um abraço coletivo. Definitivamente não tínhamos feito a escolha errada. ººººººººº - Vamos lá, seus preguiçosos! Oito! Gritei do meio da sala e todos começaram a socar os sacos de areia espalhados nela. A visita a Arte na sede dos Chronos na sexta-feira havia dado um novo ânimo ao grupo. Já havíamos elaborado um plano impecável para não sermos descobertos e dado início ao treinamento da Armada do Dragão, mas agora estávamos mais focados. Agora não éramos mais só o nosso grupo fechado, tinham mais de 30 alunos na sala obedecendo nossos comandos e precisávamos de organização. Como não tínhamos como sair com todas aquelas pessoas para corridas matinais e eles precisavam de preparo físico, bolamos uma série de exercícios que pudéssemos fazer dentro do castelo. Estávamos usando a sala secreta dos fundadores, agora adaptada para parecer um centro de treinamento. Eu fiquei encarregada de comandar os exercícios físicos e estava gostando muito dessa patente. Todo o estresse com aulas e qualquer outra coisa eram descontados nos gritos que estava dando para conduzir a aula. - Vocês realmente esperam enfrentar um vampiro batendo desse jeito? – gritei passando ao lado de Gabriela, que já estava com o rosto vermelho – Nove! – gritei outra vez e eles passaram a chutar os sacos de areia – Vamos Alvo, ou tudo que sabe fazer é capturar pomo de ouro? Alvo me olhou apavorado, mas passou a se concentrar mais no exercício. Ele, Escórpio e Olivia estavam entre os alunos que treinávamos, mas não eram os únicos do 1º ano. Não que tivéssemos qualquer pretensão de deixá-los lutar, mas era reconfortante saber que, caso algo saísse do controle, eles teriam noção de como se defender. - Não estão chutando alto o bastante! – passei ao lado de James e ele mantinha uma expressão concentrada no rosto, mas sabia que estava no limite – Dez! – agora todos pararam os chutes e se dividiram em duplas, se revezando para fazer abdominais. Passei ao lado de Amber e Kaley – Estão esperando o que pra começar? Outro ataque? - Estou tentando decidir quem eu odeio mais – Amber falou quase sem fôlego – Você ou ela, por ter me convidado pra Armada – e apontou pra Kaley, que estava quase morrendo para completar as abdominais. - Vamos lá, não parem! – bati palma na cara das duas – Se alguém tiver um ataque cardíaco Justin sabe socorrer. - Eu sou a única a ponto de desmaiar? – Penny perguntou pingando de suor. - Não. Eu continuo vendo nosso avô morto no fim do túnel dizendo “venha para a luz” – Patrick respondeu ofegante, segurando os joelhos da irmã. - Vinte abdominais cada um e depois podem alongar por 5 minutos – dessa vez não gritei, mas falei alto o bastante para que todos ouvissem. Todos estavam circulando entre as duplas ajudando a monitorar os exercícios e incentivar os que já estavam ficando sem energia e me aproximei de Justin e Hiro, que conversavam fora do tatame. Estavam discutindo o que fazer em seguida. - Boa aula, G.I. Jane – Justin disse rindo – Quando isso acabar vão estar todos prontos para se juntar ao exercito. - Obrigada, estou me sentindo mais leve depois de tantos gritos – e os dois riram – O que vamos fazer agora? Não posso pedir mais nenhum exercício, vão desmaiar até se pedir pra bater palma. - Justin acha uma boa idéia fazê-los treinar o patrono – Hiro falou – A maioria aqui já sabe como produzir um, mas quantos sabem produzir um corpóreo? - É verdade, aposto que quase nenhum. E Arte ia nos ensinar o Magnus Patrono, eles precisam dominar o normal antes de passar para o próximo nível. - Exato, então vou conduzir essa parte do treino e Hiro vai cuidar dos mais novos que ainda não aprenderam o feitiço, vai ensiná-los como executá-lo. - Quer me ajudar? Só os que já chegaram ao 5º ano sabem o que é um patrono e temos uma boa quantidade de gente abaixo disso. - Claro, sem problema. Olhei para o tatame e eles estavam começando o alongamento comandado por Keiko. Quando acabaram Justin assumiu e todos que tinham menos de 15 anos vieram de encontro a Hiro e eu. Além de Alvo, Escórpio e Olivia, também estava no grupo Daniel, Tiago e os gêmeos do professor Longbottom, Frank e Alice. Mina e Luthien eram as únicas com menos de 15 anos que ficaram no outro grupo. Enquanto Justin já organizava o resto da turma para começarem a praticar o feitiço, levamos os menores pro outro lado da sala e pedimos que sentassem no chão. Todos se atiraram no tatame na mesma hora, exaustos. - Sei que estão todos cansados e o feitiço patrono exige muito esforço, então antes de começarmos a praticá-lo quero que todos relaxem e pensem primeiro em uma lembrança feliz – Hiro andava entre eles enquanto falava – Procure na memória a melhor lembrança que tem, ela precisa ser muito boa. - O feitiço é feito de energia positiva, então se não tiverem uma lembrança feliz em mente, ele não vai funcionar – completei – Vamos dar cinco minutos para descansarem e encontrarem a lembrança ideal, e então vamos começar a praticar. Todos deitaram no tatame e fecharam os olhos, relaxando. Alguns faziam caretas enquanto tentavam pensar que lembrança seria boa o suficiente, outros mantinham expressões sérias e concentradas. Do outro lado da sala Justin comandava os mais velhos e os outros ajudavam os que estavam enfrentando dificuldade para manter o patrono estável. Não era fácil se concentrar em um feitiço tão potente depois de uma série cansativa de exercícios, mas ninguém teria hora do descanso em uma batalha. - Muito bem, todos já conseguiram pensar em uma lembrança feliz? – acabei com a hora do recreio e todos abriram os olhos, assentindo – Então vamos começar a praticar. De pé! - O feitiço patrono, como Clara já falou, é feito de energia positiva. Quando é conjurado corretamente, toma a forma de um animal prateado e de aspecto único para cada bruxo. - Não esperamos que consigam executar com perfeição hoje, mas se conseguirem que algo prateado saia da varinha, já será um grande passo. - Repitam alto e de forma clara: Expecto Patronum! Eles repetiram o encantamento e depois de alguns minutos de prática, fumaças começaram a sair das varinhas. Ainda eram muito fracas, não formariam nem um mosquito patrono, mas já era alguma coisa. Estavam todos esgotados quando mandamos que parassem, quase uma hora depois, mas muito animados. Hiro distribuiu chocolate e começamos a organizar os grupos para saírem da sala sem sermos vistos, sempre monitorando os corredores com o mapa do maroto. Quando todos já tinham voltado em segurança para os salões comunais, só o nosso grupo voltou à sala. MJ trouxe um prato de cupcakes da cozinha e garrafas de cerveja amanteigada e brindamos o avanço das aulas. Não éramos um exército que ia exterminar todos os vampiros da face da Terra, mas íamos estar preparados para dar trabalho e estragar qualquer que fosse o plano deles. Quando os vampiros voltassem, estaríamos esperando por eles. |