Sunday, February 12, 2012 Por Justin Silverhorn Quando chegamos ao castelo, os alunos estavam circulando nervosos pelo saguão de entrada e os professores fazendo rondas e reforçando feitiços de proteção. O senhor McGregor, e o professor Wade, foram conversar com a diretora, e os professores O’Shea e Storm iam mandando os alunos que já tinham jantado, irem para seus salões comunais.Daniel e Olivia vieram correndo até nós e nos abraçaram aliviados, porém ficaram nervosos quando contamos sobre Julian e Haley, mas dissemos a eles que tudo se resolveria. Fomos jantar e íamos conversando com os outros membros da AD sobre o que havia acontecido. Luky, Bela, Olivia e Daniel se juntaram em nossa mesa e queriam saber sobre tudo que havia acontecido. Conversavamos com eles, para saber como tinha sido a situação no castelo, e enquanto eu me ocupava com um pedaço de pudim, troquei uma mensagem telepática com Clara e ela começou a circular entre as mesas. Alguns me olharam surpresos, pois eu havia dito a eles para dormir enquanto podiam, logo eu via que os membros da AD que eram do último ano, estavam saindo do salão, e Arte assim que nos comunicamos se levantou e saiu junto com as gêmeas Mina e Luthien. Terminei de comer, me despedi do pessoal e fui para o meu dormitório, eu precisava dormir o mais rápido possivel, se quisesse encontrar Haley e Julian. o-o-o-o-o Haley Não sei por quanto tempo viajamos, mas apesar da rapidez com que o vampiro corria, eu tive a impressão de reconhecer alguns lugares.Chegamos a uma casa muito velha,que me lembrava um pouco a Casa dos Gritos, tamanha a sujeira e móveis quebrados espalhados pelo local. O vampiro me colocou num quarto onde havia um colchão esfarrapado jogado no chão, algumas baratas correram quando o chutei. Sentei-me encostada à parede, queria estar acordada, para quando Julian chegasse e talvez pudéssemos bolar alguma forma de pedir ajuda. O tempo começou a passar e o vampiro entrou no quarto novamente, me levantei devagar, ele puxou conversa, após olhar com desprezo para o colchão: - Não a recrimino por evitar o colchão, algumas pessoas não têm o mínimo de civilidade. - Sequestro também não é civilizado.- respondi e ele estreitou os olhos: - Está com fome?- olhei-o de forma fria, e ele tentou novamente: - Está com fome?- e eu respondi com outra pergunta: - Onde está Julian?Porque estamos aqui? - Está.com.fome? -Onde está Julian? Porque estamos aqui? - ele praticamente voou pelo quarto me empurrando na parede e eu senti a pancada atrás da minha cabeça e a força com que ele segurava meu rosto. -Quando eu pergunto algo, gosto que me respondam, porque quando me irrito sinto fome. E se eu não tivesse ordens expressas de poupá-la já teria saciado o meu apetite. - e suas presas estavam a mostra, tentando me assustar e ele até estava conseguindo, se a porta não se abrisse de repente, e jogassem Julian lá dentro.- ouvimos a voz de Morgan. - Deixe a garota em paz, se está com fome, vá até o vilarejo fazer um lanche. – ele disse e saiu rindo da piada de mau gosto. O vampiro me soltou e após me olhar longamente, saiu trancando a porta. Corri para o lado de Julian, ele já exibia marcas dos socos que havia levado, mas conseguiu se levantar, fazendo um pouco de careta. - Devo estar horrível, para você estar com os olhos tão aflitos assim. Não se preocupe comigo, precisa ver o punho do cara, acabei com ele.- sorri, só Julian para zoar com algo tão sério.E ele falou em céltico: - Você está bem? Aquele vampiro te fez alguma coisa?- disse me olhando de cima a baixo. - Não, ele só tem feito ameaças.- respondi do mesmo modo. - Haley, acho que ele tá atráido por você.- revirei os olhos. - Deixe de ser besta, Julian... - Ouvi os caras dizendo que ele é um rastreador, e este tipo fica obcecado pela presa, é como estar apaixonado, de forma extrema.E se você estivesse de fora e visse o jeito que ele olha para você, acharia o mesmo. Talvez isso seja um ponto a seu favor...Se a oportunidade aparecer, transforme-se e fuja. - Estamos nisso juntos e sairemos juntos. E a tia aqui sou eu, cale-se e não fale mais besteiras. – não sei quanto tempo passamos ali presos sem água e sem comida. Julian começou a cochilar, e eu ficava de vigilia. A porta se abriu e uma mulher entrou. Seus cabelos eram claros, mas estavam tão sujos, assim como suas roupas, tinha olhos de um azul profundo que poderiam até ser bonitos, se não fossem tão frios...Tão loucos. Digo, loucos, porque quando ela olhou para mim e Julian, que já estava acordado e sentado ao meu lado, sorriu exibindo dentes podres e disse numa voz com sotaque francês: - Olá Alexandra e Kyle McGregor. Sejam bem vindos ao inferno!- e apontou a varinha para nós, dizendo ‘Crucio’. o-o-o-o-o-o-o-o-o Eu dormia há algum tempo e não estava conseguindo o meu objetivo, sentia que estava perto de Haley, mas não conseguia a conexão entre os nossos sonhos, como já havia feito algumas vezes antes. Estava quase desistindo quando senti um puxão, e me vi em um lugar escuro e ela sentada chorando. -Amor! Que bom que a encontrei..- eu disse e nossas formas astrais se abraçaram. -Justin...Oh, graças aos deuses. Como chegou aqui? Ah, estou sonhando com você, que bom.- ela disse atropeladamente.Era apenas a sua forma astral, mas era muito bom, vê-la. -Calma, estou aqui. Precisamos encontrar uma forma de resgatar vocês. Sabe aonde estão? Vou tentar puxar Julian para o sonho. – Concentrei-me e tudo o que sentia vindo dele, era escuridão. Afastei-a um pouco e pude notar que sua forma astral refletia a sua forma física, ela tinha marcas roxas nos braços, os olhos avermelhados, seu queixo exibia marcas de dedos e ela parecia fraca.- ‘Estão torturando vocês’! – afirmei revoltado, e seus olhos ficaram úmidos: - Acho que Julian está desmaiado...Bateram muito nele, Justin.- sua voz tremeu.- Não façam nada para se pôr em risco, mamãe e tio Lu saberão o que fazer. Acho que não estamos muito longe, senti o cheiro de pão fresco, tenho a impressão que nos levaram em circulos para nos confundir. Julian também acha o mesmo... - Vamos busca-los, fique calma, que vamos chegar até vocês.-e ela ficou nervosa: - Justin, é uma armadilha. A líder, Cibelle, esta louca de pedra, pensa estar com a minha mãe e com o avô do Julian. Disse que vai evitar que o sangue de mamãe fortaleça os Chronos...E o vampiro é um...- nosso contato se rompeu bruscamente, me senti desesperado,e comecei a chamar por ela: - Justin! Justin, acorda!- e Rupert estava me cutucando. Sacudi a cabeça para clarear as idéias, e olhei o relógio, eram mais de uma da manhã. E ele disse: - Desculpa te acordar assim, você estava gritando o nome da Haley desesperado. Conseguiu? – assenti enquanto passava a mão pelo rosto e ele continuou: - A sala da diretora, está apinhada de gente, os pais da Haley e a mãe do Julian já chegaram, Arte e as gêmeas estão lá, junto com meu pai, tio Ben, e tio Lu e tia Mirian, o pai do Jam, deve chegar pela manhã, Londres também sofreu alguns ataques, e ele está tentando controlar o pânico. Do jeito que eles estão, quando baterem de fente com os inimigos, não vai sobrar muita coisa pra contar história.- ele foi me atualizando enquanto andavamos. Quando chegamos na sede da AD o pessoal do sétimo ano já estava lá. O pessoal do curso de auror já tinha uma aparência melhor, pelas poucas horas de sono. Assim que chegamos começamos a conversar sobre a melhor forma de fazer o resgate, quando Artemis entrou junto com as gêmeas, Luky e Bela. - Acabamos de receber uma mensagem da líder do bando, Cibelle Lestrange. Ela convidou meus pais para assistirem à execução dos McGregors. – e todos se agitaram. - Pelas fontes de meu pai, não é uma ação direta de Cadarn, é coisa de alguns seguidores dele, que queriam um pouco de ação, e a fazem de forma desorganizada, os comensais deixaram muitos rastros, tio Ty e tia Alex, conseguem chegar até determinado ponto e dão de cara com uma barreira mágica poderosa, e acreditamos que estejam na floresta. Conseguiu algum contato? - Sim, consegui contato com Haley, através do sonho, eles estão bem, na medida do possivel... - Como assim? O que está havendo, Justin?- quis saber Lena, e eu disse direto: - Eles estão sendo torturados, a líder Cibele, os chama de Kyle e Alexandra. É uma vingança pessoal contra os McGregors e como isso pode afetar os Chronos, está explicado o porque dela ter alguns vampiros a seu serviço. - Cibele? Você tem certeza?- quis saber Rupert e foi até um de seus cadernos de anotações, e disse: - Cara,a coisa é pior do que parece, esta mulher deve ser Cibelle Lestrange, é uma comensal fanática, perigosa, que está fugindo há mais de 20 anos....Achavam até que tivesse morrido, depois da última guerra.- os que conheciam a história da batalha de Harry Potter contra Voldemort conheciam a fama desta familia de bruxos e ficaram apreensivos. Hiro comentou após pensar um pouco: - Havia o boato de que ela estava no Japão e meu pai liderou algumas investigações que não deram em nada. Ele queria muito prende-la porque foi ela quem matou o avô do Julian e sequestrou tio Ty, quando ele ainda estava na escola. – e Keiko disse: - Papai tinha medo que ela voltasse para se vingar, porque foi tia Alex quem matou o marido dela, Rodolfo Lestrange. Que é? Também presto atenção quando papai fala sobre o trabalho dele.- disse Keiko provocando Hiro.-e completou:- Ah! E ela é avó do Julian, caso você não saiba, Hiro, pois é, também fiquei bege quando soube. – ficamos espantados. - Gente boa!Teremos que usar armamento pesado, ela deve ser osso duro.- disse James pensativo: - Sim, mas Voldemort também, era e Harry Potter o derrotou, vai acontecer o mesmo, porque nos sabemos com quem estamos lidando e temos treinado para isso.- disse Zach confiante, e foi apoiado.- tomei a palavra: - Bom, antes de começarmos, eu quero falar que nenhum de vocês é obrigado a ir conosco, devido ao extremo perigo. Se quiserem desistir, nada muda entre nós.- disse olhando nos olhos de cada um dos membros da AD. Clara, Keiko, Hiro, JJ, Jamal, MJ, Lena, Amber, Penny, Kaley nem se moveram. Zach depois de uma olhada nos colegas, disse: - Cara, esta é a nossa primeira grande missão mundo real, acha que iríamos deixar toda a glória de um resgate com vocês? Julian é meu parceiro, eu iria ajudar de qualquer jeito. E Haley...Bem, ela não deixaria nenhum de nós aqui na mão. – ele disse me encarando e eu assenti. Pegamos os mapas ds região que Rup havia conseguido na biblioteca, e começamos a elaborar o plano de resgate, e não demoramos muito tempo. Já haviamos combinado o que cada um faria, as rotas de fuga, distribui algumas poções que disfarçavam o nosso cheiro para os vampiros, outras poções incendiárias, enfim tínhamos nosso arsenal militar bruxo e estávamos a ponto de sair, quando ouvimos um espirro abafado e ficamos alertas. Enquanto apontávamos a varinha, Jamal foi até o armário que costumava ficar vazio e o abriu com um chute, fazendo Olivia e Daniel caírem assustados de lá de dentro. - O que vocês fazem aqui? Quase estuporamos vocês.- quis saber Clara e Liv respondeu, espanando as roupas: - Vamos com vocês buscar Julian e Haley. Se estivéssemos no vilarejo, nós teriamos ajudado, então vamos ajudar agora. - Não, vocês não vão, são muito novos ainda.- disse Lena séria e Daniel disse todo valente: - Aprendemos bastante, e podemos ser úteis.Não vou deixar minha irmã enfentar um bando de malucos e de vampiros sozinha, dããã!- e Lena respondeu preocupada: - Não estarei sozinha, estamos organizados. O que houve com a sua voz?- e Olivia respondeu: - Ele está rouco, porque beijou a namorada ontem, ambos estão com dor de garganta. - Linguaruda. - Dan resmungou e olhou feio para ela, que deu de ombros, enquanto alguns risinhos eram ouvidos. Aproximei-me deles: - Admiro a coragem de vocês, mas são muito novos. Preciso que fiquem aqui. – ela olhou para as gêmeas, Mina e Luthien, e eu entendi o seu dilema: - Não dá para se comparar a elas, que fazem este tipo de coisa, desde pequenas, Liv. Você sabe que ainda não está pronta, nenhum dos dois está.- levantei a mão, executando um feitiço silenciosso e as varinhas deles vieram para minha mão. Os olhos dela se encheram de lágrimas: - Mas eu quero ajudar a salvar o meu irmão...E tia Haley. - Eles vão gostar de saber que você aprendeu a lição mais dificil: ‘não faça algo que você ainda não está preparado ou você pode colocar não só a si mesmo, mas também inocentes em risco’.- disse imitando o professor Storm. Ela ainda me olhou contrariada, mas acabou cedendo, olhei para Daniel: - Nós vamos trazê-los de volta ok? Pode levar a Liv, até a Lufa-lufa? Nós precisamos ir. – ele assentiu e eu devolvi as varinhas deles. Antes deles saírem, Dan parou perto da Lena e a puxou para um abraço rápido. Ele falou alguma coisa baixinho no ouvido dela, e ela sorriu assentindo. Assim que os dois foram embora, colocamos nossos casacos, trocamos um olhar para nos certificar de que todos saberiam o que fazer, e saímos para o que restava da noite, o dia logo iria amanhecer. |