Sunday, June 24, 2012


Lembranças de Tuor H. E. Mithrandir

- Atenção todas as Campeãs! Dentro de instantes daremos início à Terceira Tarefa do Torneio Tribruxo. – Ouvimos a voz magicamente ampliada de Minerva das arquibancadas. As torcidas começaram a gritar os nomes de suas Campeãs e eu gritava o nome de Artemis junto com meus amigos. Nós todos tínhamos dado boa sorte para ela, Gabriela e Lenneth juntos antes de irmos para as arquibancadas.
Ainda não sabíamos como seria a prova, mas os professores mandaram todos os alunos para as arquibancadas umas duas horas antes do início da prova e nos proibiram de sair. Eles nos avisaram que a tarefa estava sendo preparada e que a arquibancada inteira seria encantada para que nossas vozes não chegassem às Campeãs quando a tarefa começasse. Porém, enquanto Minerva não anunciasse o início da prova, toda a nossa algazarra seria ouvida por elas.
As arquibancadas formavam uma semicircunferência em torno do palanque onde estavam os juízes do Torneio e três bancadas onde Arte, Lenneth e Gabriela estavam de pé. Cada uma delas tinha trazido os amuletos pegos na Segunda Tarefa e os amuletos estavam em cima da bancada.
- A Terceira Tarefa terá como localização toda a extensão dos terrenos da Escola. – Minerva começou a falar e as torcidas gritaram enlouquecidas. Ela então pigarreou e todos começaram a ficar calados, rindo ao ver o olhar assassino dela. – Vocês terão o tempo que precisarem para localizar 5 baús espalhados pelo terreno. Dentro de cada baú estarão escondidas 5 peças de um quebra-cabeça. Ao recolherem as 25 peças, voltem para esse palanque e o montem. Mas apenas nesse palanque! Caso alguma de vocês tente montar o quebra-cabeça fora daqui, serão penalizadas.
As Campeãs assentiram, olhando sérias para Minerva. Dava para ver o misto de excitação e nervosismo no rosto das três, mas também havia confiança naqueles olhares. O Cálice havia escolhido muito bem suas três Campeãs.
- Haverão sempre 3 baús e vocês devem identificar o de vocês através dos brasões de cada escola. Guardem as peças recolhidas dentro dessas bolsas. – Minerva continuou e funcionários das escolas entregaram bolsas pequenas para cada uma das Campeãs. Arte prendeu a dela em sua cintura, já deixando-a um pouco aberta. Gabriela pendurou a sua no pescoço e Lenneth colocou a dela em um bolso de sua capa. – Agora para a localização de cada baú, toquem um dos amuletos da Segunda Tarefa e digam seus nomes e escolas. – As Campeãs fizeram como pedido e os amuletos brilharam em diversas cores.
- Muito bem. Em uma das faces dos amuletos está uma imagem que dá uma dica de onde poderá estar o baú, enquanto na outra face, em alguns casos, existem alguma dica ou mapa que dá a localização exata do baú. Vocês estão livres para coletar as peças em qualquer ordem, mas devem buscar todas antes de voltarem para esse palanque. Estão liberadas para usar qualquer meio para obter os baús. Ao pegarem todas as peças, voltem para esse ponto de partida. Aqui devem montar o quebra-cabeça e descobrir a localização exata do Cálice. A primeira a tocar o cálice será considerada a Campeã do Torneio Tribruxo! – As torcidas começaram a gritar e Minerva esperou que nos acalmássemos antes de voltar a falar. – Mas vocês só podem ir atrás do Cálice quando terminarem o quebra-cabeça. Quando fizeram isso, uma luz branca surgira acima do quebra-cabeça montado. – Ela falou e uma luz branca surgiu na bancada de cada uma delas. – O segundo e o terceiro lugar serão definidos pelo tempo que cada uma levar para montar o quebra-cabeça, caso o primeiro lugar já tenha sido escolhido. – Minerva explicou e as Campeãs assentiram. – Como a senhorita Aesir tem uma pontuação maior, poderá sair antes das demais. Após o início da prova, as senhoritas Chronos e Lafayette devem esperar 2 minutos antes de saírem. – Ela falou e as garotas assentiram, prontas para o começa da prova. – Boa sorte a todas. Preparem-se, pois dentro de dez minutos, declararei a tarefa iniciada. Usem esse tempo para estudar as informações dos amuletos.
 As Campeãs assentiram e olharam seus amuletos com atenção. Arte espalhou todos diante de si e começou a analisá-los. Vimos quando ela sorriu e começou a mudar a ordem dos amuletos e imaginei que os estava organizando na ordem que pretendia buscá-los. Então ela levantou a mão e Minerva olhou para ela.
- Somos obrigadas a levar os amuletos conosco ou podemos deixá-los aqui?
- Façam como desejar.
Arte agradeceu e pegou três dos amuletos, prendendo-os em sua cintura também. Para nossa surpresa, ela tirou a própria capa e a deixou no chão, ficando apenas com a blusa e a calça do uniforme.
- A prova será iniciada dentro de um minuto. – Minerva anunciou e as Campeãs assentiram, já prontas. Gabriela tinha prendido dois amuletos em cada pulso e segurava um deles na mão. Lenneth tinha deixado os cinco em cima da bancada e observava Minerva ansiosa.
Minerva esticou a varinha para o alto e faíscas douradas explodiram para o céu e Lenneth poderia começar a prova. Ela rapidamente se abaixou, desenhando um círculo de transmutação no chão e usou seus 2 minutos de vantagem para transmutar terra em uma tábua pequena e copiou as informações dos amuletos, correndo em seguida para a floresta. Quando os 2 minutos terminaram, Lenneth já estava saindo da área de partida e Gabi e Arte começaram a correr. Gabriela saiu correndo na direção das estufas, enquanto Arte corria na direção do Castelo.
Então todos da torcida ficaram surpresos quando quatro imagens surgiram no ar. Pareciam telas de TVs trouxas e cada uma mostrava uma imagem diferente. A maior, que estava acima das demais, mostrava um mapa esquemático dos terrenos da escola, indicando a localização de cada Campeã por cores diferentes. Preto representava Arte, Vermelho a Lenneth e Azul a Gabriela. A primeira das telas menores mostrava Lenneth enquanto corria na direção da floresta e as outras duas mostravam Arte e Gabriela.
- Atenção todos! – Minerva falou, dirigindo-se às torcidas. – Vocês não devem sair das arquibancadas, pois podem influenciar na tarefa. Aqueles que tentarem serão alertados e se saírem, serão devidamente punidos. – Ninguém duvidou disso e ela continuou, olhando-nos séria. – A partir de agora nenhum dos sons das arquibancadas chegarão às Campeãs, mas quando elas tocarem os baús corretos, poderão ouvir vocês. Então usem esse momento para dar a elas o apoio de vocês!
Todos assentiram e começamos a acompanhar a movimentação das Campeãs.
Eu acompanhava atentamente Arte, mas olhava de vez em quando para as demais Campeãs. Vi quando Gabriela chegou nas estufas e olhava atentamente para o seu amuleto, enquanto olhava para os números das estufas, como se procurasse algo. Lenneth estava usando o mesmo feitiço que usara na Segunda Tarefa e corria floresta adentro, seguindo um filete de luz branca.
Arte tinha acabado de chegar ao Castelo e abriu as portas com cuidado.
Vimos então que o castelo estava com todo um clima sombrio, com suas tochas apagas e tudo muito escuro. Mas havia algo se movendo nos corredores e eram as armaduras. Todas as armaduras do castelo, fossem as de metal ou as estátuas de pedra, pareciam enfeitiçadas e caminhavam em guarda pelo castelo. Arte andou lentamente até um local escuro e observou o salão de entrada. As armaduras vigiavam as escadas também e ao que parecia ela queria usá-las. Ela começou a se mover furtivamente, escondendo-se nas sombras e esperando as armaduras passarem. Uma hora ela jogou uma pedrinha longe e as armaduras foram imediatamente até lá, dando a chance dela subir as escadas, mas o segundo andar também estava cheio de armaduras sentinelas. Ela foi subindo os andares em um ritmo lento, escapando das armaduras e pelo rumo que ela tomava, achei que ela estava indo para a torre da Grifinória, mas então me lembrei que a de Astronomia ficava na mesma direção. Olhei rapidamente para as outras campeãs e vi quando Lenneth desenterrou o primeiro baú, após espantar alguns animais estranhos. Gabriela também corria na direção dos baús, lançando feitiços de fogo contra visgos que tentavam agarrá-la. Arte estava muito atrás...
Arte então ficou parada um tempo pensando, mas seria difícil passar despercebida por tantas armaduras. Ouvimos então ela sussurrando, após pegar a varinha e apontar para uma armadura próximo a ela: “Piortotum Dominato”. A armadura ficou parada imediatamente e Arte repetiu o feitiço em mais 9 estátuas, 5 de cada tipo de armadura. Então para nossa surpresa vimos que ela havia tomado o controle delas e elas começavam a obedecê-la. Arte apontou a varinha e fez com que 6 das armaduras começassem a atacar as demais. Ela pretendia usar essa distração para seguir em frente. Mas a ideia saiu um pouco do controle dela.
Todas as armaduras começaram a lutar entre si, as de pedra contra as de metal, e o corredor virou um campo de batalha. Vi que Arte ficou surpresa, mas ela não perdeu tempo e saiu correndo no meio do corredor do quarto andar, com 4 de suas armaduras junto a ela, enquanto o caos se espalhava pelas outras armaduras.
Com as armaduras lutando entre si, ela conseguiu chegar rapidamente no topo da torre de Astronomia e ficou parada olhando para os baús. Eles estavam no chão, aos pés de uma armadura de pedra com placas em metal. A armadura era enorme, com quase o dobro da altura das demais, segurando um martelo de pedra, e eu tenho certeza que nunca a vi. Arte hesitou, pois parecia fácil demais, mas começou a andar lentamente na direção dos baús. Ela estava atenta e olhava tudo ao redor, cercada pelas suas 4 armaduras.
Ela estava bem próxima dos baús quando saltou de lado, bem a tempo, pois o martelo da estátua gigante atingiu o local onde ela estava com um forte barulho. No local onde segundos antes Arte estivera havia um buraco e o piso do chão havia quebrado em vários pedaços de pedra. Então vimos que a estátua inteira ganhava vida e começou a atacar Artemis, que pulava de lado tentando escapar. Quando ela se afastou um pouco da estátua, ela ficou parada novamente e Arte ficou observando-a, respirando rapidamente. Arte então levitou um pedaço do chão e jogou contra os baús. A estátua respondeu imediatamente e destruiu o pedaço de pedra. Arte começou a lançar várias pedras contra a estátua e ela os esmagava com facilidade e não se importava de ser atingida por uma ou outra pedra. Em pouco tempo havia uma nuvem de pó ao redor deles e dificultava a visão. Então de repente, todas as 4 armaduras que Artemis controlava avançaram juntas e não víamos sinal de Arte. A estátua gigante começou a golpeá-las, enquanto as armaduras revezavam-se para abrir uma brecha. A estátua gigante esmagou uma armadura de metal com seu martelo e uma das outras armaduras de metal pulou por cima dela, usando o martelo como apoio. Só então percebi que a tal armadura era Arte! Ela havia usado a fumaça dos escombros e vestira uma das armaduras de metal, misturando-se as demais quando todas atacaram juntas. Ela saltou por cima da estátua gigante e atacou com uma espada. O golpe foi poderoso o suficiente para desequilibrar a estátua e Arte correu para o baú com o símbolo de Hogwarts. Assim que ela tocou no baú, a estátua gigante ficou parada e explodimos em comemoração. Arte se assustou com o barulho repentino, mas sorriu e pegou as peças dentro do baú, guardando na bolsa em sua cintura. Ela se afastou então, já indo na direção das escadas, quando foi obrigado a se proteger com um feitiço escudo, pois a estátua gigante voltara a atacar. A torcida de Hogwarts gritou assustada e eu me obriguei a me segurar no lugar, enquanto via Arte ser jogada longe, mas ficou de pé rapidamente e se afastou da estátua, de modo que ela voltou a ficar parada. Ela estava surpresa e ouvi quando ela praguejou. Sangue escorria de seu ombro e de sua testa, atingidos, mesmo que levemente, pelo golpe da estátua. Artemis tocou as feridas com a varinha, fechando-as. Então apontou a varinha para os baús e sua águia prateada pousou no baú de Hogwarts. Ela então virou as costas para os baús e correu na direção do parapeito da torre, enquanto as peças da armadura de metal desgrudavam de seu corpo. Todos na arquibancada gritaram quando ela pulou por cima dele, se jogando da mais alta torre de Hogwarts! Até mesmo os professores ficaram alarmados e vimos a movimentação de todos para tentar salvá-la. Mas ouvimos Artemis gritando “Aresto Momentum” e sua queda reduziu de velocidade, fazendo-a descer lentamente. Ela inclinou o corpo na direção do lago e enquanto caia apontou a varinha para a bolsa com as peças e conjurou um feitiço impermeável nelas, para logo em seguida cair diretamente na água. Eu sorri, pois a nossa antiga Artemis estava de volta, só mesmo aquela louca para fazer uma coisa dessas.
Sua manobra arriscada lhe dera uma excelente vantagem e ela mergulhou bem próximo de uma marcação no meio do lago. Ela nadou até a marcação e apontou a varinha para a própria cabeça, fazendo uma bolha de ar surgir ao seu redor, e mergulhou em seguida.
Arte nadava rapidamente, sem muito esforço, e notei como seu machucado sarou rapidamente, afinal ela estava em seu elemento. Ela nadou até o fundo do lago, e vimos a vila dos sereianos e seus habitantes estavam parados nas casas observando-a. Ela nadou até uma espécie de praça no centro da vila e vi que os baús estavam guardados em cima de um pedestal. Ela nadou até o baú de Hogwarts e lançou um feitiço de bolha ao redor, para só depois abri-lo e pegar as peças. Antes de guardá-las, ela lançou um feitiço impermeável nelas também e as guardou na bolsa, voltando a nadar na direção da superfície rapidamente, acenando para os sereianos.
Quando saiu da água do lago, ela rapidamente secou os próprios sapatos e tirou o feitiço bolha e o feitiço impermeabilizante e correu na direção do campo de Quadribol.
Enquanto ela corria, olhei para as demais campeãs e vi que Lenneth entrava nas estufas, enquanto Gabriela corria para a floresta. Gabi tinha dois baús já, e o da floresta seria o terceiro. Lenneth pegara o seu segundo nas estufas rapidamente e já corria para o lago.
No campo de Quadribol vimos que haviam oito balaços que voavam livremente pelo ar. Eles colidiam entre si loucamente e o barulho das batidas chegava até nós através das imagens de Artemis. Os baús voavam pelo campo, os três separadamente, e haviam vassouras na entrada do campo. Logo Arte já estava montada em uma delas e disparava para cima, sendo perseguida por dois balaços. Ela voou com graciosidade e habilidade desviando sempre que um balaço ameaçava atingi-la. Ela chegou a um dos baús, mas não o abriu e vimos que era o baú de Durmstrang. Ela então disparou para o baú mais próximo e dessa vez era o de Hogwarts. Gritamos incentivos para ela enquanto ela abria o baú, o que era uma tarefa difícil, pois o baú continuava a voar e os balaços continuavam a tentar atingi-la. Uma das peças escorregou de sua mão e Artemis mergulhou atrás dela, desviando dos balaços que chicoteavam ao seu redor, pegando-a próxima ao chão, em um movimento digno de um apanhador.
Faltavam apenas as estufas e a floresta para ela agora e percebi que ela deixaria a floresta por último, por ser bem próxima do ponto de partida.
Arte saltou da vassoura ainda em movimento e correu para as estufas, enquanto jogava fora um dos amuletos. Percebi então que Gabriela estava fazendo o mesmo e sempre que ela pegava um baú, ela jogava fora o amuleto correspondente. Era uma boa tática das duas, pois reduziam as coisas que precisavam carregar e não dificultavam os seus movimentos.
Gabriela já ia para seu terceiro baú no lago, enquanto Lenneth ia para o seu quarto, no campo de Quadribol.
Arte entrou na estufa de número 3 rapidamente, pois imagino que já devia ter lido a dica do amuleto. Lá dentro havia visgo do diabo para todos os lados e vi que haviam mandrágoras ao fundo. A primeira coisa que ela fez foi pegar um protetor de ouvidos, pendurados próximos da porta. Depois ela correu por entre o visgo, desviando com habilidade, ou lançando pequenas chamas sempre que o visgo se aproximava demais.
Arte chegou ao baú com facilidade e nos ouviu gritar seu nome novamente, enquanto abria o baú e guardava as cinco peças. Ela virou-se rápido demais e derrubou uma das mandrágoras e logo elas todas começaram a gritar. Arte ficou um pouco tonta, pois mesmo com os protetores o grito de uma mandrágora é perigoso. Ela se apoiou em uma pilastra para recuperar o equilíbrio e perdeu minutos preciosos ali.
Quando ela finalmente correu para a Floresta Proibida, Lenneth e Gabriela entravam juntas no castelo, para irem atrás do último baú. As três estavam bem empatadas e as etapas finais seriam cruciais.
A equipe de organização do Torneio havia retirado todos os indícios que Gabriela e Lenneth poderiam ter deixado quando entraram na floresta, de modo que Artemis não tinha nada para guiá-la. Ela consultou o amuleto mais uma vez antes de mergulhar entre os arbustos e árvores, correndo rapidamente. Ela tinha certa vantagem naquela floresta, pois a conhecia bem. Mas era óbvio que os organizadores não facilitariam.
Haviam teias de aranha por todos os lados e Arte era obrigada a parar para cortar uma ou outra e ficou presa em uma por algum tempo. Finalmente, ela conseguiu se soltar e chegou no meio de um clareira. Ela olhou o amuleto mais uma vez e olhou para o chão, procurando alguma indicação. Ela correu então para perto de um salgueiro antigo e começou a cavar com uma pequena pá que ela conjurou. Logo ela bateu no baú e o abriu, pegando as últimas cinco peças do quebra-cabeça e saindo correndo na direção do ponto de partida.
Enquanto Arte ficava na floresta, Gabriela e Lenneth tinham subido os andares do castelo juntas, uma ajudando a outra. Lenneth usava alquimia para derreter as armaduras de metal, enquanto Gabriela lançava poderosos feitiços contra as de pedra. As duas enfrentaram a estátua gigante juntas e a águia prateada de Artemis as avisou que ela continuaria atacar mesmo se tivessem pego os baús. Isso as impediu de serem pegas desprevenidas, mas as duas saíram com muitos roxos e arranhões do encontro com a estátua gigante.
Elas saíram correndo juntas do castelo, mas um machucado na perna de Gabriela estava dificultando sua movimentação e pelo seu semblante, era doloroso. Assim Lenneth conseguiu abrir uma vantagem pequena em relação à ela e chegou primeiro em sua bancada. Artemis chegou logo em seguida e Gabriela foi a última.
A tensão nas arquibancadas era tamanha que estávamos calados, enquanto as três espalhavam as peças na bancada e começavam a mexê-las. No início pareciam completamente perdidas, sem saber o que montar. Aos poucos elas começaram a juntar algumas peças e vimos que havia palavras escritas. Eu li “home” nas peças de Arte, vi “sweet” nas peças de Lenneth e Gabi e vi que Gabi tinha uma palavra a mais montada, “taste”. Quando essas palavras começaram a surgir, vi que as três continuavam confusas.
Arte então fechou os olhos e respirou fundo e eu sabia que ela estava tentando se acalmar e isso deu resultado. Quando abriu os olhos ela começou a mexer nas peças ferozmente, olhando-as com atenção e novas palavras começaram a surgir: deep, hearts, warm of ages.
Ao ler as últimas palavras deu para ver pelo semblante de Arte que ela tivera uma ideia e começou a organizar as palavras. Ela mal terminou de formar a frase “The sweet taste of victory lies deep in our hearts, where the warm of ages makes us feel home" a luz branca surgiu acima da frase e ela saiu correndo.
A torcida de Hogwarts começou a gritar muito. Eu não fazia ideia do que a frase significava, mas vi Hiro e Julian se abraçando, e gritaram o significado para todos nós.
E pelo visto Arte também sabia o significado daquela frase.
Ela correu diretamente para o castelo, sem hesitar.
No exato momento em que abria as portas do Salão de Entrada, Gabi completava o quebra-cabeça e menos de 2 segundos depois, Lenneth completava o dela. Elas suspiraram, mais não havia mais nada a fazer.
Arte abriu as portas do Grande Salão e todas as mesas das casas haviam sido retiradas, deixando um espaço completamente aberto até a mesa dos professores, onde o Cálice repousava. O Grande Salão brilhava em luz e o fogo de sua lareira era intenso, enchendo todo o ar com calor, enquanto o telhado encantado mostrava milhares de estrelas.
Arte correu até o Cálice e o ergueu com as duas mãos, e luzes explodiram com as cores de Hogwarts acima dela como se fossem fogos de artifício, fazendo toda Hogwarts gritar de orgulho e vitória!
Vi quando Minerva abraçou o professor O’Shea com alegria e a comemoração espalhava-se pelos professores e alunos, todos se abraçando e comemorando. Vi muitos de nossos amigos chorando e gritando, mesmo estando roucos e notei que eu também chorava de alegria. Os pais de Arte estavam na arquibancada também e gritavam tanto quanto os alunos.
Os professores não puderam segurar todos e nos deixaram sair correndo até o castelo. Eu era o primeiro deles. Quando chegamos ao Castelo, Arte estava saindo do Grande Salão com o Cálice nas mãos e abriu um enorme sorriso para todos nós.
Eu corri até ela e a beijei rapidamente, pois logo depois fomos esmagados por centenas de abraços e gritos de vitória.
Justin, Jamal, Julian e eu levantamos Artemis e todos os alunos começaram a levá-la de volta para o ponto de partida, gritando “Hogwarts! Hogwarts! Hogwarts!”