Thursday, July 12, 2012 O que mais estava me deixando animada pelo nosso baile de formatura, seria a reunião de nossas famílias, e quando eles chegaram, não me decepcionei: Ty e Rory traziam Selene, Ethan e Brianna traziam seu filho Lance, afinal haviam conseguido a guarda definitiva dele, meu pai e minha mãe, minhas avós e junto deles estava a família da Lena, seu pai Yuri, sua nova mãe e minha prima Mary, seus avós e seus tios da Bulgária : Yago e Ludmilla Karkaroff junto com seus filhos Gregory, Ivan e Erin e todos sorriam encantados com a decoração do castelo. Erin que era uma menina tímida arregalou os olhos quando viu as roupas que usávamos, sua mãozinha tocava as roupas de Lena com cuidado e admiração. Já minha sobrinha Selene, que tinha o temperamento extrovertido do pai, olhava fascinada para todo lado e seus olhos brilharam quando nos viu e gritou animada:
- A
Branca de Neve.... A minha tia é a Branca de Neve e o Justin é o príncipe. Eu
sabia! - e saiu correndo em minha direção e foi recebida com um abraço apertado
e seus olhos só faltaram saltar das órbitas à medida que ia vendo as outras
princesas e personagens dos contos de fadas circulando pelo salão. Como havíamos
deixado uma mesa repleta de tiaras, coroas, espadas e muitos outros acessórios
perto do palco para quem quisesse entrar no clima da festa, eles não se
intimidaram e logo já estavam enfeitados para aproveitar a festa.
Quando a
avó e a irmã de Justin chegaram, notei quando ele olhou triste para a porta do
salão esperando ver seu pai chegando, mas como isso seria impossível, resirou
fundo e espantou a tristeza quando fomos recebê-las. Após os abraços calorosos,
as acomodamos junto com minha família, e Olivia e Daniel depois de serem paparicada pelos pais,
resolveram aproveitar a noite e logo levaram Lana para apresentar aos seus
amigos da Lufa-Lufa e Grifinória.
Ficamos
conversando com nossas famílias por algum tempo, mas quando os Orcs começaram o
show, fomos para a beirada do palco, afinal era nosso último show na escola e queríamos
aproveitar ao máximo. Cantamos, pulamos, dançávamos as músicas agitadas e mesmo
quando não era alguma música mais calma, Justin me puxava para os seus braços,
e ficávamos de rosto colado e aproveitávamos para conversar:
- Como se
sente a mais nova artilheira do Pride? Feliz?- ele perguntou e eu abri um
sorriso que ia de um lado a outro respondendo:
- Demais!
Ty sempre adorou ter platéia para seus anúncios, e hoje não seria diferente. –
disse olhando para os lados da mesa da família e nesta hora vi a minha mãe ostentando duas cartas como se fossem troféus
para os pais dos meus amigos: uma era para mim, da diretoria do Pride of
Portree, me contratando como artilheira para a próxima temporada, e outra era a
carta da Academia de Aurores de Londres, com o nome de Julian. Minha prima
Mary, não se fazia de rogada e também exibia a carta que certamente era a da
Lena. Sorri lembrando do momento em que tio Seth disse ao Corvo e a Lena que
estava ansioso para ser o professor deles, e eles engoliram em seco, a família toda
riu das implicações disso. – continuei:
- Mamãe
está toda prosa, ela poderia ter sido profissional no Pride, mas recusou, e o
seu neto vai estudar na mesma Academia que ela e tantos outros McGregors se
formaram, olha a responsabilidade. Ainda bem que Clara, é outra do bando que
vai seguir os passos de tia Louise, ou dona Alex ficaria insuportável. – rimos,
e o olhei nos olhos:
- Estou
preocupada...- e ele me calou com um beijo e quando terminou me olhou nos olhos
dizendo:
- Não
fique! Já conversamos sobre isso, amor, vamos nos ver sempre que possível e
nossas férias serão juntos , não posso ir para o St. Mungus, preciso ficar
perto da minha avó e minha irmã, trocaremos cartas, telefones, sonhos
picantes... (rimos) - Você não vai se ver livre de mim tão cedo.- assenti e
continuamos a dançar. Comecei a olhar em volta do salão, este era meu último
baile como aluna e estava começando a perceber o quanto sentiria saudades de
tudo o que vivi aqui nos últimos sete anos.
Acabei me
lembrando das palavras do discurso da Clara, e só então a ficha começou a cair.
Estávamos indo embora para sempre... Não haveria mais as corujas com as listas
de material, os encontros no Beco Diagonal, as crises na Madame Malkin quando
pedíamos barras de saias mais curtas, os encontros na plataforma 9 e ¾
Ah nosso
QG.Um lugar mágico onde nos divertimos tanto, aprendemos muito e também
planejamos e vivemos coisas importantes: a nossa transformação em animagos, a
AD, a defesa da escola do ataque dos vampiros, nossas noites das garotas, onde falávamos
de garotos e ríamos dos placares mais malucos que Keiko inventava, ou onde
íamos apenas para pensar ou namorar. E algumas vezes, um lugar seguro para
ficar sozinho.
Que
saudades sentirei dos túneis que nos conduziram a tantas aventuras e tantas
descobertas, que nos fizeram amadurecer e ser capazes de enfrentar situações difíceis. Olhei ao redor e vi todos
os amigos se divertindo, tanto aqueles que eu conhecia desde a barriga da minha
mãe, e isso não é exagero, quanto os que fiz nestes anos de escola. Olhei
também para aqueles alunos que no passado foram nossos adversários, e lembrei-me
das tantas brigas pelos corredores ou no campo de quadribol e também das
detenções, que na maioria das vezes foram justas, porém ineficazes, pois éramos
todos teimosos. Porém quando o perigo real surgiu isso foi deixado de lado, e
nos tornamos aliados e na maioria dos casos amigos improváveis e inseparáveis
(vi Lena e Amber sentadas uma ao lado da outra e rindo de uma foto delas), vi
Graham e Zach rindo um do outro e suas acompanhantes, olhando-os com carinho. Amava
a cada uma destas pessoas profundamente e sabia que embora estivéssemos nos
separando e começando uma nova etapa de nossas vidas, se algum dia, eu estiver
em apuros, poderei chamá-los que eles irão, afinal este último ano, como diz
Julian nos tornou ‘irmãos de armas’, porém eu prefiro dizer que somos amigos
até o fim.
Distraio-me
quando vejo um casal de fantasmas usando roupas muito antigas dançando,
felizes. Eles param por alguns momentos, se viram em minha direção e os
reconheço como sendo Trevor e Aisleen. Trocamos sorrisos, eles acenam para mim
em despedida e desaparecem de mãos dadas num circulo de luz. Sinto meus olhos
úmidos, e reformulo meu pensamento: Seremos amigos até o fim e também depois
dele, porque não?
May your
tears
Come from
laughing
You find
friends
Worth
having
As every
year passes
They mean
more than gold
May you
win and stay humble
Smile more
than grumble
And know
when you stumble
You're
never alone
Well I
have to be honest
As much as
I wanted
I'm not
gonna promise
That cold
winds won't blow
So when
hard times
Have found
you
And your
fears surround you
Wrap my
love around you
You're
never alone
Wherever
you fly
This isn't
goodbye
My love
will follow you
Stay with
you
Baby
you’re never alone
Never Alone – Lady Antebellum
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Nota da autora: E aqui chega ao fim o último
texto sobre as aventuras de Haley, Julian e seus amados Justin e Lena. Adorei
dar voz a eles e fazer parte desta Nova Geração por estes quatro anos. Até
breve, em um novo espaço.
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