Friday, May 28, 2010 Girl Talk Lembranças de Artemis A. C. Chronos Flashback – Feriado de Páscoa A festa do feriado de Páscoa no rancho de Tia Alex e Tio Logan foi ótima como todo ano é. A caça aos ovos é tradição e todos participam, não importa a idade. A desse ano em especial virou questão de honra, pois os garotos estavam ganhando, até minhas queridas sobrinhas levarem a sério a brincadeira e tomarem a dianteira. Mina e Luthien levaram a vitória para nosso lado! Mas os assuntos mais falados no feriado foram Avalon, eu não via a hora de voltar lá para treinar finalmente, e o mais avassalador e surpreendente: Edward e Gaia namorando! Foi uma surpresa para todos, mas eles formavam um bonito casal. Gaia sempre foi muito ligada ao Eddie, mas nunca achei que fosse no sentido amoroso, pois como cresceram juntos, sempre achei que eles eram apenas amigos. Lizzie fingiu levar tudo numa boa, mas eu sei que ela não ficou confortável com isso. - Então, priminha, é verdade que anda recebendo beijos e propostas de namoros dos gêmeos Salvatore? – Gaia me perguntou, enquanto nos servíamos de pedaços de bolos. Eu quase derrubei o meu ao ouvi-la falando, e ela me olhou vitoriosa. - Do, do que você está falando? - As notícias correm rápido! Ao menos para as garotas, porque nem tio Lu, nem tio Ty ou Grif e Seth sabem ainda, pois eles iriam querer que ele casasse! – Ela falou rindo e eu lancei um olhar ácido para Haley e Keiko, que estavam sentada longe de nós, dando risadinhas. - Não é nada disso! Quem te contou não sabe o que está falando! - Ahhhh... Até a Bella sabe da história, ela veio me falar toda animada ontem! Disse que você recebeu uma proposta de namoro. - Droga. – Eu falei, olhando para Bella que corria feliz com as outras crianças. Esqueci como Bella quase idolatra a Gaia. Eu e Gaia pegamos nossos ovos de páscoa e eu a guiei para perto do riacho do rancho, pois já vi que eu seria obrigada a contar tudo para ela. Eu olhei em volta e tive certeza que ninguém estava por perto, mas já que minha família não tem o costume de ter pessoas “normais”, nos afastamos ainda mais e fomos nos sentar em uma das muitas árvores do pomar, bem longe de todos. - Ótimo, acho que aqui não podem nos ouvir! – Eu falei, vermelha, mas me certifiquei de que Chronos manteria nossa privacidade. - Então, priminha, conte tudo! Virou mocinha? - Gaia! - Nesse sentido também! – Ela falou dando risadinhas e batendo palmas. – Tia Mi me contou! - Por que ninguém guarda segredos? – Ela sorriu alegre. - Oh que lindo, minha priminha está crescendo! – Ela falou, apertando minha bochecha. - Afff, então pode começar com o interrogatório. – Eu falei rindo enquanto baixava a guardar. Gaia sempre foi como uma irmã para mim e sempre confiei e contei tudo para ela. - É verdade então? Damon E Stefan aos seus pés? Eles eram populares já na minha época, faziam sucesso até entre as veteranas. - Não diria aos meus pés... - Ah Arte, um te pede em namoro e o outro te beija? Eles tão doidinhos por você! – Ela falou, me deixando vermelha. Fiquei ainda mais vermelha com Chronos rindo também. – Como foi? - Eu e o Stefan saímos no baile do Dia dos Namorados, e ficamos no dia. Mas foi muito rápido, eu ainda não sei se estou pronta para um relacionamento sério. Eu nem queria isso, os garotos inventaram um acordo de que todos tinham que beijar alguém no baile, e isso chegou nas meninas. Nenhuma queria ficar atrás dos garotos, então todas correram atrás de par. Só eu e Clara que ficamos de fora. Aí no final da noite, o Stefan me pediu em namoro. - E foram justamente as que mais receberam atenção... As duas têm na conta beijos roubados! - E narizes quebrados e olhos roxos! – Eu falei, lembrando do Damon e do Thurston. – Mas ela está na frente! Ela tem um admirador secreto! - É verdade? Eu não sabia disso! E você bateu mesmo no Damon? - Sim! – Falei com orgulho, fazendo-a rir. – Aquele animal me beijou a força! Achei que ele era legal quando veio perguntar se eu estava bem. Mas foi só eu baixar a guarda que ele me beijou a força! - Eu soube também, quando você desmaiou daquela vez, você fez todos ficarem doidos! Mamãe e papai queriam ir vê-la também, mas precisavam cuidar do clã até seus pais voltarem. – Ela falou, chamando Tio Isaac de papai com naturalidade. - Sim, foi um susto para todos, mas com os treinos devo evitar que ocorra novamente. Mas então, o Damon veio saber como eu estava, e eu falei que tudo bem. Ai ele veio com um papo de que eu não aceitei o namoro com o Stefan por gostar dele e me beijou! Eu teria torturado ele se os garotos não tivessem chegado! - Eu também fiquei sabendo disso. – Ela abriu um largo sorriso, daqueles de quem sabe de algo. Eu balancei a cabeça, pois sabia o que viria após isso. – Tuor certo? Nossa Arte, um quadrado amoroso? - Ele é só meu amigo! Não temos nada, porque todos dizem isso? - Sei, vamos ver se vai ser só amizade. É comum confundirem amizade com amor, principalmente quando é algo novo, como sua amizade com ele. - E o seu caso com o Eddie? Eu não sabia! – Ela ficou vermelha e vi que ficou meio constrangida. - É recente, começamos a namorar a pouco tempo. - Sempre achei que vocês eram apenas amigos! Cresceram juntos e sempre foram muito unidos, mas sempre achei que era apenas por amizade. - Então, descobrimos sem querer que nos gostamos, e estamos namorando agora. – Ela falou sorrindo, mas eu notei que ela não contava tudo. – Prova de que esse Tuor pode ser um candidato! - Não foge do assunto! Agora é sua vez! Conte tudo! - Bem, desde que terminei a escola, venho trabalhando no Ministério com poções, Tio Logan me arranjou estágio lá. E como agora tenho um tempinho livre maior que o da escola, eu e o Eddie começamos a nos ver mais vezes. Quando vimos estávamos nos gostando. – Ela falou, um sorriso no rosto. - Fala a verdade, Gaia, você não está me contando algo! - Não sei do que está falando. – Ela falou, tentando se esquivar, e tive certeza que ela realmente escondia alguma coisa, pois colocou uma das mexas do cabelo atrás da orelha, um tique antigo dela de quando estava nervosa. - Gaia, pode confiar em mim, eu não contarei a ninguém. Não vai me dizer que o Edward te beijou a força, vai?! – Eu perguntei, já sabendo que não, o Edward nunca faria aquilo. - Claro que não! O Edward é um amor, ele tem me ajudado muito nos últimos meses... – Ela falou, o suficiente para eu saber que ela ia me contar mais. - Gaia, o que foi que aconteceu? - Está bem, confio em você, prima, ninguém pode saber do que eu vou falar, ninguém! Além de você, apenas o Edward sabe. - Fala logo, estou ficando curiosa! - Eu e o Edward estamos na mesma situação. Nos apaixonamos por pessoas que não podemos ter. - Não estou entendendo... - O Edward se apaixonou por alguém que ele sempre gostou muito, mas você sabe como os vampiros são, eles jamais esquecem um amor, e principalmente, eles os desejam mais do que apenas com amor. Fora que ele tem medo de não ser realmente amor, apenas atração, entende? Se for apenas isso, a garota corre sério perigo de vida... Tanto por causa dele, quanto por causa dos demais vampiros. - Sim, convivo suficientemente com o Seth para saber disso. Concordo que a garota pode correr sérios riscos se for apenas atração. - O Edward não quer se envolver com essa pessoa, com medo de machucá-la. Em todos os sentidos. - E você, o que tem de parecido nisso? - Eu também não posso me envolver com quem me apaixonei... É perigoso para ele e para todos. - Claro, ai você começa a namorar de mentira um meio-vampiro! O que pode ser mais perigoso que isso? Só se você se apaixonasse por um Ancião! – Eu falei, rindo, porém me assustei com os olhos de Gaia, que transmitiam tristeza. – O QUE?! VOCÊ ESTÁ APAIXONADA POR UM ANCIÃO?! - Quer calar a boca! – Gaia tapou minha boca, olhando para todos os lados, preocupada e assustada. - Desculpa! Chronos já lançou uma barreira a nosso redor! Calma! Mas você se apaixonou por um Ancião?! Qual Ancião? Siegfried? Derfel? - Não, até porque eles já tem esposas, e o amor de um vampiro é eterno. - Então, quem? - É o Joseph... – Ela falou, entre sussurros. Eu me lembrei de Tio Joseph, como me acostumei a chamar, os olhos verdes bonitos, o jeito galante. - Faz sentido... Ele tem trabalhado muito conosco... Como aconteceu? - O que te contei sobre o Edward tem parcela da verdade... Eu e Edward temos passado muito tempo juntos, nos apoiando nisso tudo... Antes de trabalhar no Ministério, eu trabalhei junto de meus pais e convivi muito com o Joseph. Então me apaixonei por ele... Decidi me afastar dos serviços Chronos por causa disso, para tentar afastar-me dele. Mas não deu certo, eu não consegui esquecê-lo... - E ele? O que ele sente? - Ele também se apaixonou por mim... Nós já nos beijamos... - Que lindo! Como é o beijo de um vampiro?! - Não é lindo! Você sabe o que significaria um Ancião casar-se com uma mortal?! Um vampiro comum como tio Caleb tudo bem, mas um Ancião? Das duas uma: ou eu seria morta pelos outros vampiros, ou eu deveria me tornar uma! - Isso não é necessário! Vocês têm o direito de viver o amor de vocês! - Não podemos, Arte. Você ainda não entende toda a seriedade disso! – Ela falou, levantando-se e andando nervosa na minha frente. – Joseph é um dos Anciões, tem influência e o apoio de Siegfried e Derfel. Porém, os ânimos dos vampiros estão muito exaltados... Apesar de nos ajudarem e nos apoiarem, muitos culpam os Chronos pela Guerra. Se eu e o Joseph começarmos a ter um caso, seria desastroso... Perderíamos ainda mais aliados... - Então você decidiu se afastar... E procurou o único homem que você sabe que seria capaz de “te tirar” do Joseph, outro vampiro... - Sim... E era bom para o Edward também... Joseph não aceitou muito bem, mas ele sabe o real porque de eu e Edward estarmos juntos. Mas tenho medo do orgulho dele subir a cabeça e ele tentar tirar satisfações com o Eddie, ai sim a coisa vai ferver! – Gaia agora tinha lágrimas nos olhos e eu a abracei, e ela começou a soluçar. – Eu sinto tanta falta dele. Porque não podemos amar aqueles que amamos? - Calma, Gaia, vai dar tudo certo. Foi o máximo que eu consegui falar, pois não sabia o que dizer. E eu achando que meus casos da escola eram sérios, sendo que minha querida prima estava diante de um namoro mortal, em vários sentidos. Eu queria muito ajudá-la, mas não sei o que posso fazer... Ficamos muito tempo ali paradas, com ela chorando em meu abraço, desabafando todo o choro contido. Depois de um tempo, Edward em pessoa apareceu, e ficou de longe nos olhando. Ele também tinha lágrimas nos olhos, pois sabia do que falávamos. Senti uma dor no peito só de imaginar o que aquelas duas pessoas importantes para mim estavam passando. Amar sem poder amar. Sunday, May 23, 2010 Das memórias de Lizzie Weasley Hogsmeade, 31/10/2012 - Você sabe o que eles querem? Para nos chamar assim com urgência?- perguntei ao meu imrão John, enquanto tomávamos uma cerveja amanteigada no Três Vassouras em Hogsmeade e esperávamos nossos pais chegarem. - Sei tanto quanto você, Lizzie. O bilhete do papai era claro: deviamos encontra-lo aqui para tratar de assuntos de familia. Aposto que ele veio te dar bronca por causa dos seus gastos...-e o cutuquei rindo e nesta hora vimos nossos pais entrarem no bar, e à medida que iam passando cumprimentavam vários estudantes e pessoas conhecidas. Logo nos viram e quando nos aproximamos os abraçamos e antes mesmo de sentarmos, a dona do bar Rosmerta, trouxe duas cervejas amanteigadas para meus pais. Começamos a conversar e antes de cinco minutos, John perguntou: - Muito bem, o que foi que aconteceu? Qual é o assunto de familia? - e eu o cutuquei e mamãe sorriu: - Querido, você perdeu a aposta, eu disse que perguntariam antes de 5 minutos.- e meu pai riu e disse sério: - Bem, crianças, já que você estão ansiosos, temos uma coisa muito importante para contar a vocês, algo que vai mudar a nossa família... - Não me digam que vão se divorciar??- eu disse aflita e os três olharam espantados para mim: - Hã? Divórcio? De onde você tirou isso?- quis saber papai: - Ora, do que está acontecendo aqui na minha cara: vocês vindo até aqui pra tratar de um assunto importante, algo que vai mudar a nossa família...Só pode ser divórcio, mas aviso: vocês farão terapia de casal, me recuso a ser filha de divorciados, não nasci para ter a minha custódia dividida. Certo Johny?- e eu olhei para meu irmão, que devia estar processando a historia do divórcio, mas respondeu me apoiando: - Er...Certo. Nada de divórcio, estamos falando sério. Meus pais após se olharem por alguns segundos caíram na gargalhada e meu pai tinha lágrimas nos olhos quando disse: - Não seja dramática Lizzie, a nossa familia vai mudar porque sua mãe está grávida. E o melhor: grávida de gêmeos. Espere até seu tio Gui ficar sabendo, fiz duplo novamente... - Sério? Não há divórcio? Você vai ter bebês?- perguntei e minha mãe sorria feliz: - Sim, nossa familia vai aumentar...- mas Johny interrompeu: - Mamãe grávida? Mas como isso aconteceu? – e meu pai respondeu, na maior cara de pau: - Já te falei de onde vêm os bebês. Foi durante aquelas compras, nas suas férias, sua mãe e eu nos empolgamos naquele hotel, sua mãe é incrível... - Carlinhos!- disse mamãe vermelha, enquanto Johny fazia cara de nojo. - EWW! Informação demais papai, assim quem vai precisar de terapia seremos nós.- disse tampando meus ouvidos. E meus pais riram. - Então, estão contentes? Queriamos contar pessoalmente a vocês. – quis saber papai. - Vamos ter irmãozinhos...Maneiro! – disse John e eu respondi: - Ou irmãzinhas, já pensou minhas cópias andando pela casa??- e ele fez careta. Meu irmão olhou para minha mãe e quis saber: - Você está bem?Tem desejos? Posso escolher os nomes? Algo legal como Jasper e Ajax... - Está tudo bem comigo e com os bebês, só queria ter certeza que vocês aceitariam bem as novidades...E não, não vamos dar nomes de cachorros aos bebês. - e de repente mamãe começou a chorar. Papai a abraçou, dizendo que eram os hormônios da gravidez que a deixavam sentimental assim, e a nossa reação foi a mesma, a abraçamos também, afinal mais dois Weasleys estavam a caminho e o mundo que se cuidasse. Páscoa de 2013 Como o feriado de Páscoa era um feriado curto, e minha mãe já estava com quase 8 meses de gravidez, tia Alex, a mãe da Haley queria muito fazer um chá de bebê, então ela resolveu aproveitar e reunir todos em seu rancho. Como a temperatura era bem agradável, atividade não faltaria para os vários sobrinhos que tia Alex tinha, e a caça aos ovos de Páscoa, já era uma tradição, até mesmo os marmanjos participavam. Eu confesso que eu estava mais preocupada era com outra coisa. Finalmente eu veria o Edward, depois do nosso beijo no baile da escola. A única familia que faltava era a de tia Louise e tio Scott, pois já tinham assumido muitos compromissos no Brasil, mas fizeram questão de aparecer na lareira e conversar com mamãe, claro que isso foi uma festa porque os menores acharam isso o máximo e Evan, o filho do tio Gabriel estava encantado em ver os rostos flutuando na lareira da casa deles. E tio Scott, meu ídolo em matéria de consumo, junto com tia Louise e tio Ben, mandaram para o rancho os seus presentes para o chá de bebê dentro de um baú enfeitiçado. É claro que mamãe chorou ao vêr a mini prancha de surf com calção florido e um maiô de bebê todo cheio de babadinhos que estava dentro do baú, junto das várias embalagens com muitos docinhos e chocolates para os afilhados que estavam no rancho. E depois de algum tempo, mais convidados chegaram: eram tia Milla e seus filhos Greg e Ivan, e logo atrás dela, um casal muito bonito com quatro crianças com expressões muito sapecas, eram tio Micah e tia Evie, com os trigêmeos Ella, Eduardo, Eva e o mais velho Sean, e junto deles estava tio Iago, marido de tia Milla, e o clima ficou um pouco estranho, pois os dois estavam brigados, mas tio Ty falkou com ele e ele ficou na festa. E enquanto isso as crianças correram para se enturmar com as outras crianças e logo todos estavam se divertindo muito e nada de Edward, que ja devia estar ali, pois seus pais estavam tomando conta de nossa Ilha, para que meus pais pudessem aproveitar o feriado e tio Cal disse que seu filho não perderia a festa por nada. O diferente neste feriado seria que alguns dos garotos iriam e voltariam da Ilha de Avalon para o treinamento da Arte, mas enquanto isso não ocorria, todos aproveitávamos a festa. Eu estava sentada com Keiko, Arte,Bella, e estavamos ocupadas zombando do fato de Haley ainda ter encontros com Graham, quando Edward chegou com Gaia, a prima da Arte. Foram recebidos com entusiasmo e Edward nos olhou e sorriu para nós e vieram em nossa direção, fiquei tão contente que mal reparei na forma que eles vinham em nossa direção. Keiko que me alertou: - Edward e Gaia estão juntos? Arte porque não nos contou? Que sortuda....- e Arte respondeu: - Não estou sabendo disso...Mas se estiverem, é legal não é? Nossa familia o adora...E é o Edward, quem não quer ficar com ele? - elas deram risadinhas mas eu continuei encarando-os. Vi como Edward colocava a mão no ombro de Gaia, protetoramente, como namorados. Eles nos cumprimentaram como sempre e ficaram sentados conosco, e eu via como eles trocavam pequenos gestos de carinho,pareciam encantados um com o outro, e eu sabia que estava com ciúmes, pois ele agiu como se eu continuasse a ser a Lizzie de sempre. Após algum tempo, tio Logan, após distribuir uma sacola para cada um de nós, deu início à caça aos ovos e foi a desculpa ideal para ficar longe deles. Estavamos todos correndo pelo rancho quando me deparei com Greg sentado e emburrado, perto dos estábulos. - E então? Não vai procurar os ovos junto com os outros? - Já passei desta fase, isso é coisa para crianças. – ele disse e reparei que ele tinha as orelhas vermelhas. -Que besteira, nunca se é velho demais para caçar ovos de Páscoa. Olha lá, o tio Ty, junto com a Olivia...- nesta hora Ethan passou correndo com Brianna e gritou para nós: - Hey vocês ai, os ovos não aparecem sozinhos. O Ty disse que vai ficar com tudo e quem não encontra, não come, é o lema.- e muitas outras pessoas tanto adultos quanto crianças passaram correndo e procurando pelos chocolates. Greg olhou para mim: - Você...Vai? - Claro que sim, olha só...- e mostrei a minha bolsa já com alguns chocolates, pirulitos e balas da Dedosdemel. Mas quando ele viu seu irmão Ivan passar correndo junto com Sean, e ambos ja tinham sacolas cheias, ele se animou e foi atrás. Fiquei sentada vendo ele correr em direção dos amigos, quando Edward se sentou perto de mim e disse: - Você foi a única que ele ouviu, acho que ele está caidinho por você.- e eu respondi: - Com ciúmes Edward?- e ele me deu um sorrisinho torto: - Não, eu não tiro doce de criança. E Greg é um bom garoto, só está um pouco confuso com tudo que está acontecendo com os pais dele, mas fico contente que ele arrumou algo bonito para olhar por aqui. Vi que ele também já tinha muitas coisas na sacola e quando eu levantei meu rosto para ele, não resisti e peguntei: - Você e a Gaia....É sério? - Estamos felizes com a companhia um do outro, e temos muitos interesses em comum, nossas familias lutam juntas, nada mais natural que a gente se conheça melhor. Ela sempre foi especial para mim. - É que eu achei que depois do baile na escola, eu e você...- e ele me cortou: - Lizzie, aquele beijo, foi um cumprimento à linda garota que você se tornou e não foi nada sério, você sabe que eu gosto de você como amigo, não é? - Sim, claro, só queria ter certeza de que você não tinha levado a sério.- respondi corando e continuei: - E eu estou saindo com alguém na escola, e eleé incrível, então não queria que houvesse nada esquisito entre nós.- e achei que vi uma certa decepção em seus olhos, mas ele disse: - Quero que você seja feliz Lizzie e fique sempre segura. - Mas porque eu não ficaria segura?- antes que ele respondesse, Violet e Valerie as gêmeas de tia Annia, chegaram correndo e me puxaram pela mão: - Precisamos de ajuda, os meninos estão ganhando a caça ao tesouro. E você está proibido de ajudar, Eddie. – disseram mandonas e fui rebocada por elas, não sem antes sorrir em despedida para Edward e vi que ele se mantinha no mesmo lugar. Mesmo quando Elizabeth já havia saído de seu campo de visão, Edward ainda a ouvia e sentia o seu cheiro. Fechou os olhos, mas logo os abriu quando sentiu um leve toque no ombro: - Ah, Edward você deveria ter sido mais delicado “gosto de você como amigo’ é um insulto.Eu teria te azarado. - disse Gaia e ele respondeu: - E o que eu poderia dizer? Quero ficar com você, porque não tirar aquele beijo da cabeça, mas ao mesmo tempo sinto uma vontade imensa de te morder, mas não se preocupe sou vacinado. (suspirou cansado) - E...Ela já está saindo com alguém, não significou nada para ela, vai ficar tudo bem. - Edward disse chateado e Gaia respondeu com certo ar de pena: - Ela está com alguém? Lizzie?Não acho que... – ela ia argumentar, mas pensou melhor e disse: - Ah, Eddie....Porque nós tínhamos que querer pessoas que não podemos ter? A vida é tão injusta.- ela disse fazendo biquinho e ele acabou rindo, Gaia não era do tipo que fazia biquinho. - Bem, vamos caçar mais alguns ovos? As meninas querem ganhar...- disse Gaia, pegando a sua mão. - Já estão ganhando, Mina e Luthien, estão empenhadas e assumiram a liderança. – disse Edward e ambos voltaram a procurar os ovos de chocolate e aproveitar um pouco mais o feriado próximo aos amigos. Tuesday, May 18, 2010 Avalon Parte 2 - Secrets of the Island O treino seguinte foi com certeza um dos mais estranhos desses que eu tinha tido até agora. Clara iria me acompanhar, e não apenas isso, ela treinaria lá também, junto de papai e de minhas sobrinhas. Nós duas ficamos excitadas de ver nossos treinos finalmente. Mas o início do treino em si já foi diferente. A barca chegou silenciosamente à margem do lago de Glastonbury como sempre, e todos subiram a bordo, comigo na ponta da barca. Comandei que ela seguisse em frente, e ela navegou lentamente na direção do centro do lago. Mas de acordo com que nos aproximávamos do centro, notei como as gêmeas estavam inquietas, olhando em todas as direções, assustadas. Seth também não estava bem e encarava as brumas com um olhar estranho, que eu jamais vi no rosto de meu irmão. Era medo. E então a barca parou. E as brumas tornaram-se cada vez mais densas, em vez de abrirem-se diante de mim e fiquei nervosa. Então, Seth ficou de pé ao meu lado, encarando as brumas. Seu olhar agora era de pavor e respeito. Luthien e Mina estavam agarradas a mamãe e a Clara, tremendo de pavor. Nem Clara nem Mamãe entendiam, mas sentiam algo de diferente no ar. - Há uma mulher nas brumas. Ela não me deixará passar. E diz que se eu avançar. – Ele engoliu em seco, a voz tremendo. – Ela irá me destruir, e não está brincando. - Estou com medo vovó. – Ouvi, Mina falar. Isso me deixou irritada, pois ver minhas queridas sobrinhas assim era de me matar. - Não estamos vendo nada. – Clara comentou e mamãe respondeu. - Só porque não podemos ver, não significa que não há algo ali, Clara. - Chronos, o que houve? – Eu perguntei, e ele surgiu ao meu lado. Seus olhos estavam dourados, indicando que usava seus poderes. Eu tentava comandar as brumas, mas elas não se moviam, e tornavam-se cada vez mais densas. - É a barreira de Arturia. Nenhuma criatura das trevas jamais pisou em Avalon e ela não deixará vocês entrarem. Sei que não são malignos, mas há trevas em vocês. - Não pode fazer nada? – Clara perguntou, abraçando Luthien. Seth continuava de pé ao meu lado, pronto para revidar o que quer que acontecesse, para proteger suas filhas e sua família. Mas notei que ele não acionava seus poderes de vampiro, com medo de propagar algo ruim. - Ela não deixará vocês passarem. Ela não os atacou ainda porque sente que estou aqui, assim como vocês. – Ele falou, indicando a mim e a mamãe. – Vocês são seres de muita luz e ela sabe disso. Arte, preste atenção. Arturia a reconhece como uma de suas filhas, uma sacerdotisa, e por isso você pode abrir as brumas. Mas ela não permitirá que vampiros toquem o solo sagrado. - Eu não vou sair daqui sem que eles entrem! – Eu falei, decidida, e senti o ar tremer. Chronos sorriu. - Há um único jeito: esse é o teste final. Você deve ser capaz de subjugar a vontade de Arturia e torna-se a verdadeira dona e sacerdotisa de Avalon, para que as brumas obedeçam completamente a você, e então qualquer um que você desejar poderá entrar nas ilhas. E ela gostaria de falar com você. - E como faço isso? – Assim que perguntei isso, porém, eu entendi, e tudo ficou silencioso, não mais ouvia nada. Fechei os olhos e me concentrei em Avalon e nas brumas. - Arturia, Mãe. – Eu chamei. Então, fui envolvida pelas brumas em um redemoinho. O vento batia em meu rosto e minhas vestes com velocidade, mas com carinho e não hostilidade. Quando abri os olhos não me surpreendi por estar vestindo as vestes de sacerdotisa. E diante de mim estava a lendária Arturia, e entendi porque ela era lendária. A energia que ela possuía, a força que emanava dela, toda sua aura era nobre e poderosa. Ela parecia-se comigo e com mamãe, mas ela era de uma beleza estonteante. Era um mais alta do que eu, com cabelos dourados até a cintura, trançados com firmeza. Seus olhos eram azuis, e tinham no fundo deles uma luz branca. Tinha um corpo desenvolvido e belo. Seu sorriso era gentil e idêntico ao de Chronos, transmitindo a mesma aura de bondade. Mas ela também tinha uma poderosa aura de poder e respeito, ela era uma líder nata. Ela vestia exatamente a mesma roupa que eu, uma vez que eu conjurara a vestimenta de sacerdotisa dela na minha primeira noite em Avalon. Ela porém tinha uma bainha na cintura, uma linda bainha azul enfeitada com pedras e letras antigas. - Olá, Artemis, minha filha. – Ela falou, seu sorriso tranqüilo. - Olá, Arturia, minha mãe. – Eu falei, fazendo uma reverência. Ela fez um muxoxo com a boca e senti mãos me levantando, assustando-me ao vê-la diante de mim. - Não deve se curvar para ninguém, não uma de minhas Herdeiras. – Ela falou, com força. – Eu queria muito falar com você. - Bastava me procurar, não precisava ameaçar a minha família. – Eu falei, deixando mais hostilidade do que pretendia na voz. Ela sorriu ternamente. - Não culpo você. Mas não posso permitir que seres das trevas entrem em meus domínios. – Seus olhos brilharam enquanto falava. - Eles não são perigosos, são minha família. Sua família. Mina e Luthien são suas herdeiras também. - Eu sei disso. Mas Avalon tem muito poder. Não permiti que entrassem para protegê-los. Eu criei Avalon em uma época em que a Bretanha, o Mundo na verdade, era muito mais duro e difícil. As trevas estavam em todos os lugares. Não permitiria que entrassem em minha capital. - Isso mudou agora. - É o que você pensa. - Deixe-os entrar, por favor, são nossa família, são seus filhos. Há trevas em todos os seres. Há trevas dentro de mim, de você. – Eu falei e vi seu olhar ficar surpreso. - Isso é um ensinamento, um mistério, maior do que você imagina. Eu levei anos para entender e muitas batalhas para descobrir. E você sabe com 13 anos... Estou admirada. - Não tenho nada do que se admirar. - Não diga isso! – Ela falou com força novamente, seus olhos transmitindo uma energia intensa. – Você é muito mais poderosa do que imagina. Você mudará muito do que há em seu mundo. Sempre que Chronos vem ao mundo em uma de nós, os céus são agitados e a terra treme. Ele é capaz de mudar mundos. Ficamos em silêncio por um tempo. Ela estava sorrindo para mim, mas pensativa, e eu assimilava o poder de Chronos. - Você fará grandes feitos, minha filha. Por isso, sempre emprestarei a você todo o meu poder. E Avalon também. Dizendo isso, ela me abraçou e beijou minha testa. Em seguida, tirou a bainha e a entregou para mim. Olhei em seus olhos e nossos olhos brilharam. Toquei a bainha e senti um grande poder entrando em meu corpo. No minuto seguinte, a bainha desaparecera e Arturia sorria. - Agora você tem todo e total controle sobre Avalon. Há muito a aprender, mas sempre a guiarei. Quando precisar de mim, procure-me que estou em todos os locais de Avalon. – Ela começou a sumir, enquanto brumas me envolviam novamente. – E diga a Ele que não deve se culpar e que sempre amá-lo-ei. Eu abri os olhos e estava na barca novamente. Todos me olhavam ansiosos e sem nada falar, abri os braços e ao abaixá-los, as brumas recuaram imediatamente. - Eu passei. – Eu sorri, radiante de felicidade. Todos respiraram aliviados e Seth relaxou. Eu me sentei abraçando e beijando minhas sobrinhas, dizendo que estava tudo bem e não precisariam ter medo. Chronos sorria para mim e vi lágrimas em seus olhos. Seth me olhava diferente, como se visse algo em mim que eu não via. - Chronos, ela disse que você não tem culpa. - Eu sei, minha querida, eu sei. – Ele falou, deixando as lágrimas escorrerem pelos seus olhos. Ficamos em silêncio, pois a barca encostou na areia da praia e saltei para a terra. Foi diferente dessa vez. Senti que realmente era uma com Avalon e pude sentir cada grama de poder daquela ilha. Notei também que a ilha estava diferente, como se tivesse se adaptado a mim. Haviam muito mais flores agora, muitos frutos e o barulho da água era mais intenso. - A ilha é sua. Você começou a trazer vida para ela novamente. – Mamãe falou, sorrindo. Eu passei o resto do dia meditando, ao lado de mamãe. Seth e minhas sobrinhas agora estavam a vontade e logo eles também meditavam com Clara. Após algum tempo, Clara me chamou animada, pois Seth deixaria que ela se transformasse diante de mim. Ela falou para eu não rir, enquanto fechava os olhos e fazia uma cara concentrada. Segurei o riso, que explodiu em um riso de maravilha quando ela se transformou diante dos meus olhos no grande lobo. Mas não tinha medo, pois eu podia sentir perfeitamente a minha amiga ali. Ela lambeu meu rosto, empurrando meu corpo com seu focinho e eu fiz carinho em suas orelhas. - Que Lessie linda! – Falei, e ela sacudiu a cabeça, derrubando-me. Eu sorri, enquanto ela corria ao redor, com as gêmeas ao seu lado risonhas. ----------------------------- Dois dias depois, foi Julian quem nos acompanhou no treinamento. Além dele, papai, Griffon e tio Ty também foram para conhecer a ilha. Dessa vez não houve nenhum problema com as brumas e elas abriram imediatamente sob meu comando, deixando a todos aliviados. Esse seria o dia em que meu treinamento começaria de verdade, por isso eles estariam ali. Mamãe e Griffon começariam a me ensinar a manipulação da luz que aprenderam com Dumbledore, e papai e tio Ty seriam responsáveis por conjurar os bonecos para treinamento. Eles também aproveitariam para ensinar alguns feitiços novos para Julian, que em breve começaria os treinos de auror. Ele vai honrar a família! Julian passou a maior parte do tempo observando tudo e seguindo Chronos por todos os lados, perguntando a ele diversas coisas, e Chronos o respondia com alegria, apesar de se esquivar de algumas. O treinamento era mais difícil do que eu imaginava. Eu estava longe do nível de conjuração necessário para se controlar luz, pois esse nível de magia ainda não havia aprendido em transfiguração. Logo eles me deram um intensivo de transfiguração, e nisso o Julian participou também, pois estava ansioso em aprender antes de todos. Ficamos um bom tempo tentando conjurar no ar uma esfera de luz, sem sucesso, e ao final do treinamento, conseguimos apenas conjurar um vagalume. Griffon e Ty riram do meu vagalume, enquanto ele voava ao redor da minha cabeça, e conjurei mais outros dois jogando contra eles. Quando vimos, estávamos fazendo uma guerra de vagalumes e avinhõesinhos de papel mágicos. ----------------------------- No sábado, foi Haley que me acompanhou. Ela estava muito ansiosa, pois todos voltavam com histórias de suas visitas a Avalon e ela já estava irritada comigo por demorar tanto pra chamá-la! Quando finalmente falei que ela iria conosco naquela noite, ela soltou gritinhos de felicidade. O fantasma que seguia Julian, que agora sabíamos se chamar Tristan Thorn, e que tinha alguma ligação com meu avô, ficou preocupado com a saída dela da escola e queria ir conosco, mas ele não podia sair da escola. Ele se tornara muito mais atencioso e carinhoso desde que lembrara seu nome e todos nós podíamos vê-lo agora, assim como os demais alunos e ele era oficialmente um novo fantasma de Hogwarts. Acho até que houve algum tipo de cerimônia de boas vindas... - Tem espíritos na praia! – Haley falou, apontando para Avalon de acordo com que nos aproximávamos. - Espíritos? Como não viu antes? – Eu perguntei. - Talvez eles estivessem escondidos, com receio de aparecer perto de nós. Mas agora sabem que você é a nova rainha da ilha e se sentem a vontade perto de você. – Mamãe falou, dando de ombros. Nem eu nem ela podíamos vê-los, mas Haley os descrevia para nós. Eram todos espíritos de sacerdotes, sacerdotisas, guerreiros, peregrinos e civis. Ela passou muito tempo conversando com eles e descobriu que ao morrerem procuraram novamente a luz de Avalon e ao menos seus espíritos podiam voltar à ilha. Ela disse que depois que eles falaram com ela e me viram, desapareceram. Haley notou como Avalon estava diferente desde a última vez que ela viera. E como ela era sensitiva com essas coisas, ela também falou que a energia da ilha estava diferente. Ela também participou dos treinos, como Julian, e mamãe ensinou a ela como conjurar esferas de luz. Ela teve mais sucesso que eu e Julian e conseguiu conjurar uma pequena esfera de luz, que brilhou por alguns segundos antes de desaparecer, mas deixando-a extremamente orgulhosa. ----------------------------- Tuor achara injusto com meus amigos mais antigos que ele fosse antes de qualquer um deles, de modo que ele aceitou ser o último. Nossa amizade estava ficando cada vez maior, principalmente depois que eu me acertei com o Stefan. Conversar com ele me deixava mais tranqüila, e o próprio Stefan voltara a falara muito com ele. Assim que eu, mamãe e ele subimos na barca, Chronos o fitou por alguns instantes, mas apenas eu notei isso. O olhar de Chronos era diferente quando olhava para Tuor, parecia que ele buscava algo nele. As brumas abriram-se normalmente e ouvi Tuor assoviando ao ver mais uma vez a ilha de Avalon. - Hoje, gostaria de dar início a um treinamento paralelo. – Chronos anunciou quando chegamos à praça central, ao lado do poço sagrado. - Mais? Eu ainda não consegui controlar a luz direito! – Eu falei. - É algo necessário para todos os seus futuros avanços. Tuor, poderia pegar um pouco da água do poço? Evite tocar na água e não beba dela. – Chronos falou, e Tuor assentiu, retirando um pouco da água do poço. Mamãe e Chronos trocaram um olhar e ela conjurou um cálice de prata para mim. - Beba um pouco, minha pequena. – Chronos falou e eu peguei o cálice em minhas mãos. - O que tem de especial? - Essa água é muito pura, posso sentir isso. – Mamãe explicou. – Ela em si tem muito poder, se estou certa, ao beber dela você pode potencializar seus poderes enormemente. - E você precisará da água do poço sagrado para evoluir cada vez mais em seus poderes. Mas antes, precisa aprender a controlar o fluxo enorme de poder ao beber dela. Por isso a darei apenas hoje. - Por que hoje? – Tuor fez a pergunta que eu queria. - Nos últimos treinos, eu e Chronos viemos preparando um feitiço, ligando-a ainda mais a esse mundo. Precisávamos que todos seus amigos e ao menos alguns de seus familiares estivessem aqui para que ligássemos você a eles. Hoje, com Tuor, finalizamos o feitiço. - Além disso, a presença de Tyrone, Griffon, Seth e Alucard da vez passada a ligaram não apenas a eles, mas as famílias deles também. Eu fiz com que a família de todos os seus amigos estivesse ligada a você, para mantê-la cada vez mais nesse mundo. – Chronos explicou. - Isso é realmente necessário? Quero dizer, sei que ela corre perigo, mas tantos assim? – Tuor perguntou, com preocupação na voz. - Sim. Eu não estou falando de perda de consciência momentânea. Artemis realmente se desprende desse mundo. Sua alma pode viajar para outros mundos quando usar meus poderes e isso é muito perigoso – Chronos falou e Tuor assentiu. - Bom, tome cuidado então, princesa, estarei aqui te esperando. – Ele falou, piscando e sorrindo para mim. - Vamos lá então. – Eu falei e bebi a água do cálice. Assim que senti a água entrando em meu organismo, senti uma enorme onda de poder percorrer meu corpo. A água era a mais pura que eu já provara e estava cheia de poder antigo. Eu senti como se todo o meu corpo se agitasse e meus sentidos tornaram-se mais aguçados e comecei a perceber ainda mais Avalon e os poderes de Chronos. Senti que poderia fazer as flores crescerem mais rápido, o rio correr mais lento... Mas o mais interessante era que eu não sentia que perderia a consciência. - Interessante, então você é o elo mais forte. – Ouvi Chronos falando. Ele olhava agora para Tuor com curiosidade, que devolvia o olhar com dúvida e confusão, por não entender do que ele falava. Eu sorri, e no momento seguinte fiquei um pouco tonta, pois ainda não me acostumara com aquele poder todo. Tuor me acudiu e me ajudou a sentar e passei o resto da noite meditando, conhecendo esses novos poderes. Tuor e mamãe não saiam de meu lado, incentivando-me e apoiando, enquanto Chronos meditava, também de olhos fechados. Eu ainda não podia ver muito do futuro, mas eu sei que seria capaz disso. Mas de uma coisa eu sabia: havia muito para aprender ainda, e eu estava longe de usar todos os poderes de Chronos. Eu também soube que Avalon escondia mais mistérios além daqueles que podíamos ver, e eu sabia que havia muito a descobrir sobre ela ainda... Saturday, May 15, 2010 Avalon Parte I - Início dos Treinos Lembranças de Artemis A. C. Chronos Na noite em que levei meus amigos para Avalon, todos ficaram admirados, e pareciam não saber o que falar. Isso inicialmente, pois assim que colocaram os pés nas areias brancas, começaram a falar como loucos, cheios de entusiasmo e excitação. - Por Merlin! Ela é de verdade! - Ela existe mesmo! - E Artur, onde está o túmulo dele? - É Arturia, esqueceu? E existe mesmo a Excalibur? - Quero visitar a ilha toda! - Merlin também está enterrado aqui?! - Posso ver a Távola Redonda? - De onde vem essa luz? - Calma, gente, um de cada vez! – Eu falei, alegre. – Vamos aos poucos. Não dá para mostrar toda a ilha agora, nem mesmo eu a conheço inteira, ainda. E todos vocês terão tempo de conhecê-la melhor. - Poderemos vir mais vezes aqui? – Haley perguntou, o rosto excitado de emoção. - Claro! Vamos fazer de Avalon nossa nova sede! – Eu falei animada, pois já havia pensado nessa possibilidade. - Peraí, você está falando sério, Arte? Podemos fazer dela nossa sede? – Clara falou, os olhos brilhando. - E, os adultos a conhecem? – Hiro perguntou, já pensando nas possibilidades. - Meus pais e meus irmãos sim. – Vi seu rosto ficar meio triste. – Porém, apenas eu posso revelá-la. – Falei, com um largo sorriso. O sorriso se espalhou pelo rosto de todos, pois ninguém poderia entrar ali sem que eu quisesse. - Isso é ótimo! – Julian falou, rindo. - E tem mais, todos vocês vão vir aqui, um de cada vez, em dias diferentes. - O que você quer dizer? – Keiko perguntou curiosa. Eu sorri, antes de responder. - Nos treinos que eu receberei de mamãe e de Chronos, um de vocês terá permissão de assistir e participar no que for possível a cada dia. – Eu falei, esperando o olhar deles. De início eles não entenderam, mas foi Julian quem falou primeiro. - Nós vamos poder treinar com você, Tia Mirian e Chronos?! Aqui!? - Sim! – Eu falei rindo. - Isso é demais! – JJ falou, entusiasmado. Todos ficaram muito felizes em poder ajudar, quando expliquei que, como eles sabiam, eu precisava das energias deles para me manter nesse mundo. E nos treinos eu gastaria muito da minha energia e precisaria ainda mais da força deles. Então falei que ia levá-los para conhecer ao menos o centro da ilha, e quase os fiz desmaiar de felicidade. Eu os levei para a praça central, onde, em seu centro, havia uma fonte da mais clara e límpida água, um poço sagrado. Ao redor da fonte espalhavam-se diversos edifícios, todos feitos de pedra e mármore branco, que apesar dos séculos, ainda estavam em perfeitas condições. Avalon fora separada não apenas espacialmente do mundo, mas temporalmente também. Todos os edifícios ao redor da fonte eram parecidos com templos para os diversos espíritos de nosso país. O bosque ao redor era um enorme templo para os espíritos da floresta, os rios eram para os espíritos da água. Os templos de pedra eram para os espíritos da terra e os espíritos do fogo eram honrados com as fogueiras. Haviam templos para os espíritos da vida, da morte, da cura, da força, da inteligência, da coragem, da sabedoria, dos ventos, da luz, das sombras, do gelo. Mas haviam dois templos que chamavam a atenção. Os dois ficavam no alto de uma colina, acima dos demais, em níveis diferentes. O primeiro era feito de mármore branco e negro, e parecia ter sido todo esculpido em uma única gigantesca pedra de mármore, pois não havia sinais de junções. Ele era diferente dos demais, parecendo muito mais antigo que todos os outros. Havia alguns detalhes em mármore negro ao longo dele, e negro também era seu interior. - Que templo é esse? – Eu perguntei, ecoada pelos meus amigos. Eu me aproximei dele e senti uma energia muito poderosa, que me fez sentir medo, mas também admiração. - Vocês ainda não estão preparados para entrar nele. Principalmente você, Artemis, ou poderá se perder para sempre. Nenhum de vocês deve entrar neste templo. – Chronos falou, guiando-me pelo ombro, barrando nossa passagem cordialmente. - Mas o que tem lá? – Tuor perguntou. - O templo de alguém que amei por toda minha vida. Alguém tão poderoso quanto eu. - Sua esposa? – Eu perguntei, lembrando-me de uma mulher muito bela que eu vira em suas lembranças. - Não... Minha esposa descansa em paz. Mas este templo pertence a alguém que, como eu, continua a existir até que nossos papéis estejam completos. É o templo de meu irmão, o Templo de Seph. - Seth? O Deus Egípcio? – Hiro perguntou, e Chronos sorriu. - Não, é Seph. Não é um deus que vocês conheçam. – Ele explicou, enquanto subíamos o restante da colina, indo para o templo no seu cume. Ele era ao mesmo tempo o mais lindo e o menor templo de todos. Ele brilhava intensamente e os reflexos da lua em suas pedras o tornavam ainda mais belo. Eu soube imediatamente de quem era aquele templo. A energia que vinha dele era agradável e bondosa, e com um poder tão grande quanto ao do templo anterior. E eu sentia que era ali que minha antepassada estava. Ela e suas filhas. - Este é o seu templo, o Templo de Chronos. – Eu falei, e por algum motivo, senti lágrimas em meus olhos. - Sim, este é o templo que Arturia construiu para mim. É o templo onde jaz o corpo dela. – Chronos falou, seus olhos e sua voz transmitindo uma tristeza profunda, um sentimento intenso de saudade. Ficamos em silêncio, olhando para ele e para o templo. - Esse templo é lindo... – Jamal falou, admirado. - Ela usou todos os seus poderes para ergue-lo, ao finalmente conseguir unificar a Bretanha. Foi o marco inicial de seu reinado. - Então, é aqui que a Rainha Arturia foi sepultada. – Hiro falou, admirado. Ele e Julian pareciam bobos encarando o lugar onde a figura mais famosa da Inglaterra estava descansando. - Excalibur, ela está aqui? – Julian não resistiu a perguntar. Chronos sorriu. - Isso é outra história. Nem sim, nem não. Devemos voltar, vocês não percebem, mas já se passaram muito tempo desde que saímos. – Ele falou, e todos, inclusive eu, reclamamos que queríamos ficar mais, mas ele não deixou e suas asas se abriram, nos levando de volta para Hogwarts. Ao voltarmos ao lago, parecíamos ter dúvidas se fora tudo de verdade, ou fora um sonho. ----------------------------- O primeiro treino aconteceu no feriado da Páscoa, e Keiko e Hiro foram os primeiros a participar dele. Já que era feriado, poderiam se ausentar mais de uma pessoa com facilidade, e os dois queriam ir de qualquer forma nos treinos. Revelar Avalon nesse dia foi um pouco mais difícil do que o normal, pois agora mamãe estava no barco comigo, e eu queria muito fazê-la se sentir orgulhosa, pois a admiro muito. Foi com uma sensação gostosa que eu abri as brumas e a ouvi prender a respiração diante da lendária cidade. Meus amigos/primos tinham reações diferentes, de acordo com suas personalidades. Keiko ficara maravilhada com a beleza e leveza dos templos, como eles eram magníficos, mas simples. Ela também estava encantada como a cidade mesclava-se à natureza da ilha, sem danificá-la. Enquanto Hiro parecia estar em uma biblioteca viva, querendo devorar o seu conteúdo. Seus olhos brilhavam em ver cada pedra, cada folha ao vento. Esse primeiro treino foi meio entediante, principalmente para alguém como a Keiko. Nesse dia, Mamãe queria que eu apenas meditasse, o que para mim era algo simples e fácil, então rapidamente consegui esquecer de tudo ao redor, enquanto me concentrava em mim mesma. Hiro também meditava com facilidade, mas para Keiko isso era um pesadelo e ela não conseguia ficar parada meditando. Acabou por ficar sentada ao lado de Chronos, enquanto ele cantava para nós em uma linha antiga. Ele explicara que era importante eu conhecer a mim mesma antes de tentar entender ao meu redor. Chronos prometeu que quando estivéssemos todos reunidos, ele contaria mais histórias de Arturia e seus Cavaleiros, uma vez que Hiro queria muito ouvi-las, e os demais jamais perdoariam-no se apenas ele as ouvisse. ----------------------------- O segundo treino aconteceu no final do feriado de Páscoa e dessa vez MJ e JJ me acompanharam a ele. Eu estava começando a me habituar com a barca e sabia exatamente quando usara meus poderes para revelar a ilha. Mas ainda sentia aquele frio na barriga, e acho que nunca deixarei de sentir. Enquanto eu e mamãe meditávamos no centro da ilha, próximas do poço sagrado, Chronos levou os garotos para a praia e os ensinou a usar a lança como arma. Ele os ensinava como segurar e lançar uma lança, usando a sua lança dourada Lognus, enquanto eles imitavam os movimentos com lanças que encontraram na ilha. Eles imploraram para que Chronos os ensinasse, e conseguiram que ele mostrasse a eles como usá-las. Tenho certeza que os outros também irão querer. ----------------------------- Rupert e Jamal foram os seguintes, acompanhando-me aos treinos no início das aulas após o feriado. Ele deveriam ser os últimos a virem em dupla, pois durante as aulas, apenas um aluno deveria se ausentar da escola para me acompanhar. Pude sentir como eles estavam ansiosos por voltar a ilha. Dessa vez, Chronos liderou o treino, mostrando-nos o restante da ilha. Ele disse que eu precisava me unir a ilha para receber todo o seu poder. Eu deveria me concentrar enquanto andávamos pela ilha, sentindo seus poderes, pois deveria ser capaz de me comunicar com ela. A ilha era enorme, maior do que aparentava. O seu centro era o cume onde ficavam os Templos dos Gêmeos, sendo que o de Chronos ficava no topo. O caminho que levava até o topo subia pelo monte em uma espiral e era ladeado por pedras do meu tamanho, me lembrando as pedras de Stonehenge. A cidade sagrada espalhava-se ao seu redor. Todo um lado da ilha era dedicado a natureza em si, com um vasto e belo bosque. Um rio descia pelo monte dos Templos e descia até o lago de Glastonbury, formando um pequeno lago em um terraço natural. A água do rio era límpida e clara e eu tinha certeza que era a mais pura possível. As árvores do bosque eram antigas e sábias, e caso eu conseguisse realmente me comunicar com a ilha, aprenderia muito com elas. O poço sagrado recebia água da mesma fonte que o lago no terraço, porém era alimentado por uma galeria subterrânea natural. A cidade em si crescia ao redor dele, em um conjunto de três círculos. No primeiro ficavam os prédios menores, e todos eram templos, ali também era o lar das sacerdotisas. O segundo era onde ficavam as casas dos sacerdotes e dos habitantes da cidade. No terceiro círculo era onde ficavam os armazéns e os arsenais, onde estavam milhares de armas, desde espadas a machados, incluindo armaduras inteiras e escudos. Todos tinham como símbolo um C negro com uma espada branca em seu centro, com asas, também brancas, no punho. Reconheci como um dos símbolos mais antigos de nossa família. Ao longo dos anos ele foi mudando até dar origem ao escudo com a espada, a lança e a varinha cruzados. Quando Rupert e Jamal perguntaram o porque da ilha não ter fortalezas e muralhas, Chronos explicou que a ilha guardava a si só. E eu sabia disso também. Todos aqueles lugares que visitamos tinham poder, e não era pouco. Eu percebia isso, e mamãe também. A cidade inteira fora construída para ser a sede de uma família e de uma nação, e para ser uma ilha sagrada ao mesmo tempo. Cada pedra, cada árvore, cada molécula de ar, e ouso dizer, cada animal, estava embebido em poder antigo e seria suficiente para afastar qualquer inimigo. Senti um calafrio ao imaginar algum inimigo ousando atacar aquelas praias sagradas. Wednesday, May 05, 2010 Das anotações de Haley M. Warrick Se eu não fosse uma bruxa e estivesse habituada a ver fantasmas e espiritos, e saber como eles poderiam ser um tanto temperamentais, eu poderia me considerar uma pessoa muito, mas muito azarada. O tal fantasma rebelde resolveu fazer terrorismo para me obrigar a dar a ele o medalhão e para isso ele me deu uma semana infernal. Primeiro na aula de feitiços eu consegui executar um diffindo com perfeição, reduzindo a cadeira a pó, até que do nada veio uma ventania que jogou aquele pó todo no meu rosto e no dos meus amigos. Juro que ouvi uma risadinha enquanto o pé de vento girava direitinho perto de onde eu estava. Depois na aula de Adivinhação, os orbes levitaram e foram jogados de um lado a outro, e as caixas de chá explodiram, espalhando folhas secas para todo lado. Na aula do tio Yoshi minha poção revigorante virou sopa de queijo queimada e nas outras aulas da semana, tudo deu errado para o meu lado, então ele resolveu infernizar minhas noites de folga também... Graham e eu estavamos nos beijando e quando abri os olhos, vi um par de olhos me encarando. Minha reação automatica foi empurrar Graham e dizer: - O que você pensa que está fazendo?- e enquanto o fantasma exibia um sorrisinho perverso, Graham respondia: - Beijando você oras... - Não você, ele! - Ele quem? Só estamos nós dois aqui neste corredor, não há mais ninguém. – disse Graham olhando para os lados, e o fantasma disse: - Sua mãe sabe que este seu namorado tem mãos de polvo? - Ele não é meu namorado! – disse enfática e Graham perguntou ao mesmo tempo que o fantasma ria: - Não sou? -E ele não tem mãos de polvo.- disse para me defender e o fantasma respondeu cínico: -Estou morto, não cego. Até os quadros devem estar com calor aqui. - bufei e me virei para o Graham: - Não estou falando com você, é com o espirito intrometido, que nem sequer me deu um nome. Gosto de saber com quem discuto.- eu falava apontando o dedo para o fantasma e ele me olhava debochado. - Não tem ninguém aqui...Você parece um pouco maluca, gritando com as paredes....- disse Graham e pude ver que ele estava constrangido: - Que falta de amor do seu ‘não namorado’ te chamar de maluca...Tsc..tsc..talvez você seja maluca mesmo. Ih, vai encalhar... vai encalhar....- zombou o fantasma. - Até os quadros parecem assustados com você Haley...E faz tempo que você não tem estas esquisitices...- Graham disse e eu explodi: - Se está com medo de ficar perto de mim, vá embora. Não há nada que te prenda aqui, não temos nada sério mesmo. - olhei feio para Graham e ele disse hesitante, enquanto olhava ao redor: - Você vai ficar bem? - Os esquisitos sempre ficam bem não é? Temos a sorte ao nosso lado. - ele ainda abriu a boca para falar alguma coisa, mas as palavras não sairam, e ele foi embora. Não pude deixar de me sentir um pouco magoada. Virei-me para o fantasma e perguntei: - Ok, você conseguiu o que queria. Estamos sozinhos, o que você quer? - Está pronta para devolver o medalhão?? - Não vou devolver nada, mas se eu pudesse lhe dar o medalhão o que você faria com ele? – e pela primeira vez desde que eu falei com aquele espirito, ele vacilou e eu provoquei: - Espera ai...Você deveria saber o que fazer com o medalhão, já que tem me atormentado todos estes dias...E você me parecia tão inteligente...- ele me olhou de um jeito sério e desapareceu sem dizer mais nada. Achei uma tremenda falta de educação, mas quando comecei a voltar para as masmorras para voltar ao salão sonserino, deparei com ele parado e olhando para os jardins do castelo e enquanto eu me aproximava ele disse: - É um lugar muito bonito...Sabe só queria lembrar o porque de ainda estar aqui...Ou melhor, só queria poder lembrar quem eu sou...- ele disse de um jeito tão triste, que era impossível ainda continuar irritada com ele. Ficamos ali por um tempo, quando uma lembrança me veio à mente. E arfei surpresa, chamando a atenção dele: - O que foi?Tem mais alguma alma penada, pedindo os seus serviços? Mande-o pegar senha, cheguei primeiro hoje. – ele brincou mas eu o olhei séria e disse: - Eu acho que sei quem é você...Ou melhor eu sei de alguém que pode saber quem você é...Vem comigo!- e sai correndo indo em direção até base da torre oeste, para chegar ao salão da Corvinal. Cheguei até a sua escada em espiral e a estátua de águia já se preparou para me perguntar a senha, quando eu vi o primo do JJ, Drake saindo com uma garota: - Hey, Drake, por favor você pode pedir ao Julian para vir aqui? É urgente. - Claro, só um minuto.- e ele foi para dentro e a garota ficou me olhando com cara de poucos amigos. Ignorei. Logo ele voltou e trazia um Julian de roupão e cara amassada, que ao me ver se preocupou: - O que houve Haley? Aconteceu alguma coisa? - Está tudo bem Julian, só quero que você me diga, o nome daquele rapaz que estava na foto do avô da Arte, lá na casa dos Chronos lembra? - Você me tirou da cama para isso? Podia ter esperado até amanhã...- e o fantasma atravessou Julian, que estremeceu violentamente enquanto o fantasma dizia: - Fala logo o que ela tá perguntando moleque.- e eu não pude evitar de sorrir: - Obrigada, acho que agora ele acordou.- e Julian disse: - Isso foi ele? - Sim, e ele está com o humor péssimo, vai, diz logo o nome, que te deixamos em paz. - O nome era algo com T, Trodeau...não, era Thorn...Isso Tristan Thorn.- e nesta hora as feições tensas do fantasma se suavizaram e ele repetiu: - Tristan Thorn... Então este é o meu nome...- e de repente no lugar onde ele estava uma névoa perolada apareceu e Julian arfou quando olhou para a figura de rapaz que se formou: - Oww...Este é o cara a foto...até a roupa está igual...E sabe..tenho a sensação maluca de te conhecer...Como se fosse um déja vu. - e o Tristan disse: - E me lembro de quando esperei o trem junto com você a primeira vez que veio para cá, naquele dia você estava preocupado, dava para sentir isso.- e Julian e Tristan trocaram acenos e tive a impressão de que de alguma forma eles se pareciam.Optei por pensar nisso depois com calma e disse: - Bem, Tristan Thorn, acho que agora posso dizer que oficialmente você é um fantasma que habita Hogwarts. Bem vindo ao bando!- rimos. |