Wednesday, November 29, 2006

Querido mestre...

Do diário de Louise Storm

Já estávamos quase entrando no mês de dezembro e a neve já caia com força total, obrigando Madame Hooch a suspender os treinos de quadribol até o retorno das aulas. Ouve muitos protestos, mesmo o campeonato já tendo entrado na pausa das férias, mas depois que o 5° aluno foi parar na ala hospitalar com os ossos quase congelando, ela teve que intervir. Sem treinos para programar e nem jogadas novas com que me preocupar, me vi obrigada a me dedicar aos estudos, não tinha mais desculpas plausíveis.

Tínhamos aula de DCAT naquela quarta-feira, a matéria que mais detesto e fui obrigada pela minha avó a pedir ao professor que reconsiderasse meu pedido de desistência das aulas. Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, ir até o entojado do professor Stroke pedir que me deixasse continuar com sua matéria. Não ia com a cara dele desde o 1° ano e isso contribuiu para que eu não gostasse da matéria. Entramos na sala e como de costume, sentei numa das ultimas fileiras com Yulli, Sam e Scott, que também não gostavam da aula. Alex, Lu, Mi, Mark e Ben faziam questão de sentar com as caras coladas ao quadro, então quase nunca ficávamos com eles em DCAT. O professor Stroke distribuiu os trabalhos da semana passada e não fiquei muito surpresa em ver que tirei um F.

- Oba, consegui um A! – Scott falou empolgado – mas ainda preciso de um E pelo menos pro meu pai parar de pegar no meu pé
- Tirou quanto, Yul? – perguntei amassando o meu
- F também... Eu realmente não sei por que continuo nessas aulas!
- Aha! Tirei A também, Cott! – Sam deu um grito quando pegou o pergaminho dela
- Acho que vamos precisar de aula de reforço se quisermos passar de ano, Yulli...
- Pra você é fácil falar, seu namorado é ótimo na matéria e pode te ajudar. Eu vou ter que me virar de outro jeito.
- Ah claro, como se isso fosse dar certo – Scott falou irônico – eles ate vão aprender muuuuita coisa, mas definitivamente não vai ser DCAT!
- Cala a boca, Cott – falei brincando, atirando meu pergaminho amassado em cima dele
- Silencio!

O Professor Stroke berrou da frente da sala e paramos de conversar quando Alex olhou pra trás rindo, sacudindo empolgada o ‘O’ que tirou. Pelo menos alguém do grupo salvava a pátria! Ele continuou com a aula como sempre, nos dividindo em duplas para praticarmos o feitiço ensinado, e depois pedia um relatório sobre ele para a próxima aula. Como se não bastasse a aula cansativa, ainda teríamos que escrever sobre ela! Aquela abusada da Sally passou a aula inteira me lançando olhares de deboche, enquanto a amiga dela tinha um sorriso nervoso no rosto e pedia constantemente pra ela parar e ficar quieta. Podia sentir meu sangue ferver. Meus amigos desistiram da aula e passaram a prestar atenção na minha reação, provavelmente esperando que eu desse um ataque a qualquer momento e voasse no pescoço dela. Mas fiquei quieta, deixei pra lá, não valia a pena ganhar uma detenção à toa.

Quando a aula terminou, ela passou por mim com o nariz quase arrastando no teto e me controlei para não pôr o pé na frente. Já estávamos quase saindo da sala quando o professor nos chamou.

- Srtª Graham, Srtª Kinoshita, por favor, fiquem na sala
- Por quê? Fizemos alguma coisa?? – Yulli foi logo reclamando
- Não, quero apenas conversar com as duas. – ele falou calmamente – Feche a porta quando passar Srtª McGregor
- Deixa um pouco aberta Alex, caso ele nos ataque – falei baixo e Alex riu enquanto saia
- Olha professor, o que quer que o senhor tenha escutado, posso assegurar que não fomos nós! – Yul tentou nos defender antes de ouvir qualquer que fosse a acusação
- As confusões que vocês criam pela escola não vêm ao caso aqui. O desempenho das duas na minha aula é lamentável, com as notas obtidas até agora, serão facilmente reprovadas nos NIEMs.
- É, bem, Defesa Contra as Artes das Trevas não é exatamente o nosso forte e nem nossa meta de vida... – falei brincando, mas só Yulli riu
- Se não me falha a memória Srtª Graham, a srtª veio me procurar logo no inicio das aulas para me pedir que continuasse com as aulas. Se não é sua meta de vida, por que está aqui?
- Só estou aqui porque minha avó fez O drama quando disse que tinha desistido de DCAT!
- Acho que essa não era a resposta que ele queria... – Yulli falou rindo e segurei o riso
- E a Srtaº? Está rindo por quê? Por que não desistiu da minha matéria, se pretendia passar mais dois anos sem levá-la a serio?
- Ahn, er, não sei... Porque esqueci? – Yulli falou em duvida e não consegui segurar a risada
- Olha professor, se quer nos reprovar, fique a vontade. Nem gostamos de DCAT mesmo. Mas será que podemos ir? Ficar perguntando sobre nossos planos para o futuro não tem fundamento... Nós não sabemos nem o que queremos comer no jantar de hoje!
- Igual a sua mãe... impressionante! – ele sussurrou, mas não baixo o suficiente.
- O que tem a minha mãe? – falei azeda
- Nada. A srtª apenas me lembra ela. – e continuou – pode não parecer agradável a você, mas conheço mais da sua mãe do que você possa imaginar
- Conhecia, ela morreu – o corrigi seca.
- É, conhecia, foi o que quis dizer – ele disse meio vago e olhei pra Yulli desconfiada. Ela também olhava pra ele com cara de quem não estava entendendo nada
- Podemos ir? – ela arriscou esperançosa
- O que? Não, não podem. – ele falou como se tivesse acabado de notar nossa presença - Quero que façam uma redação de no mínimo dois rolos de pergaminho sobre o que querem das suas vidas. Vou estender o prazo até depois das férias, pois quero que reflitam bastante sobre o assunto.
- O QUE? – reclamamos ao mesmo tempo – Mas pra que? O senhor é professor de DCAT ou Auto-ajuda???
- Fazer piadinhas não vai ajudar na redação, a não ser que pretendam ser palhaças de algum circo. Quero isso na minha mesa no 1º dia de volta às aulas e não aceito desculpas. E a partir de janeiro, as duas estão em aula de reforço comigo. Combinaremos os horários depois das festas. Podem sair.

Ainda tentamos argumentar, mas ele virou de costas e começou a recolher as coisas na mesa, cantando uma musica da banda da Monn e nos ignorou por completo. Saímos da sala bufando e Scott e Alex estavam parados do lado de fora nos esperando.

- Então? – Alex veio correndo na nossa direção – Estão encrencadas ou o que?
- Antes fosse! – Yulli falou mal humorada – quer ter a honra de contar, Srtª Graham?
- Claro Srtª Kinoshita... – respondi a reverência dela – temos que apresentar uma redação de dois rolos de pergaminho, DOIS ROLOS DE PERGAMINHO, sobre o que queremos das nossas vidas!
- Eu não sei nem o que quero fazer no próximo sábado! – Yulli completou irritada – e para completar nossa felicidade, a partir de janeiro além das aulas normais, teremos aula de reforço com ele!!
- Nossa... Desgraça pouca é bobagem! – Scott falou debochado e Alex riu
- Qual a punição por azarar um professor? – perguntei saindo de perto da porta e descendo as escadas
- Não é leve, então pode ir tirando a idéia da cabeça! – Alex logo respondeu – vamos nos ocupar com coisas alegres, como o natal, certo Cott?
- Sim, certíssimo! Karen foi até Hogsmeade e ligou para os nossos tios. Minha tia falou que ficará encantada em nos receber para as festas de fim de ano e já está até arrumando o quarto de hóspedes.
- Oba! Então vamos mesmo pra Long Island? – Yulli falou mais animada
- Sim, se vocês quiserem, vamos! Alex e eu já confirmamos
- Pois pode botar meu nome na lista! Vou escrever agora mesmo para meus avós avisando da mudança de planos – falei empolgada
- É, também vou escrever pros meus pais... New York, baby!
- Sou só eu ou vocês também acham que esse natal vai ser O natal?

Alex tinha um sorriso que ia de uma orelha a outra quando falou. Não era só ela com esse pensamento. Com todos os estresses dos últimos dias nas aulas, nada como um natal longe dos familiares, em um lugar novo, livres, leves e soltos... Ainda bem que o Remo vai pra tal viagem de formatura, pois assim não pode reclamar que vou largar ele no natal e muito menos eu viajo com peso na consciência... Tudo que eu não preciso é passar as festas nos EUA com dor na consciência! E quando voltar das férias, me preocupo com o mala do professor e a bendita redação... O que quero da vida... Ora, eu sei lá! Que pergunta mais complexa...

Thursday, November 23, 2006

When Worlds Collide

Do diário de Scott Foutley

Já estávamos no final de Novembro e os alunos já contavam os dias para o inicio das férias de Natal. Eu estava sem planos. Não queria ir para casa passar as festas em família esse ano. Wayne e eu andávamos brigando cada vez mais e a expectativa de ter que dividir o quarto com ele por 3 semanas não é das mais animadoras. Megan já havia dito que passaria as festas na casa de uma amiga e Karen provavelmente não apareceria por lá, então não havia motivo para eu voltar também. Todo o tempo que eu pudesse desfrutar longe do meu pai e das nossas brigas, melhor.

Já fazia duas semanas que as turmas do 6° ano estavam sem aulas de História da Magia. A professora McGonagall veio nos informar na 1ª aula que perdemos que o professor Binns estaria algumas semanas afastado da escola e não nos informou o motivo, disse apenas que ele talvez não retornasse e eles estavam a procura de um novo professor. Até o momento não tínhamos nem sinal de professor novo. Bom, nada até hoje. Estava na biblioteca adiantando o dever de Poções quando Filch chegou dizendo que hoje teríamos aula.

Cheguei na sala e a turma já estava quase toda lá, ansiosa para conhecer o novo professor. Sentei no fundo da classe com as meninas e já estava recomeçando meu relatório de Poções quando a porta abriu e a professora McGonagall entrou seguida por uma bruxa quase da sua altura, longos cabelos loiros e bem magra. Levantei a cabeça curioso, com a impressão de que a conhecia de algum lugar. Quando elas pararam na frente da sala, meu estomago afundou 10 centímetros.

- Bom dia classe – McGonagall falou e todos se calaram – quero lhes apresentar nossa nova professora de História da Magia, a Srtª Karen Foutley – e torceu o nariz ao falar – vou deixar-lhes com ela, boa aula. E boa sorte Srtª Foutley.
- Obrigada Minerva!
- Ei Cott, não é a sua irmã?? – Louise falou animada, me cutucando.

Balancei a cabeça em concordância, sem palavras. Ainda estava em estado de choque, não podia ser verdade. Como se já não bastasse estudar com Megan e esbarrar com Wayne nos corredores, agora teria aula com a Karen?? Olhei para Megan depressa, mas ela estava sorrindo e já conversando com nossa irmã, aparentemente adorando essa novidade. Ou talvez ela já até soubesse e convenientemente esqueceu de me contar. Karen sorriu acenando pra mim e acenei de volta sem graça. A turma inteira já olhava na minha direção.

Karen afastou os papeis em cima da mesa e sentou, cruzando as pernas por baixo dela. Agora todos já estávamos mudos, pois nunca nenhum professor de Hogwarts havia sentado em cima da mesa em posição de yoga para dar uma aula. Ela pediu que cada um dissesse os nomes e após as devidas apresentações, ela começou a falar.

- Bom, agora que já sei os nomes, e eu não vou esquece-los mais, quero dizer que é proibido que me chamem de Srtª Foutley. Meu nome é Karen e eu gosto muito dele, então usem-no! – e todos riram – Tenho também mais alguns avisos... 1°: eu não dou nota. Detesto notas, acho que não são elas que avaliam o aluno.
- Mas Srtª Foutley, digo, Karen – Sarah já estava balançando a mão no ar – se não recebermos notas, como vamos saber se estamos indo bem?
- Sarah, certo? Acredito que cada aluno sabe quando está e quando não está entendendo a matéria. Vou dar um voto de confiança a vocês, para que venham me pedir ajuda quando verem que não estão acompanhando as aulas.
- Mas precisamos de notas, e os NIEMs?? – Sarah insistiu – a professora McGonagall não vai gostar disso!
- Essa aula não é da McGonagall Sarah, deixa de ser chata! – Louise falou e as meninas logo concordaram, junto com o resto da turma. Sarah torceu o nariz e as ignorou.
- Desculpe professora, mas meus pais pagam muito dinheiro para que eu estude aqui e eles vão querer ver minhas notas no final do ano!
- Muito justo, tem toda razão... Então façamos o seguinte: vocês mesmo darão suas notas. Como já falei, confio no julgamento de cada um e no fato de que não vou ver somente EE nos relatórios... – e a turma inteira riu, em seguida concordando.
- Ah, você acha mesmo que os alunos vão ser justos com as notas?? Ninguém aqui vai se dar uma nota baixa! – Sarah tornou a reclamar e a turma vaiou
- Silencio, silencio. – Karen pediu e as vaias cessaram – Escute Srtª Batland, se tornar a me questionar sobre notas, vou lhe reprovar. Assim você terá um belo ‘T’ para apresentar aos seus pais! – Karen falou claramente perdendo a paciência.
- Mas se você não acredita em notas, como pode me reprovar?
- Não preciso dar uma nota para lhe reprovar, basta comunicar ao diretor!

Sarah abaixou a mão irritada e cruzou os braços, enquanto a turma inteira ria. Karen fez sinal pedindo silencio e nos calamos, mas não por completo. Era evidente a mudança brusca no estilo de aula que Binns dava das aulas que Karen iria dar. Apesar de não estar inteiramente empolgado com a idéia de ter todos os meus três irmãos perto o ano inteiro, alguma coisa me dizia que as aulas seriam mais interessantes. Karen tornou a sentar-se à mesa em posição de yoga e começou a falar dos próximos avisos que queria dar. Não tivemos matéria nova naquela tarde, ela passou todo o tempo dela sentada naquela mesa nos perguntando sobre o que já havíamos aprendido e nos forçando a dar nossas próprias opiniões sobre o que Binns já havia passado. E pela primeira vez em uma aula, a mão de Sarah não levantou uma única vez sequer. Hoje o dia pode ser considerado como um marco na história de Hogwarts!

Deixamos a sala quando o sinal tocou e fiquei para trás enquanto minhas amigas saiam, para falar com minha irmã. Como se já esperasse por isso, Karen demorou mais que o necessário para juntar meia dúzia de papel em cima da mesa. Parei na frente dela e esperei para falar, mas ela quebrou o silencio primeiro.

- Desculpe não ter dito nada que viria dar aula aqui, mas imaginei que você fosse fazer todo um drama e tentar me convencer do contrario, então só contei para a Megan.
- Eu não ia fazer drama! – falei ofendido e ela me olhou séria – ok, talvez só um pouco...
- Conheço você mais do que pensa, maninho. Mas não se preocupe, vou apenas dar aula aqui, sem atrapalhar sua ‘vida acadêmica’.
- Não gostei das aspas em vida acadêmica, mas vou deixar passar... – falei fingindo estar ofendido e ela riu
- Então? Como me sai no meu primeiro dia? – ela falou depois de um tempo
- A turma parece ter gostado, foi totalmente diferente do que estamos acostumados.
- Eu perguntei de você. O que achou?
- Ah, foi bom... – e depois de uma pausa continuei - Na verdade foi ótimo, nunca achei que fosse considerar gostar de História da Magia.
- Bom, se você, a pessoa mais critica que conheço, aprovou, então estou indo pelo caminho certo!
- Muito engraçado... Vai passar o Natal em casa? – perguntei de repente
- Não, sem chance. Vou para a França com Adam. E você?
- Não estou muito animado em ir pra casa, mas não tenho idéia do que fazer! Se minhas amigas forem pra casa, vou acabar indo também. Não quero ficar aqui sozinho.
- Por que não vai para Nova York?
- E o que vou fazer sozinho lá??
- Ai Cotty, você e sua mania de ignorar os parentes... Esqueceu dos nossos tios que moram lá? O tio Kevin, a tia Lisa e os nossos primos Emerson e Juliet... – ela falou devagar, como se falasse com uma criança desmemoriada.
- Ah, eles! Gosto deles... são legais. Mas eles não moram em Long Island?
- Sim, mas o Emerson e a Jules com certeza vão levar você pra sair à noite em Nova York. E você poderia chamar seus amigos, sabe como eles adoram casa cheia e iam amar ter bastante gente pras festas...

A principio pensei em dizer não, mas depois considerei a idéia. Passar o Natal na casa dos meus tios em Long Island não era o programa mais atrativo do mundo, mas se as meninas fossem comigo, a coisa mudava de figura. E com meus primos lá, poderíamos ir para os melhores lugares da cidade, eles conhecem tudo. Karen e eu fomos caminhando para o salão principal e fiquei pela mesa da Grifinória enquanto ela foi se se sentar à mesa dos professores. Mais tarde falaria com as meninas. Acho que tudo que estamos precisando agora é de umas semanas longe de nossas famílias, soltos, e numa cidade onde ninguém dorme...

Wednesday, November 22, 2006

Surpresas de aniversário...

Do diário de Yulli Hakuna

- Feliz aniversário Yulli! – duas mãos tamparam meus olhos, enquanto uma voz rouca e inconfundível falou baixo perto do meu ouvido. Sorri antes de responder.
YH: Tiago...
TP: Ahh, como você sabia que era eu?
YH: Ainda sei diferenciar vocês, sabia? E o seu perfume forte também.
TP: Hum, ok, vou aceitar isso como um elogio de que sou inesquecível...
YH: Inesquecível e bem modesto, claro.
TP: Sim, minha mãe sempre me disse pra ser humilde! Então, está indo para a Lufa-lufa?
YH: Sim, eu estava patrulhando um corredor agora. Foi a maneira do Filch me presentear nesse dia... E você, onde estava?
TP: Eu estava esperando te encontrar...
YH: E como exatamente você sabia que eu estaria aqui? Já passou da hora de ficarmos perambulando no castelo!
TP: O mapa... Ah, isso não vem ao caso! Posso te acompanhar? Preciso de uns minutos com você, só conversa! Juro! Sem outras intenções, a não ser que você queira...
YH: Só conversa Tiago, sem mais! – rindo.
TP: Ahh, bom, ok, certo. Então, já sente o peso da maioridade?
YH: Bom, a única coisa que eu sinto é um vácuo no estômago, nenhum peso novo.
TP: É, achei que não estaria sentindo diferença mesmo... Os anos não passam pra você, Yulli!
YH: Sem filosofias de Matusalém, Tiago. Você está falando como minha tia-avó, e olha que ela é bem mais velha que você!
TP: Certo! Bom, porque não vamos comer alguma coisa? Pelo visto você não pegou o jantar...
YH: Boa idéia!

Continuamos o caminho até a cozinha conversando sobre professores, aulas e alunos. Eu me sentia cansada e com fome, mas aquela conversa, por incrível que pareça, estava me fazendo sentir muito bem. Sentamos e os elfos trouxeram suco de abóbora, tortas de frango e palmito, e de limão.

TP: O atendimento aqui é sempre muito bom quando se invade no meio da noite, mas hoje está melhor. Talvez por ser seu aniversário, não sei.
YH: Eles nem sabem quem eu sou, como vão saber que hoje é o meu aniversário?
- Bom, talvez porque nós tenhamos contado a eles? – uma voz falou do fundo da cozinha, e de uma a uma, cabeças foram aparecendo de trás dos balcões. Ali estavam todos meus amigos, com chapéu cônico e língua de sogra. Louise, Alex, Scott, Sam, Mark, Remo, Sirius, Josh, Lu, Mirian, Ben, Joey, Susan e Yoshi (sim, ele mesmo!). Levei um susto, eu realmente não tinha esperado aquilo. Todos eles tinham me cumprimentado mais cedo, e nós tínhamos combinado fazer alguma coisa no final de semana, uma vez que em plena segunda-feira não dava pra fazermos uma boa festa lufana. Começaram um coro de “parabéns a você”, e depois avançaram e me deram um único abraço, juntos, me esmagando.
YH: Eu não acredito! Como vocês planejaram tudo isso sem eu ter percebido?
LS: Bom, não foi realmente muito difícil...
AM: Nós pedimos pro Remo e ele arrumou um corredor pra você patrulhar facilmente, e bem na hora do jantar. Então, sabíamos que você ia acabar vindo na cozinha pegar algo pra comer antes de ir pro dormitório...
YH: Se essa criatividade de vocês fosse canalizada para as provas de história da magia, nós estávamos feitas!
SF: A idéia não foi nossa, Yull! Foi...
TP: Er, minha! Eu estava te procurando mais cedo, e acabei vendo a Louise. Ela não sabia onde você estava então perguntei se iam fazer alguma coisa pra comemorar, e ela disse que não. Eu pensei: Bom, não posso deixar isso passar em branco... E então, pensei em uma pequena comemoração, que saiu até maior do que eu esperava! – ele olhou em volta para todos rindo. – A idéia dos chapeuzinhos cônicos não foi minha, juro!
SW: Não faz seu estilo, Tiago!

Sentamos, comemos a torta de nozes e chocolate que eles tinham preparado, e antes que ficasse muito tarde, aos poucos foram indo de volta aos dormitórios. Sai por último, Tiago ainda tinha ficado lá ajudando os elfos a organizarem o resto da comida, e saiu comigo. Estávamos quase na porta do salão comunal.

YH: Obrigada! – parei olhando pra ele com sinceridade.
TP: Não dá de quer... Acho que é o mínimo que eu podia fazer pra demonstrar que podemos ser bons amigos.
YH: Está quase me convencendo disso, então!
TP: Eu tenho um presente pra você! Queria esperar para entregar quando estivéssemos sozinhos, e aqui estamos nós... – ele enfiou uma das mãos dentro do bolso das vestes e tirou em seguida, fechada. – Na verdade, isso nunca foi meu, só estou te devolvendo afinal. Abre a mão.

Fiz o que ele pediu, e ele colocou na minha palma uma esfera dourada brilhante, que logo tremeu e duas asinhas pratas emergiram da sua lateral, fazendo ela levantar vôo. Agarrei o pomo, sem entender.

YH: Um pomo?
TP: Não é “qualquer” pomo. É o pomo daquele jogo que eu sabotei a vitória da Grifinória. Aquele que você quer se vingar até hoje. Ele é seu. Você mereceu mais, eu reconheço.
YH: Esse não é aquele seu pomo velho de guerra, que você fica lançando e apanhando continuamente quando está quieto?
TP: Sim, ele mesmo...
YH: Nossa, agora me senti lisonjeada!
TP: Eu sabia que você ia gostar! Achei que seria legal te dar esse, uma vez que vou ganhar o do nosso próximo jogo.
YH: Veremos, veremos...

Tínhamos acabado de chegar na tapeçaria da Lufa-lufa, então paramos de andar, e nos encaramos.

YH: Obrigada, mais uma vez, por tudo! Adorei! Inclusive o pomo...
TP: Não fiz nada demais! Bom, é isso, feliz aniversário. – ele se aproximou e eu senti o coração acelerar, mas não era nenhum sentimento amoroso, ou nada disso, me senti ansiosa de repente. Quando estava próximo, ele virou o rosto e me deu um beijo na bochecha, seguido de outro abraço. Respirei fundo, aliviada. – Amigos, certo?
YH: Isso, bons e velhos amigos! – sorri, e virei as costas entrando no salão comunal e sentindo então a leveza da maioridade!


Tuesday, November 21, 2006

Quem procura, acha...

Do diário de Louise Graham Storm

- Por que você não esquece isso, mana?
- Por que eu deveria esquecer?
- Porque nossos pais morreram, não importa mais o que eles faziam quando eram jovens! – George falou ríspido, querendo mudar de assunto.
- Não é só porque eles morreram que não tenho curiosidade em saber da vida deles! – falei irritada. Não estava acreditando no que ele estava dizendo.
- Isso é bobagem! Eles estão mortos, então pouco me importa o passado. Não é como se isso fosse traze-los de volta.
- Não te faz sentir mais perto deles em saber como era a nossa vida antes do acidente? Você não tem nem um pingo de curiosidade em imaginar como seriam as nossas vidas se eles fossem vivos?
- Honestamente, não. – ele disse serio – acho que se você procurar demais, pode acabar encontrando o que não quer.
- Do que você esta falando? – disse confusa – o que eu poderia encontrar de desagradável num diário velho, de quando nossa mãe tinha 15 anos?
- Não sei, mas o que sei é que quando a gente vasculha demais as coisas, acaba encontrando além do necessário...
- O que você sabe, George? Você já andou lendo isso, não é?
- Não li nada, é só o que penso... Mas fique a vontade pra vasculhar a vida dos nossos pais o quanto quiser, só não diga depois que não avisei.


A conversa que tive com George hoje pela manha ainda martelava na minha cabeça. Nem conseguia mais me lembrar o que iniciou a briga, já era quase uma rotina, mas dessa vez ela tomou um rumo completamente diferente. Agora mais do que nunca tinha certeza que meu irmão já andara pesquisando a vida dos nossos pais antes de nascermos e que sabia de alguma coisa, que havia descoberto algo que não lhe agradou. Mas também sabia que por mais que eu tentasse, não iria arrancar nada dele. George tivera sua chance de me contar o que quer que tenha descoberto e não o fez, então não faria mais.

Era final de novembro e o clima já começava a dar seus primeiros indícios de que queria nevar. Alguns poucos flocos caiam nos jardins, mas não o suficiente para cobrir todo o chão, ficando apenas um ventinho gelado que nos obrigava a carregar os cachecóis o tempo todo. Eu estava sentada no gramado perto do lago, olhando distraída alguns alunos do 1° ano brincando de pegar flocos de neve com a língua, se esforçando para pegar os poucos que caiam. Ri sozinha, lembrando que no meu 1° ano aqui fiz muito isso, para passar o tempo mais rápido. Uma mochila caiu do meu lado e o susto me fez sair do transe, olhando para cima. Remo estava parado atrás de mim sorrindo. Ele sentou de maneira que eu ficasse encaixada entre suas pernas e me abraçou por trás, beijando meu pescoço e meu ombro.

- O que está fazendo sozinha aqui? Está congelando aqui fora!
- Precisava de um pouco de ar fresco... – disse distraída
- Ei, o que aconteceu? – ele falou preocupado, interrompendo a sessão de beijos.
- Nada...

Mas era mentira e ele sabia disso. Às vezes eu me assustava com o quanto conhecíamos bem um ao outro, com nem tanto tempo assim de namoro. Eu era capaz de dizer como estava o humor dele apenas em olhar pro seu rosto e ele também podia fazer o mesmo comigo. Mesmo sabendo que ele não tinha acreditado que eu estava bem, não falei nada. Continuei encarando o lago e tinha na mão uma foto que achei no diário da minha mãe. Era uma foto dela com alguns colegas de escola. O menino do lado dela, muito bonito por sinal, era o Tom. Sabia apenas pela legenda atrás da foto. Remo percebeu o que estava me fazendo eu ficar daquele jeito e tirou a foto da minha mão, analisando-a.

- Quem são essas pessoas? – disse depois de um tempo
- Essa aqui é a minha mãe – disse apontando para ela na foto – os outros são colegas do tempo de Hogwarts.
- Hmm... E você não faz idéia de quem são?
- Não. E não me importa também, só encontrei a foto. Nem sei porque a trouxe comigo – menti. Não queria deixar mais ninguém encucado com minhas paranóias.
- Você não se parece em nada com a sua mãe, Lou. – ele olhava da foto pra mim, divertido – a não ser pela cor dos cabelos.
- Sim, nós não somos muito parecidas... – e ao falar, percebi como soou estranho. Estávamos falando do aspecto físico, mas não pude deixar de pensar nas outras coisas. Eu não sabia de verdade se era parecida ou não com ela.
- Seu irmão, do contrario, é todo sua mãe. Olha os traços, são idênticos.
- George é muito parecido com ela mesmo, em tudo – e mais uma vez aquilo soou estranho, sem que eu soubesse o porque – ele só puxou os olhos azuis do nosso pai.
- Você deve então ser parecida com ele, já que só puxou os cabelos ruivos da sua mãe.
- Sim, eu sou uma copia fiel do meu pai. Até no fato de usar óculos, ele também usava... – e de repente me senti triste. Triste por estar tão acostumada ao fato de ter que me referir a eles sempre no passado.
- Já tem planos para o Natal? – ele percebeu que o assunto não estava me fazendo bem e pensou em qualquer outra coisa
- Não exatamente. Por que?
- Minha turma está pensando em organizar uma viagem de formatura e eles queriam fazer durante o Natal. Mas não tem nada certo ainda! – ele falou depressa
- Quando souber me avisa... Eu provavelmente devo ir para casa – falei sem me estender muito.

Fechei os olhos e deixei minha cabeça cair para trás, apoiando-a no ombro direito dele. Ele descansou o queixo no meu ombro esquerdo e ficamos assim, sem conversar. Não sei dizer quanto tempo ficamos calados, mas abrimos os olhos juntos quando alguém que passava andando esbarrou nas costas dele, acelerando o passo para que não víssemos quem era. Mas eu vi, e logo sentei reta no gramado, beliscando a mão dele.

- Ai! Por que fez isso? – ele falou puxando a mão
- Por que você tinha que dar confiança pra ela?? – falei furiosa, desencostando o corpo dele.
- Ela? Ela quem, Lou? Do que você ta falando?
- Ela! – agarrei o rosto dele com a mão e virei na direção do castelo, onde Sally estava parada rindo, nos encarando – por que tinha que ajuda-la com os livros idiotas? Não podia simplesmente ter deixado no chão?
- Quem é essa menina? Juro que não faço idéia do que você esta falando! – ele parecia sincero e confuso
- Essa cobra aí é da minha turma e está afim de você. – falei impaciente, me esquivando dos braços dele que tentavam me trazer de volta pra perto – e já deixou claro que não se importa com o fato de você ter namorada!
- Mas meu amor, eu nem sei quem é essa menina – ele falou me puxando de repente e me beijando, mas o afastei – e além do mais, pouco me importa se ela morre de amores por mim. Eu já tenho o que preciso.

Ele me puxou de novo pra perto dele e dessa vez não resisti. Ele segurou meu rosto de leve, me beijando, e deixei minhas mãos percorrerem seu rosto ate pararem em sua nuca. Nos separaram depois do que pareceram serem minutos e encostei novamente meu corpo no dele, deixando que ele me abraçasse outra vez. Sei que não tenho motivo para me sentir ameaçada pela Sally, mas ainda assim se ela continuar pisando no meu calo, vai arcar com as conseqüências. Mas claro, esqueci de contar esse detalhe para o Remo...

Friday, November 17, 2006

Reação em cadeia

Do diário de Yulli Hakuna

- Vem Yulli!
- Onde?
- Vem comigo, por favor?
- Ok...

Lá estava eu e Joey abrindo caminho entre os alunos indo para os jardins. A noite estava limpa, mas tinha lua cheia, o que para a Louise não era muito reconfortante. Mesmo assim, a festa de Halloween estava animada e, lá fora muitos alunos estavam sentados em almofadas gigantes com formas de abóboras conversando. Joey atravessou algumas das almofadas, me puxando até a beira do lago, que refletia a luz da lua e estava totalmente petrificado, como um grande espelho.

- O que é? – perguntei.
- Shh, olha... – ele colocou o indicador nos meus lábios e depois apontou pro lago, com a lua espelhada. – Lindo, não é?
- É, lindo...
- Yulli, eu sei que eu não deveria, mas...

Ele me virou e me puxou pela cintura, forte, a ponto de eu ficar a poucos centímetros dele, e então me beijou. Quando nos soltamos, ele me olhou e depois abaixou a cabeça, parecendo constrangido.

- Desculpa!
- Desculpa porque Joey? Não estamos fazendo nada de errado, estamos? – levantei a cabeça dele e ele sorriu. Então, nos beijamos de novo e dessa vez eu fiz questão de esquecer do tempo...

***
AP: Qual é a sua Yulli? – Senti alguém me sacudir com violência e abri os olhos. Era a Abby.
YH: Han?
AP: Eu estou te perguntando qual é a sua?
YH: Abby? O que está acontecendo? – Esfreguei os olhos e sentei na cama. Louise, Alex e Susan já tinham descido. – Abby, é sábado, me deixa dormir?
AP: Não antes de você me explicar porque você gosta de estragar tudo?
YH: Você está bem?
AP: Primeiro é o Tiago! Você sabia que eu gostava dele! Você sabia, eu tenho certeza! E aí, quando ele me chama pra sair, você dá em cima dele porque sabe que ele não resiste, e fica com ele!
YH: Ei, do que você está falando? Eu saía com o Tiago muito antes do que você, mas, eu não estou entendendo porque disso ago...
AP: Depois é o Mark! O Mark eu tenho certeza que você sabia! Eu vivia comentando com a Susan e a plenos pulmões o quanto eu desejava que ele terminasse com a Lílian, o quanto eu gostava dele! E então, eu fico sabendo que vocês ficaram! Porque Yulli?
YH: Você está louca?! Como foi que ficou sabendo do Mark, foi um erro!
AP: Não me interessa se foi um erro ou não, e nem te interessa como eu fiquei sabendo! Eu guardei isso tudo pra mim, enquanto a implicância era só comigo, mas a Susan? O que a Susan te fez?
YH: Ou você para de falar grego, ou eu não vou poder te responder nada, infelizmente...
AP: E ainda por cima é hipócrita! EU TE VI COM O JOEY ONTEM! EU VI! E a Susan também! Eles terminaram recentemente, e ela está péssima, porque gosta dele! Parabéns Yulli, você destruiu a vida amorosa de duas “colegas”! Se sente feliz? Vai ter um bom dia?

Meus olhos estavam arregalados enquanto ela ia dizendo tudo, ou melhor, vomitando tudo. Acho que de início eu pensei que fosse tudo um sonho, mas logo percebi que a coisa toda estava realmente acontecendo.

YH: Abby, será que eu posso falar?
AP: Falar o que? Não tem explicação!
YH: Explicação só existe quando algo de errado acontece. Não te devo explicações. Aliás, eu não tenho culpa se eles vem atrás de mim. Eu não corro atrás de ninguém, pode ter certeza. Não preciso disso! Já você...
AP: Você é uma...
SL: CHEGA! Chega Abby! – Susan entrou gritando afobada. Abby que apontava um dedo pra mim preparando pra me xingar, parou.
AP: Susy, eu não acho certo, ela tem que saber, ela tem que entender!
SL: Abby, chega, ok? Eu não preciso de advogada! Sempre falei as coisas na cara, e dessa vez não seria diferente! Eu entendo que você sempre foi mordida, mas não use o Joey como estopim de nada disso!

Eu fiquei calada encarando a Susan confusa. Abby saiu batendo a porta irritada e gritando “hipócrita, cínica” e outras coisas enquanto descia as escadas. Sentei na cama ainda sem saber o que tinha acontecido, estava em transe. Susan foi até a cama dela e colocou o malão em cima, procurando alguma coisa.

YH: Susan, eu acho que a gente podia conversar...
SL: Está tudo bem Yull. – ela falou baixo, mas logo levou as mãos aos olhos enxugando uma lágrima e se sentando na cama em seguida. Levantei e me ajoelhei perto dela. – É a Abby, ela torna tudo mais difícil, não sei porque ela faz isso, não consigo entender o gênio dela... Esquece o que ela te disse ta? Você não tem culpa de nada...
YH: Tenho, tenho sim. E eu quero me explicar pra você, eu vou me sentir melhor. Eu descobri de você e do Joey alguns dias atrás, eu não podia imaginar, e levei um choque. Mas então, ele me contou que você andava estranha, fechada, e que tinha terminado com ele. Aí ontem ele me chamou pra dançar, e eu aceitei, no começo como amiga, mas acabou acontecendo e eu não fiz nada pra impedir, e eu sabia que você gostava dele, eu sentia isso, e ele também gosta de você Susy, eu sei que gosta, me desculpa!

Susan enxugou mais um monte de lágrimas, e depois respirou fundo e me encarou com os olhos vermelhos.

SL: Você não tem culpa Yull, não me deve explicações. Eu terminei, é verdade... – Ela segurou um pouco, e então encheu os olhos de lágrimas mais uma vez. – São meus pais. Eles descobriram que eu tinha um namorado, e exigiram que eu terminasse, que eu deveria me dedicar só aos estudos. Eu não tive coragem de ir terminar com o Joey, entende? Mas então, eu fui me afastando, mesmo sem querer isso, eu tinha que fazer de alguma maneira, e ele pensou que eu não gostava mais dele e... bom, terminou comigo.
YH: Mas seus pais não podem te pedir algo assim! Eles não podem! Susy, você se mata de estudar, tira as melhores notas! Você é um exemplo! Então é por isso que seu namoro com o Joey era secreto, não é? Quem contou? Quem contaria pros seus pais?
SL: Abby... Só ela sabia Yull! A gente brigou, e ela contou pro meu irmão mais velho...

Eu não sabia o que dizer, estava em estado de choque. Susan tentava controlar as lágrimas e os soluços, enquanto contava.

SL: Você não tem culpa de nada! Você e ele estavam solteiros, eu não poderia esperar que ele ficasse insistindo em mim se desconfiou que eu não gostava mais dele, não é? A Abby só estava se usando de uma raiva que ela tem de você, você ouviu o porquê, mas eu não tenho raiva de você Yulli, não mesmo!
YH: Você gosta do Joey, não gosta? Você ainda gosta muito dele?
SL: Acho que nunca vou ser capaz de gostar tanto de uma pessoa!
YH: Susy, olha pra mim... Eu vou colocar vocês dois pra conversarem hoje, isso é um erro, não é certo vocês estarem separados! Vocês se gostam!
SL: Yull, eu não posso!
YH: Você não só pode, como deve! Você tem que enfrentar seus pais nesses tipos de coisa!
SL: Não, eu não quero... Você não conhece meus pais, e meu irmão!
YH: Susy, você VAI conversar com o Joey hoje, está bem? Eu não vou deixar isso assim! Ok? Por favor? Só conversar?

Ela parou de soluçar e balançou afirmativamente a cabeça. Me levantei e troquei de roupa, descendo até o salão e indo direto à mesa contar às meninas o que tinha acabado de acontecer. Abby estava sentada na ponta da mesa, sozinha, e me dirigiu um olhar de ódio quando passei por ela. Joey se sentou do meu lado, e me deu um beijo no rosto, ao mesmo tempo em que eu sai arrastando ele de volta pra Lufa-lufa.

JM: O que foi Yulli?
YH: Marquei um compromisso pra você, você já vai saber o que é...

Subi até o dormitório deles, onde assim que entramos, demos de cara com Susan, ainda com os olhos vermelhos.

JM: SUSY?! O que você está fazendo aqui? O que aconteceu?
YH: Vocês vão ter muito o que conversar, não tenham pressa! É sábado, ninguém vai vir no dormitório... Bom, vou descer, estou com fome.

Dirigi um último olhar aos dois, e fechei a porta deixando tudo em silêncio. Depois fui de volta ao Salão e terminei de relatar para as meninas para resgatar idéias. É sempre bom ter amigas que pensam objetivamente!

*** Planos futuros ***
- Uma namorada para o irmão da Susan, IMEDIATAMENTE!
- Vingança à Abby (a ser pensada).
- Não me envolver nunca mais com ex de amigas!
- Agradecer pelos pais que eu tenho! E pelo irmão... E pelas AMIGAS!

Thursday, November 16, 2006

Visões

Diário de Alucard W. Chronos

- O que está acontecendo comigo? – Eu ainda estava tonto e apertava aos mãos contra os olhos que ainda ardiam, assim como o resto do corpo que parecia ainda queimar.
- Acalme-se senhor Chronos. Está tudo bem com o senhor. – A Professora tentava me acalmar sentada ao meu lado na sala dela.
- Não está bem não Professora Endora. Essas visões... .eu não sei o que elas são! Não sei com quem são! E por que elas me machucam?
- Isso nós vamos descobrir com o tempo, acredite em mim e em você mesmo também. Veja a senhorita Mcgregor, ela agora controla muito melhor as habilidades dela e não sente praticamente mais nada.
- Ela só se sentia fraca, sem forças e esgotada. Ela não se sentia torturada e destruída se sentia? Eu estou sentindo como se tivesse sido torturado novamente...
- Acho melhor você começar a freqüentar aulas extras comigo e com a Senhorita Mcgregor, imediatamente! Vou avisar ao professor Dumbledore, espere aqui.
- Não precisa Professora, eu já o avisei... Mas não quis vir logo falar com a Senhora...
- Por que alunos são sempre cabeça dura? Mas vou falar com ele mesmo assim – Ela ralhou comigo levantando em seguida. Ela abriu a porta que dava para as escadas e quase foi derrubada por Mirian, Alex e o próprio Dumbledore em pessoa que batiam à porta.
- Boa noite Endora – o diretor cumprimentou e entrou seguido por Mi e Alex.
- Boa noite Alvo, Boa noite Alex, Boa noite Mirian. Deixem-me adivinhar: vieram ver esse cabeça-dura não? – ela perguntou sorrindo.
- Exatamente Endora, ele não quis vir vê-la como eu havia mandado quando ele me procurou pela manhã. E agora a noite ele passou mal e enquanto as duas senhoritas aqui iam me procurar, ele sumiu.
- Eu fui pegá-lo no corredor. Ele precisava mais de mim do que do senhor, com todo respeito. – Endora respondeu para Dumbledore.
- Mas Lu o que exatamente aconteceu? – Alex perguntou preocupada enquanto abraçava Mirian que se segurava pra não chorar, ainda com medo de me machucar.
- É o que eu também gostaria de saber Senhorita Mcgregor. Por que o medo da Senhorita Capter?
- Por causa da visão que eu tive... – eu baixei as mãos e encarando a parede comecei a explicar...

Desde o acontecido durante a festa de Halloween, eu decidi que iria falar com Dumbledore, mas meus dias têm sido tão curtos e corridos que me esqueci de falar com o diretor. Tem tido treino quase todo dia e o Potter aumenta o ritmo cada dia mais. Eu não me canso, mas os meus companheiros de time estão praticamente mortos de cansaço. Mas mesmo assim, os treinos ocupam muito do meu tempo, e ainda existem os deveres de casa, e é óbvio a Mirian e meus amigos. Fora tudo isso ainda tenho que tomar cuidado pra Mirian não ficar chateada novamente e brigar com a Johnson, o que está a um passo de acontecer... A Mirian diz que ela dá em cima de mim descaradamente, mas eu não notei nada, mas tenho que admitir que em quase todo lugar que eu vou, a Johnson está lá...
Mas hoje a noite eu tive uma nova visão. Sonhei com o mesmo corredor de antes, e dessa vez notei que era um corredor branco e que lembrava um hospital ou algo do tipo. No sonho eu via o mesmo grupo de pessoas, em volta de uma maca. Eu sentia uma dor intensa no corpo, mas a cena se mantinha, mesmo que eu quisesse parar de ver a cena. Ainda não conseguia reconhecer quem estava nas macas, mas eu os conhecia com certeza... A maioria dos vultos ao redor deles eu também conhecia, mas não conseguir identificar quem eram... Isso já estava ficando agonizante... Quando as pessoas abriram uma brecha, apenas pude ver que as pessoas nas macas haviam sido torturadas...
Eu acordei com um grito de dor no meio da noite. Scott e os outros companheiros de dormitório saltaram da cama assustados, mas eu pedi desculpas e falei que fora só um pesadelo. Scott me olhou duvidando de mim, mas acabou voltando pra cama. Eu segurei a dor e sofri calado as pontadas de dor pelo corpo. Parecia que era eu que fui torturado... Eu tinha que ver o diretor o mais rápido possível, pensei até mesmo em sair naquela hora mesmo, mas notei o quanto era ridículo sair no meio da noite sofrendo fortes dores... Logo de manhã, corri pra sala do professor Dumbledore após explicar aos meus amigos aonde ia. Eles concordaram e fui para a sala do diretor. Mas tive que ficar falando as senhas mais estranhas que existem, até que a gárgula girou após "sonho de creme de espinafre". Subi as escadas correndo, mas parei a porta quando ouvi vozes lá dentro.
- Alvo, isso está saindo do controle. Eles estão crescendo demais. Chegaram a me oferecer "cargos" junto a eles! – reconheci a voz do meu pai.
- Não se exalte James, basta que vocês recusem. Mas também acho que está indo longe demais. É melhor o senhor ir indo, seu filho deve estar chegando.
- Sim, também acho. Não quero preocupá-lo com mais isso... – reconheci o som de alguém desaparecendo na fogueira e bati a porta, o diretor me pediu que entrasse e fez sinal para que eu me sentasse.
- Já fiquei sabendo do que ocorreu na festa de Halloween Sr.Chronos, apenas esperava que o senhor viesse me procurar.
- Como sabe que eu estava chegando? Então, o que o Senhor acha de tudo isso, professor Dumbledore?
- Tenho meus métodos... Acho que minha nova senha é uma delícia... - ele falou sorrindo e piscou um olho voltando ao assunto em seguida. – Você deve procurar a Professora Endora o mais rápido possível não acha?
- Tem certeza Prof. Dumbledore? Não gosto muito de advinhação...
- Mas o senhor precisa aprender sobre o que está passando, as coisas podem começar a ficar piores não acha?
- Acho que já começaram... Antes eu só me sentia fraco e um pouco de dor, mas essa noite foi diferente. Eu senti toda a dor do que eu vi, vi alguém vítima de tortura e quando acordei, eu sentia os efeitos da tortura...
- Humm... Acho que isso é grave e o Sr. deve procurar a Professora Endora imediatamente.
Eu concordei e me despedi, pedindo licença para sair, mas já decidido de não procurar a Endora ainda. Passei o resto do dia normal, sem sentir mais nada. Mas no fim da tarde, eu, a Mirian e a Alex estávamos indo para a biblioteca procurar mais livros sobre Legilimência, quando eu fiquei paralisado...

Luz, muita luz...
Brilhante e intensa...
De uma pureza grandiosa...
Tão pura que chegava a queimar... A dilacerar minha carne e alma corrompida pelas trevas...
Uma ampla sala brilhante, como se fosse feita de espelhos. Três pontos de luz muito intensa no centro da sala.
Novamente pessoas que eu conhecia...
Novamente rosto que eu sabia conhecer, mas que agora não conseguia descobrir quem era...
O brilho das três pessoas ficou ainda mais forte de acordo com que elas se concentravam...
Minha pele não mais ardia, ela queimava, ela fervia de dor...

Saí do transe gritando de dor... Minha pele queimava intensamente e eu sentia como se estivesse a ponto de explodir. Mirian e Alex me olhavam desesperadas e sem saber o que fazer. Mirian me pegou por um braço e Alex pelo outro, mas as duas brilhavam e o toque me queimou mais. Mirian começou a chorar e se precipitou a me abraçar. Mas a luz dela era ainda mais forte e eu senti como se estivesse de frente para o sol. Ela se afastou chorando e com medo de me machucar novamente enquanto eu respirava devagar...
- Meu amor, vá procurar o professor Dumbledore, rápido. Alex cuide dela, por favor. – eu falei enquanto arfava para pegar mais ar...
Elas saíram correndo rapidamente na direção da sala do diretor. A dor ficou mais forte... Eu não enxergava mais nada com nitidez, meus olhos pesavam e eu perdi a noção de espaço e dos sentidos... Vi Endora iluminada, se aproximando com um ar preocupado e chocado com a dor que ela via que eu estava sentindo. Ela tomou meu pulso e pôs o dedo em minha garganta, procurando os sinais vitais. Conjurou uma maca e saiu rápido comigo para a sala dela...
- Aqui, ela me deu um pouco de chá forte, e isso diminuiu um pouco minha dor... – eu completei encarando-os somente dessa vez.
- Está claro para mim, que ele está tendo visões, ou do futuro ou do passado. Mas essas visões estão fora de seu controle. – Dumbledore falou pensativo
- Totalmente fora de controle. Essas visões são relacionadas com pessoas próximas a você Sr. Chronos, se não você não seria afetado por elas. - disse Endora.
- Mas o que pode ser isso professora? – Mirian perguntou fungando um pouco.
- Não tenho certeza, mas já li e vi casos sobre isso. Preciso apenas pesquisar mais e ajudá-lo a controlar essas visões e as conseqüências delas. E se for o que eu penso é raro... Mas pode ser controlado.
- E por que o toque meu e da Mi ao tentar ajudá-lo, o machucou mais? – Alex fez a pergunta que Mirian não tinha forças pra fazer.
- O Sr. Chronos infelizmente possuiu trevas dentro dele. Pode ser que com as visões, os sentidos e poderes dele foram ativados de forma rápida e grande. Mas vocês duas não possuem trevas em vocês, pelo contrário provavelmente. Então o choque dessas duas energias o machucou. Mas isso só deve ocorrer quando ele é afetado por algo, como as visões; quando ele está normal isso não ocorre. Se não ele e a Sr.Capter nunca namorariam não acham? – Dumbledore falou como tom de professor sorrindo levemente.
Mirian ainda chorava e eu a puxei para um abraço, mas ela tentava fugir com medo de me machucar novamente. Porém eu já me sentia um pouco melhor e acabei vencendo a disputa e a puxei para um abraço forte. Deitei minha cabeça no ombro dela e chorei lembrando da dor que eu sentira agora a pouco, mas principalmente por causa da dúvida sobre o que estava acontecendo comigo... Alex nos olhou comovida e nos abraçou também e ficamos os três abraçados. Dumbledore e Endora ainda conversavam e decidiram que eu iria começar as aulas extras o mais rápido possível...
Merlim, o que tudo isso quer dizer?!
Alucard Wingates Chronos às 12:16 PM

Monday, November 13, 2006

Não se mexe em time que está ganhando...

Do diário de Alex McGregor

Torre de Astronomia. 20:00 horas.

- Amar é importante. É o que nos diferencia dos animais, e mesmo que seja por pouco tempo, vale a pena.
- Olha se isso se refere a mim, pode ficar tranqüila. Tenho todo o amor dos meus amigos e no momento não preciso de mais ninguém, não tenho tempo.
- Alexandra às vezes você é tão fria...

Havíamos terminado a aula e eu ajudava Endora a recolher as coisas utilizadas, quando ela me perguntou:
- Alex, tem alguma coisa que você queira me contar?
- Não, professora por quê?
- Tenho esta sensação. Saiba que se precisar de ajuda pode contar comigo. - acenei com a cabeça e me preparei para ir embora.Desci da torre e encontrei Sirius no caminho.
- Oi Sirius, aconteceu alguma coisa? A estátua? Cadê os outros?- perguntei e comecei a andar de volta para a Lufa-Lufa.
- Oi Alex, não aconteceu nada, os sonserinos nem desconfiam, quer dizer desconfiam, mas não podem provar quem sumiu com a estátua do Salazar. E a sua turminha está segura nos salões comunais. Eu estava passando por aqui e ouvi passos descendo a escada da Torre de adivinhação. Queria ver quem era o tonto que estava fazendo aulas de reforço com a Endora... – provocou.
- A tonta sou eu ¬¬. Satisfeito? Só pra sua informação, as aulas dela são ótimas ok? Ela não fala só de bolas de cristal, cartas, tarôt... - disse inflamada.
- Ok, ok, calma. Eu sabia que você estava lá, vi no mapa. Toma. - e me deu uma enorme barra de chocolate com crocante e nozes.
- Humm, meu preferido. Gostaria de ver este mapa qualquer dia destes... - comecei a falar e nem terminei, pois encontramos o Lu no caminho. Ele tinha um olhar estranho, parecia atormentado. Minha primeira reação foi olhar ao redor e ver se havia alguma coisa diferente e não tudo estava calmo.
- Oi Lu, tudo bem?- perguntei.
- Oi Alex, Sirius... Tudo bem, eu só estava tentando pensar um pouco.
Olhei para seus olhos e imagens apavorantes vieram na minha cabeça, sem que eu quisesse. Era a noite em que o vampiro mostrava as suas presas e o mordia, fiz força para parar aquilo; Alucard havia percebido o que eu fazia e instintivamente suas presas ficaram à mostra e seus olhos ficaram vermelhos. Sirius me puxou para trás dele e disse empunhando a varinha:
- Chronos se acalma... Você não quer machucar nenhum de nós...
Lu começou a respirar mais calmamente e disse:
- Desculpe, foi instintivo. Desde quando você faz isso Alex??
- Isso o que?
- Ver o que se passa na mente das pessoas. Você é legilimente.
- Ah qual é, Lu? Eu nem sei direito o que aconteceu, imagina se eu...
- Você É Legilimente. Você conseguiu invadir minha mente e acessar minhas memórias em frações de segundos. Isto é... Isto é...
- Bizarro? – completei e ele riu.
- Não. Isto é normal entre aurores, meus pais fazem isso, exige um poder mental desenvolvido. Geralmente se aprende isso na Academia. - antes que ele continuasse eu disse:
- Agora tenho noção de tudo o que você passou Lu, acho que eu não agüentaria.
- Agüentaria sim. Somos osso duro de roer. – sorriu.
- Lu, você pode me explicar um pouco mais sobre isso? Vantagens e desvantagens hehe.
- Claro que sim.
Sirius que nos ouvia quieto, interferiu:
- Você vai voltar com o Chronos para o seu dormitório Alex? Não sei se seria legal... Quero dizer... A Mirian pode ficar com ciúmes e... - comecei a rir.
- Imagina a Mi com ciúmes de mim. Iríamos rir muito, se saíssemos no braço pelo Lu. Não é bonitão? - e o Lu começou a rir também.
- Pode vir também se quiser Sirius. – ele convidou.
- Eu preciso ver umas coisas por ai. A gente se fala outra hora.
- Tchau Sirius e valeu pelo chocolate. – respondi e disse e recomecei a andar. Alucard ia me dizendo tudo o que sabia sobre a legilimência.

No dia seguinte...

BAM!
Joguei o livro que carregava e alguns distraídos na mesa da Lufa-Lufa saltaram com o susto. Louise e Yulli não se incomodaram, logo Scott e Sam, vieram se sentar conosco e Mark já comia sua segunda tigela de cereal e Ben servia um copo de suco para si mesmo:
- Onde você estava? Sumiu cedo. – perguntou Louise.
- Na biblioteca. Precisava deste livro sobre Legilimência. Vou aproveitar para ler agora na aula de História da Magia. Ainda bem que não desisti desta matéria...
- E ai Alex, como foi ontem? - perguntou Yulli.
- Ah, foi bem. Consegui fazer a projeção sem ficar fraca e...
- Não queremos saber isso, queremos saber sobre o Sirius. - disse Sam e meus amigos me olhavam. Até o Mark parou de comer seu cornflakes para ouvir.
- O que tem o Sirius? Ele tá com algum problema? – perguntei e peguei o copo de suco de abóbora do Ben.
- Posso bater nela? Nem eu sou tão lerda assim. Quer dizer, sou, mas hoje ela está ganhando. - respondeu Sam estressada e eles riram, enquanto eu fazia cara de quem não entendia nada.
- Calma, que eu explico: Alex, ontem o Sirius iria conversar com a garota que ele está a fim...
- Ah é? Quem é a bola da vez? –disse olhando em volta do salão e vi Sirius sentado na mesa da Grifinória brincando com a comida com Tiago e Remo ao lado.
- Quem vai bater sou eu. - disse Louise impaciente e me deu um tapa no braço.
- Tá bom eu páro de interromper. – eu disse e Cott continuou:
- Pelo que ouvi no dormitório ele iria conversar com a garota ontem. Ele até comprou uma barra do chocolate favorito dela.
- Chocolate ao leite com crocante e nozes. Uma delícia, até o Lu comeu. – e comecei a rir da cara indignada deles. - estava difícil ficar fingindo que não sabia de nada.
- Você sabia o tempo todo? Como?
- O tempo todo não. Mas quando eu o vi nas escadas ontem, olhei sem querer para seus olhos e vi cenas dele contando aos amigos o que iria fazer. Resolvi ficar na minha, pois achei que era algum delírio, pós-projeção. Então encontramos o Lu e novamente eu vi algumas coisas que aconteceram com ele. Aí o Lu me explicou o que era isso: Legilimência.
- E o que você pretende fazer?- perguntou Yulli.
- Vou ler este livro sobre Legilimencia e perguntarei á professora Sprout como isso pode me ajudar nos NIEMS... - como eles fizessem caras assassinas, completei logo:
- E vou dizer ao Sirius que eu gosto muito de ficar com ele, mas que não quero nada sério. Não temos nada a ver.
- Ah vocês conversam bastante então, pra você saber que não daria certo... Que pena! - comentou Sam. Ben engasgou com o suco e Mark voltou para o cornflakes vermelho. Olhei feio para eles.
- Já volto. - fui até a mesa da Grifinória e marquei com o Sirius de nos vermos na hora do almoço. O melhor era terminar com esta historia antes que ela tomasse algum rumo que atrapalhasse a recém conquistada trégua entre os texugos e os leões.

Thursday, November 02, 2006

Confusão

Diário de Alucard W. Chronos

AC: Mi, se você demorar mais, quando chegarmos o baile já vai ter terminado! – Eu gritava do início das escadas que levavam para o dormitório feminino. Mirian desceu alguns segundos depois reclamando que demorou pouco, quando foram uns 20 minutos.
MC: E não fui só eu que demorei, olha a maioria das garotas da Grifinória ainda estão aqui! Só os garotos que se arrumam rápido! – Ela descia falando isso sem olhar direito ao redor e parou do meu lado me olhando nos olhos.
MC: Que foi? Algo errado?
AC: Acho que você é a vampira...Você está linda!
MC: Deixa de ser bobo Lu – Ela ficou vermelha e desviou o olhar sem graça me olhando em seguida rindo – Não era você que estava reclamando que eu estava demorando? Vamos logo então! Ai Lu...Hoje vou ter que tomar duplo cuidado...Nos controlar...E expulsar seu fã clube! Pois você está um verdadeiro Fantasma da Ópera.
Ela sorriu e mexeu na minha máscara branca me dando um beijo de leve e me puxando pela mão. O fã clube que ela se referia, eram um grupo de garotas de várias casas, incluindo a Grifinória, que me seguiam por toda parte. Na última semana a Mi andou a ponto de duelar com a maioria delas, elas estão ficando mais abusadas...Uma dia desses fingiu que ia desmaiar, tentando cair em cima de mim. Tadinha, era o Pettigrew que passou na minha frente, porque a Alex tinha acabado de me chamar! Rsrsrs O Pettigrew caiu de cara no chão e ainda levou um tapa!
Esse grupinho também anda indo em quase todo treino da Grifinória e a Mirian e o Potter se juntaram contra elas: o Potter diz que algumas podem estar espionando nossos treinos e a Mirian diz que elas vão é para ficar me seguindo mesmo...Bem, é um pouco dos dois na verdade. A Mi tem ido a todos os treinos, ela diz que não, mas ela vai também pra me vigiar! Rsrsrs
Quando chegamos ao salão principal, a Monn já estava cantando músicas agitadas e ficamos andando pelo salão conversando com o pessoal. Mark e Ben estavam ansiosos com algo, e Potter, Black e Pettigrew não estavam, assim como o Lupin, bem isso não vem ao caso...Nos sentamos com as meninas e ficamos conversando, mas depois eu e a Mi saímos procurando um lugar só pra gente. Ficamos o resto da festa abraçados em um canto namorando, às vezes parando para rir um pouco do pessoal que começava a ficar meio bêbado. A Monn começou a tocar umas músicas lentas e puxei a Mi pra dançar. Ficamos dançando lá agarradinhos por uns minutos, quando não conseguimos resistir em voltar ao namoro, é mais divertido rsrsrsrs.
Alguns minutos depois nos sentamos numa mesa e notei as garotas saindo com o Scott. Ele estava com uma cara de mal humor como eu nunca o vi antes, ele tem andado assim, está ficando meio rabugento, mas não admite...
AC: Merlim, estão aprontando algo.
MC: Por que você acha isso?
AC: Os Marotos não estão aqui, e tudo está meio quieto demais.
MC: Hoje é noite de lua cheia meu amor...Você sabe o que acontece.
AC: Sei sim, por falar nisso estou preocupado... Acha que devo ir ver o Lupin?
MC: Você está doido?! Vocês dois perdem o controle em noites de lua cheia esqueceu? Quer o que? Um Halloween de verdade?
AC: Tudo bem então, não sei como ele iria reagir a mim também. Nós somos “inimigos” naturais... Mas eu estou conseguindo me controlar mais!
MC: Sim! Por Merlim você está com um controle impressionante! Mas nem em tudo seu safado! Aquela vez na festa da Lou, lembra não?
AC: Érr... A festa está legal não? – Eu corei e olhei em volta desviando o olhar. A Mirian riu e me puxou para um outro beijo demorado.
MC: Humm...Você acha mesmo que estão aprontando algo?
AC: Sim, eu meio que estou com esse sexto sentido. É melhor eu ir dar uma olhada...
MC: Tudo bem, mas toma cuidado. É melhor eu não ir senão, vão achar estranho... Está bem, não tão estranho... – Ela falou vendo um casal saindo juntos do salão.
AC: Ok. Eu vou procurá-los, e depois vou ver o Lupin, prefiro me certificar de que está tudo bem. Não demoro meu amor. - Eu dei um beijo demorado com ela perto de mim e me levantei, saindo em seguida do salão sem praticamente ser notado.
A música do salão se espalhava pelo castelo, mesmo que baixa, então o castelo inteiro estava meio cheio de sons. Eu ignorava os casais que se espalhavam pelos cantos do castelo e segui a direção do corredor do terceiro andar, achava que eles estariam lá. Quando cheguei lá, vi que não havia nenhum movimento e me dando por convencido, fiz a volta para retornar para o primeiro andar e tentar chegar à Casa dos Gritos, eu queria muito ver o Lupin... Mas o corredor ficou silencioso, estranhamente silencioso... Isso chamou minha atenção e parei no meio do corredor atento a qualquer barulho, mas não ouvia nada. Botei-me em prontidão e me aproximei da parede para me esconder e olhar o corredor livremente. A Lua cheia passou por uma janela no teto e caiu em cima de mim.
Eu me senti zonzo de repente. Deu-me uma sede forte e fome também que eu não sentia desde as férias. A luz da lua estava me fazendo mal, me acordando novamente. Mas o corredor ficava cada vez mais estranho... Eu vi nitidamente a imagem de um corredor branco. Pessoas em roupas brancas corriam na direção de um quarto carregando os mais variados frascos de poções. Um grupo se amontoava na entrada de um quarto enquanto um outro grupo trazia em macas flutuantes dois corpos inconscientes e aparentando sofrimento intenso. Eu não reconheci os rostos, mas tinha certeza que os conhecia. Senti uma dor intensa no peito enquanto as cenas iam ficando menos nítidas e a tensão do corredor pulsava.
Eu perdi o equilíbrio e a visão se desfez, dando lugar ao corredor semi-iluminado do terceiro andar, cheio dos barulhos da festa. Eu me curvei de dor no peito e meus olhos e dentes se transformaram. Eu gritei de dor quando a dor no peito ficou mais intensa, tão intensa que os dentes voltaram ao normal e os olhos pesaram, voltando ao verde de sempre. Eu me recostei na parede do corredor e deslizei devagar e com dor até o chão, quando ouvi um grito:
- Lu! O que está acontecendo? – Era Pauly Johnson, a batedora da Grifinória. Ela estava sozinha e sem a máscara do baile e veio correndo na minha direção.
AC: Eu não sei... Senti-me mal de repente.
PJ: Vem comigo, vou te levar para a ala hospitalar.
AC: Não, me leve para a Mi ou a Alex, ou se encontrar o Professor Dumbledore melhor ainda.
PJ: Você não está em condições de fazer exigências! – Ela passou o braço pelas minhas costas e me abraçou puxando-me para ela, me dando apoio para eu tentar me levantar. Nesse momento ouvi outro grito, mas esse grito tinha um pouco de raiva, o que fez a Pauly me largar desajeitado, me fazendo cair no chão novamente.
MC: Alucard! O que aconteceu? E o que você faz aqui Johnson? – Mirian veio correndo, com um brilho diferente no olhar e me puxou com força me ajudando a me levantar facilmente.
PJ: Não sei! Ele caiu de repente no corredor e gritou de dor, eu estava apenas passando!
MC: Ta... Eu vou levá-lo pro dormitório, obrigada.
PJ: Eu ajudo você
MC: Não, obrigada!
Mirian me puxou e conseguiu me levar facilmente olhando de cara emburrada pra Pauly. Eu olhei de uma pra outra sem entender, apenas notando a tensão entre as duas. Eu deitei minha cabeça no ombro da Mirian e continuei andando devagar ao lado dela, sentindo que ela estava preocupada, mas algo mais. Perto da escada do quinto andar, consegui ficar de pé normalmente e me recuperava completamente.
AC: Estou melhor, não precisa ficar fazendo esforço à toa.
MC: Humpf... Acho bom que está bem. – Ela virou-me as costas e continuou andando para as escadas. Eu olhei sem entender, mas corri atrás dela, segurando-a pelo braço.
AC: O que aconteceu?
MC: Nada Alucard. – Ela me lançou um olhar frio e desviou o olhar para o outro lado em seguida.
AC: Claro, nada. Você nunca me chama de Alucard.
MC: Estou chamando agora, não vê? – Ela subiu as escadas até a metade, pois a alcancei novamente e a segurei pelo ombro.
AC: Mirian, o que aconteceu?
MC: Nada... – Ela falou, desviando o olhar de mim, mas notei que ela chorava.
AC: Você está chorando... – Aproximei-me dela, mas ela se afastou e subiu novamente os degraus com pressa, mas eu a alcancei com um salto e parei a frente dela. Ela se debateu tentando me empurrar, mas acabou desistindo e deitou a cabeça no meu peito chorando.
AC: Mirian acalme-se meu amor, o que houve?
MC: Nada, Lu... Nada...
AC: Aham, você está chorando e não é nada? Você não consegue mentir pra mim.
MC: Ai de você se usar seus poderes em mim!
AC: Eu não preciso deles, você nunca conseguiu esconder nada de mim. Olha pra mim – Eu levantei o rosto dela com delicadeza e a encarei, enxugando as lágrimas com minha mão. – Se acalma meu amor, me diz o que foi?
MC: Depois diz que não usa seus poderes em mim... Mas eu sei que você não usa. Nunca consegui esconder nada de você mesmo... – Ela ficou na ponta do pé e me beijou calorosamente.
MC: Desculpe-me...
AC: Não precisa se desculpar, mas por que ficou assim?
MC: É porque eu fiquei preocupada! Quando você saiu, eu me senti estranha, comecei a me sentir meio fraca. Ai de repente eu senti uma pontada no peito e vi você sofrendo no corredor. Eu saí correndo atrás de você.
AC: Mas não precisa mais ficar assim querida. Eu sou forte, estou bem não está vendo?
MC: Por Merlim você está bem, mas fiquei com medo... E quando cheguei lá... A Johnson estava abraçada em você, com o corpo dela colado no seu, te dando apoio e te segurando, quando deveria ser eu! – A voz dela foi ficando mais alta e enraivecida a cada palavra e eu sorri de leve.
AC: Você está com ciúmes da Johnson?
MC: Não! Eu não teria ciúmes dela! – Os olhos dela brilharam de novo e eu a puxei para um abraço a levando em seguida para uma sala onde eu sabia que tinha um espelho. A botei a frente do espelho e a abracei por trás fazendo um carinho de leve no rosto dela.
AC: Olha ali meu amor. Você é linda, meiga, carinhosa, se preocupa comigo, é inteligente, e minha grande amiga, você esteve do meu lado nos piores momentos! Você acha que iria te trocar? Você acha que existe alguém que se equivalha a você? – Eu falei a ultima parte a abraçando com força e fazendo um carinho de leve em sua barriga.
MC: Não sei... Mas têm muitas garotas que dariam tudo por um dia com você... Você não acha que eu ouço os comentários no banheiro? Pergunte só a Alex, a Lou e a Yulli! Só o Sirius é mais cobiçado...
AC: E por que você ouve essas garotas? Eu só quero você e mais ninguém, ignore todas elas apenas! – Eu a virei de frente pra mim depois da última frase e ela sorriu de leve, passando os braços pelo meu pescoço e me puxando pra ela. Abraçamo-nos ali no meio da sala e nos beijamos calorosamente mais uma vez. Eu a abraçava com força, com medo de perdê-la, e ela fazia o mesmo.
MC: Eu sou uma boba... Vamos voltar pra festa? E depois você vai procurar o Professor Dumbledore ou a Minerva!
AC: Tudo bem meu amor, vamos voltar então?
Passei a mão pela cintura dela e saímos abraçados voltando para o baile, onde o pessoal já tinha voltado e tratei de perguntar o que estavam aprontando. Conversei com a Alex sobre o acontecido e ela riu do ataque de ciúmes da Mirian e falou que as garotas são assim mesmo...
Mas mesmo assim, tenho que tomar cuidado com a Pauly, vai que a Mirian tem outra crise de ciúmes?
Alucard Wingates Chronos às 6:36 PM

Wednesday, November 01, 2006

Trégua… por enquanto!

Do diário de Louise Storm

Only you, can make this world seem right
Only you, can make the darkness bright


- Argh, a Monn ta de sacanagem, né?

Scott soltou um suspiro impaciente e se largou na poltrona de braços cruzados. Estávamos no baile de máscaras em comemoração ao Halloween e a banda da Monn entrara agora numa seqüência de musicas românticas capazes de matar um diabético. Tudo bem que ninguém além da Sam estava acompanhado hoje, mas estávamos adorando o repertório. Menos Scott, claro.

You're my dream come true
my one and only you

One and only you....


- Fala sério, deveríamos estar dançando musicas agitadas e não essas coisas!
- Que bicho te mordeu Cott? The Platters é tão legal! E a Monn nem ta bêbada, a musica ta excelente! – Alex falou e concordamos
- Só se for pra curtir uma fossa que ta excelente. Ai sim, não tem o que contestar!
- Meninas, acho que o Cott ta carente... – falei e todas riram
- Não to carente coisa nenhuma, só não curto ouvir musica depressiva.
- Ta carente sim – Yulli falou apertando as bochechas dele e Scott empurrou a mão dela irritado
- Cott, você ta precisando arrumar alguém pra namorar. A carência ta afetando seu humor! – e todas concordaram comigo
- Não quero arrumar ninguém, estou muito bem sozinho, obrigado.
- Estamos vendo como você ta bem... – Sam falou se juntando a nós – nem tocou na caneca de cerveja amanteigada, só ta comendo!
- Ok, a coisa agora é grave! Levanta daí agora Scott, vamos dar uma volta pra conversar e animar um pouco! – Yulli falou decidida

Ela agarrou a mão dele e saiu rebocando-o do salão. Largamos as coisas na mesa e fomos atrás, rindo. Scott estava cada dia mais ranzinza e todas nós sabíamos exatamente o porquê, mas se ele mesmo não admitia, não iríamos força-lo a enxergar. Quando ele perceber que está sendo um idiota, vai ficar manso. Passamos correndo pelo saguão de entrada em direção ao jardim e assim que botamos os pés do lado de fora, a sombra de algo grande caindo cobriu todo mundo.

- CUIDADO! – gritei enquanto me abaixava
- Estão todos bem aí?

A voz de Ben vinda da janela do 3° andar ecoou e levantamos assustados. Uma enorme estátua de bronze estava pendurada por uma corda, balançando perigosamente. Em seguida Tiago e Sirius vieram correndo, provavelmente da Casa dos Gritos, e começamos a entender o que se passava: aqueles quatro malucos estavam roubando a estátua de Salazar Sonserina! E como também não éramos santos, acabamos entrando de gaiatos nesse navio.

Scott subiu com os marotos para ajudar a puxar a estatua para cima outra vez e ficamos vigiando, mas logo subimos para ajudar. Alex havia dado a idéia de desce-la até o banheiro da Murta-que-geme, pois ninguém entrava lá, e corremos até ele para puxar a estatua pendurada na janela. Mark e Tiago vieram ao nosso socorro e conseguimos coloca-la no chão quando os outros três chegaram suados.

- Ok, parte I completa. E agora? – Sirius falou
- Precisamos esconder isso fora do castelo, aqui vão encontra-la fácil. – Tiago falou e todos concordaram
- Que tal na Casa dos Gritos?
- NÃO! – todos gritaram ao mesmo tempo e Ben e Mark saltaram assustados.
- Casa dos Gritos ta fora de cogitação, tem que ser outro lugar! – Sirius falou serio
- Mas por que? É o lugar ideal, ninguém vai procurar lá! – Mark falou inconformado
- Não, lá não dá! É perigoso, esquece – falei depressa.
- Podemos saber o motivo desse desespero todo só de falar o nome do raio da casa? Por que não podemos ir até lá? – Ben falou
- Porque estamos dizendo que é perigoso e vocês terão que confiar na nossa palavra, sem questionar.

Scott se adiantou e falou sério, encarando Ben. Eles ficaram mudos um tempo, um de frente pro outro, e podia ver que estavam a ponto de cuspir fogo, até que Ben concordou com a cabeça e se afastou.

- Ok então, mas aonde?
- Que tal na passagem do quadro daquele rinoceronte? – Sirius falou para Tiago
- Isso, bem lembrado Almofadinhas! Sam, você pode ficar invisível e vigiar uma ponta do corredor?
- Claro deixa comigo!
- Ainda precisamos de outra pessoa vigiando o outro lado.
- Passa sua capa pra cá, eu vou! – Cott tomou a capa da invisibilidade de Ben e se cobriu, saindo com Sam.
- Bom, já temos nossos guardas, vamos embora que essa coisa é pesada! – Yulli falou se adiantando e abrindo a porta.

Os meninos se juntaram para erguer a estátua e fomos na frente até o tal quadro do rinoceronte. Estudo aqui há 5 anos e nunca nem desconfiei que isso fosse uma passagem secreta! Tiago explicou o encantamento para abri-la e fizemos isso para eles. O túnel era largo, caberia toda nossa turma nele com folga. Eles jogaram a estátua sem cerimônias e Mark acabou ficando preso do lado de dentro, atrás dela.

- Ops... Acho que quebramos a varinha do Salazar... – ele falou enquanto escalava a estátua para sair.
- Quem se importa? Sai logo dai, precisamos voltar para o baile antes que notem nossa falta. – Alex falou e Mark pulou pra fora do buraco

Sirius fechou a passagem com outro encantamento e refizemos o caminho do salão principal. Scott devolveu a capa de Ben e Sam voltou a ficar visível, se juntando ao grupo. Segurei o braço das meninas e diminui o passo, andando ao lado dos marotos.

- Onde sai esse túnel? – perguntei rápido.
- Contamos ou não, Pontas?
- Para de palhaçada, Sirius! – Alex falou sem paciência
- Calma Alex, não precisa se exaltar... O túnel leva ate o Hog’s Head, pronto.
- Bom, muito bom... Como vocês descobriram todas essas passagens? – Yulli falou interessada
- Explorando o castelo, nada mais. Toda noite saímos para explorar, foi assim que fizemos o mapa do maroto!
- Pontas! – Sirius exclamou indignado – Por que não dá logo o mapa pra elas, ora!
- Esse mapa de vocês já não é mais segredo, meninos... Sabemos dele tem alguns meses. – falei e as meninas riram
- Aluado fofoqueiro! Foi ele, não foi?
- Ele não teve escolha, eu vi o mapa na mochila... – falei rindo – Falando nele, como ele está?
- A poção parece ter funcionado um pouco, ele estava mais manso quando saímos. Mas só amanhã ele vai poder dizer se realmente fez efeito. – Sirius falou mais calmo.
- Espero que ela tenha ajudado em alguma coisa...
- Nós também... – eles falaram ao mesmo tempo e ninguém mais disse nada até chegarmos ao salão.

Não foi bem a injeção de animo que tínhamos planejado para o Scott, mas funcionou do mesmo jeito. Quando voltamos, estávamos todos mais animados e fomos direto para o meio dos alunos dançar, agora em um ritmo mais empolgante. Tiago puxou Sam depressa, ignorando o fato do namorado dela ainda estar no baile, e ficaram girando às gargalhadas pelo meio das pessoas, Ben e Mark tiraram duas meninas da Corvinal para dançar, Joey surgiu do nada puxando Yulli, Sirius fez uma cara de cachorro carente para Alex, que começou a rir e acabou aceitando o convite, e eu fiquei dançando no meio deles com um Cott bem mais animado, como sempre foi. Acho que as coisas vão começar a mudar agora...

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N.A.: Trecho da música ‘Only You’, do The Platters