Thursday, July 29, 2010 Becky apareceu no chalé meia hora depois do acidente com as espadas e passou um bom tempo tentando me animar. Contei a ela da expressão de medo no rosto de Thruston e que eu tinha me dado conta de que poderia matar alguém se perdesse o controle, mas ela fazia tudo parecer uma grande bobagem, embora soubesse que não pensava assim. Na verdade achei ótima ela fingir, não precisava daquela confirmação naquele momento. Antes de sair para o jantar, avisou que precisaria escrever a meus pais contando o ocorrido, mas que não deixaria que eles me levassem embora, pois não tinha sido proposital. Prometi que a seguiria logo depois, mas não o fiz. Não estava com a menor vontade de sentar no refeitório lotado de curiosos querendo ver quem era a louca quase matou um campista a golpes de espada, então desviei meu caminho em direção ao lago. Era meu lugar favorito no acampamento, sentar na ponte de madeira com os pés dentro d’água. Fazia um calor absurdo, era sempre bom para refrescar. - Então é aqui que você se esconde – ouvi uma voz vinda dos arbustos atrás de mim e me assustei, mas quando vi que era Thruston voltei a encarar o lago – Não vi você no jantar. - Não estava com fome. Ele não respondeu, mas também não foi embora. Fiquei imóvel encarando a água, enquanto ele tirava o tênis e sentava perto de onde eu estava, mergulhando os pés descalços na água. Não o suportava, mas estava me sentindo tão culpada que precisava me desculpar, até mesmo para ele. - Olha, sobre a aula hoje – falamos ao mesmo tempo e ele riu, me cedendo à vez – Sobre hoje, só queria me desculpar. Acho que me empolguei e nem percebi o que estava fazendo. Não tinha intenção alguma de matá-lo, embora não goste de você. - Tudo bem. Só queria que soubesse que, apesar de chocado com a sua ferocidade, não achei que fosse me matar. Talvez arrancar um de meus braços, mas não me matar – ele disse em tom de brincadeira e acabei rindo. - Não achou mesmo que pudesse matá-lo? – perguntei surpresa – A expressão em seu rosto dizia o contrário. - Tive medo sim, mas não de você me matar. Medo de uma humilhação publica serve? Percebi que você poderia me dar uma bela surra e que não ia mais provocar briga em Hogwarts. - É, acho que serve – fiquei calada um tempo ainda encarando a água, mas finalmente olhei para ele – Por que veio até aqui? - Porque apesar de não gostarmos um do outro, estamos presos aqui por um mês e o objetivo desse acampamento é valorizar o trabalho em equipe. Teremos uma captura das bandeiras amanha e não há a menor possibilidade de você jogar em um time que não seja o meu. - Como é que é? - Só não se esconda amanhã e esteja na frente dos chalés às 10h, vou estar lhe esperando, Lupin. Thruston levantou e pegou o tênis no píer, desaparecendo no meio dos arbustos e me deixando com uma expressão completamente confusa. ºººººº A corneta usada como toque de despertar já havia soado há tempos, mas eu continuava na cama. Assim como o jantar da noite anterior, decidi pular o café e tentava decidir se apareceria ou não para a captura das bandeiras. Faltavam cinco minutos para as 10h quando levantei da cama decidida a não deixar que olhares curiosos estragassem meu verão e sai do chalé. Como prometido, Thruston já estava lá fora me esperando. Junto dele estavam os três alunos de Hogwarts que havia reconhecido no primeiro dia e assim que me viu, atirou um colete roxo na minha mão. - Cooper vai explicar as regras para os novatos na orla da floresta, vamos. – e saiu andando, sendo seguido por Taylor e Matt. - James disse que esse ano vamos ganhar, com você no time – Katie esperou eu descer as escadas e andou ao meu lado. - Esse ano? Quantas vezes ele já esteve aqui? - Bom, no meu segundo ano aqui, ele veio pela primeira vez, então esse é seu 4º ano – ela riu da minha reação de surpresa – Ele é muito bom na captura das bandeiras, mas alguma coisa sempre sai errada no final e nunca ganhamos. Ele já está ficando frustrado, precisamos ganhar essa pelo bem da equipe. Katie sorriu animada e apertou o passo, me obrigando a andar mais depressa para acompanhá-la. Todos os campistas já estavam reunidos na orla da floresta, formando uma imensa roda, mas nem todos usavam coletes. Notei que estávamos divididos em quatro cores: roxo, branco, amarelo e laranja. Notei também que Connor e Nick distribuíam armas e logo entendi que aquela captura seria diferente. Era uma partida de paintball. - Muito bem, agora que já estão todos reunidos, vou explicar as regras para aqueles que estão jogando pela primeira vez – a voz de Cooper se sobressaiu no meio da multidão – Nossa captura das bandeiras é uma partida de paintball. O limite é o lago, não pode entrar na água. Vocês estão divididos em 4 equipes: roxo, branco, amarelo e laranja. Cada equipe tem 3 bandeiras e para uma equipe ser declarada campeã, precisa trazer uma bandeira de cada equipe. É proibido roubar mais de uma bandeira da mesma cor. Uma bandeira roubada pode ser recuperada, desde que ela ainda não esteja dentro do cesto da equipe que a roubou. Cada equipe terá um mapa do local onde deverá cravar as bandeiras e elas não podem ser guardadas por mais que duas pessoas. Não vale contato físico, apenas tiros de tinta. Se alguém se machucar, lance faíscas coloridas e iremos resgatá-lo. A partir do meu apito, vocês terão 10 minutos para encontrar o lugar marcado no mapa, posicionar as bandeiras e armar estratégias. Ao som do segundo apito, a competição começa. Preparem suas armas, seus equipamento de segurança e reúnam suas equipes. Vamos começar em 5 minutos. - Entendeu tudo? – Thruston me perguntou e assenti. - A equipe já está completa? – perguntei a ele. - Não, ainda podemos colocar mais uma pessoa. - Ótimo. Ei, Daniel! – gritei e um menino de 10 anos de cabelos loiros procurou quem o chamava. Era Daniel McKellen, primo de Haley – Está sem colete, venha para o nosso time. - Bem vindo – Thruston deu um colete roxo a ele e Daniel o vestiu animado. Também era sua primeira vez no acampamento. - A família dele é obcecada em treinamentos, ele não vai decepcionar – disse e Daniel concordou, revirando os olhos. - Ótimo, porque esse ano não podemos perder – Cooper apitou a 1ª vez e Thruston pegou o mapa do bolso – Vamos! Nossa equipe adentrou a floresta e seguimos para o norte, com Thruston e Taylor liderando o caminho. Não foi difícil encontrar a pedra marcada e cravamos nossas bandeiras na grama, enquanto ouvia Thruston traçar estratégias para a equipe. Ele nos espalhou por todos os lados, em grupos de três. Eu deveria trabalhar com Katie e um garoto chamado Brad, e estávamos posicionados no centro da floresta. Quando o 2º apito soou, corremos. Estava acostumada a jogar no videogame todos os jogos de estratégia e tiros possíveis, mas nunca havia jogado paintball. E se eu achava que estaria preparada por ser viciada em Call of Duty, não poderia estar mais enganada. Aquilo era completamente diferente de um jogo virtual. Correr com uma arma pelo meio da mata, atirando nas pessoas (mesmo as balas sendo de tinta) era de uma tensão sem tamanho. Tive que tomar muito cuidado para não deixar a adrenalina tomar conta e sair enlouquecida atacando todo mundo. Perdemos Brad com meia hora de jogo. Avistamos uma falha na equipe amarela e ele correu para capturar a bandeira, mas uma emboscada da equipe branca nos pegou de surpresa. Katie e eu conseguimos eliminar 3 brancos, mas um deles acertou Brad em cheio no peito. Ele ainda conseguiu nos atirar a bandeira que roubou antes de levar o tiro. Quando viram que não conseguiriam escapar da nossa mira, os que restaram fugiram na direção do lago. Não demorou muito e caímos em uma emboscada da equipe laranja, ficamos completamente cercadas. Katie derrubou dois antes de ser atingida, mas eu consegui escapar ilesa, eliminando o resto da equipe que nos cercou. Não fazia a menor idéia de quantos roxos ainda restavam, mas sabia que sair a caça deles pela floresta era uma idéia idiota, então encontrei um local seguro que me desse uma boa visão da estrada que levava a orla e me escondi. Ninguém passaria dali sem ser abatido e nem iam saber de onde o tiro veio. Não sei por quanto tempo fiquei entocada e nem quantos campistas tirei do jogo, mas de repente vi um colete roxo passar correndo pela floresta sendo alvejado por tiros. Era Daniel. Fiquei surpresa por ver que ele ainda estava no jogo e consegui acertar os dois que o perseguiam a tempo. Ele se assustou quando me viu saltar de uma arvore. - De onde você saiu? – perguntou assustado. Ele suava e tinha o rosto vermelho de tanto correr. - Fui a única a sobrar do meu grupo, precisei me esconder. Isso é uma bandeira? – perguntei apontando para o bolso dele, onde um pedaço de pano branco estava pendurado. - Matt me entregou e me mandou correr, mas me cercaram no caminho. Não sei como ainda estou limpo. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, uma bola de tinta verde estourou na pedra atrás de mim e minha reação imediata foi puxar Daniel para o chão. Consegui arrastá-lo para trás da pedra enquanto mais bolas de tinta explodiam para todo lado. Não conseguíamos ver de onde elas vinham, mas disparávamos nossas armas assim mesmo. Alguém correu na mata atrás de Daniel e já estava com a arma apontada, quando Thruston surgiu do meio dos arbustos, a bandeira laranja presa nos dentes. - Vocês ainda estão vivos, graças a Merlin. - E temos uma bandeira de cada – apontei para a minha amarela e a branca que Daniel carregava – Mas como vamos fazer pra sair daqui? - Estou pensando – Thruston ficou calado um tempo, parecendo fazer cálculos mudos – Ok, o plano é simples: Daniel, pegue as três bandeiras e corra como se não houvesse amanhã. Lupin e eu vamos dar cobertura. - Esse é o seu plano genial? Fazer Daniel de kamikaze? - Se tiver um melhor, apresente. - Não vão começar a brigar, por favor! – Daniel tomou a bandeira da minha mão e depois pegou a de Thruston – Eu posso correr, sou rápido. Só garantam que não vou levar nenhum tiro. - Eu vou correr atrás de você, Thruston vai à frente – falei aceitando o plano maluco e preparando a arma – Nós vemos do outro lado. – Thruston ajeitou o capacete e saltou por cima da pedra, atirando contra os três que nos cercavam. Daniel correu logo depois, seguido por mim. Thruston era um bom atirador e ia limpando qualquer um que cruzasse nosso caminho, enquanto eu afastava os que apareciam pelas laterais. Fiquei espantada de ver que ainda tinham muitos campistas no jogo, mas como não sabíamos se eles tinham todas as bandeiras necessárias, corremos o mais rápido possível. Eu já nem estava mais prestando atenção em Daniel correndo logo a minha frente, pois sabia que ele ainda não tinha levado nenhum tiro, e muito menos em Thruston correndo alucinado a frente dele. Sentia os tiros passaram raspando pelo meu capacete, mas graças aos excelentes reflexos adquiridos nas aulas com tio Seth e Hiro estava conseguindo escapar de todos e devolver aos atiradores. Quando percebi, já estávamos a alguns passos da orla da floresta. Thruston cruzou a linha na frente e Daniel deu um salto logo atrás dele, derrapando na direção dos cestos. Ele atirou nossas bandeiras dentro dele de qualquer jeito e cheguei a tempo de ver Cooper erguer o braço e apitar o fim da partida. De repente tudo que via eram coletes roxos e braços vindo na nossa direção e alguns ergueram Daniel no alto. Antes que percebesse estava comemorando abraçada a Thruston, mas rapidamente nos soltamos. Ainda não gostava dele, mas admitia que quando deixávamos as provocações de lado, sabíamos trabalhar juntos. E também naquele momento não me importava de que casa ele era e do quanto nos detestávamos. Tudo que importava era que havíamos vencido. Monday, July 12, 2010 Julho de 2013 O começo desse verão foi diferente de qualquer outro. Ao contrario dos outros anos, onde nosso apartamento estava sempre movimentado com meus amigos entrando e saindo, Nick aparecendo para lanchar todos os dias e Gabriel vindo para o jantar, dessa vez estava tudo deserto. Com o nascimento das minhas sobrinhas, ninguém saia da casa do meu irmão. E com mamãe ocupada entre ajudar Maddie e babar as netas, escapei do castigo. Ela ensaiou um sermão, mas estava com tão pouca disposição de me vigiar por dois meses que sai apenas com uma advertência. As gêmeas, que foram batizadas de Chiara e Valentina, eram extremamente parecidas com Evan, mas tinham muitos traços do meu irmão, como os olhos verdes. Chiara era calma, quase não chorava e não dava trabalho, mas a Valentina era totalmente o oposto. Aquela era das minhas, vai deixar meu maninho de cabelos brancos mais cedo. Eu não cansava de paparicá-las também, mas já tinha planos para minhas férias e não estava incluído passar 24h por dia dentro de casa ajudando a trocar fralda. Nick passara cinco verões tentando me convencer do quanto o acampamento auror para onde ele e os amigos iam, embora ele ainda nem sonhasse em ser auror, era ótimo e que eu iria adorar. Eu nunca dava muita credibilidade, mas com tudo que me aconteceu durante o ano e os treinos exaustivos com tio Seth e Hiro, a coisa mudou de figura. Sabia que se ficasse dois meses sem fazer nada em casa, voltaria para Hogwarts completamente fora de forma e muito preguiçosa, então acabei topando acompanhar ele nesse verão. Papai foi o encarregado de me acompanhar até o acampamento no dia 10 de Julho. Ficava em Cotswold Hills, no condado de Gloucestershire. Não era muito longe de Londres, mas também não perto demais a ponto dos campistas tentarem arriscar uma escapada. O programa durava 30 dias e a idéia era se divertir, embora tivéssemos todo o tipo de aulas de combate que se possa imaginar. Contanto que não valesse nota ou não precisasse estudar, estava tudo bem. A chave de portal nos deixou em frente à entrada, onde víamos um portal de madeira enorme com letras também de madeira escrito “Acampamento Auror”. - Bom, meu limite é aqui – papai falou me entregando a mochila – Só campistas podem atravessar o portal. Lembra do que sua mãe falou, não é? - Sim, lembro. Se receber uma única carta de reclamação, vocês vêm me buscar – repeti o que minha mãe havia dito duzentas vezes depois de concordar que eu viesse. - E vai passar o resto do verão em casa – papai completou. - Vou me comportar. - É bom mesmo – ele beijou minha testa e se afastou – Agora entre, e bom verão. Buscamos você no seu aniversário. Acenei de longe e no instante seguinte, ele aparatou. Juntei-me ao resto dos campistas que estavam atravessando o portal e já avistei Nick parado perto de uma ponte, com Connor e Becky. Eles agora eram monitores, não mais campistas. Já ia caminhar até lá para cumprimentá-los quando meus olhos baterem em algo que ameaçava seriamente a promessa que fiz a meus pais: James Thruston estava parado junto a uma cerca, muito entretido mexendo em um relógio. Se ele também era um campista ali, minhas chances de completar aquele mês sem ser rebocada de volta para casa eram muito pequenas. ºººººº Já estava em Cotswold Hills há uma semana e tinha que admitir: estava adorando. Toda aquela atmosfera de um típico acampamento trouxa, mas onde tínhamos autorização de usar magia (supervisionada, claro), me deixava indignada por nunca ter acreditado em Nick e vindo outros anos. Os chalés eram oito ao todo e cada um tinha o nome de um auror famoso que morreu em batalha. Eu estava hospedada com outras 14 meninas no chalé Alice Longbottom, mas já havia visto um com o nome dos Potter e um do Alastor Moody. As atividades nos mantinham ocupados durante todo o dia, mas ninguém reclamava. Além da aula de duelos liderada por Andrew Cooper, o auror responsável pelo acampamento, tínhamos aula de rastreamento com Nick 2 vezes por semana, luta com sabres 3 vezes por semana com Connor e defesa pessoal com Becky, também 3 vezes por semana. Tínhamos também, entre muitas atividades, aula de arquearia e montaria com uma auror meio casca grossa, mas muito boa, Ellen Thorne. Se no fim ninguém quisesse se tornar auror, ao menos estaria muito bem treinado para qualquer Olimpíada. Estava me divertindo tanto que nem a presença de Thruston me abalava. Ele, por sinal, estava sempre por perto. Fez a mesma cara de desprezo que fiz quando me viu e pretendíamos nem trocar qualquer palavra durante o verão, mas éramos sempre forçados a trabalhar juntos, então falávamos o necessário. Tudo era em equipe e por ironia do destino ou talvez pura maldade de Nick, caiamos sempre no mesmo time. Entre os campistas, reconheci um garoto da Lufa-Lufa um ano mais novo e um garoto e uma garota da Corvinal, ambos um ano mais velhos. Nenhum outro era conhecido, deviam ser de escolas bruxas menos famosas. Teríamos nossa quarta aula de luta com sabres naquela tarde e depois do almoço o grupo que Connor ia treinar desceu até a arena perto do lago. Thruston estava entre eles, claro, assim como os outros três alunos de Hogwarts, Katie, Taylor e Matt. Ao todo éramos 20 campistas e Connor nos separou em duplas de acordo com o grau de aprendizado das três primeiras aulas. Para minha infelicidade, iria fazer dupla com Thruston. Vestimos os coletes e nos cumprimentamos como mandava a regra e ao sinal de Connor, atacamos. Foi tão depressa que não sei dizer quando perdi o controle. Num minuto estava lutando com Thruston junto com 10 outras duplas, no outro estávamos sozinhos na arena. Eu desferia golpes rápidos e precisos e Thruston se defendia deles, recuando. Em uma fração de segundos, onde ele olhou para o lado, apliquei um golpe tão forte que ele caiu no chão. Senti um choque percorrer meu corpo e ele todo tremer, e só então percebi que havia acertado o sabre com muita força contra um escudo. Thruston estava atrás dele caído no chão, uma mão segurando o escudo e a outra apertando a varinha, o sabre já caído na areia. A turma inteira me olhava assustada e Connor já vinha correndo na nossa direção. - James, você está bem? – Connor olhava dele para mim quase em pânico – Clara, está bem também? - Acho que meu braço quebrou – Thruston levantou do chão todo sujo de areia e tirou o escudo do braço. Estava preto. - Melhor irmos para a enfermaria. A aula acabou, podem ir. Clara, vai para o chalé e me espere lá, ok? Nem mesmo contestei e larguei meu equipamento no armário, subindo o gramado de volta para os chalés. Estava atordoada e tudo que menos queria eram olhares curiosos. As pessoas olhando curiosas na verdade não me afetavam, o que me abalou de verdade foi ver a expressão no rosto de Thruston. Não era raiva ou surpresa, era de puro medo. E não era um medo que eu iria me vangloriar depois, era medo de que eu pudesse tê-lo matado, o que poderia ter acontecido se ele não tivesse sido rápido ao conjurar um escudo. Era a primeira vez que percebia que, se perdesse o controle por um segundo que fosse, poderia matar alguém. Continua... Thursday, July 01, 2010 24 de Junho de 2013 - Atenção! É a ultima vez que vou chamar: alunos com o passe para assistir a final do Torneio Tribruxo, apresentem-se no Hall de Entrada. Quem não estiver em frente à porta do hall em 5 minutos, vai ficar pra trás! A voz do tio Ben se sobressaiu ao falatório no Salão Principal e o caos se instalou. Poucos dos que tinha se inscrito para as vagas da torcida de Hogwarts na final do Torneio Tribruxo já estavam no lugar marcado e a maioria, assim como nosso grupo, estava de papo furado comemorando o fim das provas. Todos começaram a correr desesperados para fora do Salão Principal e o Hall de Entrada virou um formigueiro de alunos. - Muito bem, assim está melhor – tio Ben falou olhando do alto da estátua do hall – Alunos do 2º ano, formem uma fila no canto esquerdo, os do 3° ao lado deles e assim por diante. Só vamos sair daqui quando estiverem organizados por turmas. - 2º e 3º ano aqui! – ouvimos a voz do tio George e a seguimos, nos postando em fila ao lado dos alunos do 2º. Demorou alguns minutos até que todos estivessem enfileirados e que Filch conferisse se todos os presentes tinham mesmo o nome na lista, e finalmente partimos rumo a Durmstrang para torcer pelo nosso campeão. ºººººº O frio daquele lugar era algo sobrenatural, nem mesmos os avisos de tio Ben para que saíssemos agasalhados foram suficientes para nos proteger do que estávamos prestes a enfrentar. Com medo de que sumíssemos pelos terrenos da escola, tio Ben conduziu todos os alunos direto para as arquibancadas do estádio de quadribol, onde aconteceria a final. Greg viu nossa delegação chegar e foi nos receber com sua prima Elena, conseguindo um espaço na arquibancada para nos fazer companhia durante a tarefa. Quando já começava a escurecer e o resto dos alunos de Durmstrang saírem para o estádio, Nick, Gabriel, tio Chris e tio Ty apareceram para nos fazer companhia e ampliar a torcida. Hogwarts estava animada, Jake vinha bem na competição e estava em primeiro lugar no placar geral e tinha grandes chances de vencer, mas no meio da tarefa, que era algo parecido com captura de bandeiras, Jake acabou se atrapalhando e perdeu a boa posição para Diana Novakovic, de Durmstrang. Na hora da corrida final até o centro do labirinto, a garota levou a melhor e Hogwarts ficou com a 2º posição. A festa da torcida da casa foi enorme, mas aplaudimos Jake com o mesmo entusiasmo. Ele mesmo estava muito feliz com a vitoria da menina de Durmstrang e a cumprimentava com muita empolgação, parecendo bastante satisfeito com tudo que fez durante o torneio, então ninguém iria voltar para casa de cabeça baixa. ºººººº Uma semana depois Era noite da véspera do nosso retorno para casa e a atmosfera no castelo não poderia estar melhor. Sem aulas, sem provas, sem cobranças. Só malões para serem arrumados e um banquete de despedida a nossa espera no Salão Principal. Hoje também seria o retorno de McGonagall com a delegação de Hogwarts que passou o ano inteiro em Durmstrang e estavam todos na expectativa para receber Jake, mesmo que tenha ficado em 2º lugar. Ele seria sempre o campeão de Hogwarts, sua colocação no torneio não mudaria isso. E enquanto uma festa os esperava no Salão Principal, nós preparávamos nossa própria comemoração para o retorno deles. - Onde estão os foguetes? – Haley e Keiko sacudiram a caixa de papelão na grama – Não podemos acender sem os foguetes. - Jamal e JJ foram instalá-los em cima da árvore – Hiro respondeu checando o comprimento do pavio com MJ e Rupert – Para voarem mais alto. - Eles não vão, tipo, queimar a árvore? – Tuor pareceu preocupado, mas ninguém deu importância. - Vai sair voando tão rápido que não vai dar tempo – Arte respondeu despreocupada. - É, relaxa Viking – disse no mesmo tom – A gente sabe o que está fazendo. Tuor ainda não parecia convencido, mas ninguém mais estava preocupado, então ele resolveu relaxar. Continuamos espalhando nossos Fogos Espontâneos Weasley - Deflagração de Luxo, pelo pátio da escola. Era o kit mais caro da loja do tio George, precisamos juntar nossas moedas para encomendar um, mas valeria a pena. Hogwarts veria um espetáculo digno da fuga do tio George e seu irmão gêmeo, há anos atrás. Estávamos certos. Foi mesmo um espetáculo digno de ser seguido pela nossa fuga para sempre dos terrenos da escola. Os alunos e corpo docente saíram para receber McGonagall e a delegação no pátio meia hora depois de termos preparado tudo. Quando as carruagens chegaram à escada do Hall de Entrada, Julian riscou o fósforo e acendeu o pavio. E então entendemos o significado do efeito dos fogos, estampado em letras laranja na caixa: caos. Primeiro foram as rodas rosa-choque de mais de um metro de diâmetro, que zumbiam letalmente pelo ar, como discos capazes de arrancar sua cabeça com um corte limpo. Todos já estavam suficientemente assustados com as explosões das rodas e se dividiam entre se proteger e observar o show, quando os dragões explodiram do segundo ponto e subiam e desciam ameaçadoramente por entre os alunos, soltando labaredas e causando explosões que seriam muito bonitas, se não fossem tão perigosas. Alguns deles serpentearam por entre as pessoas e passaram pela porta do Hall de Entrada, invadindo o castelo. Do terceiro ponto, soltamos um zoológico mágico. Porquinhos alados, morcegos, pomorins dourados e todo o tipo de criatura mágica com asas tomaram conta do céu escuro e causaram pânico entre as meninas, que gritavam desesperadas quando os morcegos investiam contra elas. A confusão já estava grande até mesmo para os nossos padrões, mas quando o pavio chegou ao quarto ponto ficou ainda pior. Os foguetes, cuidadosamente plantados no alto de uma das árvores mais bonitas dos terrenos de Hogwarts, explodiram violentamente e entendemos a preocupação de Tuor: eles tinham longas caudas de estrelas de prata cintilantes que ricocheteavam para todos os lados. Os foguetes subiram depressa, mas o rastro queimou a folhagem da árvore e uma imensa labareda iluminou todo o jardim. E para piorar, os foguetes começaram a rodopiar enlouquecidos pelo ar e invadiram o castelo pelas janelas, quebrando todos os vidros que encontravam pelo caminho. McGonagall parecia prestes a desmaiar. Quando os professores começaram a lançar feitiços para tentar controlar o show pirotécnico, a diretora começou a gritar, mas era tarde demais. Ela sabia que cada vez que um feitiço atingisse um dos fogos, ele se multiplicaria. Até todos perceberem a pegadinha, os fogos estavam dignos de um show de virada de ano. Quando se recuperou do estado de incredulidade momentânea, os olhos dela percorreram os jardins como os de uma águia procurando a presa e parou quando nos encontrou, mas ninguém tinha argumentos para rebater muito menos para onde correr. Estávamos todos parados feito estátuas, incapazes de nos movermos, vendo boquiabertos Hogwarts iluminada por uma árvore em chamas e discos e dragões alucinados, feitos de faíscas. Ela marchou até onde estávamos pronta para nos estrangular, mas foi interrompida pelo gran finale. O pavio atingiu o quinto e ultimo ponto e uma dúzia de rojões explodiu, espalhados por todo o jardim do castelo. Eles pareciam minas, jorrando torres de fogo para o alto, e rezávamos mentalmente para não estarem fazendo buracos pelo chão, ou teríamos um campo gigante de bolas de gude para o próximo ano. Todo mundo começou a aplaudir quando os rojões explodiram e McGonagall nos olhou de uma forma tão cruel, que posso jurar que vi fumaça sair pelo seu nariz. Acho que exageramos um pouco na comemoração. ºººººº - Entrem. McGonagall falou com uma voz seca e a porta de pedra de seu escritório se abriu, permitindo nossa passagem. Ainda eram 3 horas da manhã e depois de ajudarmos na limpeza do castelo, fomos chamados a sua sala. Não foi nada fácil arrumar a bagunça. Uma vez que os fogos se multiplicavam quando tentavam destruí-los, o jeito foi esperar até que terminassem de explodir sozinhos para depois limpar as coisas queimadas e vidros quebrados. O professor Longbottom deu perda total para a árvore e ficamos com o sentimento de culpa, pois ele realmente parecia triste pela destruição da pobre coitada. Quando entramos, alguns morcegos da festa dos fogos ainda voavam pela sala dela, zumbindo animados. - Vou poupar meu tempo com sermão, pois não adianta nada, entra por um ouvido e sai pelo outro – ela começou a falar numa voz serena e isso estava dando medo – Tampouco adianta dar detenção, o ano já acabou, então quero que saiam daqui direto pros seus dormitórios, arrumem suas coisas e se dirijam para o Saguão de Entrada. Sem desvios. - Vai nos expulsar?? – falamos todos ao mesmo tempo e uma onde de protesto começou, mas McGonagall deixou que falássemos por alguns segundos, depois ergueu a mão e nos calamos. - Não estou expulsando ninguém. Ainda. – ela deu ênfase ao “ainda” e até suei frio – Mas estou proibindo-os de voltar a Londres no Expresso de Hogwarts, pois se mais algum incidente ocorrer nenhum de vocês voltará para o 4º ano e não quero ter seus pais aqui na minha sala, me atormentando. Para prevenir que isso aconteça, já comuniquei a todos eles que estão indo embora imediatamente e já estão a caminho para buscá-los. Arrumem as malas e voltem para encontrá-los, vocês têm meia hora ou posso mudar de idéia e deixar que embarquem no trem. Não foi preciso dizer mais nada. Quando ela nos liberou para sair, disparamos de volta aos dormitórios e arrumamos as malas em tempo recorde, voltando para o saguão arrastando os malões de qualquer jeito. A serenidade de McGonagall e a falta de detenção ou sermão nos assustou mais do que qualquer coisa e sabíamos que algo muito ruim nos esperava em Setembro, mas pelo menos estávamos saindo inteiros nesse semestre. Mamãe já estava me esperando no saguão quando cheguei, junto com tia Alex, tia Yulli, tia Sam, tia Miriam, tio Quim, tio Mark, o pai de Tuor e tio George, que estava muito brabo por ter que sair de Hogwarts na madrugada para levar Rupert embora. Todos tinham expressões de que estavam considerando nos estrangular ali mesmo e poupar o trabalho de levar nossos corpos. Aproximamos-nos cheios de cautela e ninguém ousou falar qualquer coisa, sem que antes eles falassem. Nenhuma desculpa seria o bastante por quase explodir Hogwarts. - Nem mesmo pensem em dizer alguma coisa – tia Alex falou com a voz braba que todo mundo tinha medo. - Podem se despedir uns dos outros, em silencio, e vamos embora – tia Yulli tinha a voz tão braba quanto à dela. Obedecemos e nos despedimos sem falar nada, com medo de algum tapa voar de repente. - Meninas, depois combinamos aquele jantar – mamãe se despediu das minhas tias e agarrou meu braço – Vamos embora antes que caia alguma parede e eles sejam expulsos. - Posso dizer uma coisa em minha defesa? – perguntei cautelosa, sendo arrastada pela minha mãe pelo gramado esburacado. Ela só me olhou séria, mas não disse que não podia – Nós realmente não sabíamos que os fogos eram tão intensos assim. Só queríamos receber Jake de volta a Hogwarts com festa, ele se esforçou tanto durante o torneio... - São nas brincadeiras mais inocentes que as piores coisas acontecem. Vocês incendiaram uma árvore! E se alguém tivesse se machucado? - Mas todos saíram inteiros. Você não vai me prender em casa por dois meses de novo, vai? - Eu ainda não sei o que fazer com você, sinceramente – mamãe parou de andar e não largou meu braço nem para procurar uma caneta no bolso – Mas conversamos em casa, Madeline estava entrando em trabalho de parto quando fui solicitada para vir buscar minha filha, a incendiária. Temos que voltar logo. Pegue a caneta. - O que?? Já vão nascer?? – me assustei, pois ela ainda estava com pouco mais de 8 meses. - Clara, a caneta! Conversamos depois que os bebês nascerem. Agarrei meu malão com firmeza e com a outra mão, ainda presa pelas mãos dela, agarrei desajeitada a tampa da caneta. Senti um puxão no umbigo e tudo começou a girar, mas antes que pudesse me sentir tonta, cai de pé no chão da sala da minha casa. Só tive tempo de largar o malão no quarto e pegar um casaco, antes de correr com ela para o hospital. Que minha mãe não escute isso, mas até que não foi tão ruim assim explodir o castelo, assim não ia perder o nascimento das minhas sobrinhas. Mais uma vez, sobrevivemos ao ano em Hogwarts sem maiores danos. Pelo menos para nós, claro. O castelo não pode dizer o mesmo, mas essas coisas acontecem nas melhores famílias... :: FIM DO ANO LETIVO ::
Das anotações de Lizzie Weasley Alguns dias depois do baile do dia dos namorados, Fevereiro de 2013 - O que você tem?E não diga que é preocupação com os NOM’s, que vai ofender a minha inteligência.- disse C.C. e eu sorri: - O que você quer dizer com isso? - Você anda calada pelo cantos, suspirando como se estivesse com falta de ar, fica parada olhando pela janela do nosso quarto, como se esperasse alguém aparecer, e quando o rádio toca alguma música romântica, você coloca um sorriso idiota no rosto...E isso depois de ter sofrido horrores com o término do seu namoro com o Garret. Muito bem, qual é o nome dele?- sorri. - Não há ninguém...Quer dizer, acho que não tem nada acontecendo conosco... - Ahá! Eu sabia! Quem é ele? Não! Deixa eu adivinhar: Rufus McQueen, finalmente criou coragem e falou com você, mesmo você tendo ido ao baile com o Patrick Ocean, ai disputada por dois garotos, que lindo.... – disse batendo palmas e levantei a sombrancelha e disse: - Primeiro: nada de palminhas, não faz seu estilo. Segundo: Fui ao baile com o Patrick porque ele me convidou e eu não queria ir sozinha; e não, não aconteceu nada, mas que história é esta do Rufus?Ele é amigo do Garret... O que eu não estou sabendo C.C.? - O Rufus está a ...Opa, você está se desviando do assunto. Ainda não respondeu o que eu perguntei.- disse teimosa e eu respondi: - Está bem, vou te contar, mas é segredo ok? Eu mesma não sei direito o que aconteceu...- e contei a ela sobre o beijo que recebi de Edward e o quanto isso havia mexido comigo. o-o-o-o-o Final de Maio, 2013 Depois do feriado de Páscoa, e com o final do campeonato de quadribol chegando John enlouqueceu. E ao contrário do que se poderia esperar, eu não estava achando ruim.Era o que eu precisava para acabar com o mau humor que havia tomado conta de mim. Quando C.C. quis saber o que havia acontecido, como tinha sido o meu reencontro com Edward , eu até comecei a dar desculpas, mas quando cheguei na parte em que ele e Gaia estavam namorando, eu desabei e o final da conversa, foi regado a muito sorvete, chocolate, balas e e qualquer coisa com muito açucar que caisse na minha frente. Antes tivesse arrumado uma garrafa de wisky de fogo, teria sido mais fácil de curar a ressaca, do que a náusea que eu sentia a cada vez que via uma tortinha de abóbora na minha frente. Bem, analisando friamente agora, vejo que sofrer de amor tem suas vantagens: consegui eliminar os dois kilos que me incomodavam rsrs. o-o-o-o-o-o-o Nós estavamos indo bem no quadro geral de classificação do campeonato de quadribol, havíamos enfrentado a Lufa-Lufa e apesar de um jogo dificil tinhamos conseguido derrotar os texugos. Antes de ir para o salão da Grifinória celebrar, eu troquei alguns beijos com Patrick após a partida, mas não passou disso. Gostava dele, mas faltava algo. Optamos por sermos amigos. Nosso próximo adversário seria a Sonserina, e apesar de termos muitos amigos naquele time, nós queriamos vence-los. E mesmo sendo um time relativamente jovem, nos deram trabalho, mas o treinamento intensivo de Johny estava surtindo efeito. Arte foi incrível defendendo os aros, e John e Stefan foram ótimos na defesa, eu, Leo e Dean agíamos como se fossemos um só e porque não dizer, Thruston, podia ser um mala, mas soube como capturar um pomo e levar a melhor sobre Josh Penner, que além de apanhador era o capitão do time, desde que Garret havia ido embora. No final do jogo, nossos amigos nos cumprimentaram e os convidamos para a festa em nosso salão comunal, afinal o dia seguinte seria domingo. A festa corria solta quando Rufus, goleiro sonserino me convidou para dançar. E era a primeira vez que eu via McQueen. Quer dizer, eu o via, mas não o ‘enxergava’. E ele era um cara bonito, educado, bom jogador e mantinha os olhos pregados em cada movimento meu. Dançamos uma música e eu disse: - Vocês jogaram bem hoje...- puxei papo. - Mas vocês foram melhores...Mereceram vencer. Sabia que você é a garota mais bonita daqui e está dificil não te pedir um beijo?- ele disse e como achei a cantada bobinha, porém ele foi corajoso, acabei rindo e respondi: - Porque não pede? Ele segurou meu rosto entre as suas mãos grandes e fortes, e foi se aproximando e pude ver que seus olhos verdes, haviam escurecido e quando estavamos a centimetros de nos beijar... - Er...Lizzie...Desculpa...O tio Ben quer falar com você e com o Johny.- era a voz da Haley. Mas Rufus ainda me segurou firme por dois segundos antes de me soltar.- e disse: - Outra hora? - Sim, numa outra hora.- disse e fui encontrar meu irmão e saber o que havia acontecido. Eu e John deixamos a festa e fomos até o tio Ben, ele estava usando o escritório da diretora McGonnagal.Dissemos a senha, e quando entramos ele veio em nossa direção animado: - Hey vocês dois! Desculpe tira-los da festa, mas seu pai acabou de entrar em contato comigo. Sua mãe teve os bebês:Um de cada.- e começamos a dar pulos e a gritar abraçados a ele. – ao longe ouvimos alguns resmungos dos outros diretores mas ignoramos. Ele já havia preparado uma chave de portal, e iriamos passar o fim de semana em casa, curtindo nossos irmãos. -o-o-o-o-o-o- - Mas olha como o Spencer é bonitinho! Tão diferente do Johny.- eu disse mostrando para nossos amigos as fotos de meus irmãozinhos, durante o café da manhã e Johny respondeu: - Claro que agora que a Zoe nasceu, temos uma menina realmente bonita em casa. – e nossos amigos riam e comentavam o quanto nossos irmãos eram engraçadinhos, enquanto contavamos os detalhes sobre o nascimento deles num hospital trouxa. Claro que Haley era a mais orgulhosa pelo fato de Ethan e seu primo Brian, terem feito o parto. Nossa semana seria muito corrida, então eu cumprimentava Rufus a distância.Havia uma final de campeonato a ser decidida. - E os leões vencem a partida! Grifinória, 280, Corvinal 130. Mal ouvi o placar sendo anunciado enquanto voava em direção aos meus colegas de time. Todos nós chorávamos e ríamos enquanto Johny era levantado nos ombros e nós comemorávamos um título a muito cobiçado. Senti alguém colocar a mão em meus ombros e quando me virei dei de cara com Rufus sorrindo, não tive dúvidas: me atirei nos braços dele e o beijei. Era o modo perfeito para celebrar meu primeiro campeonato. |